É engraçado como as coisas mudaram na minha vida, em apenas dois meses que me mudei aqui para New York. Tudo em mim mudou a respeito de ser o fim eu vir para cá (menos em relação ao meu pai).

O Alan e a Viollet são muito legais... Mais do que eu pensei que pudessem ser.
Nunca passou pela minha cabeça, nem por um segundo se quer, que eu poderia ter alguém para considerar como um amigo, muito menos dois!!

— SENHORITA, SE NÃO DESCER LOGO, IRÁ SE ATRASAR PARA IR AO COLÉGIO. - berrou a Nancy pela milésima vez.

— Já estou descendo. - suspirei. - Mas que saco!

Olhei mais uma vez no espelho, ajeitei o cabelo, apanhei minha mochila, meu celular e desci a escada correndo.

— Não sei como a senhorita ainda não caiu dessa escada. - disse a Nancy dando um suspiro e indo para a cozinha.

— Já estamos atrasados Melanny! - meu pai pegou sua maleta correndo.

Caminhei lentamente até a cozinha, peguei uma maçã e corri para a garagem, já que o apressado do meu pai não me esperou tomar café da manhã.

— Aff Clarck. Deixa de ser apressado!

— Desculpe Mel, mas eu estou atrasado para uma reunião com um cliente.

~Algumas horas depois~

— Como assim você não vai Melanny? - perguntou a Viollet quase me agredindo.

— Eu nunca fui a uma fes... -e ela me interrompeu.

— VOCÊ NUNCA FOI A UMA FESTA?!

— Não!

Ela me olhou com um sorriso malicioso que me arrepiou dos pés a cabeça.

— Pois então, hoje você verá como é uma. - ela levantou me puxando. - E com grande estilo! - acrescentou a garota enquanto me puxava.

A Viollet chamou um táxi e fomos para um Shopping.

— O que estamos fazendo aqui? - perguntei. 

— O que se faz em um shopping se não comprar Mel?

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela me puxou para uma loja. Em cinco minutos havia escolhido a loja toda para que eu experimenta-se.

— Pronto Mel. São apenas essas aqui que é para você experimentar.

Quase caí de costas com a montanha de roupa que ela apontou.

— Tá de brincadeira, né Viollet?

— Claro que não! - ela disse me empurrando para dentro do provatório. Olhei para  a vendedora na esperança de que ela me salvasse, mas recebi apenas um olhar de pena e um dar de ombros.

— Droga! Estou fudida! - olhei com desânimo para a pilha de roupa que estava tomando conta de quase todo o provatório.

(...)

— Finalmente... Liberdade, ar fresco, céu... Como eu amo vocês! - eu pulava de alegria ao sair daquele Shopping.

— Aff Melanny. Deixa de drama e vamos logo. Temos que nos arrumar ainda.

— Droga!

— O que você disse Mel?

— Nada.

— Okay.

Achei melhor irmos para a minha casa, afinal eu nunca tinha ido para a casa da Vi e, ficaria muito constrangida se eu fosse me arrumar lá para ir pela primeira vez a uma festa.

~Três horas depois~

— Acho que você está pronta. - disse a Vi examinando o look que ela tinha feito para mim.

— Finalmente, né Viollet? - digo dando um suspiro de alívio.

— Vamos então.

Saímos da minha casa correndo, porque o táxi já estava nos esperando a cinco minutos.

(...)

Chegamos na festa e, pelo barulho e a altura da música, a Viollet disse que a festa deveria está bombando.

Respirei fundo e entramos na festa, que mais parecia um formigueiro humano.

— Nossa! - eu olhei para Vi que sorriu e me puxou.

— Vamos pegar uma bebida.

Era muito difícil conseguir andar sem se esbarrar em alguém.

— Toma. - disse a Vi me entregando um copo com algum tipo de bebida desconhecida. Ela novamente me puxou e fomos para os fundos da casa.

Fiquei duas horas andando por toda a casa com a Viollet e então ela foi pegar uma bebida para nós e me deixou sentada no sofá olhando para as pessoas.

~Trinta minutos depois~

— Merda! Cadê a Viollet? Ela saiu para pegar uma bebida e ainda não voltou. - resmunguei.

Levantei e fui atrás dela. Após uns minutos procurando por toda a casa pela desaparecida, acabei me esbarrando em um cara que derramou a bebida toda em nós dois.

— Desculpe. - pedi com um sorriso sem graça.

Ele levou a não a nuca e a coçou sem jeito.

— Não tem nada não... Toda hora me esbarro com alguém. - ele disse com um sorriso super sexy.

— Melanny. Finalmente te achei. - disse a Vi, até que me viu com o cara. - Dylan, vejo que já conheceu minha amiga.

— Ainda não. - ele sorriu.