A História não contada de Apolo e Ártemis escrita por Biah


Capítulo 22
Nada além de uma missão


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEI ATÉ QUE ENFIM!!
Pois é pessoal, sinto muito pela demora, tive alguns problemas, correria de final de semestre, falta de internet por bastante tempo e também me mudei de casa recentemente (ai ai, já me mudei tantas vezes que até perdi a conta. Pois é né, agora sei que vida de cigano não é fácil :v). MAS NADA DISSO IMPORTA PORQUE EU CONSEGUI VOLTAR AQUI!
Então, quero super-ultra-mega agradecer o apoio da lima ie, porque né, ela sempre me deixa pra cima e felizinha pra continuar a fic, e é nessas horas que a gente vê que o trabalho valeu a pena.
Obrigada, querida! ♥ Sinceramente, não sei se a fic teria continuação sem você.
Muito bem, agora, por favor, aproveitem esse capítulo que escrevi com muito carinho e amor e paixão para todos que continuam acompanhando a fanfic. Um beijão!



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Ártemis e Gabriel saem da sala de música a passos firmes, até que encontram Anya no meio do caminho.

— ÁRTEMIS, AINDA BEM QUE TE ENCONTREI! - A loira grita, arfante.

— O que há de errado? - Pergunta Gabriel.

— Seu pai... Está aqui. - Ártemis a encara com surpresa.

— O quê? Onde? - A morena começa a andar apressadamente para frente, e Anya segue ao lado dela.

— Venha, vamos. Ele quer ver se você está bem. - As garotas começam a correr, até que a Olimpiana para subitamente e se vira para trás. Anya para logo depois dela.

— Gabriel... Você vem? - O ruivo a encara por um momento, avaliando suas feições. Se fosse antes, ele provavelmente daria uma resposta curta e atravessada à garota, dispensando-a como sempre fez. Mas agora, depois de ver o quão vulnerável e danificada ela ficou, ele não poderia negar-lhe isso; afinal, seria um dos pilares para que Ártemis se reerguesse, e Gabriel sabia muito bem disso. Ela precisa dele, embora jamais admita isso.

— Sim. - O garoto responde e a alcança, em seguida os três Caçadores caminham lado a lado até uma sala com enormes portas de madeira escura, adornadas com desenhos e inscrições em uma língua antiga que nenhum deles consegue reconhecer. Ártemis respira fundo, abre as portas e assim que entra vê alguns Olimpianos e Caçadores em estado de euforia, muitas vozes preenchem o espaço e é possível ouvir até algumas risadas.

— Anya, tem certeza de que ele está... - Antes mesmo que possa terminar a pergunta, Ártemis vê uma figura um tanto familiar, um homem alto com cabelos loiros e alguns fios grisalhos, braços fortes e uma postura de dar inveja em qualquer um. - PAI! - Ela grita assim que o vê. O homem se vira e observa a garota, por um momento parece não reconhecê-la, porém depois sua expressão se torna mais leve e um enorme sorriso aparece em seus lábios.

— Ártemis! - O loiro abre os braços, Artie corre até ele e o abraça, repentinamente sentindo um nó em sua garganta, afinal, faz muito tempo que não o via.

— Pai, não acredito que realmente esteja aqui... - Ela sussurra, e algumas lágrimas escorrem pelo rosto da morena. O homem a aperta um pouco mais em seus braços, sentindo seu coração se apertar ao pensar no quanto sua pequena caçadora mudou no ano que se passou.

— Está tudo bem, querida. Estou aqui, estamos todos aqui com você. - A garota sorri, se afasta de Zeus e limpa seu rosto com as mangas de seu casaco, fungando.

— Estou feliz que esteja bem e que tenha voltado.

— Senhor. - A voz de Gabriel se faz presente, e tanto Ártemis quanto Zeus se viram para ele. - Também gostaria de expressar o meu alívio pelo senhor estar vivo. Acredito que sua liderança poderia ter sido útil principalmente para os Olimpianos. Eles pareciam um pouco desamparados sem a sua liderança, me atrevo a dizer. - Zeus encara o ruivo por um momento, e só então Ártemis se lembra de que seu pai não o conhece.

— Pai, este aqui é o meu amigo.... - Antes que ela possa terminar, o deus coloca uma mão no ombro de Gabriel e abre um amplo sorriso.

— Obrigado, Gabriel. Também fico feliz de estar de volta. Creio que também deva agradecê-lo por cuidar da minha Ártemis. Seu pai ficaria orgulhoso de você. - O garoto assente duramente, como um militar.

— Obrigado, senhor. - Ártemis arregala os olhos:

— Vocês dois se conhecem?

