We Have Always Been More Than Friends escrita por Marih Yoshida


Capítulo 8
08 - Penúltimo.


Notas iniciais do capítulo

Olá (^ _ ^) tudo bem? Eu sei, demorei e talz, but estou aqui não é?
Como vocês leram, esse é o penúltimo capítulo. Maaas não se preocupem porque vocês não vão se livrar assim tão fácil de mim. Depois que eu terminar essa fanfic pretendo postar outra short de Thalico, uma one de Thalico, uma onde Tratie, e, para os headpotters de plantão, uma one Romione porque o Nyah! está precisando.
Leiam!



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POV Nico

Ouvi uma batida na porta, ignorei. Essa tem sido minha vida durante o último mês, ignorando. Ignoro batidas na porta, telefonemas, mensagens... o motivo disso? Um clichê idiota que alguém armou para mim.

Flashback On

Acordei de repente com meu pai gritando com alguma empregada. Como eu odeio minha casa.

Percebi que estava com o celular na mão. Dormi esperando ele tocar, o que, desde a semana passada, já fazia parte da minha rotina.

Resumindo tudo, a família Jackson(isso incluí Thalia e Jason) estavam com "reservados" á uma semana. Percy, Thalia e Jason não vão para a escola, não atendem ligações nem ligam. Poseidon está administrando sua empresa de casa e ele e Sally não estão mais viajando.

O que aconteceu? Não sei. Ninguém sabe direito. O fato é que estava muito preocupado com Thalia.

Me levantei, me arrumei de mal humor e sai me arrastando em meio aos gritos do meu pai. Durante essa semana eu tive que ficar na minha casa pois eles não abrem a porta. O ruim é que a maior parte de minhas roupas estavam na casa de Percy.
Quando cheguei na escola Annabeth veio com expressão preocupada, o que tinha visto na última semana, em minha direção.

– Nico, vem comigo. - Ela disse e me puxou.

– O que foi? - Perguntei quando ela parou.

– Olha ali. - Ela disse apontando para uma menina. Fiquei encarando-a incrédulo.

Podia estar com o cabelo armado e sujo, mais magra, com olheiras, mais pálida, mas eu sempre a reconheceria. Thalia.

– Thalia! - Gritei. Ela olhou para mim e seus olhos se encheram de lágrias, mas ela não sorriu. Pelo contrário, parecia que não queria ter me visto. Fui até ela.

– Oi Nico. - Disse séria com a voz rouca.

– O que aconteceu? - Perguntei.

– Nico, preciso falar com você. - Ela disse. - Não aqui.

– Tudo bem, onde quer ir?

– Pode escolher.

E assim fomos até um parque. Nos sentamos debaixo de uma árvore e eu olhei para a Thalia, pedindo para que falasse.

– Vou ser direta. - Disse. - Tenho que voltar para a casa de meu pai.

– O que?

– Essa semana, ele colocou pessoas para seguir eu, meu irmão, meus tios e meu primo, por isso não saíamos de casa. Minhas ligações estavam sendo interceptadas, por isso não podia nem ligar nem atender telefonemas. - Ela suspirou.

– Porque ele está fazendo isso?

– Estava. - Corrigiu. - Porque ele quer que eu vá para casa dele. Ele diz que lá é minha verdadeira casa, não aqui. Mas tenho certeza de que ele só quer que eu volte para me apresentar para alguém importante.

– Mas...

– Nico eu não posso mais resistir. - Ela olhou nos meus olhos. - Nico, ele te ameaçou.

– Lia...

– Eu não quero que nada aconteça com você, nem que sua vida mude. - Ela começou a chorar. - Nico, meu pai pode te machucar muito.

– Lia, calma! - Disse segurando seu rosto. - Não se preocupe comigo! Eu posso me virar!

– Não, não pode. - Ela gritou. - Nico entenda que meu pai pode contratar quantas pessoas ele quiser para te seguir. Nico, eu vou.

– Não, você não vai. - Disse tentando segurar as porcarias das lágrimas que insistiam em descer. - Foda-se o que seu pai pode ou não contratar, você não vai sair de perto de mim!

– Nico sou eu quem decido. - Disse. - Eu vou e ponto.

– Mas Lia, como a gente fica? - Que coisa clichê. Ah, foda-se o clichê também.

