The Last Flame of Fire escrita por Bea


Capítulo 7
Capítulo 7 - Darkness


Notas iniciais do capítulo

Hey o/. Mais um capítulo, aproveitando o feriado para atualizar a fic.



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Depois da 'pequena discussão' entre o grupo, Katsumi, Daisuke e Arisu continuaram seu caminho até Viridian, e quando eles finalmente conseguiram avistar as primeiras casas da cidade já estava anoitecendo, eles acabaram se atrasando devido a 'discussão', então, ao chegarem a cidade já se dirigiram ao Centro Pokémon para alugarem os quartos que iriam ficar a noite e no dia seguinte eles iriam ir todos ao ginásio, já que até mesmo Arisu não tinha a insígnia de Viridian, eles ficaram com um quarto razoavelmente grande, com três camas de solteiro e dois banheiros. Todos já estavam com seus pijamas, o pijama de Katsumi era uma blusa de um vermelho mais claro e uma calça branca comprida, Daisuke com uma blusa branca e calça preta comprida, e Arisu com uma blusa lilás e calça roxa comprida. Tudo indicava que seria uma noite tranquila, mas para Katsumi, não seria uma das melhores noites...

...

"Mas o quê? Que lugar é esse?" – Katsumi se deparava a um cenário não muito feliz, apenas as ruinas de casas restavam, o solo era completamente desigual, sem contar que estava todo queimado... Ou foram bombas que explodiram naquela local? Katsumi não sabia dizer. "Ahh não, não vai me dizer que eu estou tendo outros daqueles sonhos... Fazia até um tempinho que eu não tinha mais eles... Certo, o jeito é procurar alguém ou algo, isso é melhor do que ficar parada aqui..." Pensou Katsumi, logo ela começou a andar, procurando alguma pessoa, ou até mesmo um Pokémon, por sorte talvez, mas nada, ela resolveu começar a investigar as ruínas das casas.

Ela não entendia, mas parecia que ela era guiada em direção da ruína de uma casa em especial, é como se ela tivesse que ir a aquela casa, ela sentia a necessidade de ir lá... E ela foi, seguiu o caminho de terra com elevações e buracos, era um pouco difícil de andar, mas ela sentia a necessidade de ir para aquela casa, no caminho, tentando caminhar por aqueles buracos e elevações no terreno, sem contar os objetos que tinham no chão, até pokébolas haviam, ela acabou tropeçando em algo e caiu cortando seu braço em um pedaço de vidro no chão, nada muito grave e que fosse impedi-la de continuar.

Chegando a ruina da casa, a mesma não tinha metade do telhado, o chão era puro concreto, não havia muitas paredes, a maioria estava com buracos enormes, mas dentro da casa ela viu alguma coisa emitir luz. "Talvez uma fogueira?" Pensou na coisa mais óbvia que poderia ser. Aquele local parecia ser um local pós-apocalíptico ou até pré-apocalíptico, ela se aproximava da casa, mas parece que quanto mais que ela andasse, ela não saísse do lugar e não conseguisse alcançar a casa, mas ela não desistiu, continuava tentando até que ela foi se aproximando, pouco a pouco da casa, mas quando ela passou pela 'porta' da casa, que era um buraco na parede, ela foi parar em outro lugar, só se via escuridão, nada mais além disso. Ela foi começar a andar, mas antes de dar o primeiro passo, ela caiu no chão, de joelhos, tapando os ouvidos com as mãos, era como se milhares de você gritassem, eram gritos de agonia, dor, e eram desesperadores, alguns pediam ajuda, ela fechou os olhos com força, tapando os ouvidos, de joelhos esperando que isso parasse, os ouvidos dela doíam, por mais que ela aguentasse não parava, eram várias vozes, ela continuou assim até que as vozes pararam de gritar e pedir ajuda por um tempinho, ela ia abrindo os olhos e tirando as mãos dos ouvidos, pensando que isso havia acabado, mas antes que ela tirasse completamente suas mãos dos ouvidos, as vozes voltaram, uma a uma, só que dessa vez, não gritavam de dor, não pediam ajuda, elas diziam: "Culpada!" "Olhe só tudo que você causou!" "Morra!" "Você vai ficar sozinha pra sempre!" "Aberração!"

