O Voto Perpétuo escrita por Crazy Lovegood


Capítulo 14
Trouxa Por algumas Horas


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!! Estou de volta pra mais um cap! Eu gostaria de agradecer a Rainha do Nilo pela recomendação incrível! Muitíssimo obrigada querida, adorei. ;D
Espero que gostem!



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Algumas semanas se passaram desde que eu contei aos meus amigos sobre a gravidez, eu e Malfoy decidimos esperar um pouco para contar aos meus pais e a mãe dele.
Em uma tarde chuvosa de terça, estávamos eu e Malfoy sentados na nossa sala comunal, eu estava lendo um livro sobre runas e me peguei pensando em como minha vida mudou em questão de meses, em um dia eu estava na Disneyland viajando com meus pais e no outro eu descubro que meus pais na verdade não são meus pais e que eu sou irmã do meu melhor amigo e sou filha de Thiago e Lilian Potter e como se tudo isso não bastasse eu teria que casar com Draco Malfoy a pessoa que eu mais odeio no mundo e teria que ter um bebê com ele, tudo isso por causa de um voto perpétuo que a minha mãe fez com a mãe dele e se esse voto não for comprido eu, a senhora Malfoy e o Malfoy morreríamos, realmente isso pode enlouquecer uma pessoa, ah, mas pelo menos uma coisa é boa, eu estou grávida do Malfoy, ok, em uma situação normal isso não seria nada bom, mas como mais cedo ou mais tarde isso aconteceria... Pelo menos agora metade do voto já foi cumprido!...

—Ei, Granger, GRANGER? –ouvi Malfoy me chamar e acordei de meus pensamentos.

—O que foi Malfoy? –

—Nada, é só que eu achei que tinha desmaiado, já que faz uns quinze minutos que você parou nessa pagina do seu livro de, umas mil paginas, como você consegue ler tudo isso tão rápido? –

—É que eu sou uma menina muito focada no que estou fazendo e adoro ler, ao contrario de você Malfoy, agora será que eu posso voltar a ler meu livro? –

—Claro, sinta-se a vontade, ah tem mais uma coisa, sábado eu estou livre, se você estiver também poderíamos ir almoçar na minha casa ou na de seus pais para contar sobre a... –apontou para minha barriga.

—Ah sim, claro, vou enviar uma carta aos meus pais. –falei e me levantei para ir até o corujal.

“Queridos mamãe e papai,

Queria saber poderia almoçar nesse sábado com vocês, gostaria de apresentar uma pessoa a vocês e tenho uma novidade para contar que acho que vocês vão gostar.

 Com amor, Mione.  "                  

Terminei de escrever a carta e enviei por uma das corujas que ficavam no corujal.  A semana passou rápida e na lá estava eu em uma sexta a tarde sentada no jardim em frente ao lago lendo um livro qualquer quando sinto uma pessoa se aproximando de mim, era Dylan.

—Olá Granger, como vai? –

—Muito bem Peter e você? –

—É até que vou indo bem... –falou sorridente, algo que é muito difícil de ver, o sorriso de Dylan.

—Mas olha só o que temos por aqui, um Dylan sorridente, isso não é nada comum. –

—Ah qual é Granger, eu sou super sorridente. –disse sarcástico.

—Não é mesmo! –falei rindo.

—Ta, ok, você venceu, eu não sou muito sorridente, é que meus dentes são tão lindos que eu tenho medo de causar inveja as outras pessoas quando sorrio. –ficamos um tempo rindo e conversando até que eu vi uma cabeleira ruiva vindo em minha direção com uma cara nada boa.

—Merlin, Gina o que foi que aconteceu com você? Parece que vinte testrálios passaram a noite pulando em cima de você. –

—Acho que foi isso mesmo que aconteceu Mione. –

—Mas o que houve Gi? –perguntei e ouvi o som de uma risada ao fundo, lembrei que Dylan ainda estava ali.

—Ta rindo do quê Peter? –perguntou Gina irritada.

—To rindo dessa sua cabeça que parece uma cenoura Weasley, até mais Mione. –respondeu Dylan.

—Estúpido! –

—O que foi Gina ele não fez nada a você, porque esta tão irritada? –

—Ah Mione, você nem sabe, passei a noite toda chorando... –Gina estava contando antes de ser interrompida por Luna.

—Ola meninas! –disse Luna alegre - Gina que cara é essa? O que aconteceu?-

—Bom como eu estava contando, passei a noite toda chorando, estou de tpm e o Harry esta fazendo muita falta pra mim, eu ainda o amo.... –ela disse com os olhos marejados.

—Ahh amiga, não fica assim, você vão voltar. –Luna tentou acalmar ela, mas não adiantou muito porque ela caiu no choro. Coloquei a ruiva deitada no meu colo e ficamos ali um bom tempo conversando e a acalmando. 
Acordei no sábado de manhã cedo para ir almoçar na casa dos meus pais. Assim que sai do banho passei no quarto do Malfoy e o chamei, eu sabia que se eu não o acordasse ele não lembraria de que íamos sair. Estava de toalha passando meus cremes quando Malfoy entra no meu quarto sem permissão, fiquei vermelha de vergonha.

