Aprendendo a viver novamente escrita por Becka Nolasco


Capítulo 10
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Não me matem pela demora. Na semana passada viajei e fiquei sem internet para postar o capítulo... Mas está aí ele.
Boa leitura!



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Algumas semanas depois, eu ainda sentia remorso por aquele beijo. O Alan mal falava comigo e estava me evitando de todas as formas.

— Eu não sei o que eu fiz Vi! – suspirei tristemente.

Ela me encarou com um olhar de que a resposta era óbvia.

— Sério mesmo que você não sabe Melanny? – perguntou ela ironicamente.

— Se eu soubesse, não estaria com essa cara de bunda! –e u usei toda a minha ignorância acumulada. – O que eu poderia ter feito para o Alan, Viollet?

— Deixa de ser tão cavala Melanny! – ela colocou o fone e começou a me ignorar.

A Viollet ama pirraçar!

Levantei e sai deixando ela sozinha no refeitório.

Eu estava com a cabeça cheia. Eu precisava de alguma coisa para esvaziá-la. Eu precisava me acalmar.

— Melanny? - me virei e vi o Alan.

— A-a-alan? – provavelmente eu fiz uma cara de surpresa muito bizarra.

— Quero falar com você. – ele sorriu, o que deve ser um bom sinal.

— Pode falar. – não pude evitar um sorriso de orelha a orelha.

Ele pegou na minha mão e eu pude sentir todo o meu corpo formigar. Meu mundo parou. Mil borboletas batia as asas no meu estômago. Meu coração acelerou e batia tão rápido que tive muito medo que ele pudesse ouvir.

Alan me puxou para o gramado em frente ao colégio e sentamos embaixo de uma árvore.

— Mel... Eu quero te pedir desculpas. – ele tinha um olhar envergonhado.

— Não precisa pedir desculpas. - digo com a voz um pouco trêmula.
—Sim eu preciso. – ele segurou minha mão e a apertou de uma forma carinhosa. – Eu fui um idiota por ter te evitado por um mês.

Eu não havia percebido que tinha um mês que ele me evitava.

— Você não me deve um pedido de desculpas, mas mesmo assim eu te desculpo.

Um sorriso gigante se formou no rosto dele. Ele se aproximou de mim e o meu coração começou a bater mais forte e estava praticamente saindo pela boca.

Sou muito idiota em pensar nisso, mas tenho uma impressão de que está rolando um CLIMÃO entre mim e o Alan.

Estávamos a pouquinhos centímetros quando escuto uma voz familiar me chamar.

— Mel. – me viro e o Dylan estava em pé atrás de mim.

Eu e o Alan levantamos ao mesmo tempo.

— Como é bom te ver. – o Dylan me puxou e me deu um selinho meio demorado. Realmente fiquei vermelha e, pude perceber o olhar fulminante do Alan em mim e no Dylan. - Sabe a quanto tempo estou tentando te ver?

— N-n-nã-ão. – gaguejei.

— Um mês. – diz ele com ênfase.

— Nossa! Tudo isso? – pergunto tentando não parecer nervosa com aquela situação.

— Eu estava querendo te ver.... – ele sorriu. – Quer sair comigo? - perguntou ele de uma só vez.
Aquela situação estava altamente constrangedora!
— Sair com você?

— Bem, se você aceitar... – ele deixou a frase no ar.

Olhei para os dois garotos e fiquei dividida entre o desejo de aceitar sair com o Dylan e o de não sair com ele e ficar sem aquela culpa.

— Eu aceito.

Não encarei o Alan porque não tinha coragem. Senti uma pontada de arrependimento por ter aceitado o convite do Dylan, mas por outro lado (o outro lado, mal e louco) eu tinha uma vontade e uma curiosidade de saber no que esse encontro ia dar.

— Depois do colégio está bom pra você? – pergunta o Dylan.

— Sim.

Olhei pro meu lado e percebi que o Alan não estava mais lá. Saí correndo a procura dele e deixei o Dylan para trás.

(...)

Já estava na hora de bater o sinal e meu estômago dava voltas e mais voltas ameaçando por tudo o que eu comi para fora.

— Por favor Vi, se ver o Alan, fala que eu sinto muito!

— Eu falo, agora retoca logo essa maquiagem.

O sinal toca na hora que termino de retocar a maquiagem e ajeitar a roupa.

— Você está pronta para arrasar com o Dylan. – tentei ignorar a malícia que tinha no tom de voz da Vi e sorri.