Essas palavras ficavam ecoando repetidas vezes, dessa vez mais alto que da primeira, era mais do que insuportável, as vozes a culpavam, mas o que ela havia feito? Nada. Ela sabia que ela não havia feito nada, por que estavam dizendo que ela ficaria sozinha? Que tipo de pesadelo era esse? Ela não sabia, só sabia que era muito pior dos que ela tinha antigamente. Ela queria acordar, ela queria muito que alguém a ajudasse, a tirasse daquela escuridão que com essas vozes se tornou assombrosa, ela não aguentava mais ficar lá. Ela começou a se sentir tonta, as vozes foram parando aos poucos, e quanto mais a vozes diminuíam, mas a cabeça dela doía, e antes dela cair no chão e apagar completamente ela viu uma sombra se aproximando, mas ela não teve tempo o suficiente para prestar atenção na sombra, e apagou.

...

Ela acordou como sempre depois dos pesadelos, suando, batimentos cardíacos acelerados, mas dessa vez sua cabeça doía, ela olhou no relógio que havia numa mesinha do lado da cama, o relógio marcava 03:47 da madrugada, ela queria voltar a dormir, mas temia ter outro pesadelo, resolveu levantar-se e ir fora do Centro Pokémon para respirar um pouco de ar fresco, ao levantar da cama tratou de não fazer barulho, afinal em outras duas camas dormiam Arisu em uma e na outra Daisuke, e ela não queria preocupar ninguém com uma besteira como um pesadelo, antes de sair do quarto pegou sua espada e a pokébola de Vulpix, não queria ficar desprevenida, mesmo que fosse uma cidade bem segura. No corredor dos quartos do Centro Pokémon, andou o mais cautelosamente possível para que o chão de madeira não emitisse nenhum barulho. Depois de passar pela grande porta de vidro do salão principal do local, ela se sentou no degrau da pequena escadinha que se encontrava bem na entrada do Centro Pokémon, soltou um suspiro e ficou lá, o Centro era perto de uma floresta e era um local bem calmo, ela ficou observando o balançar leve das folhas da árvores, um barulho a interrompeu, a sua Vulpix havia saído da sua pokébola sozinha, sem um comando e foi até a direção da sua treinadora e sentou na frente dela, com uma expressão um pouco triste, pois notou que Katsumi estava desanimada, ela continuou encarando sua treinadora e virou a sua cabeça para o lado, como se estivesse confusa e perguntasse o que aconteceu. Katsumi soltou um sorrisinho torto, um tanto quanto forçado.

– Tudo bem, eu estou bem, não é nada. – Depois disso afagou a cabeça da raposinha. – Você tem que descansar, você teve uma batalha Pokémon e levou danos... Descanse, eu vou ficar bem aqui. – Soltou o melhor sorriso que ela estava conseguindo dar naquele momento, não era um dos melhores e foi no máximo um sorrisinho de canto. A Vulpix voltou para sua pokébola, ela estava preocupada com sua treinadora, mas ela tinha que estar com todas as energias se tivesse que ajudar Katsumi em uma batalha Pokémon.

Katsumi ficou sentada lá, pensativa. "Por que será que eu tive aquele sonho? E por que todos os sonhos que eu tenho me levam a algum lugar, mas eu nunca descubro o que há lá?" Ela ficou pensando nas possíveis respostas para essas perguntas, mas nada vinha em sua mente, ela saiu de seus pensamentos quando ouviu a porta de vidro do Centro Pokémon sendo aberta por alguém.

– Katsumi... Tudo bem com você? – Katsumi reconheceu a voz, era Daisuke, será que ele percebeu que ela havia levantado? – Eu levantei, olhei no relógio e notei que você não estava mais lá... O quê esta fazendo aqui?

– Ah... Não é nada... – Respondeu Katsumi tentando ser o mais convincente possível. Daisuke se aproximou e se sentou ao lado dela.

– Eu não acho que não seria nada, eu tive certeza que eu havia curado todos seus machucados, então da onde esse veio? – Disse apontando para um corte no ombro de Katsumi, a garota ficou surpresa, ela havia cortado seu braço no sonho... Como era possível que ele estivesse cortado na vida real, ela realmente tinha que descobrir o significado desses sonhos... – Então, pode começar a me contar o que aconteceu.