—Granger, que roupa eu devo usar? –

—Malfoy seu idiota, você não sabe bater na porta? –

—Relaxa Granger, eu já te vi com muito menos roupas do que isso. –falou com um olhar sedutor.

—Idiota-resmunguei. –sei lá, coloca algum tipo de roupa trouxa. –

—Tudo bem, eu tenho algumas roupas de grifes trouxas. –falou ao sair do quarto.
Decidi colocar um vestido simples azul sem nenhum detalhe, mas com um corte muito bonito, coloquei saltos nude e um colar com pedras azuis e salmão que meu pai me deu de natal. 

Estava terminando de fazer a minha maquiagem e mais uma vez Malfoy entrou no meu quarto sem pedir, isso já tava me irritando.

—Que tal Granger, to gostosão né? –disse sem um pingo de modéstia, mas preciso confessar, ele ficou realmente muito bonito naquela roupa, mas é claro que eu não vou dizer isso a ele.

—Até que ta legalzinho –

—Ah Granger, qual é, confessa que você me achou maravilhoso nessa roupa. – disse com um sorriso galante.

—Há-ri debochadamente e continuei o que estava fazendo.

—Confessa Hermione. –ele disse já bem próximo das minhas costas quase encostando nossos corpos, me arrepiei no mesmo segundo em que seus lábios tocaram na curva do meu pescoço.

—Malfoy, será que você pode me dar licença? –pedi saindo de perto dele.

—Granger, eu sei que você esta louca pra me beijar –

—Ah com certeza, da um tempo seu loira aguado. -

—Ta bom, vou acreditar Granger... –falou e finalmente saiu do quarto.  Assim que fiquei pronta desci porque já estávamos muito atrasados e logo o trem partiria.

—Malfoy, já esta pronto para ser trouxa por algumas horas? –perguntei ao encontrá-lo atirado em cima do sofá.

—Nunca pensei que diria isso,mas sim eu estou Granger. –sorri de forma debochada e seguimos até a estação. Em quanto os minutos passavam a caminho da estação King’s Cross eu estava pensando sobre o que aconteceria nos próximos meses e até anos da minha vida, por sinal nos últimos meses eu quase sempre me pego pensando nisso.

—Malfoy, você já pensou em como vai ser como pai? –perguntei. Ele que estava lendo O Profeta Diário ao ouvir a pergunta ele tirou os olhos do que estava lendo e seu olhar parou em um ponto qualquer da paisagem que corria através da janela.

—Sabe Granger, pra ser sincero eu nunca parei pra pensar no que esta acontecendo, não é só sobre o bebê, mas também sobre o casamento e tudo mais, minha vida mudou muito nos últimos meses, até pouco tempo atrás tudo que eu fazia era ir à festa, ficar com garotas e estudar, agora, eu preciso sustentar um casamento sem amor e criar o meu filho... –Ao o ouvir falar isso, eu percebi que talvez ele não fosse tão idiota e insensível-Mas não se preocupe, eu quero ser um bom pai e vou dar tudo de mim pra essa criança, quero ser o contrario do que meu pai foi comigo... –senti pena de ouvi-lo falando isso, eu sei que o Malfoy teve uma infância bem difícil, mas nunca achei que ele se importava com isso, mas também é bom saber que ele quer ser um bom pai, afinal eu quero que meu filho seja feliz.

—Obrigada Malfoy. –falei e sorri levemente. Mais algumas horas se passaram e logo chegamos em Londres. Assim que descemos do trem e passamos pela plataforma 9 ¾  avistei meus pais e fui correndo abraçá-los.

—Mamãe, papai, que saudade! –

—Mione! Também estávamos com muitas saudades suas, meu amor. –disse mamãe.

—Então filha, onde esta aquela pessoa que você queria nos apresentar? –papai perguntou interessado e lembrei-me do Malfoy que estava um pouco atrás de nós.

—Mãe, pai, esse é meu namorado Draco Malfoy... -eu e Malfoy tínhamos combinado de falaram que nos éramos namorados, assim seria mais fácil para meus pais aceitarem tudo que estava acontecendo.

—Ola Sr e Sra. Granger. –cumprimentou estendendo a mão aos meus pais que estavam um pouco chocados com a noticia. Meus pais sabiam dos Malfoys, sabiam quem eles eram, mas eu sei que eles aceitariam bem tudo isso, porque eles como boas pessoas sempre acreditaram que as pessoas podem mudar e se arrepender dos erros que cometeram.

—Ah meu querido venha cá. –disse mamãe sugerindo um abraço entre eles.