— Sim, querida. - Zeus lhe dirige um sorriso calmo. - A família de Gabriel nos ajuda há séculos, já que nós, Olimpianos, infelizmente vivemos em constante perigo. Claro que seria natural da parte dele que a protegesse, sendo um Cavaleiro dos Deuses. - A garota fica boquiaberta. Então tudo aquilo que Gabriel havia feito por ela não passava de sua obrigação como Cavaleiro? Então Ártemis não passava de uma missão para ele? Todas as palavras de apoio, a ajuda nos treinos, os conselhos... Era tudo para que ela não desmoronasse, para que, no fim, Gabriel tenha cumprido sua missão com perfeição. O olhar da garota se direciona ao ruivo, como se esperasse que ele contradiga seus pensamentos, como se para que ele lhe diga que a ajudou e a amparou por sua própria vontade, e não por algum código de honra idiota dos Cavaleiros dos Deuses.

Porém, o Caçador apenas lhe olha impassível, com uma postura fria que não demonstrava há muito tempo. Isso é o suficiente para que a morena entenda que ele não irá contradizer seus pensamentos, que Gabriel realmente só fez tudo aquilo por ser sua obrigação como Cavaleiro. Logo a face de Ártemis não expressa mais seu choque, dando lugar à indiferença, como se não passasse de uma tela em branco. Circe, que se encontra dentro da mesma sala e está observando discretamente desde que Artie chegou, rapidamente se dirige à eles e sorri amistosamente para Zeus.

— Com licença, Majestade. Vou tomar sua filha emprestada por um minuto. - A bruxa puxa Ártemis pela mão, depois a guia para um canto da sala onde ninguém possa interromper a conversa. - Certo, me conte tudo. - Os olhos azuis de Circe estão atentos.

— Não há nada para contar, Circe. Eu só interpretei errado as atitudes dele. - Ela suspira pesadamente. - Gabriel não fez tudo isso por mim.

— Claro que não fez. - A Olimpiana ergue as sobrancelhas para a bruxa, que balança a cabeça levemente. - Gabriel não fez tudo isso por você, Ártemis. Fez por Zeus. Fez porque sabe que é a única maneira para que ele não fique no caminho. - A garota franze o cenho:

— No caminho para quê? - Circe olha no fundo dos olhos de Artie, depois responde firmemente:

— Você. Você é o objetivo dele, além de ser sua missão. Sei que é complicado de entender, mas como os Cavaleiros são muito fechados e sérios, têm um jeito estranho de demonstrarem seus sentimentos, ainda mais porque são treinados desde muito pequenos a jamais fazerem isso. O que quero dizer é que a forma de Gabriel de demonstrar seu amor por alguém é se tornando um protetor.

— Hey, espere um segundo aí! Amor? O que está insinuando, Circe? Por acaso está dizendo que o Gabriel... - A garota engole em seco, completamente branca, e é incapaz de completar a sentença. Para o desespero de Ártemis, a garota de olhos claros lhe sorri maliciosamente:

— Ora, não há como eu saber disso. Posso ler a mente, não o coração de alguém. - A Caçadora suspira com alívio, um segundo antes de Circe completar. - Por que não pergunta para o próprio Gabriel se ele não te ama?

— NÃO! - A garota grita, o que faz algumas atenções se voltarem para ela. Ela abaixa a cabeça com as bochechas ruborizadas e sussurra para que só a bruxa consiga ouvir. - Eu jamais perguntarei isso a ele.

— Pois eu acho que você deveria. Não posso ler o coração, mas os pensamentos dele constantemente voltam a você. - A bruxa sorri e Ártemis tenta disfarçar as bochechas coradas.

— Ele só está preocupado em cumprir a missão dele. - Circe ergue uma sobrancelha e em seguida suspira dando de ombros.

— Está bem. Já que prefere acreditar nisso... Vou ali ver o Chrys, ele está nos observando como um gavião. - Art vira a cabeça e encontra o moreno observando as duas, porém seus olhos estão fixos na bruxa. Artie a encara pelo canto dos olhos:

— Ele está te observando como um gavião. - A garota de olhos claros dá de ombros como se se desculpando e segue até Chrys, enquanto a deusa revira os olhos. Já faz algum tempo que Circe e Chrys se tornaram amigos íntimos... Bem, mais íntimos do que amigos.

— Ártemis. - Uma voz feminina a chama, ela se vira e vê os olhos claros de Leto a observando. - Gabriel me avisou sobre o que vocês tentarão no Reino Inferior. É arriscado, tomem cuidado. Saibam que o - que ele... - Leto se corrige apressadamente. - Ele é um trapaceiro. Não lhe dêem confiança. - Ártemis está genuinamente surpresa. Leto sempre seguiu as regras dos Caçadores estritamente, jamais faria uma coisa dessas. - Seu irmão ainda está desaparecido e pode estar ferido ou... - Ela deixa a sentença morrer, e ambas sabem o que significa. Sim, Apolo pode estar morto. - Já tentamos de tudo, querida, mas de nada adianta. Não gosto de me sentir impotente, Ártemis, e essa parece ser a única saída. Mas por favor... - Ela acaricia a bochecha de sua filha e Art ver lágrimas se formando nos olhos de Leto. - Por favor, tome cuidado. Não sei se aguentaria perder você também.

