Diamante de Gelo - Diamond Ice escrita por AliceCriis


Capítulo 2
Capítulo 2 - Chekmate




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Capt.2 – Chekmate.


 


 


 


 


  Haviam se passado, semanas, meses, meses eu acho, em que eu havia descoberto, ou melhor, haviam me contado, o que a família nova – rica e perfeita – na cidade, eram vampiros.. Tudo estava monótono. Ultimamente, estava difícil sair com Willy e Marie, eles estavam muito.. hmm.. pegajosos. Eu e Lisa, saíamos todas as noites, para uma biblioteca pública – que por sinal, tinha uma variedade muito pequena - , íamos relaxar, nas águas termais, ou ficávamos uma na casa da outra. Quanto mais tempo, Lisa demorava para suas ‘viagens’, mais seus olhos escureciam, - como ela dizia, era mais difícil, conviver com os humanos, pacificamente.. – ela se controlava, mais sede ela possuía, ainda possuía. Sua família, tinha sempre, uma preferência por animais carnívoros, eles tinham um cheiro mais próximo ao, humano..


 Eu e ela conversávamos sobre tudo; Tinha apenas um assunto, com qual nenhuma de nós se sentia confortável.. “ os Volturi”.


  Numa manhã, fomos todos á escola normalmente. Mas.. Lisa estava mais agitada do que o normal, Willy e Marie não estavam abraçados, o que aconteceu ? perguntei mentalmente para Lisa, sabia que ela me ouviria.


Ela tinha uma escolha, ouvir  - ou não – os pensamentos, ela preferia se deixar no modo ‘on’ . Ela para responder á minha pergunta anterior, acenou como uma mão, revirando os olhos. Entendi o que queria dizer, ou seja ... é uma longa história.. ela assentiu para meu pensamento.


Marie, andava angustiada ao lado de Lisa, Willy, com um olhar culpado, bagunçava meu cabelo, e eu , o fuzilava com os olhos.


   Willy e Marie, tinham aquela aula juntos, se dirigiram ao ginásio, em silêncio, e sem contato físico.


Lisa começou; - Sim, o mel acabou, por uns dias ao menos.. Antes de perguntar, eles brigaram porque, Willy não deu o modelo de computador exato, que Marie queria, eles estão comemorando hoje, o 98º ano de ‘namoro’, todo ano acontece, mas, eles se acertam logo..


   Eu ouvi calada, não tendo uma opinião firme, sobre o assunto.


A aula de redação, se iniciou. E foi seguida em nervosismo e ansiedade. Lisa estava histérica, por algum motivo, meus gritos e agressões mentais não adiantavam.


Quando o sino tocou. Toquei de leve o ombro de Lisa, ela tremeu. – O que aconteceu ? – perguntei ansiosa.


- Não o que aconteceu, mais sim, o que vai acontecer ... – Ela disse num sussurro, em seguida me encarou, e me arrastou até trigonometria, onde tínhamos Marie e Willy, conosco. Ao entrar na sala, vimos os quatro lugares no canto superior da sala, sendo ocupado, por dois garotos abraçados.


   Marie e Willy, haviam feito as pazes. Lisa se virou pra mim, com uma careta teatral de enjôo.


  Seu silêncio, estava começando a me dar nos nervos. Elas puxou meu pulso, até nosso lugar. Separou os “pombinhos”, e começou a despejar;


- Vai acontecer – disse ela como uma portadora de um mal agouro. – Algo muito ruim.. Seus futuros, misturam dor, medo, cegueira, tensão. Eles estão vindo..


- São eles mesmo? – perguntou Marie cética.


- É um futuro improvável.. – Disse Willy, tentando acalmar Marie.


- Sim, Willy pode estar certo. – Disse Lisa. Ela se culpava, por ter um dom imperfeito.- Acho que é por que eles estão se decidindo.. Ainda não tomaram uma decisão, estão pensando melhor. Mas... vi alguém, que me pareceu familiar, mais não me recordei, estava na mente futura de Marie, a vampira, aparentava ser recém-criada, olhos injetados de sangue, grandes lábios carnudos, cabelos lisos, muito lisos e castanhos, a tornando deslumbrante.


