Diamante de Gelo - Diamond Ice escrita por AliceCriis


Capítulo 5
Capítulo 5 - O recomeço.




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Capt.5 – O recomeço.


 


 


 


 


 


 


 Já haviam se passado, sete anos, dês de minha transformação e simulação de morte – minha pior lembrança – e também... o último encontro, com meus pais.


 Eu já não era mais, uma recém criada. Porém, em meu primeiro ano, tivesse muitos problemas, com o sangue humano... É, e foi, uma decepção sem tamanho, para mim mesma. Durante minhas caçadas... houveram-se, problemas... alguns humanos, quase foram mortos por mim... é uma enorme dor, saber que não podia me controlar... graças á Elisabeth, eles não suspeitam de que eu, ou qualquer Want´s, não eram humanos.


 Eu não estava feliz, comigo. Eu era uma decepção para mim mesma. Enfrentar o primeiro ano de colégio, sendo uma vampira, não foi nada fácil.


 Eu percebi, que quanto mais, eu era infeliz, mais deixava Isabell, Robert e Elisabeth, - a causadora de minha imortalidade - culpados. Eu pouco á pouco, fui construindo uma máscara. Que escondia meus sentimentos e os reprimia, e minhas caçadas, eram sempre bem longe da cidade, assim, podia soluçar, e me auto flagelar á meu desejo.


 O tempo se passava, e vê-los, me deixava com um sentimento estranho, todos eles... tinham sua cara-metade... sua alma-gêmea... e eu estava ali, apenas sozinha... sobrando...


 Aproveitava, todos os momentos que podia, com eles, - quando não estavam com seus pares... – por exemplo;  Com Isabell, conversava e discutia, sobre moda, minhas roupas, meus esboços, as melhores cores... num geral.


Com Robert, treinava meus dons, em apenas dois anos, tinha atingido, a meta de Willy, que em duzentos e cinqüenta e sete, não havia sido concluído. Estava treinando mais, que nunca... eu podia ter os mesmo dons de Elisabeth, mais teria que treinar e praticar muito.


Com Willy, - eu podia ser a “barbie” de Isabell, mais não deixava de ser muito durona... – lutava, e praticava minha força... nos primeiros anos... eu o imobilizava em segundos, agora que,não era mais uma recém criada, minha força extra, estava evaporando-se. E em outro dias, me ajudava concertar meu carro – Jaguar XKR - e minhas preferidas... e razões de minha existência... minhas motos. Eu tinha três delas; minha Suzuki GSX, com a qual ia para a escola, minha Sport 150, na qual usava para fazer trilhas com Willy e sua CG, e última... Minha paixão. Eu não podia andar com ela dentro dos limites da cidade... meus pais haviam me proibido. Dizem eles que ela é muito “chamativa”... – isso é uma bobagem – mais era uma Honda CB 500. A minha questão era, se eu podia sair com a Suzuki, por que não, com a Honda?


Já tinha desistido, de tentar convence-los. Eu adorava passar meu tempo com Willy.


 Com Marie, deixava ela á vontade, ela podia fazer á reforma que quisesse, todos os domingos em meu quarto. Eu a ajudava em tudo, o que podia.


 Com Elisabeth, comentávamos sobre livros, sobre, internet, filmes, música, e acima de tudo, trocávamos experiências, de nossos dons. Eu,em casa, não andava, apenas flutuava, era meu dom externo, que se liberava tão facilmente,que nem percebia, ás vezes. Elisabeth, tinha um grande progresso, e eu também, conseguia ouvir zunidos, do que as pessoas pensavam.


 Com Eliot, eu jogava vídeo-game, muito, muito mesmo. Ele não tinha companhia. Então se isso o deixava feliz, eu o fazia. Com o passar do tempo, foi ficando divertido. Eu e Eliot, já nos dávamos, muito bem.


 Com Cristopher e Alana, era o pior, eles agiam, como superiores á mim, me dando ordens. Eu as obedecia, contentemente, se era isso que os deixava felizes... o que eu poderia dizer? Isabell, não aprovava. Mas mesmo assim eu o fazia. Eles não me queriam por perto, eles preferiam ficar em seu quarto, e caçar juntos. Alana e Cristopher, assim como nós, deviam estudar. Eles o faziam de má vontade.


 Alana, parecia ter se transformado, - não só por fora, mas também por dentro – ela não cuidava de mim, ela tinha posse sobre mim.