– Vamos terminar Nico. - Ela disse e uma dor veio no meu coração. Sério, essa coisa de clichê já está me irritando. Prevejo que ela vai não importa o que eu diga, que eu e ela vamos morrer de saudade, que um de nós vai entrar em depressão, que o pai de alguém vai ficar com dó e vai juntar a gente. Se isso for mesmo acontecer, não dá para pular para a parte em que alguém junta nós dois?

– Mas... - E fui interrompido por um beijo. Como senti saudade disso. E então ela se separou.

– Adeus, Nico. - Ela disse e saiu andando. Me deixou com cara de tacho. Não sei se fico triste ou com raiva.

Flashback Off

E no fim eu estava certo não é? Eu estou com depressão, eu estou morrendo de saudades, então porque a parte em que ficamos juntos não vem logo? Talvez o fim do meu clichê tenha dado erro. Ah, eu só queria que seja lá quem foi que fez meu clichê fosse para a puta que pariu e me deixasse em paz. O problema é que eu não sei quem é essa pessoa e não me parece que ela está afim de ir para a puta que pariu.

Mais batidas na porta e a voz de Percy.

*Nico abre a porra dessa porta logo!* Ele gritou. Ficamos um momento em silêncio, no qual eu acho que ele esperava que eu abrisse a porta. *Caralho Nico! Acha que ficar trancado em seu quarto sem comer nada vai te ajudar a ter minha prima de volta?*

– Acho. - Respondi na maior cara de pau.

*Então que morra sozinho ai.* Ele gritou e ouvi a voz da Annabeth repreendendo-o. *Eu não achei que você fosse tão idiota Nico, pensei que você era uma pessoa que não tinha medo de enfrentar alguém ou alguma coisa para ter o que queria. Acho que você não amava tanto assim Thalia não é?*

*Percy!* Annabeth gritou. Me levantei, abri a porta com toda minha força. Segurei a gola da camisa de Percy e encostei ele na parede.

POV Percy

– Então que morra sozinho ai. - Gritei e Annabeth disse alguma coisa que não entendi. Estava muito bravo com um tapado. - Eu não achei que você fosse tão idiota Nico, pensei que você era uma pessoa que não tinha medo de enfrentar alguém ou alguma coisa para ter o que queria. Acho que você não amava tanto assim Thalia não é?

– Percy! - Annabeth gritou. Nesse momento a porta do quarto de Nico se abriu com toda força e senti que estava sendo empurrado.

– Nunca. Duvide. Do. Meu. Amor. Pela. Thalia. - Nico praticamente cuspiu essas palavras na minha cara, a raiva em seus olhos. - Eu a amo mais do que tudo!

– Se a ama tanto porque não faz alguma coisa? - Perguntei ciente de que se o Nico não fosse meu melhor amigo eu estaria encrencado agora.

– O que você espera que eu faça? - Perguntou. - Quer que eu vá brigar com os guarda-costas daquele homem idiota e fuja com Thalia? O que você acha que aconteceria com ela se fizesse isso?

– Não é isso seu burro! - Disse. - Se eu fosse você estaria tentando pelo menos falar com ela.

Nico me soltou e sentou no chão. Então abaixou a cabeça e começou a chorar. Olhei para ele assustado e Annie o abraçou.

– Você acha que eu não tentei, Percy? - Ele perguntou, a voz oscilando por causa dos soluços. - Eu quero falar com ela! Quero vê-la! Eu...

– Calma Nico. - Annabeth disse tranquilizadora. - Hey, porque não vamos no shopping?

– Fazer o que lá? - Nico perguntou.

– Vamos usar o banheiro, tapado. - Respondi. - Sei lá, você pode tentar se divertir um pouco, o que acha?

– Podemos assistir um filme. - Annie disse com toda paciência possível.

– É, eu até deixo você escolher aqueles filmes chatos que vocês gosta. - Disse. Nico sorriu de lado.

– Não são chatos. - Disse e se levantou. - Mas tudo bem, eu vou.

– Só que antes se arrume. - Disse. - Cara, sério, você está horrível!

POV Thalia.

Quebrada. Era basicamente isso que eu estava sentindo. Agora, eu estava com a cabeça no peito de Jason e estávamos enrroscados debaixo do meu edredom assistindo um filme. Jason tem sido meu único consolo.

