Irremediavelmente Grávida escrita por PepitaPocket


Capítulo 10
Abelha ou borboleta?


Notas iniciais do capítulo

Olá sejam bem vindos.
Façam uma boa leitura.



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_ É a letra da taichou! – Omaeda falou reconhecendo a letra daquela que lhe expedia ofícios há mais de oitenta anos.

Byakuya, Yoruichi e Unohana trocaram olhares em cumplicidade antes de responder em uníssono.

_ Não é não! – Disseram eles.

_ É sim. – Omaeda insistiu. – E veio em meu nome. – Disse ele com certo orgulho, mas este se desfez, quando Unohana aproximou-se dele com uma aura assassina dizendo.

_ Omaeda, você tem certeza que leu bem? – Perguntou ela, como se ele tivesse sendo hipnotizado.

... – Ele tentou falar, mas outras sombras assassinas o rodeavam, não restando ao pobre fukataichou fazer outra coisa a não ser sair rolando.

Onegai, taichou não me mate! – Refletia ele enquanto se afastava.

#

_ Abra de uma vez Yoruichi. – Byakuya avançou na morena que desviou do taichou.

Ela então abriu deparando-se com vários desenhos de itens, como fermento, pó, água, também um determinado valor e setas com números.

_ Kami-sama, ela esta ferida! – Disse ela com o coração apertando.

Unohana que observara o papel com atenção entendeu:

_ Isto é quase litoral. – Ela observou em choque. – Três dias de viagem no mínimo. – Como ela foi parar tão longe? – A taichou mais experiente do grupo indagava quando foi interrompido pelo ímpeto do chefe do Clã Kuchiki.

_ Não com minha velocidade. – Byakuya avançara no papel indo em direção ao seu plantel. Deixando para trás as mulheres que se entreolharam.

#

Renji estava sentado brincando com uma bolinha presa a um barbante. Ele era idiota o bastante de achar graça no jogo repetitivo, até que seu capitão apareceu de repente, fazendo-o quase cair da cadeira.

_ Taichou! – Gaguejou ele já pensando numa desculpa.

_ Você tem quinze minutos para encontrar estes itens e trazê-los aqui. – Disse ele.

Renji olhou o papel com desenhos muito bem feitos, mas a quantidade de itens era imensa.

_ Vamos dar um banquete? – Perguntou ele, mas saiu correndo quando Byakuya gritou com uma aura monstruosa.

_ Treze minutos ou amarrarei sua cabeça num barbante e farei pingue e pongue com ela. – Renji não esperou duas vezes para sair correndo.

Enquanto isto o capitão foi a passos largos até o cofre, retirar a quantia pedida. Na verdade ele pegou muito mais, se fosse um sequestro ele queria estar prevenido.

Também deu ordens para seus empregados, prepararem o melhor quarto de sua casa, e este era o seu próprio aposento.

O difícil agora era esperar a lesma de o Renji fazer o restante, para partir. Deveria solicitar um shinigami médico também? Aliás, deveria informar o comandante-geral? Turrão como era dificilmente o deixaria partir.

Sem perceber levou as mãos ao rosto. Estava aflito, queria vencer a barreira do espaço e do tempo e encontra-la de uma vez.

Estava quase se entregando ao próprio desespero quando a vira parada na porta.

Yoruichi olhando-o, dessa vez não tinha aquele sorriso irritante nos lábios.

_ Vamos encontra-la. – Disse ela sem perder a confiança. Byakuya vira em seus olhos preocupação. E isto não o surpreendia apesar de tudo. Lembrava-se das batalhas que tiveram em conjunto, as vezes que Soifon esteve em apuros à ex-capitã sempre foi à primeira para não dizer a única saltar em sua defesa.

_ Você não precisa fazer isto. – Disse Byakuya. Yoruichi olhou-o por um instante como se não entendesse.

_ É claro que preciso. Eu devo muito a ela. – Yoruichi admitiu algo que ele nunca esperou ouvir de sua parte.

_ Pode ser um pouco tarde. – Falou Byakuya.

_ Falando assim, parece que ela não vai voltar. – Disse Yoruichi irritada.

_ Ela vai voltar, mas não para seus braços. Entenda isto! – Disse o nobre com o queixo erguido.

... – Yoruichi iria responder alguma coisa, mas a sala foi invadida por Renji seguido de Rangiku, Ikkaku, Yumichika, mais Ichigo, Ishida, Orihime e Sado que estavam ofegantes cheios de sacolas.

_ Onze minutos e quarenta e cinco segundos. – Disse Renji caindo no chão.

_ Não seja mole Renji, minha cunhada e meu sobrinho dependem de nós. – Disse Rukia fazendo todos empertigarem imediatamente.

Ichigo que até então não entendia como ele foi arrastado por um supermercado por um ruivo e uma nanica e foi parar no meio da sala de Byakuya foi o único que viu Yoruichi revirar os olhos ante as palavras de Rukia.

_ Rukia... – Byakuya realmente queria explicar o que aconteceu, mas era complicado dizer certas coisas para uma mocinha.