 E os dias se passavam assim, eu tentando fazer todos ao meu lado, felizes. O tempo em que eu passava, sem fazer absolutamente nada, era o pior que podia existir. Eu me sentia mais culpada, por estragar a vida de Alana, por ter magoado meus pais, por ter... morrido. Eu me focalizava, em resolver todos os deveres, limpar toda a mansão, lustrar tudo – em mínimos detalhes -, e dar algumas férias á Isabell. Caçar muito, deixar minhas motos em magnífico estado, e impedir que Eliot, fizesse alguma gracinha, com elas. Mas mesmo assim, pra quem não dorme... sobra muito tempo. E á partir das nove da noite, todos, ficavam com suas paixões. Eu sentia sempre que via aquela cena, uma espécie de inveja... Porque?


Nem eu mesma me compreendia. Á eles, eu sempre dizia;  Hmm... acho que vou para meu quarto; estou precisando dormir um pouco... – Eu sabia que eles entendiam o que isso queria dizer. “ por favor, não me chamem, não me interrompam, me deixem me auto-flagelar...”


 Eu subia as escadas, e ia em direção á meu novo hobbie; tocar teclado, e compor algumas músicas.


 Minhas músicas, eram extremamente, inspirada em meus sentimentos e estados de espírito. Fechava meus olhos, sentava num banquinho á frente dele, e deslizava meus dedos sobre as teclas... deixando minha voz e minhas mão se transformarem  num ritmo...


 “Eu não me importo.../ "I do not care ...


Se eu não for feliz.../ If I'm not happy ...


Minha escolha.../ My choice ...


Sim..-/Yes.                                                                                                                           


Essa foi minha escolha!/ That was my choice!


 


Eu quero corrigir tudo!/ I want to fix everything!


Quero fazer o melhor que puder!/ I want to do the best you can!


Tudo que eu fiz foi errado.../ All I did was wrong ...


Eu lamento.../ I regret ...


Eu lamento./ I regret ...


 


Sei que meu destino,/ I know my fate


Não me trouxe /It brought me


Alegria.../ Joy ...


Mais vou fazer o melhor que puder./ More will do the best you can.


 


Quem eu magoei./ Who I hurt.


Quem eu machuquei./ Who I hurt.


Quem eu fiz sofrer./ Who did I suffer.


Me perdoem.../ Forgive me ...


 


Eu quero corrigir tudo!/ I want to fix everything!


Quero fazer o melhor que puder!/ I want to do the best you can!


Tudo que eu fiz foi errado.../ All I did was wrong ...


Eu lamento.../ I regret ...


Eu lamento.../ I regret ...


 


Talvez.../ Maybe ...


Só talvez.../ Just maybe ...


Eu tenho uma missão.../ I have a mission ...


Que ainda não descobri qual é./ That have not figured out what it is


 


Mais eu sei, um dia eu /But I know one day I


Vou saber!/ I know !


Eu sei.../ I know ...


 


 Eu sabia que eles podiam me ouvir. Mais eu precisava daquilo. Desabafar... deixar a máscara cair, um minuto que fosse... já me fazia sentir melhor.


 Em seguida disso, eu deitava em minha cama, perdida  em soluços e desespero. Naquele dia. Não completei meu ritual... de continuar ali, e só sair para á escola de manhã.


 Peguei um casaco – não que eu sentisse frio, mais deveria sair á noite com um, para manter o disfarce – as chaves da moto e desci as escadas, com a máscara de volta. Isabell me olhou surpresa;


 - Onde vai querida? – murmurou.


 - Preciso sair daqui... tomar uma ar quem sabe... – revirei os olhos e me dirigi á garagem...


 - Onde ela vai? O que aconteceu? – murmuravam sala, eu não liguei.


 Dei partida na Suzuki, amarela, com detalhes verdes, e acelerei, o mais que pude, deixando o vento e a chuva, me molharem. Aquilo quebrou uma rotina. Porém... começou outra.


 


 Era a nossa última semana em “Palmer”, estaríamos indo para “Circle”.Uma cidade, em que não seríamos, os únicos seres míticos... Como Robert, já havia nos contado, haviam muitos mitos e lendas que eram verdadeiros. Assim como nós, existiam... Transfiguradores e filhos da lua. Nunca tinha encontrado, nenhum deles. Mais logo estaria numa proximidade, assustadora com o “inimigo”.


 Eu estava, muito... hm... pensativa. Mais que o normal. Porque, os filhos da lua seriam o inimigos? Eu verbalizei a pergunta. Enquanto, estávamos arrumando as malas ; - Pai? – eu já os chamava assim, como Willy, Marie, Lisa e Eliot. – por que, eles são nossos inimigos? – usei um tom de criança.


