Diamante de Gelo - Diamond Ice escrita por AliceCriis


Capítulo 3
Capítulo 3 -O Renascer




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Capt.3 – O Renascer.

 

 

 

 

 

 

  Deitando-me, tremia – não de frio, de pavor. Aro dizia; - Acalme-se, bela Julie, não iremos machucar você, daqui á três dias você será imortal...

   Fechei meus olhos, esperando á dor. Ouvi um grunhido, alto demais, fui obrigada á abrir os olhos. Marie, havia os livrado da paralisia. Eles estavam em posição de ataque, lábios recuados, deixando os dentes á mostra, rostos retorcidos de raiva e meio agachados. Minha família, deu o bote, em um minuto, todos caíram no chão, retorcendo-se de dor e agonia. – Não!!! – gritei olhando espantosa.

- Eles vão se acalmar em breve, relaxe. – Disse Aro, como se estivesse vendo um filme, pela segunda vez, e esperando ver o que aconteceria.

- Eles estão os torturando, parem!! – gritei desesperado novamente.

- É apenas mentalmente. Ingrid, vá. – Disse Aro, olhando para um musculoso vampiro de sua guarda. Ele assentiu e se dirigiu ao meio de minha família. Voltou as mão para os rostos de cada um de meus familiares os fazendo dormir. Impossível! Vampiros não dormem! Aro me olhou, claro, ele tinha lido minha mente, iria me responder. – Samy, pode hipnotizar, qualquer ser ou criatura. Ele os hipnotizou, e estão descansando, sem dor alguma. Jane, adquiriu novas habilidades e as experimentou, Sem minhas ordens..– Aro encarou Jane, fazendo-a abaixar a cabeça, e tirando o sorriso de seu rosto. – Orland, criou uma parede, entre nós e eles. Eles não tinham seus poderes contra-nós...

  Ele estava me explicando tudo, ele era tão..tão.. cínico. Ele estava, tentando nos castigar – e estava conseguindo – e embora tudo isso estivesse acontecendo, ele me tratava como um cavalheiro, isso me deixava incrédula. Depois de Aro olhar para Orland, um vampiro negro, - achei impossível, vampiros eram pálidos, e sua pele era, muito negra. – Orland assentiu, e flexionou as mãos. Ele deve ter abaixado o escudo. Elisabeth levantou, ergueu as mãos, em sinal de paz. – Paz, Aro, paz. – ela vinha para perto, e se ajoelhou á meu lado segurando minha mão, ao toque, apertei sua mão mais profundamente. Aro de repente murmurou; - Elisabeth, minha querida, você sabe.. não quero mata-los.  – Caius murmurou algo sobre, Robert ser o “filhinho” de Aro. – Elisabeth, repasse meus pensamentos aos outros, quando acordarem..

  Elisabeth assentiu algumas vezes. Á medida que os segundos se passavam, eu ficava mais tensa, e o aperto de Lisa era mais forte; - Hmm.. Lisa..? – Disse em meio ao silêncio..todos me olhavam – minha mão...

- Ah.. – Ela afrouxou o aperto, mais não a soltou.

- Julie, querida.. – Falou Aro, atenciosamente, meu estômago, dava pulos de enjôo, seu teatro me causava repulsa.. ah, meleca.. Ele estava me tocando, e automaticamente me ouvindo.. – relaxe.. – ele continuou...

- Desculpe.. – falei,suspirando.

- Esqueça Julie.. Alana quer lhe falar.. – Ele se levantou e abriu espaço, Alana agradeceu, assentindo, se ajoelhou, onde Aro estava á segundo atrás. Me sussurrou em seguida; - Me desculpe Ju.. Eu te amo demais. Não quero que morra..tive de escolher, entre sua modificação e sua morte.. me perdoe.. – eu passei minhas mãos, quentes, em seu rosto gelado de pedra. Podia sentir, que se pudesse, choraria..

- Lana..eu também te amo muito.. está tudo bem. Eu mereço isso. Vou adorar ser uma vampira.. – Forcei um sorriso, não saiu como eu quis..

- Chega de melação, está tudo muito lindo, mas temos que seguir com nossa punição. – Exclamou Caius, com irritação.

  Aro, deu dois tapinhas, nas costas de Alana, ela levantou sem vontade e se dirigiu á minha cabeça, e lá se ajoelhou, onde podia ter o contato com meus olhos, Aro ajoelhou-se, onde Alana estivera. Pensei. Era agora. Aro, lendo meus pensamentos, assentiu, com um sorriso gentil. Eu estava preparada, ele se aproximou, e Lisa – eu já havia esquecido de sua presença – apertava minha mão, á cada segundo, mais e mais forte.. estava á ponto de gritar, minha mão tinha quebrado, mais Lisa não havia notado. Percebi que a dor que viria a seguir, seria a maior que esta. Aro, já estava próximo de meu rosto, havia me esquecido do resto da humanidade, do exército de vampiros de meu lado direito, e de meu lado esquerdo. Só havia, Alana, Elisabeth e Aro...

