Diamante de Gelo - Diamond Ice escrita por AliceCriis


Capítulo 1
Capitulo 1 - A ponta do iceberg




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Capt.1 – A ponta do iceberg.

 

Eu tinha acaba do de fazer 14 anos de idade – bom, era o que eu achava, mais já se passara um ano -, minha família – meu pai minha, minha mãe e minha irmã – sabiam como eu sempre detestava aquela data, eles sempre me pediam por que ; “Qual o problema de uma festinha Ju?”, e eu convenientemente , sempre lhes dava a mesma resposta.”Festa quer dizer; casa cheia de gente, parentes que você nem sabe o nome aparecem para te desejar feliz aniversário, e o pior de todos. Ser o centro das atenções.” Naquele momento, discutia com minha mãe, sobre a maldita data.

 - Mãe, só um bolo. No máximo – eu murmurei

- Ah, Ju, só um parabéns ..?

- Mãe!! Sem discussões, por favor...- murmurei, quase imperceptivelmente ao seu sonar de mãe.

Levantei e fui ao meu quarto, pegando meu notbook sem bateria ,pondo carregar e o ligando-o.

Conferi meu orkut, esperando ter algo de novo, nada, nada mesmo. Aquilo era frustrante! Saber que você não se encaixa naquele lugar e ter que ficar lá. Aquela escola não era a MINHA ESCOLA.Era a escola.. de todos ..das garotas ricas e populares. Sempre soube que lá não era meu lugar. Esquecendo que estava na frente de um computador, peguei no sono. Quando minha irmã chegou do trabalho , foi me ver.Eu estava lá com o rosto molhado, cara inchada e soluçando enquanto dormia. Ela me acordou com um beijo bem molhado na testa e eu sorri.

Fui ao banheiro, me olhei no espelho e vi. Ó meu Deus, em nem um milhão de anos eu estava tão ... tão.. tão.. desabada. Eu já não me reconhecia mais.. Cadê a garota alegre e animada das fotos antigas? Cadê a garota que sempre conversava com todo mundo..? Eu acho que foi embora . Me encarando no espelho. Tomei um grande susto. Minha mãe chamou em voz super – hiper e mega alta. Caí pra traz. Hm, outro detalhe, eu já não tinha a mesma coordenação motora de antigamente, eu caía tão facilmente que parecia que já estava madura – pelo menos no ponto de fruta madura – e aí lavei o rosto com a água gelada, e desci as escadas devagar, para não ter outro problema com o meu equilíbrio.

 

Minha mãe e minha irmã estavam conversando sobre mim em voz baixa.

- ... ela não está se adaptando...- disse Alana num cuchixo - ... é melhor ela voltar pra escola antiga..

NÃO! NÃO. Elas fariam isso comigo?fariam ? A escola antiga, era um inferno. Eu não tinha aprendizado algum, a escola era uma droga. Eu podia não aprender nada, mais eu tinha amigos. A escolha foi minha, mudar ou não de escola.

-..Lana..não acho que ela vá concordar tão facilmente..-disse minha mãe sem perceber que me escondia atrás da escada.

 

Eu tinha que dar um jeito em mim.. não devia chorar mais. Eu só devia pensar ... já é o último ano .. não tem mais problema em ficar aqui por mais um ano.. ano novo.. nova escola... será tudo novo no ano que vêm ... Eu ainda contava que meus pais se mudariam, para uma outra cidade – de preferência menos fria e maior – em busca de trabalho.

 

Levantei, como se nada houvesse acontecido.Pronto, uma parte mínima de mim voltou. Era eu de novo. Fui á mesa e abri um grande sorriso forçado – eu era boa nisso, bem, melhor do que eu pensava – e olhei diretamente pra elas e dizendo..

- Olá pessoal.– meus sentimento se reviraram e começaram me dar enjôo; Meus cabelos lisos e marrons cobrindo meu rosto e meus olhos azuis, faiscavam de ter que fingir.

- Ora viva. Minha filha voltou, não o zumbi dela..-minha mãe começou, meu músculos faciais estavam se torcendo completamente eu estava extremamente triste em ter que enganar as pessoas que mais amo na vida.

- filha estávamos falando de você e sua festa .. não iremos te obrigar, mas.... Você terá que esquecer de suas tristezas e aceitar todos os presentes, combinado?

 

Falando sério, eu adorava ganhar presentes , isso me animou , mas nem tanto.

A noite toda foi sendo discutida a minha festa.

Agradeci não ter que falar muito, meu pai assistindo ao jornal concentrado não me dava muitas preocupações – como por exemplo , ter que fingir que estava animada para a festa – e tomando seu café.

Tomei banho e deite em minha cama com meu querido animalzinho do meu lado. Meu presente de aniversário do ano passado. Amava ele. Sim . Muito. Quando peguei no sono, não consegui me livrar de todos os pesadelos que me cercavam . Sonhos como...Bom essa noite eu tive um sonho bom, na verdade muito bom.. conheci uma família inteira de pessoas e me dei muito bem com elas.

Levantei com um humor bem diferente.

Me arrumei correndo para a escola e fui.. Bom algo de muito diferente havia acontecido. Um enorme carro parou em frente a escola. Saíram dele duas garotas muito diferentes mas.. ao mesmo tempo... muito iguais.. seu jeito de caminhar, andar e se movimentar era totalmente compassivo, parece que estavam exibindo uma dança perfeitamente sincronizada ao invés de estar entrando numa escola. O garoto se grudava á garota loira. Num abraço, que não sei como explicar mas.. era como se houvesse mais do que apenas “namorado e namorada” .. Nesse instante o garoto olhou para trás e me deu um sorriso que se parecia que estava fazendo um príncipe encantado depois de beijar uma princesa...Meus olhos se fixaram nele gargalhando e a garota o deu dois tapinhas nas costas para continuar seguindo. E lá foram eles..escola á dentro. Quando dei por mim eu estava encarando os novatos obcecadamente. Senti minhas bochechas ficando vermelhas. Ótimo, agora eu estava agindo como uma paranóica. Perfeito!

