Irremediavelmente Grávida escrita por PepitaPocket


Capítulo 8
Um Velho Poço no Caminho


Notas iniciais do capítulo

Olá sejam bem vindos.
Façam uma boa leitura.



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O fim da tarde aproximava-se e cinco pessoas estavam sentadas ao arredor da mesa enquanto bebericavam o chá.

_ Meu medo é que ela tenha surtado com a notícia. – Yoruichi disse em meio a um suspiro frustrado.

_ Não creio. Soifon-taichou possui um senso de dever muito grande. – Ponderou Unohana em tom apaziguador.

_ Além do mais não temos certeza se ela está grávida ou não. – Disse Ukitake.

Byakuya sentiu um aperto no peito. Por incrível que pareça ele era o mais inquieto na mesa. Se não fosse a insistência dos outros taichou ele já teria mobilizado todo o se esquadrão para encontra-la, mesmo que para isto passasse por cima das barbas do comandante geral que não ficaria nem um pouco contente com isto.

Mas, de outra maneira ele não sabia como acabar com todas aquelas dúvidas. E para alguém como ele isto era irritante.

_ Enquanto estamos sentados aqui, meu filho pode estar nas mãos de uma louca. – Disse Byakuya preparando-se para levantar, mas tornou a sentar quando a reiatsu de Unohana envolveu suas pernas enquanto ela lhe dizia com um sorriso doce.

_ Deveria ter pensado nisto antes de engravidar esta louca. – No fim o nobre deu um suspiro. Aquela era uma cobrança que sempre recairia sobre ele.

_ A culpa é de Yoruichi. – Disse Byakuya com convicção.

_ Hã, e qual a acusação desta vez? – Perguntou Yoruichi em tom de zombaria. Mas, no fundo ela estava irritada com toda aquela situação. Com vontade de chutar alguns traseiros.

_ Você deveria tê-la orientado a entrar no controle de natalidade. – Disse Byakuya apontando o dedo para a ex-capitã.

_ Jura que você é tão inocente assim? – Perguntou Yoruichi, sentindo-se recompensada quando a confusão tomou conta da expressão do nobre.

_ As mulheres da Onmitsu Kidou são um problema. – Disse Shunsui.

_ É por causa daquela vacina não é? – Ukitake perguntou para Unohana que fez um sinal afirmativo com a cabeça.

Não demorou nem um pouco para que Byakuya entendesse o sentido daquela conversa toda.

_ Não me digam que... – Perguntou ele dessa vez irritado pela própria estupidez.

_ Os integrantes da Onmitsu Kidou tomam uma vacina que os imuniza contra praticamente todas as formas de veneno existentes. – Disse Yoruichi.

_ Contudo, a vacina os torna imunes a outras substâncias. –Unohana completou. – Incluindo anticoncepcionais.

_ É por isto que um homem tem de pensar duas vezes antes de sair com uma mulher de lá. – Disse Shunsui

Byakuya encarou o homem com uma expressão apática. Mas, por dentro perguntava-se se no dia da festa, enquanto rondava a pequena capitã, ele lembrara-se disto?

_ Então que tal mais uma rodada de chá? – Sugeriu Unohana. Byakuya iria protestar, mas no fundo não tinha muito que ele pudesse fazer além de esperar. Cedo ou tarde Shaolin teria que retornar certo? Mas, por que algo bem no fundo de seu coração insinuava constantemente que algo daria terrivelmente errado?

#

Era fim do dia quando finalmente Soifon conseguira cumprir sua missão. Mesmo seu estômago roncando na hora errada e denunciando sua posição, mesmo com seus reflexos diminuídos pela metade por causa da fome e do sono, ela conseguira capturar e aniquilar seus alvos.

Estava em posse do pergaminho com as informações roubadas. E agora tudo o que ela tinha de fazer era:

_ COMIDA! – Ela correu até o acampamento que os homens haviam montado.

Suzumebachi tinha quase certeza que a única motivação para a pequena capitã lutar foi à conquista da refeição rápida, e não tanto o cumprimento de seu dever. Mas, decidiu ficar quieta, se falasse qualquer coisa à mulher petite iria apenas por orgulho, sair pela floresta, fraca e faminta.