 Aro, estava encostado á meu pescoço. Separando seus lábios, e inserindo seus dentes em meu pescoço.

 

 

 AHH!!!

 

Nenhuma dor era comparada á isso! Sentia o líquido aplicado em meu pescoço se movendo lentamente á meu corpo, cada milímetro, me torturando mais e mais.

    Eu sentia dor - não, aquilo não era dor, era pura tortura - , uma dor que jamais pensei que existiria. Preferia que Lisa, quebrasse minha mão, mais que dez vezes, preferia, ser atropelada e jogada no ácido... Eu não agüentava em silêncio, gritava, palavrões, que nem eu sabia a existência, ressuscitei a mãe de Aro, meus olhos estavam fechados, eu não podia abri-los, só ouvia risadas ecoando alto á minha volta, parecia o exército volturi..
Que se danem.. pensei. A dor contínua era insuportável, implorava pela morte, não sentia mais a mão de Aro, apertando á minha, a mão de Elisabeth, também havia sumido. Ouvia lamentações de Aro, e respostas curtas de Elisabeth, Alana e Marie. Marie já havia acordado do transe? Depois, as vozes deles, sumiram. Eu perdia a noção do tempo, minha garganta arranhava... Que horror, um veneno muito doloroso, circulando em suas veias, gritar, desesperadamente pela morte, eu sabia que seria a solução. Mesmo com toda a dor, conseguia sentir e ouvir, quem estava ao meu lado, Quase toda, minha nova família tinha saído do transe, e não reconhecia dois tons de vozes masculinas.

    Todo o tempo em que a dor me afetava, eu gritava, me debatia e tentava me acalmar. Todas essas tentativas foram inúteis. Eu perdi a noção do tempo. Eu tentava esquecer a tortura, era em vão, me concentrava nos novos timbres, que eu não decifrava. Uma boa parte de meus órgãos estavam parados, o veneno, se concentrava em atacar meu coração. Eu sentia tudo; medo, raiva, rancor, felicidade, tristeza. Tudo. Sentia sempre a presença de Alana, em meu lado, o que me irritava mais, era não poder abrir os olhos, algo os impediam de se abrir, a dor estava um pouco mais leve, mais não significava que era tolerável, muito tempo havia se passado, ou pouco, eu não tinha noção... concentrava-me apenas em tentar ignorar a dor.

 

 

  A dor estava diminuindo, parcialmente. Ouvindo as conversas que estavam me cercando, ouvi; - Já está acabando, veja como seu rosto é perfeito..

 Aquilo se referiria á mim? Parei de prestar atenção nos murmúrios, concentrei no som de minhas palpitações. Meu coração estava batendo rápido demais, eu deduzi que era pelo veneno, estar se espalhando pelo meu corpo, e pela minha tortura, devia ser isso mesmo.. Quando minha alma implorava pela morte, senti um subido som, uma batida amedrontada de meu coração. Quando depois disso não ouvi mais nada.

  Eu estava morta? A dor havia desaparecido. Alguém deveria ter feito esse favor á mim. Estava curiosa para ver meu destino, céu ou inferno? Provavelmente purgatório, depois de fazer tantas pessoas ou criaturas, sofrerem era o que eu merecia.

  Ouvi algumas vozes, foi aí que percebi, eu não havia morrido, estava viva, como? Meu coração parara de bater, isso era impossível.. Não, não era... Eu havia me transformado. Vampiros não tinham pulsação? Aquilo era muito estranho, não estava preparada para isso, eles não esperavam que eu me transformasse. Abri os olhos sem força alguma. Eu enxergava... de uma maneira incrível, podia ver os mínimos detalhes de qualquer coisa, olhei para minhas mãos, minhas impressões digitais eram totalmente visíveis, aos meus novos olhos. Os raios de sol, tinham novas cores, eu não poderia nome alas, tudo era incrível, minha visão, minha vida – ou sobreviver á esta ocasião. Minha família estava bem, e isso que realmente importava. Um toque macio e normal, chegou á meu ombro, enquanto estava sentada. Fiquei surpresa, os únicos presentes ali eram vampiros e dois desconhecidos, bom... poderiam ter sido eles, mais os volturi os deixariam viver?

  Meus pensamento, reflexos e reações, estavam muito mais rápidos do que quando humana. Era Alana, me levantei rapidamente, com uma expressão assustada, ela estava mais linda á esses olhos, coisa que ela impossível. Minha expressão, não mentia, eu estava realmente assustada com a beleza dela. Eu a abracei e ela sussurrou em meu ouvido; - Ju... Eu te amo tanto... – Pude ver em sua expressão, que se sentia culpada, por permitir que eu fosse transformada. Disse para acalma-la ; - Lana.. Eu também amo você... não se culpe...eu estou bem, muito bem por sinal.. – Me espantei com minha voz, era um som glorioso, lindo, eu me comparava á Lisa, Marie e Isabell, tinha uma voz perfeita, sorri com a idéia. Alana tinha uma expressão confusa, não sabendo realmente o que estava pensando.

