Love Amid The Chaos escrita por Brenda


Capítulo 16
Win or win




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/477563/chapter/16

Carol observava cuidadosamente os traços do rosto de uma Judith adormecida em seus braços. Como ela havia crescido. Em pouco tempo começaria a dar os primeiros passos, a balbuciar as primeiras palavras. E ela poderia ter o pai e o irmão com ela, além do resto de sua família.

Carol sorriu com esse pensamento, mesmo com o medo apertando seu coração, ela estava feliz por poder ter uma nova chance de estar com todos que amava.

Ela olhou em volta, observando as pessoas que a acompanharam por tanto tempo no fim do mundo. Maggie e Glenn estavam quietos, as mãos entrelaçadas, os olhares perdidos em algo além do que realmente poderia ser visto.

Carl estava igualmente silencioso, mas havia algo naqueles olhos azuis que faziam Carol ter certeza que estavam fazendo a coisa certa. Carl estava voltando a ter esperança.

Ela não pode evitar de suspirar quando olhou para Daryl. O homem estava a alguns metros dela, vigiando a floresta juntamente com Maddison.

Ela sorriu ao constatar mais uma vez que seu amor por ele apenas crescia a cada instante. Era surreal. Mesmo ali, num mundo que nunca ofereceu nada de bom – além de Sophia – para Carol, havia ainda um motivo para ela seguir em frente.

A mulher voltou a observar Judith e deixou-se pensar em sua filha, sua garotinha á tanto tempo perdida.

Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela sorriu quando uma delas escorregou por sua bochecha.

Ela apenas sentia saudades.




Tara olhou para Rosita que estava ao seu lado, tentando em vão desviar sua atenção de Carol. Mas era praticamente impossível.

A mulher se levantou, dizendo a outra que iria ver se seu grupo precisava de alguma coisa. Rosita apenas assentiu e voltou sua atenção para Abraham, Joe e Tony que conversavam animadamente sobre a perspectiva de guerra no Terminus.

Tara caminhou deliberadamente até Carol, tendo plena consciência que Daryl estava ali ao lado, á poucos metros, podendo a qualquer momento interrompê-la ou até fazer algo pior.

Ela sentiu um arrepio atravessar seu corpo ao relembrar as palavras que Daryl lhe dissera. Aquilo seria uma batalha e Tara não deixaria Daryl ganhar.

Mesmo que Carol não a quisesse, ela iria tentar de todas as maneiras possíveis e impossíveis. No final, Carol seria de Tara. E Tara seria de Carol.

Enquanto se aproximava a passos lentos da mulher, Tara pode observar como Carol era linda. Os cabelos prateados absorviam a luz pálida que a lua lançava por entre as árvores, fazendo-o brilhar. A pele clara, contrastava perfeita e ironicamente com a camiseta vermelho sangue.

E os olhos, ah, aqueles olhos. Mesmo que Carol estivesse de costas para Tara, a mulher podia imaginar os olhos azuis brilhantes. Tão intensos que a deixavam sem ar.

Tara sentou-se ao lado de Carol, vendo que a mulher estava concentrada na função de cuidar de Judith.

– Ela é incrível, não é? – Tara sussurrou.

– Desculpa, o que? – Carol olhou-a confusa, percebendo a mulher ao seu lado.

– Judith. Ela é incrível! – Tara gesticulou para a criança no colo de Carol.

– Sim, ela é! – Um sorriso tomou conta dos lábios rosados de Carol, fazendo Tara deseja-los ainda mais.

Um silêncio confortável – ao menos para Carol – tomou conta do espaço entre as duas, deixando apenas os ruídos da natureza e das risadas roucas que vinham do grupo de Abraham chegar aos seus ouvidos.

Mas Tara estava decidida a conversar com Carol, até conseguir o que ela queria.

– Parece que Daryl encontrou uma nova amiga. – Tara deu de ombros, como se apenas comentasse o clima. Ela observou a expressão de Carol não mudar nada, mesmo diante de sua frase.

