Aprendendo a viver novamente escrita por Becka Nolasco


Capítulo 5
Novo Dia


Notas iniciais do capítulo

Pessoal peço mil desculpas pela demora para postar novos capítulos. É que eu também escrevo outra fic (Completely Insane, caso se interessam) e acabo me atrapalhando toda, mas prometo que vou elaborar um cronograma de postagem e depois passo para vocês, quando ele estiver pronto.
Agora vou deixar vocês lerem o capítulo...



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Acordei 06:45 da manhã. Levantei e fui direto para o banheiro, fiz minhas higienes pessoais, tomei banho e vesti um roupão de algodão preto. Procurei algo legal para montar um look bem despojado. Quando finalmente me arrumei, desci para a cozinha, onde a Nancy (aquela senhora que havia me acordado na manhã passada) estava cobrindo com chocolate um bolo de cenoura. Segundos depois ela me viu.
— Quer um pedaço? - disse apontando para o bolo que estava em cima do balcão.

— Com certeza. - respondi quase metendo a mão numa fatia do bolo.

Ela deu um pedaço e peguei um copo com suco de goiaba, logo depois sentei e tomei meu café da manhã.

Quando terminei, subi para o meu quarto, escovei meus dentes e retoquei a maquiagem. Quando terminei de dar os últimos retoques, apanhei minha mochila e meu celular, que estava no criado-mudo do lado da minha cama.

Assim que desci, dei de cara com o meu pai.
— Eu ia te chamar, mas vejo que já está pronta para irmos.

Eu não disse nada, apenas me dirigir para a garagem com ele ao meu lado. Entrei no carro e comecei a escutar Zumbie de The Pretty Reckless.

— I'm not listening to you
I am wandering right through existance
With no purpose and no drive
'Cause in the end we're all a lie
A lie - cantarolei.

Ele entrou e ficou me encarando, depois deu partida no carro. Por sorte, o trânsito não está muito ruim, então, em uns 30 minutos, já estávamos na frente do colégio.
— Hoje eu não vou ficar feito uma ridícula te esperando, então vou pegar um táxi.

— Está bem. - diz ele me entregando dinheiro com uma cara de culpado.

Saí do carro e coloquei a mochila no meu ombro sem me preocupar em fechar a porta do carro. Fui caminhando calmamente cantando, quando me esbarrei em uma garota loira (metidinha).

— Sua ridícula! Olha por onde anda.

Eu a olhei com desprezo e a empurrei sem me importa com nada. Ela ficou parada não acreditando no que eu havia feito, enquanto as outras garotas me olhavam pasmas.

Fui para meu armário e avistei o Alan escorado na parede (ele é muito sexy), andei até ele que, assim que me viu, me abraçou e me deu um rápido beijinho na bochecha, melhor dizendo, quase na minha boca.

— Desculpe, força do hábito. - diz ele dando de ombros.

— Não sabia que ficava por ai quase assediando as outras pessoas. - digo isso o fazendo rir.

Dei um sorrisinho e olhei meus horários. Droga. Aula de Biologia. Peguei minhas coisas e fui para o laboratório. Quando cheguei na sala vi a Viollet, andei até ela e me sentei do seu lado.

— Oi.