  Estávamos exatamente, onde eu havia sido “mordida”. O gelo estava derretido, e os mantos, onde eu havia deitado, estavam encharcados. Quando avistei minha família, tive a primeira visão da real beleza deles. Sorri com animação, puramente verdadeira. Todos retribuirão o sorriso. Isabell, radiante, Willy, um sorriso de canto de lábios, Marie, espontaneamente animada, Elisabeth, com um sorriso enorme e assustador, Robert, contente, porém cauteloso. Eu sabia, ele estaria com medo, medo, de que eu machucasse sua família. Ele havia me contado milhões de histórias, sobre recém-criados. Todos eram loucos e descontrolados, mais eu não me sentia assim, talvez, meu preparo mental, tivesse ajudado. Me virei á direção de minha nova família, e disse; - Calma Robert, estou controlada, não há problema, não estou sedenta...eu acho.. – ao terminar, Robert relaxou e riu com os outro.

 - Tudo bem Julie.. Vamos pra casa.. – Disse Robert, suspirando. E aí nisso, me relembrei das vozes irreconhecíveis.

 - E..err.. tinha mais alguém aqui? – pedi parecendo uma idiota, como era vampira agora, podia sentir cheiros com uma facilidade incrível. E lá estavam dois aromas desconhecidos. Foi Alana quem me respondeu sem jeito;

 - Hm.. eh.. São Cristopher, e Eliot... – Confesso que não entendi seu nervosismo.

 - E.. – incentivei a continuar.

 - Vamos July, explicaremos tudo em casa... – disse ela, com sua nova voz de badalar de sinos.

 - Hmm... ok... – respondi desconfiada. Eu sempre era o mais simpática quanto podia, mais tinha deixado escapar um tom de, digamos... desconfiança.

  Elisabeth, assentiu e os outros correram mata adentro. Entendi o sinal, ela queria conversar comigo. A olhei, sorrindo, meio confusa. Ela sorriu, e correu em minha direção. Fitando-a, ela continuava em seu silêncio.

 - E aí? O que foi? – perguntei perplexa. - É essa a sua pergunta? Depois de renascer? – Ela rir, eu dei de ombros.

 - Então...? – A palavra saiu como uma pergunta.

 - Você está linda...Está perfeita, melhor dizendo. – ela disse, fitando-me, com um enorme sorriso no rosto. Ela pegou do bolso de seu vestido, um retângulo, com bordas douradas e com diamantes, era um espelho. Ela alcançou estava entendendo nada.. seu sorriso, sua conversa... nada. Quando olhei-me, eu não era a mesma, eu, não era eu. Uma mulher magnífica, me fitava, no espelho, cabelos mais longos, lábios vermelhos e carnudos. Os olhos...

 - Oh meu deus! – Ofeguei, sem tirar os olhos do espelho. – Meus olhos!!  - eles, eram de um vermelho vívido e apavorante. Eu agora era MESMO um monstro.

 - Hmm... isso.. – ela parou de sorrir por um instante, e logo pois o sorriso em sua face novamente. – Com o sangue animal, eles ficaram como os nossos em breve. Só levaram um ou dois meses...

Não! Ela não poderia estar falando sério. Eu ficaria com essa face ? Monstruosa? Ela me tirou de meus devaneios; - Bom, quis ficar aqui, para poder te contar, sobre os últimos quatro dias... – eu á interrompi.

 - Quatro dias? Não eram apenas três, no máximo? – eu a  olhava, deixando o espelho escorregar de minhas mãos, ela pegou, antes de cair ao chão. – Desculpe...

 - Tudo bem, não foi nada.. – Ela fez um pausa, a expressão pensativa – Bom, tudo depende da quantidade de veneno que é aplicado á seu corpo. Aro, fez questão de aplicar pouco, e isso, se tornou, um verdadeiro castigo... – Eu parei de ouvir e me fixei em meus pensamentos. A dor.. aquilo, eu não me esqueceria, com certeza não. Ela aumentou o volume de sua voz;

 - ...entendeu? – disse ela finalizando á explicação. Assenti, mesmo que não tivesse prestado a atenção em suas explicações. Ela  continuou, mais dessa vez eu pude ouvir; - Eu tenho que te contar tudo... ou melhor.. boa parte do que aconteceu na sua “ausência”... se é que posso dizer assim.. – Eu assenti, e a dei permissão para continuar com um sinal com a mão. – Bom...quando, você começou...digamos, a mudar... você gritou muito, não a culpo... sei como é dolorido. – Ela riu? – E você até desenterrou a mãe de Aro, que seja lá onde estiver, deve ter te ouvido... – Ela gargalhou, e o som foi esplêndido.  – foi... calmo.. eu decidi que não haveria guerra, o que estava feito, não poderia ter volta.. Conversei com Aro, e ele mandou que passasse seus pensamentos, á todos vocês.. É o que estou fazendo, portanto é isso: Ele realmente achou que se nos matasse, seria muito simples, e que não conseguiria matar Robert, foi ele mesmo que o criou, o castigo seria mais doloroso e não tão tradicional... Ele ainda têm esperanças, de que nos bandearemos ao seu exército de monstros, eu não o dei esperanças.. Ele acima de tudo foi muito educado. – Ela quebrou a pedra que estava ao seu lado, se tênis rasgou – Ah droga... adorava esse tênis... então... continuando – sacudiu a cabeça, tentando manter o foco. – nos mantivemos lá... Eliot e Cristopher, decidiram se juntar á nos. E foram, em seguida ver se os Volturi tinham, realmente partido. Eles entraram em contato comigo, e foram resolver alguns problemas de Alana em Juneau.. Depois disso, Alana não saiu de seu lado, nem para caçar, foi isso que eles foram fazer...Missão, que eu fui designada á fazer: Te levar para caçar.