Estava cercada por mantos negros. Que pareciam vultos, isso me faz pensar que sejam eles.


 


 A aula começou. Mas, eu não estava lá. Busquei as lembrança de Robert, me explicando e me contando tudo sobre os Volturi. Eles.. Os Volturi... Estavam em nosso futuro. Isso era uma certeza. E mais alguém, quem não sabíamos quem era. Eu sabia, que deveria fazer algo. Algo, para salva-los. Nem que tivesse de me sacrificar, por isso. Quando pensava nisto. Lisa bufava e gritava;


- Você, é motivo de nosso futuro,nós o escolhemos, tínhamos opções. Será uma traição de sua parte se entregar facilmente.


   Isso ecoava em minha mente, diante disso, me sentia impotente.


 


 


     Dês, das novas previsões de Lisa, passaram-se semanas, e não tinha uma grande melhora de qualidade. Eu já havia descoberto, o porque de todos eles ter olhos vermelhos. Não eram apenas recém-criados, mas todos aqueles que bebiam sangue humano. Isso já me assustava bastante, eles não teriam pena. Com apenas um golpe, meu pescoço estaria á disposição deles. Espantei um calafrio de meu corpo. Tomei nota, de que estava em meu quarto, debruçada na cama bagunçada, e meus pais ainda não haviam voltado do consultório. Era estranho eles e minha irmã se atrasarem. Meu celular novo tocou, - presente de aniversário de Isabell- corri para atender.


- Alô? – Disse duvidosamente.


- Julie!! – Foi um grito, que fez com que meus ouvidos doessem. – Tudo mudou de repente! Os volturi já sabem o que vão fazer, mais não posso ler seus pensamentos!


- Calma Lisa! O futuro pode mudar,não pode?


- Não mais! Eles estão chegando. – disse ela com medo, raiva, agonia e estresse em sua voz.- Eles viram nos castigar. Meu pai providenciou tudo, seus pais vão para


Harthford, Connecticut. Por alguma oferta de trabalho. Talvez eles consigam o emprego. Meus pais convenceram os seus, para que fique aqui, conosco, para que não perca as aulas. Você vai estar mais segura comigo Willy e Marie. Iremos ás cavernas, próximas as fontes termais. Seus pais iram hoje, daqui á pouco pegar seu vôo. Eles vão te trazer até aqui. E ficará conosco. Eles vão viajar por tempo indeterminado, o que é melhor.


- Hã..? – foi o que consegui dizer, depois de um discurso de três minutos.


- Seus pais saíram da minha casa agora, vão chegar em casa, em aproximadamente três minutos. Eles aceitaram a viagem de bom grado. Você vai passar a noite aqui. E vai chegar em meia hora.


- Tudo bem.. Mas minha irmã? – Perguntei o que eu faria.


- Ju..Leia a carta em cima da mesa. Seus pais estão na esquina, não esqueça, finja que não sabe de nada, fique feliz por eles. – Ela desligou.


  O carro estacionou na garagem, eu logo peguei a carta da mesa para ler. Era de minha irmã e dizia. “ Querida família. Eu tive uma emergência. Meu emprego depende disso. Vou passar algum tempo em Juneau. Volto quando puder. Amo vocês. Muito. Um beijo e até logo.”


  Meu pai entrou na cozinha e disse;


- Queridas, venham aqui! – Gritou ele.


Me dirigi direto para a cozinha, onde ele estava com um sorriso de orelha á orelha.


- Olá pai, mãe. Alana, foi viajar e deixou essa carta.


- Tudo bem, ela é muito responsável. – Disse minha mãe.


- Vamos deixar outra carta pra ela quando chegar. E dizer onde você vai estar.. – Completou meu pai.


- Sobre o que estão falando? – me fiz de boba.


- Ah... é essa a notícia. Vamos para Harthford! O Sr.Wants, conseguiu uma ótima oportunidade de trabalho para nós. E Vamos passar um tempo lá. Só para a experiência.


- Isso é maravilhoso!!! – Eu sorri, o mais espontâneo no momento.