— Tomarei cuidado, mãe. Prometo que você não vai me perder.

— Dou a minha palavra que Ártemis voltará, madame. - A Olimpiana vira de costas e vê um garoto loiro que lhe parece familiar. Se mantém em silêncio por alguns segundos para tentar se lembrar de onde o conhece, quando se recorda do garoto que a ajudou no bar clandestino.

— Demetri? - Ele abre um enorme sorriso e faz uma curta reverência.

— Ao seu dispor. Olá, Ártemis.

— O que está fazendo aqui?

— Eles me acolheram aqui. Enquanto que os Solarium, bem... - Ele ergue a manga esquerda de sua camisa até o cotovelo, deixando à mostra uma marca feita à ferro quente com o símbolo da fronteira. - Os Solarium só me deram a marca dos traidores. - Ártemis fica boquiaberta, se aproxima dele e franze o cenho com preocupação enquanto corre os dedos pela marca - um hábito inconsciente adquirido desde quando Chrys mostrou suas tatuagens -, sentindo seu coração se apertar por pensar no quão doloroso deve ter sido.

— Por que eles fizeram isso com você? Eles descobriram que você me ajudou?

— Não, eles só descobriram que eu oferecia meus serviços aos Lunarum. Por incrível que pareça, uma estalagem Solarium não pode ajudar vocês, Lunarum. Principalmente no território de Hemera. - Artie franze os lábios e olha no fundo dos olhos do garoto.

— Sinto muito por isso, Demetri. De verdade. - O loiro não se abala e abre um sorriso tranquilizador, colocando sua mão sobre a da morena que ainda está sobre sua marca. Quando ele sorri, é possível notar suas covinhas, o que o torna ainda mais adorável.

— Relaxe, Ártemis. Nada disso foi culpa sua. Eles descobririam mais cedo ou mais tarde, de qualquer maneira. Em todo caso, poderia ter sido pior. Acho que tenho sorte de ter escapado com vida. - Eles ouvem um pigarro, ambos direcionam sua atenção à direção do barulho, e encontram Gabriel parado os observando com uma expressão nada contente no rosto, seus olhos faíscam com fúria  ao notar o toque de mãos entre Ártemis e Demetri.

— Ártemis, devo recordá-la que precisamos falar com o seu pai sobre o nosso plano. - Seu tom de voz é extremamente frio, seu olhar se fixa nas mãos dos dois. Por que isso o incomoda tanto? O ruivo não está familiarizado com essa sensação, e ela é definitivamente desagradável. Agora seu desejo é cortar os braços de Demetri para que ele tire as mãos de Ártemis. Está realmente pensando em fazer isso, quando a garota retira a sua mão do loiro e se afasta, indo em direção à Atena em busca de novidades. - Fique longe dela, Solarium. - Gabriel o ameaça, o que surpreende Demetri. - Você não é um de nós. Se encostar nela mais uma vez, corto seus braços fora. - O ruivo dá as costas ao Solarium e se afasta, deixando Demetri para trás, atônito.

Ártemis  segue até Atena, que esteve fora por alguns dias para conseguir a ajuda de seu contato poderoso.

— E então, Atena? Conseguiu falar com ele? Ele irá nos ajudar?

— Sim, ele vai nos ajudar, Ártemis. Mas preferiu vir pessoalmente para que não precisemos esperar muito mais. Em breve estará aqui, acho que foi colocar as malas em seu quarto aqui no Templo.

— Por quanto tempo ele ficará, Atena?

— Pelo tempo que for necessário. - Diz uma voz grossa vinda da porta; as garotas olham na direção de um homem ruivo de olhos claros levemente esverdeados com trajes em dourado, preto e a mesma cor de suas orbes. O homem sorri amplamente para a morena. - Olá, Ártemis. Minha nossa, não consigo acreditar em como está crescida! Eu a conheci quando você ainda era apenas um bebê cabeludinho. - O comentário faz a garota sorrir levemente, assim como Atena, e a loira indica o homem com a mão:

— Ártemis, este aqui é Poseidon.


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Notas finais do capítulo

E então pessoal, o que acharam? Estou muito feliz porque agora introduzi Zeus e Poseidon na fanfic, gente do céu, ACHO QUE VOU TER UM TROÇO DE TANTA FELICIDADE. Okay, agora, please, comentem, acompanhem, favoritem, recomendem... Mas o importante é que vocês leiam a fanfic, e não posso expressar o quanto sou grata por o fazerem, eu fico tão feliz por ver que estão gostando! Muito obrigada por lerem A História Não Contada de Apolo e Ártemis!! ^^



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