 - Eu? Caçar?Ficou maluca? – Perguntei perplexa.

 - Ai céus! Você é uma vampira agora, lembra? – Ri de minha bobagem. – Mais alguma pergunta? – pediu ela, meio sem paciência.

 - Bom, quem são Eliot e Cristopher? – perguntei diretamente. –Hm? – Pressionei.

- Isso é mais tarde, eu vou verificar o perímetro de caça, para ver se há algum humano por perto... Caso queira saber porque.. – disse ela revirando os olhos, antecipando-me – é para que possamos caçar, sem ferir nenhum humano.

 - Hmm.. Isso, é tão..nobre.. – disse pensativa.

 - Sim, sim, somos muito nobres e blá,blá,blá... – disse ela com impaciência. – Vou e volto logo...

 - Elisa.. – Ela tinha ido. Ela não era tão impaciente.

Em um breve minuto, ali estava a figura, de tênis rasgado.

 - Ei, novata.. vamos? – Fiz cara feia, e não levantei do tronco em que me sentava.

 - Não está com ardência na garganta? – perguntou ela me encarando com curiosidade.

 - Agora que você falou... – Eu comecei a notar, a grande sede que me dominava. E me fazia endoidecer.

 - É essa a sensação, de sede, que nos incomoda sempre. Agora vamos.. Você tem sorte, ou melhor, muita sorte, não tem humano algum por perto, e tem um bando de sete ursos brancos á leste, e eles têm um sabor incrível.

  Ela se virou, prestes á saltar, saindo da pequena clareira. – Lisa, mais uma coisa...

 - O que foi agora, curiosidade em pessoa? – Ela estava com pressa.

 - E meu coração...? – perguntei. Ela teria entendido minha questão?

 - Sim, seu coração, o que tem ele? – Disse ela com impaciência.

 - Como assim, o que tem ele? Ele não está batendo!! E como eu estou viva? – eu estava totalmente perturbada com a calma de Elisabeth.

 - Querida, Julie! Vampiros são como... morto-vivos, se é que me entende. Não temos palpitações, isso  é normal. – Disse ela se estressando.

 - Que estranho... Mas fascinante! – Olhei para ela com fascínio.

 - Sim, sim, fascinante, muito fascinante. Porque eu não pude deixar Marie vir? Ah, sim. Porque eu queria matar uma curiosidade, insaciável.  Que sorte a minha. – Disse ela sarcástica e nervosa. – Ju, você quer realmente que, os ursos atravessem o país e iremos caçar alguns...pombos?

  - Vocês caçam pombos? – Fiquei, boquiaberta.

  - Não! Mas do jeito que você está agindo, vamos ter que fazer isso. – ela nunca tinha ficado com os olhos tão escuros e com uma expressão, hm... raivosa.

  - Ta... o que devo fazer? – perguntei.

  - Feche os olhos... – assim o fiz – Sinta o cheiro.. – Suguei uma lufada de ar e senti um cheiro muito atraente... – o que sentiu? – disse á ela sem delongas.

  - São criaturas grandes com um cheiro maravilhoso... – Aquilo me deu água na boca.

  - E o que quer fazer ? Faça! – Ela mal acabou de pronunciar as palavras, e eu já estava na velocidade vampírica, correndo muito velozmente. Desviando das árvores sem alguma dificuldade. Fui direto, ao encontro da criatura enorme e peluda. Ele era o líder, era o que me parecia. Tive que lutar... Quem diria.. eu, lutando contra um urso branco... Era muito engraçado pensar nisso. Um ponto de fluxo de sangue passava por seu pescoço. Eu dei o bote, quebrando-o pescoço no mesmo instante. Meus dentes penetraram, com uma grande facilidade, em seu dorso. Ah, que alívio, eu sentia, a e estava ardência se acabava, a sede era aniquilada de meu corpo. E o sangue do enorme predador, já estava drenado. Depois de alguns instantes, notei minha roupa...Caramba. Eu estava totalmente, desarrumada, ou melhor, eu tinha aniquilado o urso, e ele aniquilou meu traje. Ainda, por incrível que pareça. Ainda usava o maiô, com a capa por cima, – ou o que sobrou deles... – eu olhava, para minhas roupas, apavorado, pelo que fiz... foi aí que percebi, Lisa.