 

Quando entrei na sala de inglês, vi uma figura rígida e tomada pelo torpor, sentada em minha mesa. Olhei para a garota e me dirigi á ela.

- Olá, tudo bem com você? – tentei ser mais educada possível, enquanto dois grandes olhos cor de topázio viravam em minha direção, com um grande sorriso no rosto, deixando seus lindos e apavorantes dentes expostos.

- Olá – ela respondeu – Estou ótima. E você?

Achei que essa conversa estava durando demais, eu só havia ido falar com ela pelo fato de querer sentar no meu lugar isolado da sala. O mais esquisito foi que enquanto ela me olhava entre seus longos cachos castanhos e suaves caindo em seus ombros delicadamente, ela parecia prender a respiração... Eu estava fedendo?

- Eu acho que posso sentar em outro lugar por hoje... - disse já me virando de costas para ela. Enquanto um toque suave, macio e duro ao mesmo tempo, e muito gelado tocou meu braço . Eu soltei um arrepio pela espinha com o toque..Ela deve ter percebido, pois seu toque logo foi puxado novamente para seu bolso.

- Oh, me desculpe por sentar em seu lugar... e... a propósito.. eu me chamo Elisabeth Wants e sou nova aqui..

- Ah, qual é o meu problema? – perguntei a mim mesma já sabendo á resposta – Eu teria que dizer meu nome antes.. - Eu me chamo Julie Nicoll Morrone... ficaria feliz em poder me redimir te ajudando a conhecer melhor a escola... – ofereci a ela, tentando manter-me o mais calma possível. Poderia me tornar amiga dos novatos, eu acho...

- Ótimo – ela disse com animação mais ainda sem respirar.. por quanto tempo ela seguraria aquilo? – se puder, pode se sentar aqui comigo?

-Claro.. será um prazer. – Eu estava fedendo e ela me chamou pra sentar com ela?

A aula começou e a ajudei com toda a matéria nova mais parecia que eu estava explicando á um professor ao invés de uma recém chegada..

Mas não foi só essas coisas que notei que nela eram estranhos.. Ela era.. pálida.. mais muito linda.

Quando chegou o intervalo eu pedi á ela se ela gostaria de se sentar comigo e ela respondeu;

- Ah, eh, não sei, talvez seus amigos não vão gostar de três novatos em suas mesas..

- Err.. eu não.. er.. tenho .. amigos.- Senti um reboliço no estômago com vontade de vomitar.. Mas me segurei ..

Ao ouvir aquilo ela parecia radiante.. Me pegando pela mão... Desta vez com uma luva para impedir que minha pele tocasse a dela.. Me levou com uma velocidade quase inumana conhecer seus dois irmãos. Er.. não irmãos. a garota de cabelos castanhos e lisos era adotada e se chamava Marie Stiven Wants ela se parecia absurdamente com eles. O garoto com cabelo cor de mel e desarumado deixando um jeito sexy e inocente.. não sei bem como classificar.. Mas ele se chamava Willian Skiler Wants.

Todos eles reagiram á minha presença com um modo agradável e estranho ao mesmo tempo.Todos eles paravam de respirar á partir do momento que estavam do meu lado. Eles estavam em minhas aulas.. pra falar á verdade estavam em todas. Eles agiam como se pudessem ser os ‘caras’ da escola, mas por que decidiram ficar ao lado de uma fracassada, como eu?

  A pergunta ficou pairando sobre minha cabeça durante horas pra tentar achar um significado que pensei foi que estivessem me usando - isso poderia acontecer de novo? Comigo de novo? Porque? Espantei a má lembrança e continuei pensando neles.- mas acho que era só paranóia minha. Ou melhor.. tomara..

 

Eu e “os três novatos”-como eram chamados por todos- estávamos muito íntimos. Saíamos para comer alguma coisa, ou melhor, eu comia eles sempre arranjavam uma desculpa para fugir de suas refeições assim como – esquecer dinheiro em casa, não estar com fome no momento – e assim ia.

No meu aniversário eles estavam em minha casa, juntamente com o pai Robert Huston Wants e a mãe Isabell Masen Wants; Seu pai – um executivo de sucesso – se deu muito bem com meu pai. E Sua mãe – Grande desenhista de moda e bem sucedida esposa – se acertou plenamente com minha mãe. – e minha irmã Alana estava argumentando muito sobre seu vestuário.-

Meu nível de alegria se ergueu como nunca, por mais que fossemos sempre muito unidos Marie e Elisabeth se recusavam a chegar muito perto de meu animalzinho de estimação. Sua principal alegação era que tinham uma terrível alergia – mais não era isso, eu sabia – Willy estava cada vez mais próximo de ‘Holly’, minha cachorrinha.

Seus passos na direção de Holly, eram totalmente calculados,  embora Liza o fuzilasse com os olhos e Marie parecia nervosa a ponto de agarrá-lo pelo braço e puxá-lo de volta. Mas apesar daquele subido nervosismo, pela aproximação de Willy á Holly foi se tornando boba.. De repente minha mãe gritou ;

- Hora do parabéns!! – Ah, que ótimo.. minha mãe totalmente entusiasmada com uma data tão...tão...simples.. não sei bem se é essa a palavra.

Todos cantaram, mais ninguém deles comeu mais do que uma bocada e se esforçando para não fazer careta . Robert olhava firmemente aos filhos como se quisesse dizer “não estraguem tudo. Comam e não reclamem”

Fiquei pensando sem comer, - o que queria dizer aquilo? - e depois comi uma fatia de torta de morango e chocolate.. tenho que admitir estava uma delícia.