    Meu pai, era um grande cirurgião dentista – tudo bem, ele não era um GRANDE cirurgião. Mais eu achava que era. – Já minha mãe, era médica. Tinham se conhecido na faculdade, por isso, faziam a dupla; Dr. Peter Morrone e Drª. Karolyn West.


    Ultimamente, tinham que trabalhar no hospital público, por falta de oportunidades, e essa era a grande chance.


- Pena que você ficará aqui.. – Disse mamãe.


- Mãe, não se preocupe comigo, vão e façam o melhor, eu quero que sejam felizes!


  Sorrimos, sem mais palavras, senti cada palavra, com uma emoção redobrada, Eu tinha a impressão, que seria uma despedida de verdade. Eu abracei meus pais, soltando as lágrimas involuntariamente, e as sequei, antes que eles pudessem ver. Subi para arrumar minha mala. Senti uma dor em meu peito, uma ruptura. Eu sabia que algo aconteceria. Eu estaria indo para a morte.


 


Meus pais me abraçaram mais uma vez. Deixando-me. Entrei na casa e Isabell, estava á minha espera.


- Olá, Ju... Como vai? – Ela certamente percebeu, minhas lágrimas, já escorridas em meu rosto.


- Ah Isabell.. – Não me contive, e a abracei, senti que seus braços frios e impenetráveis, me envolviam. Ela devia sentir seus instintos maternos, aumentando a cada momento.


- Eu compreendo.. – Disse ela com um ar de culpa.


- A culpa é toda minha.. – murmurei.


- Não, nós não devíamos te envolver, em nossa trança realidade e fantasia.-A apertei mais forte, contra mim.


- Isabell... vocês.. poderiam me.. transformar.. – disse dando algumas pausas. E me afastei dela para ver sua expressão.


 - Não. Você já está sofrendo, em ficar longe de seus pais. Você não agüentaria.  – Disse ela, piedosa.


- Mas.. – Ela travou meus lábios. E entendi o que quis dizer, eu não estava preparada.


- Vamos? – Ela me propôs. Assenti duas vezes.


Me colocou em seus ombros. E correu, e saltou numa velocidade sobre-humana. Foi divertido, embora parecesse que eu tinha ido viajar na asa de um avião.


- É aqui. – Disse Isabell informando.


   Nossa. Colocaram um portão de aço na frente da caverna? Acham que eu preciso de tanta segurança?


Preferi, não pensar na resposta. Ela abriu o portão. E aí minhas pernas tremeram. Eles fizeram uma casa dentro da caverna? Sim, eles construíram. Dentro da caverna, tinha uma fachada de uma casa, escondida pelo portão de aço. – Abra, é sua.. – Me disse calmamente.. eu tremulei mais. Girei a maçaneta dourada – não me surpreenderia


que fosse mesmo de feito de ouro – ao ver, tinha uma sala, super-aconchegante, com uma TV LCD, e um vídeo-game. Aquilo era coisa do Willy. – Vo-v-vocês..fizeram... uma casa para mim ?? – Perguntei atordoada.


- Sim, gostou? – Ela disse normalmente – Foi Marie quem fez a decoração. E não foi uma construção, foi mais.. um.. uma reforma.


- Se eu gostei? Isso é perfeito, é muito melhor que minha casa. Não sei como agradecer..


- É o mínimo que podemos fazer, você estragou a sua vida por culpa nossa. – Me senti mal.


- Posso explorar a casa? – pedi, envergonhada.


- Claro, essa casa é sua. – Assenti, e sorri.


   Fui ao corredor. A primeira porta que abri, me parecia o quarto dos meus sonhos. Tinhas cores diferentes de verde espalhados pelas paredes e pelos móveis, pelos cobertores da cama. Havia uma porta, e entrei, era um banheiro. Quase do tamanho do quarto. Tinha uma banheira, um pequeno armário, a pia e o sanitário. Apenas quando saí.. percebi uma escrivaninha. Tinha um note book, idêntico o meu, que eu carregava em minha mala. Quando me dei conta. Não estava mais só. Haviam duas ladies, me olhando com rostos lindos. Sorrisos perfeitos.