 - E aí como foi, novata? – Grunhi, ela riu – Eu adoro ursos, brancos... você tinha que pegar o maior? – eu dei de ombro, como um deboche.

 - É instinto, veterana... – debochei, ela bufou... consegui irritar, Lisa? Isso realmente era um milagre.

 - Tudo bem... Hora de voltar. – disse ela sem fazer brincadeiras.

 - Pra onde? – perguntei atordoada. Ela me levaria para casa, ou para mais uma coisa “vampírica”?

- Para casa, ou quer ficar trajando esse estilo de roupa? – Pra minha “casa caverna”, ou a sua casa? – Tentei, ser engraçada.

- Mais e mais perguntas... – suspirou Lisa. – Vamos para a casa dos Wants. E você é um de nós agora, portanto, vamos para nossa casa. – Disse ela sem emoção.

- Tudo bem, mais minhas roupas estão na minha “casa

caverna”... – tentei argumentar.

- Esqueça delas... Vamos. AGORA! – Disse ela aumentando uma oitava de seu tom de voz. Ela se virou e se jogou mata á dentro, em direção á casa dos Wants.

  Minha visão, minha audição, minha velocidade, minha agilidade, minha força... Eu agora ERA mesmo uma vampira. Eu podia enxergar coisas á uma distância incrível. Meus olhos, eram como um microscópio muito avançado. Eu estava adorando ser uma vampira... Correr, era outra sensação maravilhosa, era de minha nova natureza. Avistamos, á parte de traz de uma enorme casa, era um azul muito suave, era engraçado, como meus novos olhos percebiam os detalhes mais simples e corres mais imagináveis...

 - Tudo bem, agora é só pular... – disse Lisa, tirando-me de meus devaneios. – É aquela janela, - ela apontou o dedo para uma das mais altas...sabia que era coisa de vampiro, e... eu naturalmente teria que saltar. – meu quarto, ou você quer passar pela sala e todos te vejam nessa condição? – Ela gesticulou, mostrando minhas roupas, - a escolha é sua... – ela riu mais. Ela estava adorando me torturar assim. Eu não queria pular uma janela. Mais muito menos, desfilar semi-nua, na frente de uma família inteira.

 - Ok, ok... você venceu...  – disse com desapontamento. Ela me olhou, sorriu e saltou graciosamente para a janela á três metros do chão. Tentei fazer igual... e... consegui, isso devia ser outra coisa vampírica, sorri para mim mesma. Ela estava saindo do banheiro, no momento que a focalizei.  – Maravilha, você conseguiu, agora você sabe que é uma vampira? – Disse ela sendo sarcástica. Fiz uma careta em resposta. Ao notar o que havia acontecido no quarto, fiquei totalmente surpresa.  – O que houve aqui?

 - É Marie e Isabell, elas adoram reformas... – O quarto que conhecia, era perfeito, e esse nem se comparava á o de minha memória embaçada de humana... Era mais lindo ainda... não sei se á meus olhos ou era a plena verdade.

 - Eu posso usar o banheiro? – pedi envergonhada...

 - Ah, claro! É para isso que está aqui. O seu banho está pronto, pegue seu hobbie no armário, tudo bem? – Disse ela totalmente animada. – Vou ir lá em baixo pra falar com os demais, Alana, Isabell e Marie, querem dar um trato em você. – Ah, não! O Que? Ela iriam me arrumar e me encher de cremes e loções? Droga... Eu detesto isso.

 - Ok, eu preciso de um banho, pode ir buscar minhas coisas? – perguntei bufando.

 - Calma... Você estará vestido em breve... – Ela riu, e desceu as escadas chamando ;  - ISABELL, CHEGAMOS...

  Eu estava tão bem... eu não tinha sacrificado ninguém além de mim mesma... Eu poderia conviver com isso. Ser uma vampira não era ruim, ao meu ver.

  Entrei naquele banheiro, que mais parecia um salão de cabeleireiro, - que já possuía outra decoração, dez da última visita. – e lá estava a banheira, cheia e coberta por espumas. Tirei minhas roupas, e as coloquei direto no lixo. Para quê eu iria usar aquilo de novo? Deitei na banheira, e usando alguns sabonetes caros e com marcas chiquíssimas, limpei minha pele. Oh meu deus! Minha pele, estava muito suja... Devia ser por isso que não notei minha palidez.. eu estava mesmo muito pálida... Eu DEFINITIVAMENTE era uma vampira.