 

Fomos para um... não sei bem dizer o nome ... era uma paisagem magnífica.. e minha cidadezinha – Lake, no estado do Alasca - sempre chuvosa ou nublada deixava a paisagem mais linda – porém mais perigosa- A névoa nos cegava. E queria sentir a brisa do mar vindo de debaixo do penhasco.. mas.. como eu sou.. desequilibrada ... naturalmente algo tinha que acontecer. Escorreguei no limo e senti que meu corpo se tomava em torpor. Eu estava longe de todos. E jurava que eles não conseguiria me enxergar, na queda, bati minha cabeça em algumas pedras . Já sentindo que não haveria vida, depois daquilo,  apenas gritei, mas algo estava me segurando... minha mão estava entrelaçada com os dedos de Marie, e ela tinha uma força incrível. Apenas com as pontas dos dedos, me pois sobre terra firme, e me soltou com um olhar de preocupação, Willy e Lisa chegaram em uma velocidade sobrenatural...

- O que foi isso??-Perguntei assustada e eles de repente me olharam e se viraram para falar com os pais. Os cabelos curtos de Robert eram desarrumados sobre suas mãos nervosas, Isabell olhava incrédula para os filhos, parecendo inocente. Saí dali e voltei pra casa em passos ritmados.. mais pensando do que andando. Eu estava em completa e total inércia em meus pensamentos. Se eu desse de cara com um árvore não me surpreenderia.

-July!! – Ouvi os gritos desesperados de Willy e Marie,;

-Eu estou aqui. Só voltei pra casa, estou bem. – Quando virei para frente estavam os três me encarando com uma cara de zangados.-O que eu fiz? – perguntei fazendo cara de inocente.

- Você não viu nada..você não suspeita de nada..ok?

-disse Willy com um tom ameaçador, senti a energia que se repelia de meu corpo e me deixava fraca.. e caí nos braços de Lisa inconsciente.

 

Quando acordei, estava totalmente diferente de meu quarto. Eu tinha certeza de que não estava lá. Meu quarto era roxo, e cheio de bagunça nos cantos. Onde eu

levantei , havia uma grande janela, e um quarto tão branco que era ruim de poder enxergar. Vi Liza sentada ao meu lado. – Onde é que eu estou? – pergunte super-confusa

-Te roubamos por um tempo...seus pais sabem onde você está...-Disse ela rindo.

-Ai – Senti uma dor em minha cabeça..

-Você bateu a cabeça ontem no penhasco- disse ela fazendo piada.

-Não é engraçado... tudo bem é engraçado sim..- concordei com ela rindo.. Mas ainda não me esqueci do que estava acontecendo.

De repente senti minhas energias ficarem mais fortes . Willy chegou com um sorriso me dizendo ; - Bom dia. – ele, era muito legal comigo ,éramos quase irmãos. – você passou um bom tempo inconsciente .. e deve estar com fome..

- Você tem que controlar melhor seus poderes – disse Liza – A deixou inconsciente por mais de 20 horas!!

-Não reclame Liza, você  não conseguiu fazer o trabalho direito. O que adianta poder, ler e manipular mentes , se não consegue usar quando precisa...

Liza bufou e cruzou os braços;

- Sobre o que estão falando..?

-Robert e Isabell irão falar..- disse Liza.

-Mas..??

- Olá July..Como vai sua cabeça? – Perguntou Robert num tom de cavalheirismo.

- Olá... bem.. eu.. acho....

-Bom Julie... Temos um problema.. você está suspeitando sobre nós á algum tempo. Agora deve ter certeza de que não somos humanos. Marie te salvou, ontem no penhasco. Saber sobre o que nós somos, é um grande risco pra você, a única coisa que podemos fazer, é te proteger com nossa alma. Lisa tentou manipular seus pensamentos, mais acrescentou imagens da própria mente na sua. O que te leva a saber o que somos. Você a deixa confusa, e ela perdeu o controle de seu poder.

    Houve um silencio mortal. Eu tinha algumas imagens em minha cabeça. Eu corria no meio de uma mata, correndo numa velocidade inumana, caçando um animal, em seguida estava conectada a seu pescoço, sentindo o prazer de beber sangue. Isso não era meu. Essas lembranças não eram minhas! Tomei conhecimento do que se passava e pensei no que Robert , havia citado.

Quando imaginei aquelas palavras, estava certa – de que poderia morrer, ali naquele mesmo lugar, nesse mesmo momento.- que minha vida mudaria muito, e por completo.

Nada que eu pensasse seria capaz de mudar a situação. De repente, senti uma paralisia..não conseguia me mover!

O que estava acontecendo? Perguntei para mim mesma.

Elisabeth, me olhou com uma expressão que não pude nomear e em seguida olhou para Marie, com ódio em seu olhos; - Marie está te paralisando – falou se virando rapidamente pra mim.

 Minha mente já se acusava..eu devo estar ficando louca, não é? Isso não é verdade! Comecei a repassar as imagens que tinham na minha cabeça que de algum modo estavam lá, que de alguma forma Elisabeth, havia posto lá.

- Ela não precisa disso, ela vai ouvir calada, pacificamente, eu sei disso, para agora!- gritou Lisa olhando em direção de Marie.

 

Marie suspirou com desapontamento e relaxou seus músculos. Willy a pegou nos braços e deus um beijo e seu pescoço, aquela atitude me deixou com calafrios.

 

Apenas agora comecei a sentir meus músculos novamente, meus braços minhas pernas.. em geral.

Meus olhos se arregalaram e me mantive em completo e total silêncio. Robert me olhou nos olhos e comecei a relembrar, não, na verdade não , comecei a ver imagens em minha mente. Uma linda mulher com cabelos cor de canela, correndo numa velocidade inumana, um homem quebrando o pescoço de um veado com um leve toque e três crianças bebendo o sangue de alguns pequenos herbívoros. Nesse momento me senti livre do olhar de Robert, eu já era capaz de falar, mais estava sendo encarada por cinco pares de olhos negros como ônix, em minha direção – senti um arrepio na espinha, e tentei disfarçar – mas continuei afogada em pensamentos.