 - É uma coisa natural, Ju... – E... vampiros e lobisomens, eram naturais? – não se há explicações. – Robert, falava, vagamente, separando seus pertences. – Procuraremos, não arranjar encrenca, com os “Krowls”, eles são como os Volturi... – Ah, que ótimo... iríamos, nos meter em uma cidade, que já tinha um exercito de ... de... o que mesmo?


 - Como são chamados, pai? – perguntei, docemente.


 - Hm... eles são filhos da lua, mais... para vampiros... são... “mutadores”. Pelo fato, de conseguirem, se transformar... – eu o interrompi.


 - Em que? – eu estava muito curiosa.


 - Basicamente... em lobos, mutantes... de maior força, maior tamanho, maior inteligência... maior velocidade... num geral. – Meu pai, tinha um tom distraído.


 - Eles só podem ser... assim, enquanto estão transformados? – eu estava adorando o assunto. E o levando muito á sério.


 - Bom... não. Mas, seus dons se intensificam ao se metamorfosear... Eles tem um cheiro um pouco mais forte do que os humanos. Pois só comem carne. Grotescamente... – Robert, fez cara de nojo. Eu o acompanhei.


 - Vou procurar ficar longe deles, pai. – Eu o acalmei. Eu sabia que viria com o papo, que não queria que eu andassem, com esses “monstros”.


 - Ótimo, agora vá arrumar suas coisas. – Eu fiquei espantada. Só ir ríamos daqui a dois dias! Eu tinha uma boa parte das coisas guardadas. E só o que eu iria levar.


 - Pai... minhas coisas já estão prontas... – eu disse pausadamente.


 - Ótimo, então pegue a caixa que está na mesa da sala de jantar, e distribua os documentos falsos... – legal, nessa cidade, meu nome era Sophie, e na anterior, Charlotte, e na anterior, Anne. E por assim ia... E agora trocaria de nome mais uma vez. Assenti para meu pai, e flutuei para a sala de jantar. Estava lá, uma caixa negra, com alguns, laços em volta, dando a impressão de ser um presente.


 Abri á caixa, em busca das minhas fotos; tinha um... CPF, identidade, carteira de motorista... essas coisas. Meu nome seria Nicoll Wants.


 Droga! Isso me lembrava de meu nome original! E de meu passado, obscuro e cruel. Meleca! Mas tinha que admitir, Nicoll, me trazia boas lembranças também.


 Peguei, os demais documentos, e fui entregando á cada um dos novos donos.


 - Parabéns. Seu nome agora, é... “Nicollas Wants” – Apresentava-me, para Willy, que em mais uma vez, seríamos, gêmeos.


 - Ah, obrigada, maninha. – Ele estava arrumando as coisas de Marie. Que estranho. Marie detesta que mexam em suas coisas...


 - O que está fazendo? – fiquei perplexa.


 - O que parece que estou fazendo, Ju? – Ele disse em tom de sarcasmo e revirou os olhos.


 - Marie vai matar você! – Olhei á ele espantada.


 - Ela me pediu para fazer isso, ô novata... – detestava que me chamassem de novata, mas não queria ninguém chateado comigo... por isso deixava.


 - E o que ela está fazendo? – estava me deixando muito curiosa.


 - Ela foi com Isabell... foram pegar nossas coisas na escola... – Já? Ainda tinham dois dias!


 - Não vamos mais á escola? – eu estava nervosa por dentro... mais minha máscara, estava em perfeito estado...


 - Os próximos dois dias, serão de sol... Segundo, Lisa... então nos mudaremos antes... para evitar nos expor... sabe como é... – ele me olhou e fez um gesto com as mãos, representando pouco caso.


 - Ah... maravilha... – eu fui muuuuuuito sarcástica.


 - E aí... qual serão os nomes de todos nós? – ele mudou de assunto e se aproximou de mim.


 - Hm... – comecei revirar, os documentos e separando-os, para entregar á cada dono, corretamente. – Eu sou Nicoll, você é Nicollas, Marie é Anne, desta vez, Elisabeth, é Nathália. Eliot é Lucky,  Cristopher é Douglas, Alana é Francys, Robert é Marcelo e Isabell é Vitória.


   Ele olhava todos documentos com atenção, e entreguei os seus.


 - Que maravilha! – exclamou.


 - O que foi? – perguntei, estranhando o entusiasmo.


 - Tenho carteiras de motorista para motos, e para carros. É demais! – Revirei os olhos e dei as costas á ele – onde vai? – perguntou atônito.


 - Tenho que entregar o resto dos documentos, aos donos... e... antes que me esqueça... Entregue, isso á Marie. – disse alcançando, um maço de documentos, á ele.


 - Obrigada, vou entregar á ela. – Assenti, e em seguida sorri.