– Eu já disse que não foi nada. – Disse a garota de olhos escarlates com um pouco de raiva na voz, Daisuke a encarou por alguns instantes e começou a falar.

– Olha você não acordaria às 3 horas da manhã por nada... E você disse que somos amigos, não? Amigos contam as coisas uns para os outros. – Disse o garoto de olhos dourados encarando Katsumi.

– Amigos também não querem preocupar uns aos outros... – Sussurrou baixinho Katsumi.

– Mas amigos se preocupam uns com os outros. Olha... Eu quero te ajudar, pode confiar e contar pra mim, ok? Eu vou tentar te ajudar, amigos ajudam uns aos outros também afinal. – Daisuke sorriu, Katsumi suspirou derrotada e contou alguns dos seus pesadelos para Daisuke, o mesmo escutou atentamente.

...

– Esses seus pesadelos são realmente curiosos, mas estão errados, você não pode se esquecer que não está sozinha como eles diziam no seu sonho, eu e a Arisu somos seus amigos e não vamos te abandonar, vamos ficar do seu lado não importa o que aconteça. – Disse Daisuke para Katsumi.

– É o que todo mundo diz... Todos são seus amigos, até não precisarem mais de você... – Disse Katsumi cabisbaixa, ela realmente achava que ia ficar sozinha, mas isso estressou Daisuke, ele se levantou foi em direção do Centro Pokémon entrando no mesmo. Katsumi assistia atentamente e surpresa, depois de um tempinho ele volta trazendo algo nas mãos, Katsumi quando conseguiu ver, percebeu que era um tipo de pingente de prata, Daisuke se sentou novamente na escada, ele também trazia sua arma e três tipos de... Seriam correntes de prata? Ele pegou o pingente, que tinha o formato de uma pokébola e o partiu em três. – Mas o quê você esta fazendo? Isso deve ter sido no mínimo caro! Afinal é prata! – Disse Katsumi, prata nas cidades era um metal bem caro, o garoto pegou os dois pedaços do pingente, colocou cada um em uma corrente, Katsumi assistia tudo atentamente, ele pegou sua adaga e prendeu firmemente o pingente na parte entre o cabo e a lâmina, era impossível daquele pingente sair de lá, afinal a lâmina naquele local não cortaria a prata, e depois pegou a espada de Katsumi e fez o mesmo, entregando-a depois para Katsumi, a garota ficou o encarando confusa.

– Cada um ficou com metade e isso vai ser o símbolo da nossa amizade, esse símbolo vai ser eterno e uma promessa de que vamos ser amigos para sempre, certo? Se algum dia eu te abandonar, diga o que eu acabei de dizer pra mim e mostre o símbolo da nossa amizade. Você nunca estará sozinha, e você sempre terá minha amizade e carregara essa prova. Você não ficara na escuridão por que nós, seus amigos, seremos sua luz então! Amanhã daremos o outro pingente para Arisu. – Daisuke olhou para Katsumi e soltou um sorriso, a mesma encarou o pingente um tempinho na sua espada, depois olhou para Daisuke e acenou positivamente com a cabeça. – Não acha melhor descansar pra amanhã? Afinal vamos ao ginásio e tenho certeza que não será fácil. – Daisuke se levantou rapidamente e estendeu a mão para ajudar Katsumi a se levantar. – E não se esqueça de cuidar do corte no braço. – Os dois entraram no Centro Pokémon, voltando cada um a dormir, o resto da noite Katsumi não teve nenhum pesadelo, porém não teve nenhum sonho, mas isso é bem melhor do que ter um pesadelo como aquele.

Em algum lugar no vazio da escuridão...

– Os humanos me surpreendem cada vez mais e tem cada ideia... Não posso negar que elas são um pouco interessantes... Mas todos não passam de um bando de mentirosos... Aproveite enquanto não sabe o que está por traz do que você considera a verdade, Katsumi... – Uma voz ecoava na escuridão, era impossível saber se era uma voz feminina ou masculina, ela estava distorcida e soava sarcástica e era muito medonha, não podia se ver nada também, a escuridão escondia completamente o ser, que depois deu uma risada psicopática, mas ninguém escutava essa voz, ela apenas ecoava em algum local na escuridão...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo ^^