Irremediavelmente Grávida escrita por PepitaPocket


Capítulo 7
Uma missão e um....


Notas iniciais do capítulo

Olá sejam bem vindos.
Façam uma boa leitura.



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Omaeda acabara de sentar-se na cadeira de sua capitã, feliz por poder comer seus biscoitinhos e não ter nem de ouvir as broncas da mesma, tão pouco ter seu precioso petisco descaradamente roubado pela mesma.

Contudo, a paz e o sossego do fukataichou duraram muito pouco. Isto por que quando menos esperava ele sentira pressionando o seu pescoço a lâmina de uma espada, não uma espada qualquer e sim Senbonzakura. Seguido pelo olhar gélido de seu dono, Byakuya Kuchiki, encarando o homem bonachão com seu olhar duro feito aço.

_ Vou perguntar apenas uma vez: onde esta sua capitã? – Perguntou o nobre.

Omaeda agradeceu o fato de estar sentado se estivesse em pé teria caído por conta de seus joelhos que tremiam sem parar. O homem engoliu em seco quando a lâmina do mesmo apertou ainda mais a pele de seu pescoço.

_ Ela, ela, ela... – O Fukataichou tentava organizar as palavras, mas não conseguia para seu azar. Por isto, seu alivio não teve limite no instante que Yoruichi, chegara puxando o braço do capitão que sem razão nenhuma o ameaçava.

_ Já basta Byakuya, se queria persuadi-lo a dizer onde Soifon esta ele não dirá. – Yoruichi falara depois de finalmente conseguir afrouxar o aperto da espada de Byakuya sobre o pescoço daquele que poderia ter sido seu fukataichou se ela ainda fizesse parte da Gotei13.

O homem estreitou os olhos, e hesitante embainhou sua espada novamente. A notícia de sua paternidade teve um efeito devastador tanto no corpo como na mente do nobre que só pensava em encontrar Soifon e esclarecer as coisas.

Mas, tamanho foi seu desagrado, no lugar de uma mulher pequena e carrancuda, ter encontrado um homem grande e bonachão. Ele sabia que Omaeda era covarde, se ele fizesse um pouco de pressão, ele falaria, o problema é que nem assim o pobre fukataichou tornava-se um pouco mais inteligível.

_ O que esta fazendo aqui? – Perguntou Byakuya dando sinais de que voltara a si (pelo menos quase).

_ Vim fazer o mesmo que você, falar com Soifon. – Disse ela.

_ A única pessoa com quem ela precisa falar sou eu. – Disse ele como se tivesse marcando território.

Yoruichi ergueu uma sobrancelha enquanto observava o homem com curiosidade. Se ela não conhecesse aquele moleque tão bem poderia dizer que ele estava com ciúme, apenas o vislumbre dessa ideia, fazia a mulher sorrir divertida.

_ Iremos lhe perguntar isto quando a encontrarmos. – Yoruichi respondeu olhando para Omaeda, que quase engasgou quando os seios da morena saltaram de dentro da jaqueta.

_ Então Omaeda, não tem nada que você queira me contar? – O homem ficou imediatamente estrábico encantado por finalmente ter um “par de seios legítimos” tão perto que nem prestou sentido na conversa.

_ Onde esta Soifon? – Mais uma vez Yoruichi perguntou como se lembrasse a uma criança de seu dever de casa.

_ Saiu em missão. – Disse o fukataichou quase babando de entusiasmo.

Ela iria perguntar mais detalhes, contudo a pressão de reiatsu que Byakuya foi forte o bastante para fazê-la calar-se. Então, como um raio ele saíra porta a fora.

Yoruichi para tristeza do Fukataichou simplesmente fechara a jaqueta e afastara-se resmungando algo como:

_ Saco, vocês só me dão trabalho.

O que deixou Omaeda inconformado quem dava trabalho eram eles, sua capitã por roubar seus biscoitos, Byakuya por colocar uma espada em seu pescoço, e Yoruichi por ficar oferecendo o que ela não estava disposta a dar-lhe, quem seria o próximo? Um arrepio súbito passou pela espinha do ricaço, que decidiu buscar um lugar para esconder-se daquela cambada de lunáticos, até sua capitã voltar. Pensando bem ele queria esconder-se até dela, mas dessa, ele não conseguiria nem que ele quisesse.

#

Há mais de um século ela perseguia prisioneiros. Alguns eram fáceis de capturar. Outros nem um tanto. Ainda assim, em toda sua carreira ela sempre tivera sucesso em suas buscas. Porém, ela estava prestes a descobrir que para uma grávida de dois meses, seguir três fugitivos poderia ser uma tarefa árdua.

