Irremediavelmente Grávida escrita por PepitaPocket


Capítulo 11
Encontros e Desavenças


Notas iniciais do capítulo

Ola sejam bem vindos.
Façam uma boa leitura.



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_ Não vai me mostrar? – Insistiu Zaraki.

_ Não. – Soifon respondeu aparentemente mais uma vez a mesma resposta.

_ Então não vou te soltar. – Disse o capitão sem cérebro, com a líder da Onmitsu Kidou sobre sua cabeça, como ele costumava colocar Yachiru.

Isto é constrangedor... – Pensava a capitã.

_ O que esta acontecendo aqui? – Byakuya exalou toda sua irritação através de sua reiatsu, que fez efeito unicamente em Yachiru que ficou imediatamente paralisada.

Não foi apenas o capitão sem cérebro que o olhou incrédulo, mas Soifon avermelhou dois tons ao ver o pai de seu filho testemunhando um momento tão vexatório.

E para piorar Yoruichi estava ao seu lado com um sorriso cherise no rosto.

_ O que faz aqui? – Perguntou a mulher esforçando-se pra disfarçar o próprio constrangimento.

_ Vim buscar você, meu bem. – Se ele queria constrange-la mais ainda conseguiu. Por um segundo a pequena ficou sem voz.

_ Eu não sou seu bem. – Disse ela recuperando o folego novamente.

_ Solte minha mulher. – Ordenou ele.

_ Muito menos sua mulher. – Respondeu ela tão baixo que ninguém a ouviu.

_ O que você pensa que estava fazendo? – Perguntou Yoruichi.

_ Ela disse que estava ferida e eu queria ver. – Falou ele.

Um arrepio de preocupação passou a espinha dos dois shinigamis.

_ Fala como se fosse médico. – Disse Byakuya segurando com mais força a espada.

_ Ah, chega de papo furado. Vem cá para eu te fatiar. – Kenpachi falou com um sorriso assustador no rosto. Mas, sem soltar Soifon que teve que se segurar com força nos cabelos espinhentos do mesmo para não cair enquanto ele se movimentava.

Byakuya não hesitou o confronto, e Soifon não deixava de admirá-lo. Zaraki era um homem perigoso nem por isto o nobre titubeou o confronto.

Contudo, ela ainda estava desconfortável. Primeiro, por estar sentada no ombro de um homem que não tinha muita intimidade. Segundo, por que aquele cheiro de sabão barato que ele usava para lavar o cabelo estava a enjoando. Terceiro, por que dois capitães estavam brigando, por causa dela? Ela não sabia se essa era a resposta exata, mas ela estava no meio e não estava gostando nem um pouco da posição em que se encontrava.

_ Não me diga que você vai lutar comigo aqui, no seu ombro? – Perguntou Soifon balançando seus pezinhos.

_ BORBOLETA DA SORTE! – Gritou ele enquanto avançava com mais e mais velocidade.

Como esperado Byakuya desapareceu de Zaraki, tentando ataca-lo em seu ponto cego, porém Zaraki apesar de burro era experiente, ele virou-se se defendendo do que poderia ter sido uma perfuração na costela.

_ Acha mesmo que eu não conheço seus truques? – Perguntou o gigante com um sorriso ainda mais assustador.

Essa foi à deixa que a capitã encontrou para agir.

_ Pode conhecer os truques dele, mas não conhece os meus. – Disse ela, surpreendendo a todos quando acertou a cabeça de Byakuya empurrando seu corpo para trás.

_ Vou dizer uma única vez Kuchiki: vai embora. – Ela estreitou os olhos vendo que a marca de seus cinco dedinhos ficou na testa do homem que mais por surpresa do que pela força do golpe havia caído sentado no chão.

_ E se eu não for. – Perguntou ele em tom de desafio.

_ Irritante! – Soifon falou entredentes.

E você gosta dele!– Suzumebachi vibrou.

_ Cala a boca! – Soifon gritou puxando com força os cabelos de Zaraki que pela primeira vez protestou.

_ Mulher você vai me deixar mais careca que o Ikkaku assim. – Disse ele olhando para cima.

Soifon baixou a cabeça até ficar cara a cara com Zaraki, só que ela o via de cabeça para baixo.

_ É isto que vai acontecer se você não me soltar.

_ Não! Você esta ferida. Eu vou te levar para Unohana te curar. E daí, depois você deixa eu te fatiar, como pagamento. – Zaraki negociou.

Yoruichi e Byakuya ficaram com uma gota na cabeça. Era questionável a entrega do comando de um esquadrão inteiro a um sujeito tão insano.

