Aprendendo a viver novamente escrita por Becka Nolasco


Capítulo 3
Nova cidade, novo colégio, nova vida...


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, aqui está o terceiro capítulo.
Quero agradecer a The Life is pretty que comentou e favoritou minha história. Obrigada fofa!
Espero que gostem!



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Cheguei em New York em uma sexta-feira a tarde e tratei muito mal o meu pai, mas até agora, não me arrependi.

Durante todo o final de semana, não troquei uma só palavra com ele, o evitei ao máximo ficando trancada em meu quarto (sem fazer nada, para variar)e, só saí para ir a cozinha (odeio ficar com fome!).
Segunda de manhã, por volta das 7:00 horas da manhã, alguém entrou no meu quarto me chamando. Abriu a janela e a luz do sol foi direto para o meu rosto fazendo com que eu abrisse um dos meus olhos. Era uma senhora, que logo depois saiu do meu quarto. Voltei a dormir (por meros cinco minutos).
Meu pai entrou no quarto, puxou meu cobertor. Abri os meus olhos e o encarei.
— É melhor você se levantar e se arrumar logo ou irá chegar atrasada no novo colégio.

Me virei para o outro lado me encolhendo e ele começou a me cutucar. Me virei para ele irritada.

— Que merda Clarck! sai do meu quarto e me deixe dormir!

Meu pai me olhou assustado com o fato de eu tê-lo chamado pelo nome e não de pai. Ele se virou dando as costas para mim e andou até a porta.
— Estou te esperando lá em baixo para tomarmos café. Não demore.

Ele saiu e fechou a porta com força (melhor dizendo, quase a arrancou fora).
Levantei e fui para o banheiro, fiz minhas higienes pessoais e peguei algumas peças de roupa no meu armário (sou apaixonada por moda desde pequena e, misturar vários estilos é o que mais gosto de fazer).

~Um bom tempo depois~

Achei o look perfeito para ir ao primeiro dia de aula. Terminei de me arrumar, apanhei minha mochila e desci para a cozinha. Tomei meu café (que foi só um copo de suco de laranja). Aquela mesma senhora, que havia ido no meu quarto, chegou lá e assim que me viu disse:

— Senhorita, por que não está tomando café da manhã com seu pai? - perguntou.

— Porque eu não quero! - respondo rudemente.

— Mas que garota mal educada!

A olhei com raiva, mas não quis dar uma resposta novamente.

Meu pai me chamou.

— Melanny, vamos logo. Você já está atrasada.

Logo depois ele foi para a garagem e eu fui logo em seguida, atrás dele. Entrei no carro e sentei no banco da frente. Meu pai entrou no carro e para ignorá-lo, peguei meu iPhod e comecei a escutar música. Fomos para o colégio.

Durante todo o caminho, prestei atenção em cada esquina, cada comércio.
Quando chegamos, ele parou o carro no meio-fio e se virou para mim.

— Bem, este é o seu novo colégio. Apesar que eu preferia te matricular em um particular, mas sua mãe não deixou. Você só tem que ir na diretoria falar com a Sra.Torres e ela irá te mostrar o colégio.

Peguei minha mochila e saí do carro. Antes que eu me afastasse, meu pai me chamou e me virei novamente para ele.

— Boa sorte filha! - desejou ele de forma fofa. Revirei os olhos.
Antes que eu me virasse, ele apanhou a carteira, tirou 50 dólares e me deu. Agradeci com um sorrisinho.

— Então, até mais tarde. Venho te buscar.

Não respondi nada e continuei andando.
Acabei ficando tão distraída mandando uma mensagem para minha mãe, que acabei me esbarrando em um garoto muito GATO.

— Me desculpe!

Olhei para ele e senti minhas bochechas corarem. Ele não parava de me encarar.
— Nossa! você é muito lindo! -- resmungo.

Para o meu azar, ele me ouviu e com um sorriso me ajudou a levantar.

— Então você é nova aqui no Boarding school?

— Sim.

— Você é de onde?

— Sou de San Francisco.

— Hum... E qual é o seu nome? - perguntou me fazendo rir.

—Você não acha que tá querendo saber demais? - pergunto e arqueio uma sobrancelha.

Ele ficou sem graça.

— Já que está aqui me fazendo esse tanto de perguntas, pode me dizer onde é a diretoria?

— Sim. Claro.

Ele me conduziu pelo colégio e, após um tempo caminhando pelos corredores, paramos em frente a uma sala.
— Aqui é a sala da diretora. - disse ele finalmente. – Bem, eu tenho que ir para a aula, até mais. - ele sorrio e saiu.

Dei um tchau tentando me contendo para não suspirar (está bem, confesso, dei um suspiro meio alto).
Bati na porta e uma senhora de meia idade abriu, me olhou de cima a baixo.
— O que você deseja? - perguntou rudemente.

— É... Eu sou nova aqui e meu pai pediu para vir falar com a senhora.

— Você é Melanny Jhonson?

— Sim. - respondo hesitante.

Ela sorriu de forma meiga e me convidou para entrar na sala. Assim que entrei, sentei numa cadeira enquanto a diretora mexia em umas papeladas na mesa dela. Após uns minutos, ela me entregou um papel.

— Aqui estão seus horários, o número do seu armário, a senha e, seja bem vinda a Boarding school.

