Aprendendo a viver novamente escrita por Becka Nolasco


Capítulo 8
Confusão


Notas iniciais do capítulo

Hi peoples/
Estou de volta e trago comigo mais com um capítulo para vocês. Espero que gostem .



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Acordei com a luz do sol entrando pela janela. Pisquei várias vezes e me levantei para fechar a cortina e então percebi que não estava no meu quarto. Eu não estava na minha casa.

— Por Axl Rose! Onde eu estou? - perguntei a mim mesma.

Olhei e vi uma garota descabelada quase caindo da cama... Viollet.

— Viollet acorde. - sacudi ela, que acabou caindo da cama de vez.

— Que merda Melanny! Por qual razão me acordou e me derrubou da cama? - ela perguntou se levantando do chão e se deitando novamente.

— Me diga em que porra de lugar eu estou?

— Na minha casa caramba... Ou você não se lembra?

— Claro que não! Eu devia me lembrar de algo? - perguntei confusa.

— Imaginava que você ia me responder isso.

— Então porque você fez a pergunta se já sabia a merda da resposta? - perguntei irritada.

— Sei lá. De manhã eu não penso direito. – ela enfiou a cara no travesseiro me ignorando por completo.

Olhei para a Viollet que já estava dormindo e me deitei novamente. Pode parecer pouco tempo (2 meses), mas sei bem que a Vi só vai falar alguma coisa quando acordar (Sem que eu faça isso). Sei que ela é insuportável quando está com sono, ou com fome e, se eu quero respostas, vou ter que esperar pela boa vontade dela.

Minha cabeça estava explodindo de tanta dor. Resolvi voltar a dormir.

(...)

— Vai me contar ou não Viollet? Já estou perdendo a paciência limitada que eu tenho.

— Aff Mel. Deixa eu terminar meu café da manhã. - ela mordeu o sanduíche.

— Já são 16:27 e, não é hora para tomar café da manhã. - falei irritada.

— Okay Melanny. - ela deu uma última mordida no sanduíche e me encarou. - Quer realmente que eu te conte tudo sobre a noite passada?

— Com certeza! – respirei fundo. - Eu preciso ao menos tentar ver se me lembro de algo.

(Flash Back On)

— Ainda não. - ele riu.
 
— Então, pode começar a conhecê-la agora mesmo. - eu disse piscando para ele.

— Com certeza! - ele te encarou.

Você estava muito constrangida. Mas para o seu azar, eu não estava nem um pouco.

— Essa é a primeira festa que a Mel vem e, nada melhor do que você para acompanhar ela e mostrar os prazeres e as doideiras de uma.

Acho que nesse instante você ultrapassou os limites da vergonha e do constrangimento.

— É a primeira festa dela? - ele perguntou sem esconder o sorriso.

— Sim. - eu te olhei por uns instantes. - Não a decepcione. - e saí para deixar vocês a sós.

Você ficou uns minutos encarando o chão. Acho que estava procurando coragem para conversar com ele.

— Quer uma bebida? - ele perguntou quebrando o silêncio entre vocês, por que a festa estava muito barulhenta.

—Claro! 

Vocês dois saíram e eu os segui. É claro.

Após um tempo de mais ou menos uma hora, você estava completamente bêbada. Dançou. Cantou. Pulou. Curtiu.

E eu perdi você de vista, por que me distraí com um cara que esbarrou em mim.

(Flash Back Off)

— Você está me dizendo que praticamente me jogou pra cima daquele cara? - perguntei controlando minha raiva.

— Si...Não.

Sei que ela optou por não me responder sim, por que achou essa resposta mais sensata. Se ela tivesse dito sim, estaria com uma loira em cima dela lhe dando uns belos tapas, ou seja, eu.

— E como conseguiu nos ouvir com todo aquele barulho?

— Quando eu quero... – ela riu. – Eu consigo ouvir o menor dos ruídos.

— Você não sabe para onde eu fui com o Dylan? - perguntei curiosa.

— Não.

— Droga!

— Mas você mais cedo ou mais tarde vai se lembrar.

— Por que você tem tanta certeza disso?

Ela riu.

— Nossa Melanny, vejo que essa é sua primeira ressaca.

— Obviamente sim.

— Você apenas está com uma pequena amnésia, mas daqui a pouco você vai se lembrar de tudo.

Eu nunca tinha ficado de ressaca e, sinceramente, não quero voltar a ficar de novo. Não tão cedo.

A Vi me olhou rindo.

— Você é realmente uma graça Mel!

— O que? Não entendi.

— Você com um empurrãozinho se transforma em outra pessoa. Na festa, você simplesmente foi a sensação!

Fiquei curiosa e meio animada quando ela disse isso.

Em San Francisco, eu nunca tive amigos. Nunca fui convidada para uma festa ou fui a sensação de uma. Sempre fui a esquisita e estranha.

É algo impressionante tudo o que tem acontecido comigo aqui. Foi simplesmente eu me mudar de cidade para as coisas começarem a acontecer.

Ri de mim mesma.

~ No dia seguinte ~

— É sério Melanny? - perguntou o Alan de uma forma meia estranha.

— Eu sinceramente não sei. - respondi cabisbaixa.

O Alan não é fácil de entender, uma hora ele é o cara mais legal que eu conheço, em outra, ele simplesmente me faz mil perguntas e fica irritado com as minhas respostas.

A Viollet chegou pulando em cima do Alan que levou um susto.

— Você não vai acreditar! – ele a encarou.

— Acreditar no quê? - perguntou ele.

— A Mel fez o maior sucesso na festa que teve ontem na casa da Helen.

Não sei se foi minha imaginação fértil, mas acho que o Alan ficou triste quando a Vi disse isso.

— É. Eu fiquei sabendo.

— Há boatos por todo o colégio de que a Melanny e o Dylan estão juntos. – a Vi percebeu que nem um de nós dois estávamos animados como ela com esses boatos e, se calou. – Você e o Dylan estão mesmo juntos? – sussurrou a Viollet no meu ouvido após uns minutos.

Fechei meu armário e saí. Deixei os dois para trás e fui esfriar um pouco a cabeça. Eu precisava tentar lembrar daquela festa.

Entrei na biblioteca e vi alguém que poderia me ajudar nisso.
— Oi Dylan. – me sentei ao lado dele.

— Oi Mel. – ele fechou o livro que estava lendo e me encarou com um sorriso sedutor.

— Bem, espalharam boatos de que eu e você estamos juntos, mas eu não me lembro de quase nada daquela festa e queria sua ajuda para lembrar.

— Do que você quer lembrar?

— De tudo.

—Posso resumir? – perguntou e, eu não pude deixar de reparar na malícia que estava no tom de voz dele.

— Claro! Seria ótimo que você resumisse.

Acho que o “resumir” dele não foi o que eu pensava.

Quando dei por mim, o Dylan estava me beijando. Ele estava me beijando caramba! E depois que paramos de nos beijar, ele disse:

— Agora você já sabe como foi a festa!

Estava imóvel e continuei imóvel. Não consegui me mexer, nem falar qualquer coisa. Parece que meu corpo tinha sido paralisado completamente.

Ele se levantou e pegou a mochila e, antes que saísse, beijou a minha testa.

— Tchau Mel. – e saiu.

Continuei parada até que consegui mexer o meu corpo novamente.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?

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