_ Foi você que pediu. – Disse Soifon de repente puxando com força os cabelos de Zaraki, que sentiu alguns de seus preciosos guizos serem tirados de seu penteado.

_ Argh e eu que pensei que borboletas eram delicadas.

_ Não me de apelidos idiotas. – Protestou a mulher.

_ Eu vou cortar as suas asas. Melhor dizendo suas mãos. – Zaraki puxou a espada.

E isto assustou a todos.

_ Você não pode bater numa mulher grávida. – Disse ela.

Zaraki balançou a espada mais um tempo até processar aquela informação.

– Você tá grávida? – Perguntou ele em choque.

Soifon contraiu o queixo era problemático admitir aquele tipo de coisa, mas se continuasse desse jeito iria abrir os pontos, e a criança (seu filho) correria perna abaixo.

_ Como pode você não tem macho?! – Disse Zaraki mais numa afirmação do que numa pergunta.

Soifon usou as pernas para apertar o pescoço dele.

_ Basta que você me entregue-a. – Byakuya disse sem não soltar a espada. – A criança que ela espera é minha. Eu vim para busca-la. Para leva-la de volta e nos casarmos. – Disse o nobre.

A pequena estava chocada por suas palavras. Ele estava ali por ela, e disposto a casar, dar um nome para o seu bebe, isto tudo a deixava sem folego. Contudo, logo sua razão a dominou, ele estava li por causa unicamente do bebe... E ainda achava que seria ele que dava as cartas... Ela tinha um plano de chuva melhor do que o dele.

_ Zaraki nós estamos a três dias da Sereitei, se estiver com Soifon frágil como está em suas costas, não poderá fatiar ninguém. – Disse Yoruichi, sabendo que aquele “argumento lógico” funcionaria.

O chefe de Ikkaku e Yumichika demorou alguns minutos para processar a informação, mas feito isto ia tirar Soifon de suas costas e entregar a Byakuya, porém essa se agarrou com força a seus cabelos.

_ NÃO QUERO IR COM ELE. – Disse Soifon, sabendo que poderia começar um novo problema.

_ Hein? Mas, você não fez um filho com ele? – Perguntou Zaraki fazendo a mulher ficar vermelha. Então juntando os indicadores, um no outro ela falou fazendo um biquinho.

_ Mas ele quer mandar em mim. – Disse ela.

_ É justo ele é o homem. – Falou Zaraki.

_ Não, não é. – Protestou Soifon, vendo que Zaraki não entendia ela agarrou-se com força no sua cabeça.

_ Você não pode entregar uma mulher grávida e debilitada pra ele. Ele é... – Ela apontava para ele enquanto tentava pensar em adjetivos e só pensou numa coisa. – Um bobo. Eu quero o Omaeda e não ele. – No fim ela cruzou os braços e falou virando o rosto.

Uma veia saltou na cabeça de Byakuya, ela estava atacando diretamente seu orgulho. Primeiro, agarrando-se a Zaraki. Segundo, o chamando de bobo. E pior ainda, preterindo seus cuidados aos de Omaeda.

_ Ah Soifon, entendo que não queira o Bya-bo, mas venha com sua senpai...

– YORUICHI-SAMA, AFASTE-SE NÃO SOU DIGNA QUE VOCÊ DIRIJA A PALAVRA A MIM, DEPOIS DE TÃO VERGONHOZA POSTURA... - Gritou ela como se batesse continência.

A única postura vergonhosa que vejo é esta. – Pensou Yoruichi.

_ Kyah, isto ficou no passado. – Disse a mulher-gato confiante que a pequena pularia em seus braços.

Porém, a resposta foi um chute.

_ Está vendo não sou digna de sua atenção? – Ela falava com lágrimas nos olhos enquanto Yoruichi notava que seu nariz havia saído do lugar de novo.

_ Já chega você vira comigo querendo ou não... – Disse Byakuya aproximando-se determinado a “pegar o que era seu por direito”.

Porém, ela fez uma carinha de dor e levou a mão na barriga, fazendo o hesitar e neste momento ela acertou o seu queixo com bastante força fazendo-o cair em cima de Yoruichi que tinha levantado com a mão no nariz. Os dois se embolaram na areia de um jeito muito estranho.

Zaraki deu um suspiro, não podia fatiar ninguém, mas ele também não deixaria uma mulher grávida contra a vontade nas mãos de dois “fracotes”.

_ Soifon eu estou dizendo para você descer e vir comigo... – A mulher petite agarrou-se com força o pescoço de Zaraki e negou a ordem de sua senpai.