 Saí do quarto de Willy e Marie, e fui para o de Alana e Cristopher;


 - Alana? – chamei, vagarosamente, na intenção de não incomodar.


 - o que foi agora? – ela bufou.


 - Desculpe, Lana... é só seus novos documentos, e os de Cristopher. – ela não havia aberto á porta.


 - Tudo bem... me dê isso logo e pare de nos chatear!  - berrou dentro do quarto, e logo abriu a porta.


 - Seu nome é...Francys... legal, não é? – eu tentei melhorar seu humor.


 - Que seja... – ela disse grosseiramente, arrancando-me os dois maços de documentos, logo trancou a porta novamente.


 Sim. Eu ficava chateada, com Alana, por me tratar dessa forma. Mais nunca demonstrava, e nem com Lisa... Ela podia ter me trazido pra uma vida, estranha e ruim, mais em nem um momento, eu quis fugir ou sair. Não guardava ressentimentos de Lisa, porém Lana...


 Me dirigi ao quarto de Elisabeth, e Eliot. Bati na porta, e Lisa, estava só.


 - Onde está Eliot? – perguntei confusa. Eles estavam conversando, á poucos segundos...


 - Ele foi futricar, nas suas motos... – eu ameacei correr. – brincadeira... calma. Ele apenas foi á cidade... – Nossa casa, estava em meio á floresta. Assim como gostávamos.


 - Fazer o que lá? – ela me deixava mais confusa ainda.


 - Antes de sair correndo... ele falou algo sobre... as malas serem pequenas demais... uma coisa assim...


 - Ele foi comprar malas? – aquilo me deixou... não sei como dizer.


 - É uma hipótese...  – rimos juntas.


 - Aqui estão... – entreguei os documentos – seus novos documentos. Vamos começar com dezoito, nessa cidade... graças á deus... – eu estava aliviada.. não ter que esperar nossos pais irem nos buscar, ou, termos, que caminhar na velocidade humana... era irritante. Assim podíamos dirigir, em alta velocidade.


 - Obrigada... hm... Nathália... gostei. Lucky... sorte... legal.. – ela riu, e eu fui saindo.


 - Tenho que me preparar para nossa seção lembra? – Sorri, e vi sua cara, ela estava com  um olhar de deboche. – O que foi? – fiz cara de inocente.


 - O que foi? Ela me pergunta... – ela estava indignada e sorrindo? – em “Nome”, você nem precisou olhar á mente das pessoas, que estavam suspeitando, e as fez pensar que elas foram á um clube de natação! – Ela estava aumentando seu timbre de voz – E eu? Eu soei muuuuuuito! Pra simplesmente conseguir fazer duas pessoas esquecerem do que suspeitavam! E você ainda, diz que tem que treinar? – ela estava gritando.


 - Se acalme Lisa... eu tenho muito tempo livre... – eu usei meus dons, para fazer ela enxergar o que eu faço, enquanto ela “está” com Eliot...


 - Ok... eu entendo... – ela sorriu maliciosamente, eu retribui e corri para a porta para ver os três chegando. Eliot, Marie e Isabell.


 - Olhe quem aparece... – ri para Eliot – Um futricador de motocicletas... – todos rimos.


 - De que está falando? Dessa vez eu não fiz nada! – ele se defendeu.


 - Eu sei...- mudei de assunto -  Isabell... vamos sair mesmo amanhã de manha? – eu estava com cara de cachorro pidão.  


 - Sim, Ju... sim. – disse ela compreensiva. – E é bom que vocês, vão agora para á cidade... para fazer o ultimo serviço...


 - Tudo bem, vou chamar Elisabeth... – eu já ia me virando, em direção ao quarto de Elisabeth e Eliot, quando me lembrei uma questão que tinha em mente. – Mãe... posso fazer uma pergunta?


 - Claro, filha... pergunte... – ela sorria como uma rainha.


 - Eu estava lendo...” The blood and heart”, que fala sobre nossa espécie... e lá dizia sobre... vampiros terem... hm... sangue...


 - E qual é a pergunta? – ela me encarava curiosamente.


 - Vampiros possuem sangue? – soltei a questão rápido demais.


 - Sim... mais não é como o dos humanos... Nosso sangue, é misturado, ao nosso veneno, por isso, não sentimos vontade de beber o sangue uns dos outros...  – aquilo me ajudou muito... compreendi muito mais o livro. É uma grande sorte, que o autor do livro, já tenha morrido á cento e cinqüenta e quatro anos. Senão... prefiro não pensar naquilo.