- E aí? O que achou?- perguntou Lisa.


- Não tenho palavras. – Me agitei e fui para o lado delas, sentadas na cama.


- E a decoração? – Marie estava ficando mais séria.


- Eu amei, minhas cores favoritas, e a cor dos meus olhos nas paredes, ficou perfeita.


- Que bom que gostou. – Marie relaxou e sorriu.


- Vamos.. – ofereceram as mãos para mim – tem que conhecer, o resto da casa.


- Ah.. claro, adoraria, - Eu não estava tão feliz quanto aparentava.


 


 


Já tinham se passado, mais ou menos, quatro dias, as coisas eram péssimas. Eu não via a cor do sol, – não que minha cidade mostrasse sol – eu tinha claustrofobia, era péssimo nessas situações. Estar escondida em uma caverna, sem janelas, era estar num pesadelo. Por mais, que fosse uma “casa”, ainda me sentia numa caixa de sapatos, sem ar. Enquanto estava tendo um ataque, Willy sugava minhas energias, e desmaiava.


Quando acordava, sentia minhas energias no máximo, estava sempre relaxada. Nem os jogos, nem as distrações, nem a internet – queria saber como colocaram energia e internet, em uma caverna..-, nem nada, me faziam esquecer, de como seria bom dar um mergulho, respirar ar fresco, caminhar na floresta.. e essas coisas, que passam despercebidas, mas só senti falta delas, quando estava presa em uma caverna.


E esse tempo vago, me lembrava, me fazia pensar muito em me transformar em vampira. Quando Lisa estava por perto, ela me distraía falando de um livro, que eu achei super-idiota. Falava sobre, arco-íris, todos os mitos e lendas dele. Era absurdamente... idiota. Quando Isabell estava conosco, ela cozinhava e limpava. Eu fazia aquilo tudo na minha casa. Por que eu não podia fazer aqui?


Ela sempre me dizia, que ficava feliz por ser útil – e eu também ficaria, se pudesse fazer algo. – e adorava cozinhas, que fazia se lembrar da época quando Marie era humana.


   Um desses dias, - já não tinha mais noção se era dia ou noite, e não sabia quanto tempo fazia que eu estava lá – pedi á Willy; - Willy.. á quanto tempo estou aqui?


Ele estava vendo um filme meloso, por falta do que fazer, Elisabeth e Marie, estavam com Robert, fazendo planos para “ o conflito”, na casa principal. E Isabell, limpava a casa, esfregando o chão, rápido de mais, para meus simplórios olhos humanos. – Hmm – disse Willy, num tom distraído – Acho que daqui á duas horas, vão fazer... hmm.. 9 dias... por quê?


- Caramba!.. – eu disse arregalando os olhos. – Vocês pretendem ma manter aqui por quanto tempo?


- Até que os volturi apareçam, está tudo planejado...


- Willy... – disse sussurrando.


- Que é?


- Você pode me transformar? – pergunte pra ele o mais silenciosamente possível.


- Ah não!!! – Eu sempre implorava para me transformarem, mais ninguém, me dava atenção, e sempre vinham com o mesmo papo. – July, você quer que eu repita toda aquela chatice? – Continuou ele, num tom irritado.


- Mas Willy, seria melhor para todos. – Disse alto demais.


- Não, não será bom para você e nem sua família.


- Mas.. – perdi á voz, e adormeci.


 


Mais alguns dias se passavam, e eu estava pálida, doente, por falta de ar novo, de vida nova..Naquele dia, me faziam companhia, Marie, Lisa e Isabell, raramente Robert vinha, ele fazia a guarda, e Isabell, raramente saía. Ela achava que eu precisava de uma guarda-costas.


A comida que Isabell preparava, uma boa comida em geral, sempre saudável e deliciosa, me fazia bem, era ela que me mantinha em pé. O ar estava poluído, com meu cheiro de suor, com o vapor de meu banho, que se esparramava pela “casa”, o ambiente, estava péssimo.


- Isabell.. – chamei, com uma voz verdadeira de fraqueza.


- Querida, você está bem? – perguntou ela, com uma voz de preocupação.