Ela comeu uma sopa a base de carne de caça. Sendo que ela comia apenas carne de peixe. Frescos e refinados. Este era um bônus por ter um fukataichou milionário. Ela comeu, vomitou, tornou a comer, vomitou de novo... No fim adormeceu, sem saber que várias pessoas haviam passado a noite em claro a sua espera.

#

No dia seguinte ela retornava para a Sereitei. Chutar alguns traseiros permitiu que ela colocasse as ideias no lugar. Para começar aquela criança iria nascer. Cedo ou tarde, o clã Fong lhe cobraria um herdeiro. Ela nunca assumiu a liderança ou algo assim. Ainda assim ela era o membro mais bem-sucedido da casa e todos vigiavam atentamente seus movimentos.

Isto impediria o aborrecimento de ir à procura de alguém pra lhe fazer um filho no futuro. Já que casamento estava fora de questão. E não seria difícil fazer seu pai entender isto. Caso contrário, ela se encarregaria de ficar viúva antes da lua de mel. Essa era a vantagem de fazer parte de uma casa nobre menor. As regras não eram tão rígidas.

Vira muitas mulheres, sobretudo na Onmitsu Kidou trabalharem grávidas. Nenhuma perdeu a criança. Sua mãe mesmo trabalhou até o dia de ganhar seus filhos. Com ela não seria diferente. Usaria protetores na barriga e roupas especiais para disfarçar a interferência que a criança provocava em sua reiatsu. A parte mais difícil de seu plano era ficar mais com o trabalho burocrático e fazer Omaeda mexer sua bunda gorda e se encarregar do resto.

Mas, nada que alguns socos e pontapés não resolvessem o problema. Pensou isto com um sorriso psicótico no rosto.

Depois procuraria um lugar distante e tranquilo para ter a criança. E no fim procuraria alguém de confiança para cuidar da criação da mesma longe de todos os seus inimigos. Sim, seu plano era complexo, mas não tinha erro.

E o pai da criança?Suzumebachi não resistiu e indagou a capitã que respondeu em meio a um biquinho.

A mãe sou eu!Disse ela fechando o punho.

Disto eu sei! – Suzumebachi falou sem esconder seu descontentamento.

Isto é tudo o que ele precisa! – Falou a capitã com convicção.

Não tenha certeza disto – Respondeu Suzumebachi.

Ora, cale-se sua abelha intrometida! – Esbravejou a capitã afastando os pássaros e fazendo a Zanpakutou obedecê-la em fim.

Byakuya deveria se dar por contente por ela não mata-lo. Não é que tivesse consideração por aquele capitão metido a nobre, mas que não passava de um tarado. É que ela não queria ter de explicar seu filho que havia matado seu pai por que havia o feito.

Lembrou-se de Yoruichi e sentiu-se deprimida pelo modo que tratou sua senpai na última vez que a viu. A mulher gato estava desconfiada é verdade. Mas, logo encontraria alguma coisa mais interessante na terra ao lado do sabugo de milho (Urahara) e esquecer-se-ia dela.

Começou a ficar inconsolável novamente. Seu estômago roncava. Foi então que viu a solução para todos seus problemas. Uma lida manga. Grande, redonda e amarela. Estava ali tão convidativa no galho mais alto da árvore.

Tudo o que ela tinha de fazer era saltar e pegar. Contudo, quanto mais alto se pula, maior é a queda. A capitã descobriu isto no momento que saltou para pegar a manga, mas pisou num galho em falso, caindo de cabeça não no chão, mas no poço... Deparando-se com a escuridão e a tristeza de ficar sem sua manga.

E pensar que Adão e Eva perderam o paraíso por causa de uma maça e a capitã caiu no poço por causa de uma manga... Enquanto isto Byakuya e Yoruichi que tentavam dormir, levantaram-se aflitos, com a impressão que Soifon não estava bem.


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Notas finais do capítulo

Obrigada e até o próximo.