Uma explosão de dedução me envolveu, e eu levantei involuntariamente, em direção á Isabell, todos me olhavam tensamente para que eu falasse algo. Isabell me abraçou e sussurrou em meu ouvido;

 - Querida, não tenha medo. Não vamos machucar você. Sempre estivemos perto de você e nunca lhe machucamos. – Ela dizia isso com muita calma e eu nem sentia mais meu corpo. Será que era Marie?

 - Eu sei.. – disse tremulando – Eu..sei..o que vocês.. são..

- eu não sabia certamente se falar em voz alta ou não.

- Vocês são vam...?

- Sim. Não somos maus e nem bebemos sangue humano. Vivemos para proteger os humanos e não matá-los. – Disse Marie num tom sério

- Ma-mais, vocês se escondem de nós.. por que? – perguntei temendo a resposta.

 Quem assumiu foi Elisabeth.

 - Ju.. Temos medo de vocês, tanto quanto, vocês tem de nós. Podemos ser fortes, rápidos, e indestrutíveis, mas queremos viver.. assim como vocês. – Liza tinha uma expressão de dor no rosto. Parecia que algo ela não queria me contar.

- Julie.. – Chamou Isabell – Você corre grande perigo agora. Os volturi estarão aqui em breve. Eles guardam nosso segredo, e nada pode detê-los, apenas se virar uma de nós. – Deveria ter um ou... – ou... – não disse? – teremos de matá-la.

 Eu congelei. Nada. Eu não tinha mais nada. Minhas esperanças de viver. Sumiram.

- E-eu... pó-posso muu –mu –d-dar?

 -Sim. Nós já fomos humanos.- Disse Elisabeth.

- Que-q?

- Sim. Eu nasci em 1814. E Willy me salvou. Me transformando para não morrer com os venenos das cobras que haviam me picado.

- Vou ser uma vampira? – Não sabia mais se estava acordada ou sonhando, tentei abrir meus olhos mais um pouco, mais apenas tive dor e espasmos.

- Não.. ela não deve ter esse fim.. Ela merece ser humana e viver com a família dela, até que morra.

  Disse Robert com convicção. – Devemos protegê-la. A qualquer custo. Fomos nós que causamos tudo isso e ela não vai pagar por nossos erros... - Terminou Robert encarando os filhos. Com um rosto de desapontamento.

Os outros assentiram e eu desabei. Acho que foi Willy.

 

Acordei em meu quarto. Que dia era ? Que horas são?

Levantei-me correndo á escada. Rejeitando minhas dores.

 

- Mãããe!! – Gritei.

- O que foi querida? Já está melhor?

- Onde estão eles? – perguntei nervosamente preocupada.

- Os Wants? – disse ela calmamente.

- Quem mais? – perguntei sendo grosseira.

- Eles te pegaram quando você desmaiou trouxeram você para dentro e cuidaram de você logo depois foram embora.

- huum.. – foi só o que disse. Ela não fazia idéia de onde estive ontem á noite.

- Onde vai? – perguntou minha mãe ..

- à casa dos Wants.. é perto daqui lembra,no fim da rua..

-Não! Você não pode ir ... está muito cansada.. tente descansar mais.

- Mãe.. mas..

- Sem mais nem meio mais.. – Detestava quando ela falava essas coisas.. me dava nos nervos.

- Eu posso ligar..? – era minha única opção.

- Espere pelo menos eles acabarem de tomar café... eu liguei pra eles e eles estavam no meio do café da manhã..

Liguei pra falar que você estava muito bem, obrigado.

- Daqui cinco minutos.. -  exigi. – Cinco minutos.

 Fui tomar meu café da manhã pensando no meu suposto ‘sonho’... Então esse era o motivo pelo qual eles eram tão parecidos e diferentes ao mesmo tempo..?

  O telefone tocou.. corri para atender.

 - Alô..?

- Oi Julie.. sabia que atenderia. Viemos te buscar para fazer uma trilha. – Era Marie. Um bom humor espantoso como sempre.

- ah. Oi Marie.. estou indo.. deixa eu só falar com minha mãe.

 - ok.

- Oh mãe..!! Estou saindo para fazer trilha com os Wants e volto as 4:00 da tarde.. ok?

- SIM!! -  minha mãe gritou e saí pela porta.

  Lá estavam eles os três de bicicleta de esperando.

- Oi. – Disse sem jeito.

- Temos que matar sua curiosidade, não é ? – Disse Liza, rindo com um som de badalar de sinos.

- Acho que sim. – Disse meio confusa

- Comece a perguntar.. – Willy incentivou enquanto saímos ladeira abaixo.

- Vocês são mesmo...?

-SIM.!! – disseram os três juntos. Rindo de minha pergunta.

- Como se tornaram ... hã... vam.pi.ros...?

- Eu passeando numa floresta no ano de hã.. 1829.. eu acho.. encontrei uma caverna linda. Entrei nela e permaneci por mais tempo que deveria. Encontrando os ‘donos da casa’, eram cobras venenosas. Tinha muitas picadas.. Saí da caverna o mais longe que pude e desmaiei, sem mais forças pra seguir. Quando vi um lindo anjo.. que me perguntava o que aconteceu... seus olhos era de um vermelho vivo. E por algum motivo mordeu meu pulso. Comecei sentir uma dor insuportável. Muito pior que o veneno das cobras em meus sangue.. meus órgãos estavam parando lentamente.. Quando vi já haviam se passado dois dias e meio.Eu estava concentrada demais na dor, para ligar para o tempo. E ainda estava lá o meu anjo.. sentado do meu lado. Segurando minha mão. A dor cessou e meu coração também. O anjo se apresentou e o nome dele era Willian ... imaginem só.. Willy ... um anjo – nós rimos muito. Eu estava completamente desinibida com as questões o próximo foi Willy.