 - Obrigada, mãe. Vou chamar Lisa. – Ela assentiu e flutuei, ao quarto dela.


 - Lisaaaaaa!!! – exclamei, e ela saiu de debaixo da cama.


 - O que foi? – ela pediu, obtusa.


 - Está na hora de nosso pequeno trabalho... – murmurei.


 - Eu já estou indo... me deixe terminar aqui, ok? – ela voltou á debaixo da cama e começou a fazer alguns barulhos.


 - O que está fazendo aí? – perguntei, curiosa.


 - Estou procurando, minhas meias da sorte... as guardei nesse cofre e não encontro mais! – ela resmungava.


 - Você tem um cofre em baixo da cama? – eu estava muito espantada.


 - Em todas as casas, eu exijo esse detalhe... gosto de meus objetos da sorte, bem guardados e seguros... – eu comecei á gargalhar de suas definições para “ a casa perfeita”.


 - Elisabeth, you there!  - eu gargalhava e repetia.


 - Pronto .Acabei. – Ela levantou de lá, estava com os longos cachos, castanhos, cheios de poeira e penas de ganso.


 - Eu acho uma boa idéia, você quem sabe... tomar um banho, antes de irmos, não é? – Ela me olhou e fez uma cara... hm.. muito esquisita.


 - É... – ela pegou uma pena de seus cabelos, e resmungou algo, sobre... “ aspiradores de pó, existem, basta parar de ter teimosia...”


 - Nos vemos lá em baixo... – ela assentiu, e eu flutuei, pela escada... fazendo algumas manobras... eu adorava poder levitar.


 Me joguei no sofá, e comecei a lembrar da história de Elisabeth, ela não tinha avisado nada aos seus pais... Que havia se transformado em uma vampira. Eu também lembrei, que ela havia sido salva por Willy... Ela sempre agia de uma forma estranha quando contava a parte de seu “anjo”. Eu iria conversar com ela, seria uma longa viagem como sempre...


 Eu iria dirigir... acho que seria mais conveniente, ir com o XK... é podia ser.


 - Vamos logo, Ju... quero terminar de pegar meus pertences lá...  – ela estava mal humorada ou era só pressa?


    - Tudo bem... Eu dirijo! – gritei antes que ela. Ela bufou, e corremos para o XK. Entrei, e abri a porta para ela – toda a segurança é pouco, quando se tem um Eliot, por perto – ela entrou,e pois o cinto. Eu gargalhei.


 - O que foi desta vez? – ela perguntou cética.


 - Quantos anos você tem? Acha que ainda tem perigo de morte? – continuei rindo.


 - O disfarce... você sabe... – ela fez um sinal com a mão em modo de falta de atenção.


 - Lisa... posso lhe perguntar algumas coisas? – eu havia acabado de rir, e prestava total atenção á suas reações.


 - Pergunte... fique á vontade... – ela, já estava mais natural...


 - O que aconteceu com seus pais? – aquela foi uma facada em meus dois pulsos... podia sentir meus sentimentos de dor vazando.


 - Bom... depois que fui, transformada, - ela sentia dor em falar nisso. – nunca mais vi, nem tive notícias deles. Não conseguia usar meus dons, para encontra-los. E queria manter uma distância entre nós... seria mais seguro para eles... – Ela acabou a reposta e um rosto, de dor, substituiu o natural.


 - Eu sei como se sente. – Eu sabia mesmo. Doía muito!


 - Você, está sofrendo mais... eu sei disso. Suas expressões, sua máscara, sua dor, seu modo de agir... – Ela falava com uma dose de pena na voz. – você faz tudo para nos ver felizes... e não importa a sua própria, felicidade. Eu sei da dor que sente, quando vê, todos nós junto com nossos parceiros. Eu já senti isso.


 É ela  sentia mesmo. E por isso, eu não a odiava. Ela apenas queria ser feliz.


 - E... você... e Willy...? – eu gaguejei. Mais em fim perguntei. Ela suspirou.


 - Sim. Eu tentei ser mais do que irmã dele... e me arrependo muito por isso. Willy, e nem eu, compartilhávamos, de mais do que amor de irmãos. Eu amo muito Willy, e nunca vou deixar de amar. Ele é meu irmão. Assim, como Alana é sua irmã... e além do mais, ele salvou minha vida. Eu confundi tudo, e ele me fez ver o que eu e ele sentíamos. – Ela acabou de me responder e complementou um pouco mais – Com Eliot... é muito além do amor fraternal... ele agora é a razão de minha existência...


 Eu assenti, e apontei para a primeira casa. Ela concordou e saímos do XK, para mudar e refazer pensamentos... Foi uma noite muito longa.


 


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