— Oi Mel, tudo bem?
Concordei movimentando a cabeça positivamente.
O professor entrou na sala indo direto para a mesa, colocou suas coisas e começando a escrever no quadro negro sem dizer nem se quer um "Bom Dia" para a classe. Então, toda a sala voltou a conversar e a fazer baderna (bolinhas de papel para todos os lados), virei-me para a Viollet e perguntei:
— A aula de biologia é sempre assim?
— Você não viu nada. - desviou de uma bolinha de papel que passou de raspão nela. - Normalmente é muito pior do que isso.
Varri a sala com os olhos e comecei a copiar o conteúdo que o professor tinha escrito em todo o quadro.
~Quando aquela aula chata finalmente acabou~
Saí da sala acompanhada da Viollet  que não parava de falar... Até que eu estava me divertindo com aquilo.
— Então Mel, você já viu o Alan hoje?
— Sim. - digo com um sorriso inevitável.
— Hum, e esse seu sorrisinho hein?
Fingi que não havia ouvido o comentário dela sobre o meu sorriso.
Chegamos no nosso armário e encontramos o Alan conversando com aquela garota (fútil, ridícula, metidinha, insuportável) que eu havia esbarrado mais cedo. Quando me viu, virou a cara, deu um beijinho na bochecha do Alan e saiu rebolando de uma forma que me deixou surpresa por não ter deslocado a cintura (confesso que senti raiva pelo beijo que ela havia dado nele, mesmo sendo na bochecha), ele nos olhou constrangido e deu um sorriso amarelo. Eu não disse nada. Abri meu armário e olhei o papel com os meus horários e me lamentei pois era de educação física (eu sou péssima com esportes), olhei para os dois que me encaravam.
— Então, tenho aula de educação física e vocês?
— Eu também Mel. - disse o Alan com um sorriso.
— Eba! Nós três temos a mesma aula. - disse a Viollet empolgada.
Ficamos um olhando para a cara do outro rindo, depois fomos para o ginásio. Chegamos, eu e a Viollet nos dirigimos para o vestiário nos separando do Alan.
Me deu uma raiva quando entrei no vestiário feminino e todas as garotas me olharam de cima a baixo como se estivessem me avaliando. Ignorei todas elas e me troquei o mais rápido possível (coitada da Viollet que tentava me acompanhar) saindo de lá com ela correndo atrás de mim com uma cara confusa. Parei e a esperei me alcançar. Ela parou na minha frente ofegante.
— Caralho Mel! Não precisa correr desse jeito.
— Desculpa, mas é que prefiro não ficar por muito tempo num lugar onde todos me olhando de cima a baixo.
— Eu te entendo. É constrangedor!
— Muito, mas já me acostumei com isso. - dei uma pausa e continuei. - Em San Francisco era a mesma coisa.
Ela ficou me olhando e depois me puxou para a arquibancada para ver os garotos treinarem para o jogo de futeball da sexta. Segundo a Viollet, todos eles eram super gatos e o Alan era com certeza o mais lindo (fiquei acompanhando ela nos suspiros). Quando eles terminaram o treino, tiraram as camisetas (nossa quase tivemos um HEART ATTACK) e, para nos deixar mais loucas ainda, o Alan veio em nossa direção exibindo seu tanquinho malhado e suado (caramba, babamos feito um bulldog), chegou e se sentou entre nós duas.
— Vocês, com certeza, vão ao primeiro jogo da temporada né?
— Eu já estou lá. - disse a Viollet olhando para os garotos sem camisa.
O Alan riu dela e me olho esperando a resposta, como eu não respondi, ele disse:
— Então Mel, você vai?
— Acho que não. -digo sem graça.
— Claro que você vai, nem que eu te leve a força. - disse a Vi me olhando incrédula.
— Eu faço questão que você vá Mel. - disse o Alan na maior expectativa.
Fiquei encarando os dois que faziam uma carinha muito fofa. Acabei cedendo.
— Vocês me convenceram. Eu vou, okay?
— Eu te levo. - disse o Alan com um sorriso malicioso.
— Pronto vamos nós três juntos então.
— Combinado. - digo animada.
Depois de um tempo em silêncio o Alan se levantou.
— Vou tomar um banho. Até garotas.
dei um tchauzinho junto com Vi.
— Tchau.
Fomos para o vestiário, nos trocamos e o sinal tocou.
— Bem, eu tenho aula de física e você?
— Eu não sei, tenho que vê ainda.
Chegamos nos armários. Abri o meu e olhei para o papel dos meus horários e me decepcionei ao ver que não tinha aula de física e sim de artes (por mais que eu ame artes, ficar sozinha seria realmente torturante, apesar que isso não era nenhuma novidade para mim).
— Bem, tenho agora aula de artes. - digo cabisbaixa.
—Sorte sua, o Alan também. - ela disse com uma cara triste.
— E como você sabe disso? - perguntei cruzando os braços e arqueando a sobrancelha.
— Digamos que eu saiba os horários dele.
Caí na risada deixando ela super vermelha de vergonha.
— Desculpe, mas não pude evitar.
— Não tem importância.
Me despedi dela dizendo que nos encontraríamos no refeitório, ela concordou e fui para a aula de artes.
Entrei na sala e me sentei no fundo, longe dos outros alunos, abaixei a cabeça e a escondi entre as minhas mãos. Uns minutinhos depois, senti alguém me tocar no ombro sentando do meu lado, levantei a cabeça e olhei. O Alan estava me encarando preocupado.
— O que foi Mel?
— Nada. Só estava meia sonolenta. - fiquei olhando por um bom tempo para ele.

A aula começou e, voltei a minha atenção para o professor que estava falando algo que, por mais que eu tentasse, não conseguia entender.

Durante toda as duas aulas não prestei atenção em nada. Estava com um surto de falta de atenção. E quando a aula acabou, levantei e saí da sala sem esperar o Alan, que corria atrás de mim gritando o meu nome.
Sei lá por que eu estava daquele jeito... Será que eu estou doente? Ou será outra coisa?
Saí correndo do colégio. Eu estava com medo do que poderia estar sentindo (com certeza não era doença). Comecei a sentir isso ontem, com o Alan e a Viollet. Sentei num banco e, só depois de um bom tempo, percebi o Alan do meu lado me encarando confuso. Forcei um sorriso e sem que eu me desse conta, ele estava me abraçando. Acho que eu devia está super vermelha, ainda não tinha me acostumado com o "povo" me abraçando.
— Por que você me abraçou? - perguntei.