 - Bom eu me lembro de uma  mulher chamada Makkena River´s ela era bem estranha,e amiga de minha família, ela tinha os olhos de cor castanho mel. Ou topázio se preferir. – assenti calmamente – Eu estava sozinho no mundo, depois que meu irmão mais velho morreu. Não tinha mais nada pra fazer da vida . Estava sem dinheiro, sem família e não tinha mais casa. O governo da França a levou. -  Ele morava na França? – Estava destinado a me matar. Estava com a corda no pescoço, prestes a pular.

Quando pulei, não deu muito certo. Eu já tinha me preparado para isso também. Por isso escolhi uma árvore á beira de um penhasco. A corda rompeu e eu caí nas pedras. Eu sentia que não estava só ... Ainda não estava morto ao cair. Makkena apareceu e mordeu minha bochecha . – Ele mostro um mínimo sinal quase imperceptível – a dor era agonizante e assim vai como a Lisa te contou. Eu me transformei, e não sabia em quê .

Ela havia desaparecido. Eu me auto-flagelava quando senti cheiro de sangue para não ferir nada nem ninguém, Robert me encontrou e me ensinou a caçar e me  amou, me adorou como se fosse seu filho. – terminou Willy.

 

 

    Eu estava mergulhada na história quando Marie começou. :

 - Bom July..minha história é a mais comprida – ela deu um sorriso, que qualquer top-model invejaria.- Isabell, é minha mãe biológica. – Eu arregalei os olhos e os três riram de minha expressão. Vampiros tem filhos? – Não, July..Os vampiros não podem ter filhos. – Disse Lisa lendo meus pensamentos, eu não conseguia acreditar que estava falando com três vampiros, e eles eram meus melhores amigos.

 - continuando..- disse Marie com sarcasmo- Minha mãe era muito amiga de um vampiro, coisa que ela não sabia... Ela era muito apegada a Lony Portang. Eles eram como se fossem irmãos, mais ao completar 18 anos de idade, Lony sumiu por algum tempo.. E voltou para casa com uma voz e rosto diferente, seus olhos tinham a cor de um vermelho vívido. Que era de se arrepiar. Minha mãe o aceitou como se ele nunca tivesse ido embora ou mudado.

Minha mãe, conheceu meu pai, nesse tempo em que Lony foi embora. – Todos pedalávamos pelo campo íngreme, que com as histórias até havia me esquecido do destino.-

Meu pai morreu, de uma doença que o impedia de respirar. Minha mãe não sabia que estava grávida, ela sabia que não poderia ter filhos, ou aconteceria o mesmo que aconteceu com ela e com sua mãe, sua mãe morreu durante seu nascimento. Mas ela não imaginava que, Lony tinha um plano para salva-la. Quando nasci, seu coração já parava de bater, mas não sei como o veneno a reanimava. Isso foi o que ela me contou. E aí na medida que eu crescia, via que ela tinha muita dificuldade em se manter perto de mim. Quando tinha 10 anos de idade, ela me contou o por quê, desse desconforto. Eu cheirava pra ela melhor do que qualquer outro humano. Ela por respeito á minha espécie ela seguiu o exemplo de Lony, Nunca bebeu sangue humano. Lony sumiu depois de todo o acontecido. Nunca mais o vimos. Quando eu tinha completado 15 anos implorei para minha mãe me transformar. Ela se recusava, e não queria que eu sentisse a dor, e não confiava em si mesma, ela achava que iria drenar meu corpo, mas , eu confiava nela – Marie falava como se eu estivesse na história – eu estava preparada; Eu pus minha vida em perigo, ela faria qualquer coisa para me manter do seu lado. Não sabia nadar, e me joguei no oceano gelado, sabendo que ela usaria seu dom para me fazer voltar até ela. Eu já havia bebido muita água e não podia respirar, meu coração ainda batia, e queria que ela me transformasse, essa foi a única maneira que eu achei que ela me mudasse. Ela mordeu meu peito e meus dois pulsos, - Eu não podia imaginar, aquele rosto angelical, mordendo uma criatura indefesa como Marie. – o efeito da dor, durou por , mais ou menos, dois dias e oito horas. Eu sofri muito mais em ter de fugir de nossa casa para, ficar isolada por... mais ou menos uma década, numa floresta, para me acostumar com o sangue animal, e esquecer do sangue humano.

 - E.. agora.. vocês agem com tanta facilidade perto de mim.. – eu disse, meio desconcertada.

- Escolhemos você, pois é uma garota sozinha, e ficamos impressionados, de como se parece com a gente, a maioria dos humanos, sentem medo, medo que nem eles sabem explicar por que, e você age como se fossemos como qualquer pessoa humana.. – Disse Willy. – E sabíamos que saberia o que éramos assim que Liza olhou para você. Seus pensamentos futuros sabe como é...

 

Pensamentos futuros? Ela saberia o que eu pensaria amanhã?..

Marie estava encarando Willy. Willy ergueu as mão da bicicleta com muita facilidade, para demonstrar inocência e que a deixaria terminar.

- E pra terminar, - disse Marie com uma aparência de tédio. – Naquela mata, encontramos Robert e esses projéteis de vampiros.. – Ela apontou para Willy e Liza, eles riram juntos e larguei um riso para acompanhá-los.

Depois daquele momento, entrei em um lago fundo em pensamentos. Como eu conseguia me acostumar, tão rapidamente com amigos vampiros?

Como? – Eu me conectei á você... – Disse Lisa. – Tudo o que eu sentia no instante em que me concentrei em sua mente, passaram de mim para você, e isso leva a pensar que não há perigo conosco. Assim como estava pensando naquele momento. – Entrei em um transe profundo, assenti duas vezes para Lisa. Agradecendo.