- Não.. – minha voz fraca, dava ênfase ao significado de tudo. – me ajude .. me leve para fora.. preciso..de..ar novo...


- Julie, não posso fazer isto, vai estragar todo o sacrifício que você fez até agora...


- Eu preciso.. Isabell... mãe.. – eu apelei, eu não estava nada bem, eu NESSESITAVA de ar.


- Filha.. – ela se comoveu. – eu.. não posso..


- Mãe, eu não posso mais ficar aqui.. – meus olhos se fechavam. Tinha certeza de que não era Willy, ele não estava ali, a comida não era o suficiente.


- Julie... eu sei, eu estou errando, mais, não posso te ver assim, vou te vigiar a cada momento, vamos dar um mergulho, pegue suas roupas, as águas termais nos esperam.


   Eu fiz força para poder sorrir em agradecimento, Marie e Lisa, a fuzilaram com os olhos, e foram pegar suas coisas, fui cambaleando para meu quarto, e peguei um maiô novo que ganhei de Isabell,também. Estava pronta pra ver coisas fora daquela bolha. O motivo me motivou. Me troquei, pondo, uma capa por cima dos ombros. Tinham algumas roupas e toalhas em minha bolsa. Quando me dirigi para a sala, elas me esperavam, na porta, todas, com uma tensão nos olhos.


- Prontas? – pediu Isabell.


- Tudo ok. – Disse Lisa, sem emoção.


- Podemos ir. – Cantarolou, Marie.


- Pronta pro renascimento. – Bufei, aliviada.


 Fui carregada por Isabell, antes de sair do portão. Lisa e Marie, ficaram uma de cada lado, prontas para me proteger, de qualquer coisa. O portão foi aberto.


Eu senti vida, só de respirar, sentir um vento em meu rosto. Isabell, disparou pela floresta, com as garotas, um pouco atrás. Aquilo me renovava á cada segundo. Chegamos.


   Isabell me soltou, logo fui tirando minha capa, para poder entrar na água. Não havia quase nada de gelo. Que estranho. Não liguei, e lentamente, fui afundando... A água estava perfeita, quente, muito quente. Podia sentir meu sangue correndo nas veias. Minha mente reagiu ;


- Que horas são? – perguntei lentamente.


- São 9:27 da manhã. – Respondeu Marie, mais animada.


  Era um alívio, poder respirar. Isabell e Lisa, haviam entrado na água juntamente com Marie, uns minutos depois. Eu boiava na água, como uma pena. Estava tudo tão bem, eu podia respirar ar puro..


  Tinham se passado horas. E estávamos conversando sobre alimentação. Coisas bobas, que com vampiros, se tornavam interessantes. O que o sangue fazia de bem para o corpo? Qual eram os seus nutrientes?


Vendo o que eu estava pensando, eu ri. Num momento distinto, Lisa paralisou. Achei que poderia ser uma brincadeira de Marie. Não era. Lisa Tinha uma expressão de medo. Pânico. Sofrimento. Ela fez força para falar ;


- Eles..estão aqui!! – Ela murmurou por baixo do nariz. – Não adianta correr, não poderemos chamar Robert. Precisamos nos defender. O que faremos?


- Oh. DROGA! – exclamou Marie. – Já estou sentindo o cheiro deles. Estão vindo calmamente. O que estão pensando, Elisabeth?


- Eles estão mudando de idéia repentinamente. Propositalmente, para que eu me confunda, mais a decisão já foi tomada. Eles estão me deixando louca!


  Isabell, já estava falando com Robert pelo celular, rápido demais para minha compreensão. Em alguns segundos, Robert e Willy estavam ali.


- Vocês tinham de sair? – Perguntou Willy, ele estava irritado. E nisso olhou para mim. Me encolhi com o olhar.


- Os Volturi esperavam por essa chance, não podemos fugir. Eles são rápidos o bastante para nos pegar. – Disse Robert, furioso.


- Vista-se. – Ordenou Marie para mim.


Assenti e me encaixei em minha capa. Quando dei por mim, Elisabeth, Marie e Isabell, estavam vestidas, não como eu, mas com roupas.