 Durante todo o meu banho, pensei no dia em que descobri... ou melhor, me contaram tudo. Era difícil, ver minhas lembranças humanas. Elas eram todas embaçadas. Mais ainda podia ouvir as palavras de Robert.“Bom Julie... Temos um problema.. você está suspeitando sobre nós á algum tempo. Agora deve ter certeza de que não somos humanos. Marie te salvou, ontem no penhasco. Saber sobre o que nós somos, é um grande risco pra você, a única coisa que podemos fazer, é te proteger com nossa alma. Lisa, tentou manipular seus pensamentos, mais acrescentou imagens da própria mente na sua. O que te leva a saber o que somos. Você a deixa confusa, e ela perdeu o controle de seu poder. “

  Em nenhum momento, eu realmente desconfiei de que eles era vampiros. Apenas, que havia algo muito obscuro por trás deles. Robert, não tentou me convencer, que eles poderiam... hm... ser humanos “especiais”. Eles queriam, que eu tivesse esse destino. E foi apenas agora que eu consegui descobrir? Eles realmente queriam, que eu fizesse parte da família deles. Mais sem precisar ME transformar. Isso só podia ser coisa de Lisa. Ela queria alguém para fazer companhia e passar o tempo. Ela era a única com os dons possíveis para ver o que aconteceria no futuro. Ela sabia o que aconteceria comigo, vendo os pensamentos futuros de Aro, dos Wants, e dos MEUS!

  Como eu fui cega. Ela queria... tantas coisas... Eu estava sem chão. Elisabeth, mentiu? Os Wants, mentiram? Para mim? Eu logo iria saber. Elisabeth, iria ver minha mente, no momento em que eu estivesse com ela. Ela tentaria se explicar ou desculpar... Era isso que ela iria fazer. Com certeza! Ela conseguia ler minha mente, mais não manipular. Mais cedo ou mais tarde, ela saberia, que EU sabia.

  Eu estava passando muito tempo, na banheira. Saí dela me enxaguando. Peguei, uma toalha. Nela Estava bordado; “ Julie Nicoll M. Went ” isso era irônico. Abri o armário, e lá estava um perfeito e maravilhoso hobbie, com meu nome, bordado em ceda, de um tom de verde mais escuro, do que o próprio, hobbie. Desembaraçando meus cabelos, centímetro mais compridos, a porta foi aberta, e um batalhão de garotas vampiras iam entrando.

 - E aí maninha aproveitou o banho? – perguntou Alana, ela estava mais deslumbrante, seu cabelo, mais liso, seu rosto mais retocado, seus olhos não tão de um tom vívido de vermelho. Usava roupas, que destacavam mais seus atributos, um short, jeans, e uma regada branca cheia de detalhes, ela estava mais glamurosa do que nunca. Eu nem podia acreditar que ela era a minha irmã, ela era uma modelo. – Gostou? – perguntou surpresa com minha reação.

 - Você está maravilhosa, Lana!!! – Gritei alto de mais.

 - Hmm... agradeça ás garotas... – Marie, Isabell e Lisa, sorriram, e Isabell, se animou ;

 - Pode-mos transforma-la também? – Pensativa por uns instantes... assenti. O sinal mal havia acabado, quando elas começaram á trabalhar em mim...

 Bom, eu não posso mais impedi-las. Façam o que quiserem, e meus pensamentos fluíram, de vez enquanto eu ouvia qualquer uma das quatro falar ; - Me passe o secador... – ou – Não se mexa agora .. – ou – Pisque agora.. – ou – você está ficando mais que perfeita..

 Eu estava preocupada demais para ligar pra isso. Minha principal preocupação eram meus pais... Eles não iriam ficar para o resto da vida em Connecticut, e quando eles chegassem, eu diria “ Oi mãe, pai. Tudo bem? Vocês nem imaginam o que aconteceu! Os Wants, nossos amigos, são vampiros! E quando eu fiquei sabendo disso, um bando de vampiros centenário, me ameaçaram, eu fiquei em uma “casa caverna” por mais de 10 dias, e quando saí, me transformaram em vampira, e nem liguem a minha mudança nem meus olhos, é só uma parte da transformação... E agora que vocês sabem do segredo, vamos morder vocês, para não serem perseguidos, relaxem... Vocês só vão implorar pela morte, durante uns três dias. E adivinha. Alana também é uma vampira. Né legal?” Que maravilha! Fui tirada de meus pensamentos por Isabell. – Juu! Acorde! – Ela exclamava e ria.

 - Hãm?O que foi? – Disse caindo de meu transe.

 - Acabou.. se olhe no espelho. – Me levantei e me dirigi ao espelho enorme que ficava atrás de mim.

  Eu não poderia descrever, mais tentei, os olhos eram azuis, os lábios carnudos, o corpo modelado, encaixado num vestido perfeito, era maravilhosa. Era apenas á mim.

Fiquei orgulhosa de mim mesma. Eu era LINDA... uma grande surpresa. Eu mesma me fitava com descrença, mais era a pura realidade.

 - Julie? – perguntou, receosa. – Você gostou?

  Mudei minha expressão, com algo que mostrasse, alegria e emoção.

 - É perfeito!! Obrigada, vocês são ótimas... – balançava meu cabelo, um pouco mais curto, na altura do ombro. – Hmm... o que fizeram com meus olhos? – perguntei, eu não poderia voltar á ser humana podia? E mesmo se fosse.. eu não seria a mesma... e minha visão não estaria embaçada..