—Ola garoto. –cumprimentou papai com um aperto de mãos caloroso, mas com um leve tom ciúmes na voz. Fomos pra minha casa que ficava a poucos minutos da estação e quando entramos na rua, me veio muitas lembranças boa que tive ali, aquele era um lugar tranquilo para morar, as pessoas ficavam ate noite na rua conversando em quanto às crianças brincam rua, os vizinhos sempre muito unidos fazendo churrascos que comemorações aos domingos...

—Querida, porque você não mostra a casa ao seu namorado enquanto eu e seu pai colocamos a mesa? –sugeriu mamãe quando saímos do carro.

—Claro... –falei, mas sem vontade alguma de fingir ser um belo casal com Malfoy. Apresentei a casa toda a ele e respondi muitas perguntas como, “o que é isso? O que é televisão? Porque essas fotos não se movem? Mas o que diabos seria um computador? Onde vocês fazem suas poções? Ele realmente não sabe nada sobre os trouxas... Por fim decidi mostrar meu quarto a ele. Meu quarto era um dos meus lugares preferidos e era a minha cara também, ele era branco e tinha alguns detalhes em lilás, tinha uma estante enorme que ia do chão ao teto recheada de livros de todos os gêneros trouxas que existem.

—Que quarto pequeno. –disse Malfoy em um incrível tom de surpresa.

—É que os trouxas não costumam ter quartos do tamanho de uma quadra de quadribol. –ironizei e ele apenas deu de ombros.

—Filha, desça, o almoço esta servido. –ouvi minha mãe chamar do andar de baixo. Descemos e o almoço foi ate que legal, conversamos bastante e posso dizer que o Malfoy aprendeu muito sobre os trouxas, mas as vezes ele torcia o nariz com a comida diferente, já que essa foi a primeira vez em que ele comeu lasanha de carne e tomou refrigerante. Quando terminamos de almoçar e meus pais foram buscar a sobremesa decidi que seria à hora de contar sobre a gravidez.

—Mãe, pai, eu preciso contar algo a vocês. –falei com um pouco de receio.

—Conte filha. –encorajou meu pai.

—É que... Eu... Estou grávida. –falei um pouco baixo mais com certeza eles escutaram porque no mesmo segundo meu pai paralisou e ficou mais branco que um palmito.

—O que? Como assim Hermione Jean Granger? –disse minha mãe furiosa, eu sabia que ela não queria resposta, mas eu decidi arriscar.

—Ué mãe, aconteceu, você sabe bem como os bebês surgem e... Aconteceu me desculpem. –

—HERMIONE! COMO VOCÊ PODE SER TÃO IRRESPONSAVEL? –meu pai começou a gritar comigo e aquilo me deixou muito furiosa, porque ok eu fiz merda, mas eles não podem me chamar de irresponsável já que nunca me contaram que não são meus pais biológicos.

—Como assim eu sou irresponsável?  Vocês foram irresponsáveis ao nunca me contarem que não são meus pais biológicos, que eu sou filha de pessoas que ate poucos dias atrás era apenas pais do meu melhor amigo que morreram a 16 anos atrás. Então eu não acho que eu seja a única irresponsável por aqui. –falei com muitas lagrimas nos olhos que já não conseguia mais segurar.

—Desculpe filha- minha mãe disse com muitas lagrimas rolando pelo seu rosto. –Nós pensamos que se te contássemos isso você nos odiaria e nos queríamos proteja você também, afinal se todos nos seu mundo pensassem que era filha de nascidos trouxas poderia te proteger. –

—Eu sei mamãe, eu nunca os odiaria vocês sempre serão meus pais e eu os amo muito, mas eu acho que eu deveria saber disso desde sempre. E agora com esse bebê eu precisarei do apoio e do carinho de vocês, por favor, não me abandonem agora... –pedi sem poder controlar as lagrimas.

—Nunca te abandonaremos minha filha. –minha mãe disse, sorriu e me abraçou acolhedoramente. Meu pai que ate agora estava calado me lançou um sorriso protetor.

—Draco, você é o pai? –meu pai perguntou um pouco nervoso.

—Charles! –repreendeu mamãe.

—O que é, vai que não é. –ele se defendeu.

—Sim Sr. Granger, sou o pai do bebê. –

—Bom acho que devemos parabenizar vocês e esperamos que vocês sejam bons pais e cuidem bem do nosso netinho. –disse mamãe já orgulhosa com o fato de que será avó.

—Pode deixar Sra. Granger. –Malfoy respondeu antes que eu pudesse dizer algo.

—E não esqueçam que pode contar conosco pra qualquer coisa. –papai nos assegurou. Passamos o resto da tarde com meus pais e perto da noite chegar voltamos a estação para voltar a Hogwarts.
No caminho fui pensado que não foi tão difícil contar aos meus pais e agora estou mais segura com tudo que esta acontecendo, mesmo que tenha sido complicado fingir namorar Malfoy, mas agora passou e tudo que temos que fazer é contar a Sra. Malfoy, esperar os meses passarem  e ver no que isso vai dar.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal, o que acharam? Me contem, eu preciso saber!!
Espero que tenham gostado!
Bjoos.



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