  Todos eles se posicionaram, naquela clareira, não tão pequena, haveria morte, não apenas uma, mas seis. Sua formação, contava com Elisabeth, ao centro  - uma grande surpresa, seria ela nossa porta-voz – ao lado esquerdo, estava Robert e em seguida Marie, do lado direito, Isabell e Willy se preparavam. Atrás daquela barreira. Estava eu. Uma pobre e inofensiva humana. Era essa minha preocupação. Não poder fazer nada. Me sentir impotente. Todos eles, se focalizavam na mata além da clareira, como se vissem algo. Se passavam minutos e o silencio aumentava. Depois de muito tempo, alguns vultos pretos apareceram. Eram eles, com certeza. Se aproximavam, não andando, flutuando, tinham uma leveza irreal. Pararam, cerca de cinco metros de nós. Todas as capas caíram dos rostos. Fui logo reconhecendo, Aro, Caius e Marcus. Logo em seguida, percebi Jane e Alec, próxima a Aro, estava Renata, o escudo de golpes. Possuíam mais sete vampiros, eu não reconhecia nenhum. Porém, um único, centralizava-se ao meio, e não tirou a capa em momento algum.


- Meus velhos amigos. – Saudou Aro.


- Olá Aro. Vejo que percebeu nosso segredo. – Disse Robert cético. Aro tinha um rosto de um anjo, parecia que veio nos levar aos céus, não nos punir.


- O que lhe faz pensar, que foi por esse mero acaso que estamos aqui? – Aro se fez de ofendido.


- Desculpe-nos, mais já fez sua visita dessa década. Isso nos levou á pensar. – Disse Elisabeth, calmamente.


- O que há de errado em guardar um segredo, eu me pergunto. – Aro insinuo. – Estamos ligados á cada passo de todos os vampiros. Descobrimos por um acaso. Estávamos nos preparando para chegar á Denali. Quando Jane e Alec, estavam precisando caçar. – Ele sinalizou para os dois, - Minha presa. Tinha uma mente fabulosa, estávamos em Juneau.  – Eu estremeci. Sabia o que poderia ser.. Alana! – Tinha muitas imagens de vocês em sua mente. E de sua irmã menor.. Com uma forte ligação á vocês. – Eu agora, tinha certeza. Era Alana. Ela estava...morta. – Dês daí, que mandamos nossos amigos, Mandy e Richard, para ver o que haviam feito...


 “ Antes que perguntem, Mandy; pode virar um fantasma, ou seja ser invisível, e fazer quem quer que seja, faça o mesmo. Richard; pode esconder, cheiro e tudo que revelaria sua presença. Incluindo sua mente. – Ele olhou para Elisabeth. – Foi aí, que descobrimos a infração. Não poderíamos mata-los, ou simplesmente mata-la. – Ele olhou para mim, com curiosidade. – Como se chama , adorável criança? – Ele me perguntou, Vi Jane cuspir no chão. ;


- E-eu.. m-me..ch-cha-m-mo...Julie. – Consegui, dizer meu nome sem gaguejar. Willy Grunhiu.


- Lindo nome, não tenha medo, não queremos machuca-la.


- Alec tossiu.


- Então porque veio Aro? – Perguntou Isabell, cética.


- Ô esplendorosa Isabell, tomamos uma decisão. Essa decisão, é incomum, não iremos mata-los. Mas...não haverá escolha. É um destino certo. Não terá opções. Yasmim..? – Disse Aro, uma vampira alta e esbelta, Cabelos curtos e espetados, assentiu e desapareceu.


  Senti ser abraçada, por uma pedra. – dura e gelada -, quando pisquei novamente, já estava cercada por mantos negros. Senti os braços me soltando. E Aro me olhou.


- Posso ver? – apontando para minha cabeça, como se perguntasse ; “posso ver o que você sabe, e depois tortura-la?”


  - Clã-claro..- Murmurei.


Estendeu a mão, e eu comecei a ver tudo; Dês do momento em que vi o carro negro, estacionado na frente da escola. Até o momento em que fui carregada até a caverna. Meus pensamentos e lembranças, estavam revirados.