_ Quem tem de cuidar de você sou eu. – Disse Byakuya. – Não aquele saco de batata que você tem como tenente.

_ OUÇA BEM SÓ EU POSSO FALAR BATER, AGREDIR, PISOTEAR, ESPANCAR O OMAEDA. NINGUÉM MAIS OUVIU? – Gritou a capitã puxando os cabelos de Zaraki que já estava se acostumando com aquelas mãozinhas inoportunas.

_ Borboletinha, quem sabe? – Zaraki tentou, mas Soifon que aquela altura já estava montada em sua cacunda apertou com força seu pescoço.

_ Estou grávida, se me retrucar fara mal ao bebê. Você gosta de bebês não é? Então tem que gostar do meu... – Disse ela não se dando conta que pela primeira vez estava reconhecendo positivamente a existência daquela criança.

_ Se não for nariz empinado que nem ele... E for pequenininho que nem você até pode ser. – Quem ficou com uma veia na cabeça foi Soifon.

_ Eu quero descer.

_ Não pode está ferida.

_ Mas, assim não tá bom.

Zaraki a ergueu com uma só mão tirando-a de seu pescoço e a colocando em seus braços. Parecia uma borboleta enrolada na tromba de um elefante.

E foi neste instante que alguém chegara fazendo todos congelar. Não era todo o dia que Unohana via outra mulher nos braços de seu homem.

Byakuya e Yoruichi sabiam o quão perigosa poderia ser uma mulher com ciúme, especialmente uma conhecedora de mais de oito mil tipos de técnicas de luta, mestra em assassinato e especialista em meter o medo em todo mundo.

_ Soifon? – A doce taichou do esquadrão médica, estava com sua Zanpakutou na mão quando se aproximou da grávida problemática.

A pequena olhou para ela.

_ Você irá descer daí agora11 .

_ E se eu não quiser? – A pequena perguntou emburrada.

_ Então... – Neste momento Unohana levou as mãos para trás do quimono Yoruichi e Byakuya viam em câmera lenta o momento que ela tiraria uma arma mortal do bolso... – Você não recebera...

E então entre as mãos da taichou surgiu um achocolatado de caixinha com canudinho.

Os olhos da faminta futura mamãe brilharam. Mesmo com dor, e cansada ela desceu quase como um flash, pegando o conteúdo e o sugando com força. Depois de dois dias comendo coco e banana, aquele era como o néctar dos deuses.

Yoruichi ficou emburrada se soubesse tinha passado num supermercado e comprado um estoque inteiro.

Byakuya não se conformava. Ela preferia até um achocolatado a ficar perto dele.

_ Agora vamos voltar... – Disse Unohana com seu sorriso gentil.

Soifon olhou para Zaraki, porém, Unohana foi mais rápida.

– Ali não, este ou este? – Sugeriu a taichou apontando para Yoruichi e Byakuya que se sentiram dois animais de tração.

Byakuya aproximou-se dela, mas ela tinha medo que ele usasse seu shunpo e a levasse para sua mansão onde a obrigaria se casar com ele.

– Yoruichi-sama, me daria à honra de... – A morena não esperou aquele discurso inútil.

Apenas pegou sua pequena abelha nos braços, e seguiu viagem, mas não antes de por a língua para Byakuya que seguiu logo atrás, não deixaria aquelas duas sozinhas nem por um segundo.

_ E você o que faz aqui? – Unohana perguntou em meio a um suspiro cansado, aquela seria uma longa estadia.

_ Estava procurando o caminho de volta. – Disse Zaraki dando de ombros.

_ Digamos que você encontrou, ao menos por enquanto. Aliás, todos nós. – Disse Unohana seguindo a trilha onde aquele conturbado trio partiu sendo seguida por Zaraki e a Yachiru que finalmente recuperara seus movimentos.

Mas, a pergunta que não queria calar é onde esta Ichigo e os outros?

#

– ISTO É TUDO CULPA SUA KUROSAKI, QUE NÃO SABE LER DIREITO UM ÚNICO MAPA... – Disse Ishida.

– MINHA CULPA? – O Morango agarrava com força o colarinho de Ishida... – A CULPA É SUA QUE NÃO CONSEGUE LER NADA SEM SEUS MALDITOS ÓCULOS...

E logo os dois estavam a socos e pontapés, que só cessaram quando Rukia os acertou com força.

Fiquem quietos temos que encontrar o caminho.

_ Eu só queria saber como? – Perguntou Renji sentindo os olhos arderem enquanto eles estavam no centro de um mar de areia que não tinha nem começo nem fim.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura e até o próximo.