– É, Maddison é uma ótima garota. Ela é jovem, tem uma energia invejável e mesmo nesse mundo, posso dizer que ela é alegre. – Carol voltou seu olhar para a dupla que conversava sobre algo que ela não podia ouvir de onde estava e sorriu. Carol estava gostando de Maddison e sabia que Daryl também. Até porque o caipira estava realmente conversando com ela. – Ela está fazendo bem para ele.

– Ela parece estar fazendo muito mais do que bem para ele. – Tara sorriu ao ver Carol franzir o cenho.

– O que você quer dizer com isso? – Carol indagou, a voz passando para a mulher ao seu lado nada além de irritação.

– Nada de mais. Como você mesmo disse, ela é jovem, enérgica e alegre... E ela é linda. Que homem não gosta disso, não é? – Tara sorriu gentilmente. – E Daryl foi quem cuidou dela. Para apenas dois dias, eles parecem bem próximos.

– Nós temos uma missão em comum, é mais do que obvio que eles passem tanto tempo juntos. – Carol estava perdendo a paciência com Tara. – Não sei como você sobreviveu tanto tempo nesse mundo, mas eu te digo uma coisa, aqui nós somos uma família. E ela já mostrou que merece nossa confiança. Mais do que você, pelo menos.

Tara ficou em silêncio, ela nunca havia visto Carol falar daquela maneira. Estava claro que a mulher confiava em Daryl, mas Tara não se abalou.

Ela ainda iria conseguir o que queria.




– Porque você está me ajudando? – Maddison sussurrou para Daryl. – Quero dizer, eu sei que sobraram poucas pessoas boas por aqui, e que precisamos nos juntar. Mas por quê?

– Eu ainda não te contei, não é? – Aquilo soou mais como uma afirmação do que como uma pergunta aos ouvidos de Maddison. – Eu os conheço. Rick, Michonne, Tyreese, Sasha e Bob... Eles são dos meus. Eles são minha família.

– Mesmo? – Maddison mordeu o lábio, pensativa. – Rick me contou um pouco sobre a prisão. Mas nunca deu muitos detalhes. Ai, que idiota eu sou. – Daryl olhou-a com curiosidade. – Rick falou sobre você. E quando eu te encontrei, não lembrei disso. – Ela sorriu para Daryl. – Ele disse que Daryl Dixon era o homem mais durão que ele conheceu em toda a vida dele. E que se ele tivesse a chance de te reencontrar, iria dizer algo que já deveria ter dito á tempos.

– E o que ele vai me dizer? – Daryl bufou, mas acabou sorrindo para a garota ao seu lado. – Que ele me ama?

– Ele não me disse. – Ela pareceu se animar. – Mas logo você vai poder perguntar a ele.

– Estamos perto do Terminus, não é? – O semblante de Daryl era um misto de confusão e determinação.

– Sim. – Maddison adotou a mesma expressão do caipira. – Estamos perto. Só um dia nos separa da batalha. Eu só espero conseguir seguir nosso plano de entrar e sair sem chamar a atenção de ninguém – A garota pegou uma das mãos do caipira na sua. – Vamos vencer, certo? – Por um instante, Maddison pareceu aos olhos de Daryl apenas uma garotinha assustada.

– Nós só temos duas alternativas.– Daryl apertou a mão de Maddison. Ele não recuou ao toque dela, havia algo que o dizia que aquela garota merecia todo um sentimento que ele ainda não havia experimentado. – É vencer ou vencer!




Maggie e Glenn estavam a um bom tempo perdidos cada um em seus próprios pensamentos. As mãos entrelaçadas mostrando que ainda estavam ali um para o outro.

Maggie se deixava lembrar novamente de sua irmã e seu pai.

A voz melodiosa e tão conhecida de Beth parecia soar em cada canto da mente de Maggie.

Parecia real. Era como se a Greene mais nova realmente estivesse ali, chamando-a.

– Maggie? – A surpresa não imaginada na voz de Beth, fez Maggie virar-se na direção do som.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem e me deixem saber o que acharam :3 Beijos, xXx.