 

Fui quebrada de meu transe, quando Willy anunciou. – Chegamos!!!

Ah, droga! Meu deus. O que eu faria agora? Tínhamos ido as fontes quentes, minha cidade, - Lake - Alasca  - , era famosa por ser muito fria e possuir fontes quentes. Eu estava tão concentrada em sair de casa e questioná-los, que me esqueci do maiô. Liza riu, o som era incrivelmente, agradável ; disse ela ;

- Minha mãe nos faz carregar mais roupas de reserva, do que as que usamos.... e eu sabia que você se esqueceria.. – Ela segurava um maiô em minha direção.

- Hãam... ah.. obrigada... – A outra questão era : Onde eu vou me vestir?

Liza riu de meus pensamentos e sussurrou para Willy;

- Willy, pode montar o nosso ‘vestiário’?

Willy sorriu e assentiu ; Pegou alguns bambus, e os moldou em um círculo com facilidade, logo depois, preparou os apoios. Tirou um enorme tecido negro, de sua enorme bolsa. E o encaixou nas hastes que preparou. Em minutos o nosso ‘vestiário’ estava pronto. Fui a primeira. Com um rubor nas maçãs do rosto, entrei e me despi, coloquei o maiô. Mostrava todas as curvas de meu corpo. Droga. Eu sempre as escondia. Agora estavam a mostra á qualquer ser – não posso usar o termo pessoa, pois estava cercada de três vampiros- minhas maçãs do rosto estavam á uns 35º graus. Saí de má vontade de nosso improvisado ‘closet’, e fui direto as águas termais.

Percebi que os três já estavam lá. Nadando, relaxando, agindo como qualquer humano.

- Ju.. nos desculpe mais a água estava nos tentando.. – Disse Marie sem jeito.

- Bela roupa, moça. – Disse Willy, logo depois houve-se um barulho de duas pedras se chocando. Liza tinha dado um leve soco no ombro de Willy. Com o elogio, feito somente para, me deixar ainda mais corada. Entrei na água num mergulho, e fui direto ao fundo da lago natural.

Voltei á superfície com muita falta de ar e fui recepcionada por Liza; - Vamos, pergunte, sei que está cheia de dúvidas. – Ela me olhou e riu. Sim era ruim que ela pudesse ver e manipular o que eu pensava.. mas era bom, pois ela me compreendia com mais facilidade.

- Liza... Como vocês me fizeram aceitar tudo de maneira tão..tão...fácil..?

- Bom, achei que já tivesse entendido, mas... Posso te explicar de novo. Eu tentei te tirar de perigo, tentando fazer seus pensamentos mais recentes se transformarem em mais uma tarde sem graça da sua vida. Mas, infelizmente, lhe dei muitas informações que eu pensava no momento. Pensei na sede. Que deveria em breve ir caçar, e lembrei-me de como era quando cassava, por mais que eu pense em mil coisas, alguma dela se registrou de forma mais permanente em seu cérebro.

  Hum. Sim . Ela estava em minha cabeça. Brincado com meu cérebro. E porque eu não estava com medo?

E porque eu não quis bater nela? Eu não queria brigar com eles. Porque?

- E quem são os voltami?- Perguntei com um olhar confuso, Marie mergulhou com Willy. Os dois abraçados.

- Não..não – disse Liza gargalhando com aquele tom incrível de voz. – São os Volturi. A família que governa os vampiros por mais de três mil anos. Pra falar a verdade, não é bem... uma família.. são ... soldados. Os principais São Aro, Caius e Marcus. Eles buscam por poder. Tendo toda a sociedade vampiresca oculta. E os que quebrem as regras, são punidos, de forma que não há perdão. É essa nossa situação... Aro, pode ler toda sua mente, com apenas o contato de sua pele. Marcus, consegue ver relacionamentos, e sua força. Caius apenas é o mais encrenqueiro. Eles já tem os vampiros mais fortes de seu lado. Os mais jovens como nós... são Jane e Alec.. gêmeos. Eles mexem com sua mente. Jane faz pensar que você  está sentindo uma dor horrível. Alec , ao contrário de Jane, faz você não sentir absolutamente nada. Ele faz as pessoas, ficarem sem qualquer e nenhum sentido, nem olfato, audição, visão, paladar... nada. Aí os outros matam a vítima. Além de Demetri , há outros, como Heidi e Felix. Mas todos com poderes incríveis. Eles são invencíveis.  – Eu estava prestando toda á atenção em Liza, quando senti falta de Willy e Marie.

 - AH MEU DEUS!!!

- O que ? – perguntou ela confusa, - está com medo dos volturi?

- Willy  e Marie..!!! Eles estão lá em baixo a mais de dez minutos!

- Só isso? – Ela riu, e seu som ecoou em toda a floresta.

- Faça alguma coisa! Eles devem ter batido a cabeça e desmaiado lá em baixo. – ela gargalhava.

- Eles estão bem. – disse ela ainda gargalhando.

 - Eu vou ir ver... – ela já estava mais controlada de suas gargalhadas.

- Se você for ver, aposto que vai vomitar .. Eles se agarram muito.. Bom, mais uma coisa.. nós vampiros, não necessitados de respirar, mas é um hábito então, nos faz parecer mais humanos.

- E você me deixa histérica dessa maneira, e nem me fala o porque da graça?

- É engraçado ver sua reação.. – ela começou rir de novo.

- Bom, como funciona seus poderes? – tentei trocar de assunto, tinha certeza de que minhas bochechas, alcançaram um vermelho vivo.

 - Meu poder é diferente, em geral, Aro, necessita do toque. Eu necessito de um olhar nos olhos. E também me concentrar na sua voz mental. Mais é um poder com uma extensão muito grande, muitas outras vozes ecoam no mesmo momento, que tira total a atenção. E meu dom de alterá-los, prefiro não usar, é muito perigoso, assim como aconteceu com você.