Resmunguei um obrigada e saí da sala. Dei uma lida rápida no papel que ela havia me dado. Eu tinha aula de química. Olhei o número do meu armário e fui procurar por ele.
Quando achei o armário, coloquei minha coisas lá e só peguei o necessário. Olhei novamente o papel e fui procurar o laboratório.

~Uns 10 minutos depois~

Finalmente achei. Bati na porta e fiquei esperando, o professor abriu e me encarou.
— O que deseja?

— Bem, sou a aluna nova.

Ele não disse nada, apenas abriu passagem para mim. Entrei e procurei uma cadeira. Só tinha uma ao lado de uma garota de cabelos castanho avermelhado e pele branca, andei apressadamente e me sentei. A garota me encarou e tentou puxar papo.

— Oi, sou a Viollet.
A olhei desinteressada.
— Oi.
— Você é nova aqui, né?
— Sim.
Ela ficou em silêncio, mas depois continuou.
— Qual é o seu nome?
Eu a deixei no vácuo por uns minutos, mas depois eu decidi responder.
— Meu nome é Melanny Jhonson.
— Muito bonito o seu nome!
Depois ambas começamos a prestar atenção na aula.
~Um torturante tempo depois~

Aquela aula finalmente acabou. Apanhei minhas coisas e levantei. A Viollet fez o mesmo.
— Bem...você que conhece o colégio, poderia me dizer onde é o refeitório?

— Claro. Estou indo para lá. - ela riu animada e me puxou.

Antes que saíssemos do laboratório, esbarrei em um garoto que estava de costas para mim. Assim que ele se virou, quase tive um treco do coração quando vi quem era. Ele me encarou e abriu um sorriso enorme.

— Olha só. A garota de San Francisco.

— O garoto curioso. - digo rapidamente tentando passar por ele.

—É... Nos encontramos novamente.

— Hum... Legal! - digo fingindo que não me importava.

— Agora pode me dizer seu nome?

— Você não desiste né? 

Ele se aproximou mais de mim.

— Nunca.

Dei um sorrisinho.

— Se for para você parar de me encher, eu digo... Melanny Jhonson.

— Bom saber.

Ele me abraçou para a minha surpresa.
— Eu sou Alan Meckfield.— diz se afastando e sorrindo, obviamente se divertindo com minha cara de trouxa.

— Hum. - resmungo ainda sem jeito.

Sem esperar que ele continuasse a conversar comigo, saí do laboratório com a viollet atrás de mim pasma. Assim que nos distanciamos do Alan, ela começou a falar.

— O que foi aquilo? - perguntou.

— Aquilo o que? - pergunto tentando parecer desinteressada, como se não soubesse do que ela estava falando.

— Do Alan. Ele nunca dá bola para nenhuma garota.

Quando ela disse isso, fiquei muito feliz (ele tava me dando bola) e me sentindo a "toda toda".
— Hum, sério? - dou uma de desinteressada.

— Sim. Ele é um dos garotos mais disputado do colégio. Toda garota é afim dele.
— Bom pra ele.

Ela me olhou como se eu fosse uma sei lá o quê, e disse indignada:

— O garoto mais lindo do colégio está te dando mole. Como você conseguiu isso?

Dei um sorrisinho.

— Absolutamente nada. - digo revirando os olhos.

— Você só está aqui a menos de um dia e já conseguiu o Alan a seus pés, caramba, você é minha "Heroína"! - diz ela com um tom brincalhão.

— Não exagere Viollet!

Quando chegamos no refeitório, todos me olharam como se eu fosse "estranha", nem me importei. Comprei um suco de laranja e uma fatia de torta, paguei e me sentei numa mesa com a Viollet.
Ficamos em silêncio comendo, até que o Alan chegou, sentou ao meu lado e me abraçou como se fôssemos íntimos(fiquei muito vermelha e sem graça).
— Pode parar de me abraçar? - peço irritada.

— Não. - responde ele de forma provocativa.

O empurrei de uma forma meio violenta (todos nos olhavam de boca aberta, como se fôssemos uma celebridade). Levantei puxando a Viollet e saímos de lá. Quando penso que não, está o Alan atrás de mim gritando.

— EI. ESPERA AÍ.

Parei e o esperei. Ele se aproximou rapidamente e parou na minha frente.

— Desculpe?

—A cho que você não tem amor a sua vida! - digo furiosa.

Ele riu.

— Acho que não tenho mesmo!

Bem, eu não disse mais nada, afinal de contas, não tinha o que falar. Continuei andando e saí do colégio como se estivesse indo embora. Parei em um banco e me sentei. Queria ficar sozinha. Não consegui tal proeza. Viollet e Alan vieram atrás de mim e sentaram cada um de cada lado.

— Acho que vocês não vão me deixar em paz! - concluo. – Droga! Mal cheguei aqui e já estou querendo ir embora. - resmungo.

Eles apenas disseram juntos:

— Você é legal!

Os olhei pasma.

— Vocês são loucos ou o quê?

— Bem Melanny, você é diferente de todos aqui. - diz a Viollet me encarando.

— Não vou larga do seu pé até que sair comigo. - diz o Alan com um sorriso malicioso.

Comecei a rir. Pela primeira vez, achei pessoas que eu não queria matar (mesmo aparentando isso). Fiquei fitando o chão por um tempo.

— Gostei de vocês! - digo finalmente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram?
Então comentem....



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