- Hmm.. – Foi só o que ele disse.


- Aro.. – Disse Caius impaciente. – Ainda acho que é um erro..


  - Paz..irmão, pense no futuro desses vampiros, um dia poderão se unir á nós.. mas com uma luta, não seria possível obter sua confiança novamente.


  Havia um silêncio tenebroso, vindo do lado contrário de onde estava. Minha família.


- A decisão está tomada.. – Disse Marcus, com impaciência. – Vamos logo á Denali.


- Acalme-se Marcus.. – Disse Aro.  – Isso acabará em breve... Jane traga-a..


  O que? Trazer quem? Quem iria me matar? Sabia que morreria em breve, mas estava calma, sabia que eles não morreriam, foi o que disse Aro.. Jane trouxe, o vampiro, que não havia tirado a capa. Cujo, que ficou de frente para mim, incapacitando-me de ver seu rosto.


- Se lembra dela, Julie?- Perguntou Aro.


- Quem? – Pedi confusa.


- Tire a capa...Alana.


   Meu coração palpitou, Alana não estava morta? Meus joelhos tremeram, lágrimas escorreram de meu rosto. Era ELA!! Alana, na minha frente, tirando sua capa e a deixando cair. Assim que olhei para seu rosto, tive uma quase, parada cardíaca. Seu rosto, estava branco, pálido, seu cabelo, liso e mais longo, quando cheguei aos olhos, foi o que me indicou que tinha chegado ao ponto. Sim, Alana, agora era uma vampira.


As palavras ecoavam em minha mente sem sentido. Ela ma abraçou. E retribuí o abraço. Largando-me no chão novamente, Aro começou a falar; - Chekmate. – Ele disse como se tivesse ganhado um jogo de xadrez, que com muito estudo, que foi escrito e reescrito. – De qualquer maneira, Julie viraria uma vampira. E por ironia do destino, minha presa, era sua irmã. A transformei, assim, que descobri seus pensamentos. E sabia que podia usa-la, em alguma futura batalha. Mas, entendi que isso não era necessário, e dando á imortalidade á sua irmã. Sua transformação seria quase inevitável. E minha decisão, foi transformar Julie imediatamente, para que os outros possam continuar vivendo normalmente... – Aro, disse o que eu queria que acontecesse - Seria uma dor muito grande ter de destruir, quem eu mesmo criei. Robert, você é como meu filho, seria um crime ter de executa-lo.


Quando estava no meio de minha caçada, não podia recuar, transformei Alana, para evitar uma guerra, que seria causada por sua morte. – Aro falava, como se estivesse conversando casualmente, sobre um assunto bobo e sem importância. – E ainda, deixei a decisão, nas mãos de Alana. Queria que se tornasse uma imortal ou não... Ela tomou a decisão. Quando olhei para minha nova família. Marie estava usando seus poderes em sua família, ela sabia , que se atacassem seriam dizimados.


- Gostaria de ter a oportunidade, de transformar Julie, acredito em meu auto-controle.. – Continuou Aro.


  Como um badalar de sinos, ouvi pela primeira vez, a voz de Alana como vampira ; - Você tem minha permissão, Aro.


- Obrigada, deslumbrante Alana. – Ele sorriu, e se virou para mim. – Está preparada?


  Engoli seco. Eu não tinha certeza de nada naquele momento. Mas acima de tudo, pensei neles, minha família, minha nova família. Eu faria por eles.. Assenti duas vezes. Ele veio em minha direção, puxando minha mão.


Eu não sabia o que estava sentindo. Se medo, ou pavor, minha face, paralisada, como o gelo sobre meus pés.


Aro, me puxava, - com sua mão gelada e dura, ao mesmo tempo lisa. – ao centro do campo, onde Marie paralisava os demais. Ela involuntariamente grunhiu. Aro olhou e disse; - Paz, querida Marie, paz. – Ele tinha um doce e macio tom de voz. Renata, escudo de Aro, e Alana, nos seguiam. Os três, puseram suas capas no solo gelado, para que me deitasse. Eu teria que estar preparada.


 


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