Fazia duas horas que ela saíra de Sereitei, no encalço dos criminosos. Mesmo com todo o seu esforço eles ainda estavam com pelo menos dois quilômetros de vantagem. Aterrissara no galho, ofegante, faminta, com sono e MUITO irritada.

Sua velocidade não era a mesma. Por que ela não estava podendo canalizar a quantidade de reiatsu necessária para a execução do shunpo. O que a deixava em desvantagem com relação aos fugitivos. O que para alguém tão confiante de suas habilidades era algo frustrante.

_ Seria bom você dar uma pausa. – Disse Suzumebachi.

_ Se eu der uma pausa eu perco o rastro deles. – Disse Soifon razinza.

_ Seu filho tá cansado! – Disse Suzumebachi pegando a capitã de surpresa com suas palavras. Como resultado ela quase se desequilibrou do galho precisando contar com a sorte para não cair.

Seu filho.

Eu vou ser mãe. – Automaticamente pensara em sua mãe, lembrando-se desta no velório de seus irmãos, seu semblante não demonstrara exatamente tristeza, era desapontamento. Seus filhos eram fracos. Todos que são fracos não são dignos de ser um “Fong”.

Esta é uma regra, que com o tempo tornou-se um fardo insuportável para muitas gerações, do Clã. Força era tudo. Sentimentos nunca valeram absolutamente nada. Nem mesmo o dito sentimento mais poderoso de todos: o amor de uma mãe. Não era nada. A capitã engoliu em seco. E seguiu em frente.

Suzumebachi entendia que para a Capitã ir em frente era questão de honra. E desde o ventre aquela criança teria de aprender a ter a força necessária para no futuro quem sabe carregar o peso deste fardo.

O problema é que para a zanpakutou aquela era uma investida perigosa que tinha absolutamente tudo para dar errado. Seria este um mau pressentimento?

#

Enquanto isto na Sereitei Yoruichi tentava em vão conter o furacão chamado Byakuya Kuchiki.

_ Isto é tudo CULPA SUA BAKANEKO. Por causa de um narizinho quebrado deixou-a escapar. – Disse ele socando a parede do quarto esquadrão.

_ Argh, me desculpe capitão, enquanto eu aguentava o humor infernal da garota que você engravidou você se enfartava com uma prostituta. – Disse Yoruichi, sendo irônica em suas colocações.

Se não fosse Byakuya ele teria corado na frente dos três capitães mais antigos da Sereitei (Shunsui, Ukitake e Unohana) vários tons, ainda assim conseguiu manter a compostura, mesmo perguntando-se internamente como aquela bruxa soubera disto.

_ Não fez nada do que sua obrigação. – Disse Byakuya com frieza.

Yoruichi estreitou os olhos.

_ Como ela disse mesmo? Ela acha que vai ser feliz com aquele sabugo de milho, mas esta errada... Ninguém é feliz tripudiando em cima de outras pessoas como ela fez comigo.

Dessa vez foi à vez de Yoruichi engolir em seco.

_ Eu não entendo por que você está me atacando, eu não fiz nada. – Disse Yoruichi tentando assumir a rédea daquele bate boca inútil.

_ Exatamente você não fez nada. Enquanto isto ela pode estar lá fora em perigo. Então, para de tentar me impedir de fazer alguma coisa. – Disse ele dando as costas, e dizendo ainda olhando-a nos olhos. – Às vezes parece que você não se importa. – De costas ele não vira que pela primeira vez em sua presença a mulher baixara a presença enquanto seus olhos tornavam-se mais escuros.

_ Imbecil eu me importo o suficiente para não deixa-lo enfiar os pés pelas mãos por estar agindo de cabeça quente. – Disse Yoruichi apertando com força o ombro do homem que por alguma razão, pareceu pela primeira vez ponderar suas palavras.

_ Você tem uma sugestão? – Perguntou Byakuya fazendo esforço para dobrar seu orgulho e sua ansiedade em ir atrás do que poderia ser seu bem mais precioso: um filho.

_ Que tal começar com uma xícara de chá? – Unohana intrometeu-se estando entre Ukitake e Shunsui que até aquele momento haviam sido os expectadores, de toda aquela improvável discussão.

E pela primeira vez desde que a mesma começou viram a rara oportunidade de cessá-la ao menos por enquanto.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura e até o próximo.