O Dylan estava me esperando na saída. Respirei fundo e caminhei até ele.

— Vamos? – perguntei.

— Claro!

Caminhamos um ao lado do outro até o estacionamento. Ele parou em frente a um carro preto e destravou as portas. Entramos no carro e ele deu partida. Fiquei com vontade de pergunta para onde ele ia me levar, mas preferir ficar calada e pensar no que eu estava fazendo.

Não sei quanto tempo demorou até o Dylan chegar ao destino, até então desconhecido por mim.

— Desculpe não ter te dito para onde eu ia te levar. Eu queria fazer uma surpresa. – ele sorriu. 

— Acho que você é ótimo em fazer surpresas!

Eu percebi no momento em que vi a Estátua da Liberdade, que esse encontro valeria a pena!!

O Dylan pegou a minha mão e caminhamos para, provavelmente, irmos pegar o barco para atravessar e chegar a Estátua da Liberdade.

Eu e ele chegamos ao topo da estátua e, era realmente de tirar o fôlego a vista que tínhamos dali.

— Nossa! Que incrível!! – me virei para o Dylan com um olhar de gratidão por ele está sendo o responsável pela vista inacreditável que eu estava tendo.

— Eu sabia que você ia gostar! – ele estava me encarando e, por mais que eu tentasse desviar o olhar dele, não conseguia.

— Obrigada. – eu estava meio sem graça, mas não me importei com o olhar dele cravado em mim, não mais...

Ele se aproximou de mim lentamente e me puxou pela cintura.

— Não tem do que agradecer Mel.

Por longos cinco minutos ficamos nos olhando, até que o inevitável aconteceu... Ele me beijou e eu simplesmente correspondi.

Fiquei surpresa com o desejo de mais, quando separamos nossos lábios. Eu realmente poderia classificar esse beijo como o melhor que eu recebi (Não que eu tivesse recebido muitos).

Odeio quando meu lado inconsequente me domina. Eu sempre faço coisas impensadas e, que lá na frente eu sei que irei me arrepender. Mas naquele momento, não pensei direito quando beijei o Dylan novamente!

Aquele cenário romântico deve ter me deixado doida! Não era possível que eu me permitisse ficar com o Dylan!

Ficamos abraçados vendo o sol se pôr. Eu não estava sentindo culpa naquele momento, mas no fundo eu sabia que assim que pisasse com os meus pés em casa, ela viria.

— Acho melhor eu ir embora. – digo com um pesar por não pôde contemplar mais aquela vista da cidade de New York.

— Claro! Eu te levo.

(...)

Ele parou em frente à minha casa e me encarou.

— Até breve Mel.

— Obrigada pela tarde incrível. Nos vemos amanhã.

Eu abri a porta do carro e, antes que eu saísse, dei um rápido selinho nele. Saí do carro e caminhei sem nenhuma pressa para casa. Parei na porta e me virei para acenar para ele. Entrei em casa e dei de cara com o meu pai.

— Que susto Clarck! - digo pondo a mão no coração.

— A onde você estava até essa hora e, quem era aquele garoto com que você chegou?

— Não sabe dizer uma boa tarde... - olho para a janela e vejo tudo escuro. – Ou um boa noite?

Deixei ele sem a resposta e subi para o meu quarto.

Nesse momento eu deixei meus pensamentos voarem e para minha surpresa veio o Alan na minha cabeça. Há um mês atrás eu desisti de tentar parar de pensar nele. Todas as minhas tentativas foram apenas motivos para mais pensar nele, então decidi não tentar mais afastá-lo de meus pensamentos. Eu sei que gosto do Alan, afinal ele foi meu primeiro amigo e, isso é algo importante para mim... Ele é importante para mim assim como a Viollet é.

Me joguei na cama e deixei que as minhas memórias do Alan tomasse conta de mim. E com elas, vieram aquele sentimento de culpa.
Comecei a chorar, mesmo sem entender o motivo pelo qual eu estava chorando, desfrutei de cada lágrima derramada e todas as lembranças terríveis da minha vida, que faziam parte dos meus piores pesadelos, me dominaram por completo, fazendo então, que novamente eu sentisse aquela vontade inevitável...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e, que não queiram me matar por causa do Dylan!!
O que acharam? Gostaram do capítulo, ou não?
O comentário de vocês são importante para a melhoria da fanfic e para mim. Espero pelas críticas de vocês.



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