Não estava prestando atenção no filme, estava pensando em Nico. Pensando em quando nos veríamos, se nos veríamos, como seria, quando seria. Pensando. Ultimamente é isso que tenho feito, pensar. Já imaginei que no dia em que ver Nico de novo ele estaria com outra pessoa, não lembrando mais de mim. Ou talvez, Nico pudesse estar pensando em mim, ainda apaixonado por mim. Isso é otimismo demais?

Jason dormiu. Ele está e condições melhores que eu, papai o deixou ir visitar a Piper. Eu não posso visitar Nico, não posso ligar para ele e meu pai até mesmo trocou meu chip para que ele não me ligasse. Ele é abominável.

Me levantei, peguei meu celular com meus fones e fui andar um pouco. Coloquei no modo aleatório do meu celular e o enfiei no bolso. A música "James Dean and Audrey Hepburn" começou a tocar e automaticamente lágrimas e lembranças vieram.

Aquele parque, naquele dia. Parecia ter sido a tanto tempo que Nico cantou essa música para mim. Depois que ele tocou, toda vez que o via com o violão na mão eu pedia para que ele tocasse o refrão para mim. Nico não reclamava quando eu pedia, ele sorria, e tocava.

Sorri sozinha me lembrando disso. Passei em frente a uma vitrine em que dava para me ver e parei. Eu estava com os cabelos bagunçados, uma calça jeans velha, um all star sujo, uma camiseta do Green Day preta do Nico, uma jaqueta preta por cima da blusa e o fone de ouvido branco do meu celular saindo do bolso da jaqueta.

Andei até um parquinho abandonado e me sentei no balanço. Comecei a cantar a música em voz alta: "I'll fall in love, you'll fall in love / It could mean everything, everything to me / I can't imagine being anywhere else"

Então me lembrei de quando ele pulou comigo na piscina do Percy, quando estávamos nós dois, meu irmão e a Piper. Isso tudo parecia ter sido a tanto tempo, eu simplesmente queria voltar nessas lembranças, ou pelo menos vê-las como nun filme. Infelizmente, não estou dentro de Harry Potter.

Então fiquei ali, submersa em lembranças.

1 ano depois.

Acordei em um pulo. Tive um pesadelo que tinha a ver com Nico di Ângelo, não sei direito o que era. Peguei meu celular ainda eram 10:30, mas eu sei que não conseguiria dormir de novo. Olhei para o canto da tela. Sorri, fazia exatamente um ano que o Nico tinha se declarado para mim, e eu ainda me lembrava de cada palavra.

"Thalia, Eu te amo. - Ele disse. - Não como amigo. Mas é sério, eu te amo mesmo! Tipo... - Ele falava gesticulando as mãos. - Ah, tipo o Percy ama a Annabeth... - Ele passou a mão no cabelo. - Não sei explicar eu só... te amo."

Me levantei e comecei a me vestir, hoje eu não tinha nada planejado para fazer, então simplesmente eu iria colocar música e arrumar alguma coisa para fazer. Desci, peguei o máximo de porcaria que consegui e voltei para meu quarto, me trancando.

Coloquei o cabo USB no meu celular e em minha caixa de som e liguei no aleatório. Começou a tocar "James Dean and Audrey Hepburn" e não me importei, então comecei a cantar junto.
"They say that love is forever / Your forever is all that I need / Please, stay as long as you need / Can't promise that things won't be broken / But I swear that I will never leave / Please, stay forever with me"

E a voz do Nico cantando veio até minha cabeça, e eu sorri. Fiquei algum tempo comendo e escutando músicas, todas que me faziam lembrar dele.

Então meu irmão quase quebrou a porta do meu quarto de tanto bater eu abri e ele estava com um sorriso que, sério, eu acho que a qualquer momento ele ia rasgar a cara.

– Lia, abaixa o som agora! - Ele disse e eu pausei a música. - Vem comigo.

Ele me puxou até a varanda do meu quarto e disse que era para eu olhar para a garagem.

E eu olhei. E eu o vi. E ele sorriu quando me viu. E, antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele gritou:

– EU TE AMO THALIA GRACE!


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam do clichê? E da minha tentativa fail de suspense?
Enfim, o próximo cap é o último, e depois vai ter um mini-epilogo porque gosto de mini-epílogos.
Prometo tentar não demorar tanto.
~kissus



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