Aprendendo a viver novamente escrita por Becka Nolasco


Capítulo 2
Rumo a New York


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!
Boa Leitura!



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Desde que aceitei ir morar em New York com meu pai, procurei enrolar para viajar ao máximo. Infelizmente uma semana depois, minha passagem havia sido comprada, ou seja, não tinha como mudar de ideia, eu teria que ir.

No dia da partida, enquanto eu me arrumava, minha mãe me apressava.

— Mel, vamos logo. Já está enrolando nesse quarto há duas horas.

— Já vou mãe. Temos bastante tempo ainda.

Terminei de arrumar meu cabelo, apanhei minha mochila e desci a escada lentamente analisando cada detalhe da minha casa. Detive-me por alguns segundos, respirei fundo tomando coragem e me dirigi para a porta. Quando saí de casa, minhas malas já estavam no carro e minha mãe me esperava junto a ele.
Antes de entrar no carro, dei uma última olhada para minha casa e me deu um aperto no coração. Eu nunca mais poderia chamá-la de "minha casa". Sem que pudesse evitar, uma lágrima rolou pelo meu rosto, borrando um pouco minha maquiagem que demorei um tempão para fazer, mas não me importei. Entrei no carro e fomos para o aeroporto.
Durante todo o percurso não trocamos uma só palavra. Nem me importei. Meus pensamentos estavam mergulhados de lembranças (boas e ruins) daquela cidade que demoraria muito para eu voltar a ver.

Ao chegarmos no aeroporto, faltava menos de uma hora para o meu voo decolar. Ajudei minha mãe a carregar as malas (que não eram poucas, devido ao fato de estar de mudanças para morar com meu pai).
Quando estava esperando na sala de embarque, agradeci muito por minha mãe poder esperar comigo, já que eu era de menor. Então, ela começou a chorar (já estava começando a estranhar, porque ela é muito, quando digo muito, é muito sentimental mesmo) e me abraçou.

— Mel, eu vou sentir muito a sua falta! - diz ela em meio aos soluços.

— Eu também mamãe.

— Não se esqueça de me ligar todos os dias.

— Tá bom SENHORA SARA. Mãe super preocupada com a vida sem graça da filha. - forcei um sorriso.

E então ouvi, o meu voo sendo chamado:

— Passageiros do voo 726 com destino a New York, queiram se dirigir ao portão de embarque 23.

Levantei, dei um último abraço na minha mãe. Comecei a andar, olhei para trás e ela vez um sinal com a mão de que era para que eu ligasse, ri e me dirigi para embarcar.

Quando entrei no avião, sentei na minha poltrona na janela, peguei meu iPhod e coloquei a música Bring Me To Life, da Evanescence, no último volume e esqueci de tudo.
Uma hora depois, acabei dormindo. Acordei quando o avião estava pousando em New York. Desembarquei e fui pegar minhas malas, foi aí que eu o vi. Sim, o meu pai. Ele que me esperava e, assim que me viu, abriu um sorriso e veio em minha direção.
— Mel, como você ficou bonita! - diz ele enquanto se aproximava. – Nem parece aquela garota... 

— Eu tenho dezesseis anos. - digo o interrompendo. – Logo logo, faço dezessete, então pode parar com esse papo. Só faz dois anos que você não me ver. - entreguei algumas malas para ele, o que deixou surpreso e comecei a andar.

Parei e olhei para trás. Ele ainda estava parado (eu acho que estava ainda procurando entender o que havia acabado de acontecer) então gritei.

— EU NÃO SOU ADIVINHA PARA SABER ONDE SEU CARRO ESTÁ ESTACIONADO, ENTÃO É MELHOR VOCÊ ME MOSTRAR.

Ele começou a andar um pouco desengonçado devido ao fato do tanto de malas que dei para que carregasse.

Assim que chegamos onde o carro estava estacionado, o ajudei a colocar as malas no porta-malas e depois entrei para dentro do veículo, pegando novamente meu iPhod e, começando a ouvi minhas músicas de novo (o que me fez ignorá-lo por completo). Ele entrou também.
Em cinco minutos, eu já estava observando ruas mais movimentadas e barulhentas do que as de San Francisco. Passamos em frente ao Central Park (que é realmente enorme). Enfim chegamos. Paramos em frente a uma casa grande de dois andares de cores azul claro com detalhes branco, o que me deixou um pouco surpresa já que meu pai morava sozinho (ou eu estava enganada?).
Saí do carro e fui ajudá-lo a carregar as malas. Assim que entrei dentro da casa, quase caí de costas. Ela era simplesmente linda e muito bem decorada. Tinha uma escada na direita perto da porta de entrada e uma sala de visitas enorme. Perfeita!
Meu pai começou a subir as escadas e, quando chegou lá em cima me chamou.
— SEU QUARTO É AQUI EM CIMA.
Comecei a subir, quando cheguei lá, me deparei com um corredor cheio de portas. Meu pai entrou na primeira porta a direita, deixou as malas dentro e saiu. Então eu entrei no que parecia ser o meu quarto.  

Simplesmente lindo!

Ele tinha uma cama de madeira pintada de branco situada no centro cômodo, uma estante branca, uma escrivaninha junto da cama, um banheiro e, para completar, uma janela com vista para a rua. Toda a mobília, combinava com o quarto.
Coloquei as malas que carregava no chão e pulei na cama. Fiquei deitada olhando para o teto (ela era super confortável). Foi aí que levei o maior susto. Meu pai estava parado na porta me olhando. Dei um pulo e me pus de pé.
— O que você achou do quarto? Gostou? - um sorriso de satisfação se formou no rosto dele. – Os moveis foram feitos especialmente para você. - diz ele com orgulho.
— Não gostei muito. - menti. – Prefiro o que eu tinha em San Francisco. 
Ele ficou parado e depois saiu sem falar mais nada. Fechei a porta e me sentei na cama com um sorrisinho sínico. Havia mentido para o meu pai, já que eu amei o quarto. Me deitei novamente.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Será que Melanny vai mudar a forma de tratar o pai?
Então comentem, comentem por favor.