— Não sei. Foi automático.
Ficamos longos minutos trocando olhares. Quando olhamos para nossa frente, uma garota irada (sim, a Viollet) começa a gritar.

— SEUS MERDA! COMO ME DEIXAM FEITO UMA IDIOTA, ESPERANDO O CASALZINHO NO REFEITÓRIO E NÃO APARECEM?

Foi aí que lembrei de ter combinado de encontrar ela no refeitório depois da aula de artes. Comecei a rir, era sei lá, algo novo para mim rir a toa. Me recuperei do ataque de risos e disse para a Vi, que olhava para mim e o Alan furiosa:
— Desculpe. Eu acabei me esquecendo... - nem cheguei a terminar. A Viollet me interrompeu.
— Okay. Okay, senhorita Melanny. Eu desculpo os dois, mas... - ela nos encarou com um sorriso que me arrepiou toda e, continuou - Quero que vocês vão comigo, assistir a estreia do filme The Runaways. - um sorrisinho pidão estava estampado no rosto dela.
A Viollet não precisava de tudo isso para que eu fosse no cinema com ela (sou completamente apaixonada por essa banda!). Estou a um tempão esperando o lançamento desse filme e iria de qualquer jeito.
— Já estou lá. - olhei para o Alan esperando a resposta dele.
— Já que a Mel vai, eu vou também.
— Amo vocês!! - disse a garota com um sorriso de satisfação.
Fomos para as aulas chatas e combinamos de nos falarmos depois para marcarmos de irmos ao cinema.
(...)
Assim que as aulas acabaram, saí praticamente correndo para falar com o Alan e a Viollet. Nos encontramos na saída e, sem mais demanda, a Vi disse:
— Então, nos encontramos no cinema?
— Bem... Tem como passarem na minha casa para irmos juntos? - digo com um sorriso sem graça.
— Eu te busco Mel. - disse o Allan todo animadinho.
— É melhor irmos todos juntos mesmo. Você passa também na minha casa Alan.
Eu já ia saindo quando o Alan me chamou.
— Espera aí Melany. Onde é que você mora?
— Eu não sei te explicar, porque não decorei o nome da rua... - fiquei pensativa e completei. - Você pode ir comigo e eu te mostro onde eu moro.
— Então tá. - disse ele com um sorriso de orelha a orelha.
— Vamos Viollet? - chamei a garota.
O Alan diminuiu o sorriso e eu aumentei o meu rindo feito uma doida. Entramos no carro dele (eu nem sabia que ele tinha um, mas, deixa quieto), ele deu partida. Em pouco mais de vinte minutos, estávamos na frente de minha casa. A Vi me olhou espantada.
— Caralho Mel! você mora aqui? -e la apontou para minha casa.
— Sim.
Saímos do carro. Parei na porta e peguei a chave na mochila.
— Aprenderam onde eu moro? - abri a porta.
— Sim. - disse os dois juntos.
Entrei puxando os dois para dentro.
— Querem comer alguma coisa?
— Eu quero. - respondeu a Vi quase gritando de empolgação.
— E você Alan?
— Um suco, pode ser?
— Vou ver se tem.
Levei os dois para a cozinha e abri a geladeira tirando o bolo de cenoura e a jarra de suco colocando no balcão (ainda não sei por que tem aquele balcão no meio da cozinha!) me sentando logo em seguida com eles para comer.
Estava um silêncio chato, até que meu pai chegou na cozinha.
— Mel?
Nos viramos para trás e vi ele parado me olhando. Olhei pros meus amigos (minha nossa! Eu não sei por que, mas parece que somos amigos a bastante tempo).
— O que foi Clarck? - perguntei irritada.
— Nada. - ele saiu com cara de sem graça.
— Acho melhor eu ir embora. - o Alan se levantou.
— Eu também...tenho que procurar uma roupa para ir ao cinema.
Os acompanhei até a porta.
— Até mais tarde então? - eles concordaram e foram embora.
Peguei minha mochila e subi para meu quarto. Pulei na cama e ri de mim mesma. Okay, em 2 dois dias, fiz amigos e, para quem nunca teve um antes, agora tenho dois.
Alguém bate na porta cortando meu momento.
— Mel?
— Sim. Quem fala é a própria. O que deseja?
— Posso entrar? - pergunta meu pai.
— Pode.
Meu pai entra.
— Quem são aqueles dois que estavam aqui? 
— Para quê você quer saber?
— Por que? Ainda pergunta? - ele estava com cara de poucos amigos.
— Meus amigos. - disse eu rindo. - Algum problema?
Ele fez uma expressão de surpresa.
— Nenhum. - ele saiu do meu quarto.
Caramba, como eu sou mal!
É estranho chamar o Alan e a Viollet de amigos (eu só os conheço a dois dias), mas enfim, o que devo vestir?


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Notas finais do capítulo

Será que a Melanny vai mudar?
O que acharam do capítulo?



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