Irremediavelmente Grávida escrita por PepitaPocket


Capítulo 27
Convivência Interrompida




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— Quente!— Foi o adjetivo que veio a cabeça de Byakuya enquanto ele sentia os lábios da sua pequena taichou roçando os seus. A experiência recente ensinara Byakuya a manter os dentes trincados, para que nenhuma invasão dolorida em sua boca tornasse a ocorrer.

Se eu fosse você não permaneceria muito tempo com esta farsa.

Só mais um pouco.— Byakuya resistia à ideia de tornar a abrir os olhos, e voltar para uma realidade onde ele e Soifon voltariam a brigar.

Baka, você já ganhou está mulher, mas será muito tolo se não encontrar meios de mantê-la ao seu lado.

Não foram as palavras de sua Zanpakutou que o fizeram abrir os olhos. E sim a alegria de uma constatação. E o medo por outra.

— Você abriu os olhos. – A jovem atirou-se em seu pescoço de um jeito brusco, Byakuya tinha a impressão que ficaria com os nervos enrijecidos por alguns dias, mas só em tê-la em seus braços, valia a pena.

O que incomodava era a sensação de que seria por pouco tempo. Mas, esta sensação não resistia àqueles olhos cinzentos fitando-o ávidos de ternura, paixão, e algo que fazia com que Byakuya sentisse como se tivesse ganhando algo de inestimável valor: o coração da mulher que amava.

— Nunca mais faça isto comigo. – Ela resmungou ainda enroscada em seus braços, à única coisa que impedia que seus corpos praticamente se tornassem um era a protuberância no abdômen da capitã, que aquela altura vibrava de um jeito que era impossível para o homem não sentir.

Ele teria aberto a boca para revelar coisas que talvez quebrassem a magia do momento, mas ele não poderia faltar com a verdade, melhor uma tempestade num ponto que era mais fácil recomeçar, do que quando os danos poderiam ser irreparáveis.

Qualquer momento antes ele teria ficado ofendido, já que mais uma vez quem fez toda a confusão foi ela. Mas, aquela historia havia o modificado de tantas maneiras diferentes, que ele já não se surpreenderia com qualquer atitude que ele tomasse dali por diante.

— Eu estou bem. – Ele disse deslizando a mão pelo ventre dela. Tudo o que ela fez foi encolher-se em seu colo, escondendo o rosto em seu ombro para que ele não visse seus olhos marejados pelo medo de perdê-lo e as bochechas rubras pela ansiedade de perdê-la.

— O que importa é que você finalmente veio para meus braços. – Ele disse enlaçando-a para a cintura.

— Quem disse? – Ela perguntou com ímpeto, todavia a sintonia entre eles era tão grande que nem o impacto de seus gênios era capaz de quebrar a química do momento.

— Não se trata de quem... Mas, do que... – Soifon finalmente o encarou pronta para questionar, mas fora interrompida, pelos lábios dele que tomaram os seus com suavidade, mas logo toda a fome que havia neles veio à tona, fazendo com que ele se tornasse mais voraz como resposta a cadencia do toque.

Isto assustou a inexperiente garota fazendo-o parar.

— Que houve? – Ele perguntou com um sorriso bonito no rosto. Não era um sorriso chocho, nem fingido, era algo mais espontâneo, que combinava bem com ele.

— Eu não quero outro bebê. – Ela disse tornando a ficar vermelha, em referencia a sua indiscreta ereção.

— Não se preocupe, nosso filho é turrão o bastante para não dar lugar para ninguém. – Ele disse reunindo força para se levantar. Aquela mulher tinha um poder avassalador sobre ele a ponto de deixa-lo em riste, mesmo quando o restante de seu corpo estava contundido e dolorido.

— Coloca uma roupa. – Ela falou alcançando uma roupa estava vermelha de tanto embaraço.

— Por que você não tira a sua? – Ele inventou de fazer uma piada, mas acabara calado por uma cotovelada acidental bem no meio do nariz, Soifon por sua vez não pareceu perceber.

— Nani? Como ousa? – Sua Zanpakutou disse algo sobre ele estar apressando as coisas, o que era uma redundância ele percebera isto apesar de que estava cansando da sensação de estar andando em um campo minado.

— Eu não diria que é uma ousadia. Eu diria que é uma regalia ter uma mulher como você ao meu lado. Quero-te mais do que tudo Shaolin Fong e é bom que se acostume com isto... – Ele disse usando uma brecha em sua postura defensiva para puxá-la para junto de si.

— Eu não sou nenhuma prostituta. – Ela falou com certo desdém.

— Nunca a compararia com uma. – Ele disse com convicção.

— Você já esteve com uma? – Ela inqueriu de repente, a pergunta inesperada o pegou de surpresa.