 - Bom... – disse Lisa – São lentes... você terá de usa-las em público... enquanto seus olhos não estiverem em cor de topázio ou ocre...

 - Compreendo... posso tira-las agora? – perguntei com pressa, aquilo estava me deixando irritada, meus olhos viam cada risco, cada imperfeição daquelas lentes..

 - Claro.. você não precisa disso aqui... – Disse Isabell, com voz maternal.

 - Hora da conversa em família! – Disse Marie, animada.

 - Tudo bem... vamos. – Descemos as escadas, e eu poderia ouvir até um fio de cabelo caindo. Não havia nenhum murmúrio á baixo de nós... Eu estava nervosa... Todos assim por MINHA causa! Eu já estava cheia de ser o centro das atenções. Finalmente chegamos. Todos abriram um enorme sorriso ao me verem. Willy, Robert, Eliot e Cristopher, embora, eu não soubesse quem era quem... No mesmo instante, todas as garotas correram para seus pares... Até Alana e Lisa. Eu fiquei ali. Parada. Sem saber o que dizer, só dando um leve sorriso.

Graças á deus, Robert, tomou a decisão de começar o assunto; - Julie, está muito bonita. – Tinha certeza que podia ter corado.

 - Hmm... obrigada Sr. Wants. – Por mais que, eu pensasse nele como Robert e me referisse  á ele como tal – em sua distância, é claro – ainda o chamava de Sr. Wants.

 -  Julie... me chame de Robert, ok? – Ele me olhou e assenti.

- Claro...Robert... – Eu estava meio constrangida com a situação. Assim que terminei de falar, Alana deu um passo á frente, segurando o braço do vampiro desconhecido.

 - Julie, esse é Cristopher... – Disse ela, num tom que nunca ouvia ela falar, parecia constrangida... com o que? – meu...hmm...namorado. – “Cristopher” sorriu com a palavra. E veio em minha direção.

- É um prazer lhe conhecer, Stª West. Lan...Alana, me falou muito de você. – Dei minha mão á ele, com um olhar desconfiado, propositalmente para que ele notasse.

- O prazer é meu... – disse num tom de incredulidade. – Alana... você é capturada e volta com um namorado? – perguntei indignada, todos riram, Alana ficou muito constrangida com a situação, me arrependi  de ter falado.

- Cristopher me ajudou... aplicou mais veneno em meu sangue...para ser menos doloroso... – E por que não fizeram isso comigo? Confesso que eu esperava um olhar de Lisa, por meus pensamentos, mais ela não olhou.

- Hmm... estou de olho em você... – olhei para Cristopher, e depois ri. Aquilo era sério. Logo depois, Lisa deu um passo á frente, e começou á murmurar no ouvido de “Eliot”... o que adiantava? Eu podia ouvir tudo... Ela murmurava sobre ele falar “tudo” á mim... Não entendi.

 - Muito prazer Julie.. – Ele me chamou de Julie? – Meu nome é Eliot, e estou com... – Ele fitou Elisabeth. – Sou o irmão mais novo de Cristopher. Somos irmão biológicos, transformados pelos volturi. Estamos muito contentes em poder encontrar um clã, como nós, “sugadores de animais”. Os volturi não nos obrigavam beber sangue humano, mas nos faziam treinar muito mais para ter a força de um deles... – Ele fitou Robert, senti que eles tinham planejado o discurso. Antes de Robert continuar, o interrompi ; - O prazer é meu Eliot. – Dei ênfase em seu nome. Ele riu, e a seguir Robert continuou.

 - Julie, Eliot e Cristopher, se uniram a nós, deixando os volturi. – Disse ele, alegremente. Parecia contente, com o aumento de seu clã. – Ambos, possuem habilidades especiais fantásticas... – ele sorriu mais – Eliot, é um protetor... diferente do que conhecemos, ele apenas pode gerar proteção á quem está próximo, e não á si mesmo. Fantástico! – Ele estava empolgado. Nunca tinha visto Robert assim. – Cristopher, tem magnetismo corporal, ou seja, se desejar... pode arrastar qualquer metal á sua volta para si, ou, manipula-los.

 Eu não sabia o que dizer, mais felizmente, todos olhavam Robert assim como eu. Em seguida continuou ele, vendo que não tinha comentários nem perguntas, além de um sorriso sincero.

 - E você Julie... – Começou ele, e o interrompi.

 - Eu? Eu tenho um dom? Eu sou especial? – minhas palavras voavam de minha boca, não conseguia controla-las.

 - Acalme-se Julie... – murmurou Isabell. – Você vai saber agora, se deixar meu marido falar, é claro.  – Todos riram e eu podia ter corado.