- E Marie?

- Ela tem de mentalizar seu objetivo; E esperar que sua mente se conecte á de sua ‘vítima’. E a deixa paralisada. È o dom mais simples de nossa família.

-Willy?

- Ele deve ligar o movimento de suas mãos, á energia que ele decide, criar ou manipular. Mais é claro que qualquer movimento em falso.. ele pode retirar toda energia do ser.. e acabar matando-a(o).

- Robert, consegue mostrar coisas? Não é?

- É mais ou menos isso. Ele deve criar sua ilusão ou imagem e concentrá-la em sua mente. Quando sua ‘presa’ entra em contato com seus olhos, ou seja, assim como eu , ele a projeta em seu cérebro.

- Isabell, deduzo que pode arrastar coisas para ela.. não é?

- Não isso exatamente. Ela se conecta á mente que deseja, não é necessário contato físico ou visual. Ela dá comandos á pessoa ou o objeto. E assim ela o trata como um fantoche. Ela pode o deixar consciente ou inconsciente.

  Fiquei imersa em pensamentos. E pedi de repente;

-E o que todo vampiro pode fazer??

- Imagino que: correr super-rápido, ter uma força esmagadora, sentir cheiros á quilômetros de distância, bom Robert tem um áudio perfeito pode escutar, o o que estão falando num raio de 500 quilômetros.

  Comecei a pensar nos volturi. Eles eram uma ameaça? Era tudo culpa minha? Percebi que Liza Me olhava com um olhar torturado. Quando realmente percebi, Willy e Marie, estavam boiando á nossa volta. Murmurei para  mim mesma;

 - Já devíamos voltar. Humanos ‘normais’, tem três refeições por dia. – Eles riram de minha expressão.

 - Tudo bem, - disse Marie distraída – Vamos levá-la a um restaurante..

 - Er.. eu acho.. que .. não é uma .. boa idéia.. – Eu disse, meu corpo estava congelado. Tinha certeza que não era coisa de Marie. – Eu na-não trouxe dinhei-ei-ro.. Vou pra casa e encontro com vocês mais tarde..

 - Qual o problema? - perguntou Liza, fazendo piada. – Tem vergonha de sair com três vampiros? – eles riram. O som foi hipnotizante.

 - Não, nunca. Eu detesto, ser observada enquanto estou comendo.. e ... vocês vão ficar me encarando o tempo todo.. ainda não podem se revelar, não é?

 - Nós comemos, mais, não é agradável, na verdade é horrível – Liza concordou com Willy com uma cara feia. – Temos que nos manter ocultos, e pode-se dizer que é meio doloroso ter que se esconder.. – Revirei os olhos – comer sua comida, é tão ruim quanto, você beber sangue...

 - Tudo bem... vamos almoçar.. – disse com impaciência, escondendo meu espanto com a comparação.

 - Hmm.. July... – Disse Liza, com uma certa insegurança. Eu estava com medo de saber de mais. – Você deve perguntar, qualquer coisa, não importa, vamos responder, Robert nos mandou numa missão, e temos que cumpri-la.

 - Missão? – perguntei atordoada.

- Sim, mostrar que não temos intenções de machucá-la.  – Eu entendi o que ela quis disser. Eles não iriam me matar.. iriam me proteger..

 - Tudo bem.. – Eu estava sendo encarada por três pares de olhos, cor mel e topázio. – Qual é o risco que eu estou correndo?

  Um silêncio obscuro tomou a floresta.. não haviam mais pássaros, esquilos... nada, quando eles estavam por perto, os animais sumiam. Eles não queriam me dizer. Ou seja, estava predestinada á morrer. Eles não sentiam frio, mas eu sim, havíamos saído da água, e eu vento ecoou, tive calafrios.

 - É melhor se trocar.. – Disse Willy, olhando meu corpo molhado. – Vai ficar doente, e não poderemos mais fazer trilha..

- Sim... – Disse, quase com as maçãs do rosto roxas, no estado profundo de vergonha.

 Entrei no ‘closet’, e tirei o maiô, me sequei, e pus as toneladas de jaquetas e lãs.

Passei a toalha pelo maiô, para devolvê-lo.                                                 

Quando saí, os três estavam prontos, posicionando as bicicletas, os cabelos molhados ,deixavam eles... excepcionalmente lindos, me direcionei á Liza, para entregar o maiô úmido. Ela sorriu e me disse;

 - Esse é um presente de Isabell, ela achou que seria perfeito para você.

 - Hmm.. então...obrigada.. – Willy, já estava dobrando o tecido grosso e negro do ‘closet’, o colocando em sua mochila. Deixando o suporte vazio.

- Vamos..? – Marie perguntou com um olhar impaciente.

- Vamos. – Concordamos nós três juntos.

 Já tínhamos começado a pedalar na mata íngreme. Lembrei-me de minha pergunta. E a re-fiz.

- Vão me explicar sobre meus riscos? Não tenho direito de saber? – Disse sendo um pouco antipática. Sabia que naturalmente, eu tinha estragado a vida deles, eles iriam morrer por minha causa, isso não era justo.

- Sim.. – Disse Willy – Você tem direito de saber, os Volturi ainda não sabem de sua existência. Eles são invencíveis. Jamais alguém escapou com vida. Quando for a hora da batalha, será o nosso fim.

 Ficamos em silêncio, pedalando, eles sofrendo para me acompanhar, eles pedalavam muito mais rápido.

A estrada já se normalizava, voltemos á cidade. Droga! Eles escolheram o melhor restaurante da cidade. É claro, por que eu não esperei por isso? Eles são ricos ,não são?

Porque me levariam até o McDonalds, quando podem me levar onde os pratos vazios, custam os olhos da cara?