— O que? – Ele quis saber. Foi à vez de ela sorrir, e foi algo que combinava com seu jeito arrogante de ser.

— Deixa para lá, eu sei que você não é como Kyoraku. – Ela falou puxando-o pela mão, ela o seguiu, mas dessa vez com a sensação de que havia tomado um soco no estômago.

#

A manhã do dia seguinte aproximara-se tão vagarosa quanto o casal que adormecera juntinho no quarto principal.

O perfume dela era algo maravilhoso. Era viciante ter seu corpo pequeno e quente grudado ao seu, Byakuya gostaria de mantê-la junto a si, a noite toda, mas Soifon era agitada, e parecia ter sérios problemas com pesadelos, já que ela resmungava muito enquanto dormia. Eram coisas sem sentido para ele... Gostaria de saber se ela sabia do que se tratavam.

Talvez fossem reflexos de sua profissão como assassina profissional. Byakuya distraiu-se com este pensamento, era difícil imaginar que a mulher que dormia agora com serenidade, fosse capaz de causar dano a uma abelha que fosse.

— Esta fazendo de novo. – Ele ouvira murmurar em meio a um bocejo.

— O que? – Ele perguntou esfregando seu nariz ao dela.

— Respirando no meu pescoço. Eu não gosto! – Ela falou de um jeito autoritário. Isto podia incomodar antes, mas ele gostava de seu lado mais dominador.

Ela teria continuado o sermão, mas acabou interrompida pelo roncar de seu estomago.

— Alguém esta com fome. – Ele disse permitindo-se espreguiçar-se. Ele não fazia isto desde que era criança.

— Alguém vai cozinhar. – Soifon palpitar, fazendo com que os músculos do nobre capitão trincassem.

#

— O que é isto? – Ela perguntou num misto de surpresa e desconfiança quando vira a mesa muito bem ajeitada com o café da manhã típico japonês.

— Nosso desjejum.

— Você prometeu que iria cozinhar. – Ela falou de um jeito emburrado.

— E eu hum... – Ele tentava se explicar, mas nada lhe ocorria. Soifon tinha uma aversão estranha à colaboração de seus subordinados, isto era algo que ela teria de superar, afinal ele pretendia torná-la sua princesa, e como pode haver princesa no mundo sem a criadagem para dar ordens? E como ele poderia explicar isto sem causar uma tempestade.

— Você não sabe mentir. – Ela falou alfinetando-o com aquele olhar nada doce.

— Isto é para o seu bem. – Começou ele. Ela estava grávida, precisava de uma dieta balanceada preparada por quem tivesse um entendimento mínimo de culinária, e não por um amador sem vontade de aprender que nem ele.

— Eu decido o que é para o nosso bem. – Ela falou de uma forma autoritária.

Ele ia falar alguma coisa, mas ela o cortou de forma nada educada.

— E se for abrir a boca para falar o que quer que seja eu vou bater em você. – Ela falou de um jeito que o colocou numa posição um tanto humilhante, já que não restou muito para ele fazer há não ser abaixar a cabeça.

Contudo, a recompensa, veio quando inesperadamente ela lhe dera um beijo estalado na bochecha.

— Acho que você tem concerto. – Ela falou puxando-o para longe daquelas iguarias, certamente ele não iria gostar nem um pouco daquela experiência, mas o que ele poderia fazer era só mais um homem apaixonado cedendo os caprichos de sua amada... Observou um instante sua barriga, e por que não de seu rebento.

E ele faria de tudo para não perdê-la. E daria tudo para que Soifon não tivesse aberto a porta naquele momento, e permitido que um pequeno deslize se tornasse uma tempestade que ia sacudir as estruturas até mesmo do mundo dos humanos.

— Olá Bibineko. – Uma loira de corpo escultural, olhos verdes, nariz arrebatado lhe sorria como se fosse um anjo, apesar de estar o conduzindo para o pior dos infernos astrais, sobretudo, quando Soifon lhe perguntou.

— Quem é ela? – Ela falou o soltando com brusquidão, o problema que ela vinha o puxando, e ele estava um tanto que inclinado demais para frente e acabou esbarrando com tudo na mulher que o agarrou de forma libidinosa, fazendo-o literalmente cair em meio aos seios da recém-chegada, e estes eram muito maiores do que os de Matsumoto.

“Eles não eram tão grandes como da última vez”. – Byakuya pensou por um instante, mas um ranger de dentes o colocou no centro da questão mais importante.

“Eu posso explicar”. – Byakuya começou, mas foi detido pelo energúmeno numero dois que vinha atrapalhar sua manhã de romance.

“Se ele tem alguma coisa a explicar, sinal que alguma coisa ele fez”. – Dissera o gato, que tomara a forma humana, tornando-se numa morena de olhos afiados e sorriso zombeteiro.

E aquele era para ter sido o melhor dia de sua vida...


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