 - Julie. – começou Robert mais sério, meu dom era ruim? – Á partir do momento que você foi “mordida”... Ninguém mais, conseguiu, como eu posso dizer, usar os próprios dons em você... Qualquer um que tentasse, ficava muito confuso, ou hipnotizado por uma ou duas horas... Todos tentamos, mais você tem um escudo tanto corporal como mental... O mais afetado, foi Willy, - ele olhou para Willy e sorriu – Não é Willy? – Willy cruzou os braços, e bufou.

 -  O que houve? – perguntei confusa. Marie respondeu abraçando-o.

 - Willy, usou a própria energia, para tentar, acalma-la. E simplesmente, ele passou um dia inteiro e metade de uma noite achando que era você... – Todos caíram na gargalhada e Willy grunhiu.

 - Obrigada e desculpe, Willy... Nem eu mesma sei o que eu faço. – Disse envergonhada.

 - Tudo bem, Ju, não á mal nenhum nisso, mais é que foi muito constrangedor... – Ele olhou para o chão, enquanto, Marie beijava sua bochecha.

 - Eu ainda não acabei... – Disse Robert, num tom estranho. Não consegui identificar. – Pelo que posso perceber, nem Lisa, nem Eliot, nem Cristopher, nem Alana, nem Isabell, nem Marie, nem a mim e nem Willy.. – houveram algumas risadas abafadas. Willy levantou e correu para seu quarto em velocidade vampírica. Marie deu de pulsos e subiu a escada normalmente. – Ninguém de nós conseguiu, te acalmar ou falar com você. Porém, vi uma coisa, que nem em meus trezentos e noventa e oito anos, sonhava em ver... Você aparentemente, tem mais que um dom...  – Ele focalizou meu olhar, e percebi que iria me mostrar algo... Começou a mostrar imagens de uma garota flutuando... minutos depois... me toquei. Era eu. 

 - Eu posso flu-tuar? – me interrompi no meio da palavra.

 - Aparentemente, sim. Vamos  treinar seus dons e lapidá-los, é claro, se você desejar...

 - Sim. Seria excelente! – Disse com muito entusiasmo. – Eu adoraria... Alana tem um dom? – Eu estava surpresa. Ela teria mesmo um dom? Que ótimo!

 - Sim, Alana tem um dom muito poderoso... – Disse Robert. – Ela pode manipular e criar gelo e neve... um dom muito útil para criar uma nevasca.

 - Que ótimo, Lana.  – Ela me deu um abraço;

- Mais você teve mais sorte.. – Riu ela. – Temos algo complicado para falar...

- De que se trata? – meu tom mudou, assim como o dela.  

- Papai e mamãe... – Congelei. O que iríamos fazer com eles?

- O que vamos fazer...? – minha voz tinha virado um sussurro.

- Já resolvemos, mas vamos contar á você... Você tem direito de saber. – Alana, parecia triste. Será que iríamos ma... NÃO! Eu não permitiria!

- Vocês não vão assassiná-los! – gritei. – Eu não posso permitir.

  Eles pareciam decepcionados.

- De onde tirou essa idéia, Julie? – Pediu Alana furiosa. – É ao contrário. Nós vamos morrer!

- O que? – estava tudo muito confuso. E não parava de piorar.

- Vamos encenar nossa morte... Fingir um acidente de carro. Amanhã á noite. Já está tudo pronto. Logo em seguida iremos para “Wasilla”, próxima do limite do estado. – Eu estava chocada. Iríamos fingir ter morrido?

- Vocês estão loucos? Podemos ter mudado profundamente por fora. Mas nomes não são mudados de uma hora para outra... – Disse apavorada

- Já está tudo pronto, querida. – Disse Isabell. -  Vamos para a sala de reuniões. – Anunciou Isabell. Eu fiquei parada na frente de Alana. Encarando-a. Me dirigi junto aos demais, um instante depois. Sentei ao lado de Isabell.

- Julie, - Começou Robert. – Sei que é difícil entender... mais... não queremos que ninguém se machuque... – claro, eis me aqui, seu brinquedinho, conseguiram o que queriam – seus pais ficaram melhor sem vocês. O plano é o seguinte: você e Alana entram no carro dela, e caem de um penhasco, ou seja, do mesmo em que Marie lhe salvou. Vocês vão estar “mortas”, quando a polícia chegar. Isabell, vai ser a médica legista. Vocês não vão ter se ferido, pelo cinto e airbag, mas com a queda, quebraram o pescoço...

 Eu engoli seco, não poderia falar nem se quisesse. Ele continuou.  – Vou avisar seus pais, e faremos o enterro, vocês não poderão respirar, nem piscar nem se mover, estarão cobertas por tecidos. Para facilitar o trabalho, vamos ver o que Willy e Marie podem fazer, mais tenho certeza que só dará certo com Alana... – Eu estava em completo torpor.

 - Será melhor para eles? – era a única coisa que me importava.

- Sim, será querida. – Disse Isabell.

- Estou de acordo. – Disse em voz alta e clara. – Se for o melhor por eles, o farei.


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Notas finais do capítulo

Este livro, vai ser publicado - se tudo corer bem - ou seja, ele já esta acabado ;D



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