Continuando o percurso, o vento frio emanava, e eu passava mais frio, algumas vezes tive de insistir que não queria parar em uma loja para comprar outro casaco.

Quando entramos no restaurante, todos nos olharam, nossas roupas de acampamento, não combinavam com o ambiente. Mal humorada, sentei-me num canto, eles me seguiram, logo o garçom chegou;

- Bom dia, Gostariam do ‘menu’? – Disse ele com um sotaque francês, ele estava fingindo e dava para ver.

- Não, Marie vai querer, uma porção de carne mal passada e batatas. Elisabeth gostaria de maçarão ao molho branco, Julie gostaria de uma torta de frango pequena. E eu gostaria de ‘nhoc’ á base de frango.E mais uma coisa, para Julie,  uma Coca – Cola. – Disse Willy, muito elegante.

- Estarão prontos em dez minutos. – O garçom disse, e se voltou para a cozinha.

- Acertei em seu pedido? Foi isso que Lisa preveu que pediria. – Disse Willy, com um ar de graça.

- Sim, exatamente – Disse alto demais, e todos presente no local me olharam com... não sei bem...desgosto, por estar no mesmo lugar que uma louca como eu.. foi o que pensei ao menos.

- Fale baixo, July, e não ligue pra eles, são humanos  metidos e chatos... – Falou Marie.

  O garçom apareceu, trazendo tudo de uma vez.

Pois tudo no centro da mesa, e , em cada prato havia nomes, “Stª.Julie”, “Stª.Marie”, “Stª.Elisabeth” e “Sr.Willian”.

Minha coca estava ao lado da torta. Dei um esbarrão nela, ela caiu em meu colo. Derramando, e me fazendo ficar vermelha. De vermelha para roxa e de roxa para azul.

Todos olharam para mim como seu eu fosse algum animal. O garçom que tinha acabado de nos servir, murmurou  para nós. – Não há problema, iremos limpar o chão e a mesa.

   

      Ele me ofereceu um pano e peguei, passei sobre minhas pernas, depois pela mesa. Marie e Willy me ajudaram, e Liza saiu de repente, dando um sorriso malicioso.

Esperamos ela, para apenas empurrar comida garganta á baixo. Ela voltou com uma sacola cheia de roupas. Colocou a sacola no chão e fez um gesto para ‘atacarmos’ nossa comida.

   Eles comiam, mas, estavam lutando para não fazer careta. – ou vomitar -. Quando acabamos, contei á eles sobre todas minhas desavenças com restaurantes. Todas as quedas, todos os mariscos arremessados ao outro lado do restaurante, e todas as toalhas incendiadas.

Eles riram muito de minhas histórias. Quando acabamos, Marie e Lisa me levaram ao ‘toilet’, me fazendo, trocas todas as roupas,- inclusive as intimas – achei um absurdo mais aceitei as roupas de bom grado. Eu não poderia ficar o dia todo com roupas encharcadas de coca-cola.

Assim que saímos do banheiro. Willy, já tinha pago a conta, coisa que não gostei. Mas não liguei, estava até gostando de minhas roupas, destacavam meus olhos azuis e meus cabelos. Ao sairmos de bicicleta do estacionamento do restaurante, seguimos para a praça principal, era um plano de Willy, boa coisa não seria.

Ele correu direto á quadra de basquete. AI NÃÃO!

Droga. Eu odeio ser a mais fraca, mais desajeitada, a mais.. frágil.. Ele gritou e me assustei.

- Que tal uma partida de basquete? – Propôs ele.

- Vamos nessa. – Disse Lisa

- Tô dentro... – Sorriu maliciosamente Marie.

- E você Ju? – Perguntou ele com um tom sacana.

- Eu? Contra alguém que pode prever meus movimentos, outro que pode me paralisar na hora e mais um que pode me fazer apagar num estalar de dedos?

- Se você vê dessa maneira.. sim. – tagarelou Lisa

- Prefiro ver essa façanha..- disse zombando.

- Tem certeza? Não podemos usar poderes especiais em público. – Marie retrucou.

- Muito público que temos... – fiz um gesto demonstrando á região.

- Tudo bem... Mais pelo menos pergunte... será interessante, jogar e responde-la. – Murmurou Willy.

- Comecem.. – Dei a largada.

   Eles pareciam adolescentes normais. Mais não se sabe a força que estavam usando no jogo.

- Como minha mãe mudou de idéia tão rápido hoje de manhã? – Pedi

- FUI EU!! – gritou Lisa entretida no jogo.

- Hmm.. obrigada.. – Agradeci.

- Não foi nada.. é bem mais simples com outras pessoas, você me deixa confusa.

- Vocês conhecem pessoalmente os volturi?

- Sim.. – Disse  Marie – Conhecemo-os muito bem. Eles fazem visitas freqüentes. Todas as vezes, na tentativa de nos tornarmos deles. – Agora ela vinha se sentar comigo. – Para eles, nossos poderes, são muito valiosos.

Mas nem isso irá impedir que eles nos ataquem.

- Entendo.. sinto muito causar tantos problemas. Eu preferia morrer...

- Nunca repita isso!! – Gritou Marie, e o jogo fez uma pausa. – Nós procurávamos alguém.. que teria um futuro promissor... e nós um dia encontramos..

- Sei... – O jogo continuou.

  Perguntei tudo, o que havia de curiosidade, obtive respostas claras e obvias. O medo que ainda espreitava minha cabeça, sumiu completamente.

Depois de quase duas horas de jogo eles se cansaram.. – impossível, vampiros não dormem, e nem cansam , talvez tenham se entediado – Marie e Willy foram para a floresta, Lisa me disse que os dois eram inseparáveis e muito melosos. E preferiam ficam um tempo sozinhos.

Voltamos antes das quatro da tarde... Fomos para meu quarto fazer algumas pesquisas.. trabalhos escolares.

 

 

 


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