_ Não se preocupe nii-sama eu sei como são estas coisas... – Disse ela levando a mão no ombro de seu irmão que ficou com uma preocupação a mais depois do que ela disse aquilo.

_ Vamos partir imediatamente... – Informou Byakuya.

_ Primeiro, vamos falar com o comandante-geral... – Neste momento Unohana chegou. Byakuya quis protestar, mas bastou um sorriso da mais velha pra ele ir correndo como um cordeirinho saltitante até onde ela mandou.

#

Dois dias haviam se passado. E ela já não aguentava comer banana e coco. Em todas as refeições era a mesma coisa. Além da nutrição pobre, ela estava sozinha naquele casebre imundo. Sua acompanhante saia por ai, não avisava aonde ia, só voltava para alimentá-la e trocar seus curativos e depois desaparecia.

Tudo o que ela tinha era a visão da areia, com as árvores tão altas ao longe. Era uma paisagem bonita, mas enjoativa. Sentia falta até da tagarelice de sua Zanpakutou que parecia ter morrido afogada no poço sem água.

Na ausência do que fazer ela acabou levando a mão até sua barriga ainda lisa. Ainda perguntava-se o que ela faria com um bebe? Qual a utilidade deles? Seria colocá-la numa cama faminta a espera de um fukataichou gordo e burro? Acabou com vontade de soca-lo, mas seu abdômen estava dolorido ainda.

Seu estomago roncou, e cansada de esperar ela decidiu ir atrás de algo mastigável para comer. Aquele lugar era enorme, deveria ter algo que não fosse coco ou banana.

Levantou-se dolorosamente da cama. E após colocar seu quimono rasgado e manchado de sangue, saiu a passos pesados pela areia onde felizmente deixava um rastro.

– NÃO DEVERIA ESTAR EM PÉ. – Ouviu sua Zanpakutou dar sinal de vida, mas ela com um palavrão a mandou as favas.

Aquele moleque era um Fong, se quisesse viver teria de mostrar valor desde a barriga. Ele já era atrevido ter se atrevido a alojar-se no seu ventre, deveria ter esperado e ido para a barriga de uma burguesinha qualquer.

Ela acabou dando um suspiro contrariado, essa ideia não a agradava e ela não entendia bem a razão.

Parou no caminho depois de andar por quase uma hora. Estava com mais dor, e sentia seu corpo febril. Mas, não voltaria atrás de jeito nenhum.

Estava quase perdendo as esperanças quando viu um acampamento a sua frente havia algo no fogo que exalava um cheiro convidativo.

A capitã não se fez de rogada, vendo que não tinha ninguém aos arredores avançou na panela e tratou de pegar seu conteúdo. Ela comeu os dois peixes da grelha para vomitar foi pra o arroz, vomitou de novo... Tendo que se contentar com o que ela viu ser licor...

_ Você tá grávida não pode beber... – Suzumebachi protestou, mas Soifon ignorou-a levando-o a boca, quando o vidro foi tirado de suas mãos, e então ela percebeu que tinha vários homens de turbante com tatuagens estranhas a observando com malicia.

_ Ou você é muito ousada ou você é muito burra em nos roubar. Sabe quem somos? – Perguntou aquele que deveria ser o líder deles.

_ Um bando de incompetentes que não pegam comida o bastante, ainda não matei a minha fome sabia? – Disse ela sendo sincera, mas quem disse que ser sincero sempre ajuda.

_ E por que deveríamos matar sua fome? – O homem pisou duro na areia e apenas seu pé fez o solo tremer.

_ Por que sou capitã da 2º divisão líder da Onmitsu Kidou, é lógico. – Disse ela com empáfia.

Um sorriso surgiu no rosto do homem que se assemelhava a um macaco. Tinha grandes cabelos brancos e um sorriso semelhante ao do curinga. Suas grandes mãos foram para cima da capitã que irritada espetou uma delas com um garfo.

_ Suas mãos estão sujas não pode me tocar. – Ela reclamou.

_ Eu não vou tocá-la. Eu vou mata-la. – Disse o homem em tom ameaçador, ele era um gigante perto da pequena mulher.

–_E vá escovar os dentes antes de gritar no cangote de uma dama, seu porco. – Disse ela dando com a panela quente na cabeça do homem.

Que não gritou de dor. Na verdade a fervura nem fez efeito em sua pele.

_ Você está morta, mulher. – Disse ele levando o pé na cabeça da mulher que teria caído com tudo para trás se não tivesse sido amparada por Yachiru.

_ Bee... O que faz aqui? – Perguntou a menina com um sorriso de divertimento quando o líder do bando partiu para cima delas.

Estes foram empurrados com um único golpe. Os que não desviaram foram cortados manchando a areia de sangue e também o restante da comida.

_ Por que estragou a comida? – Perguntou Soifon inconformada.

_ Hã, é só dar uma limpadinha e comer. – Disse Zaraki ignorando a expressão de nojo que Soifon fazia-lhe.

_ Você vai morrer! – Gritou o líder, mas quando ele corria para Soifon ela jogou longe a panela acertando em cheio sua cabeça.

No fim eles recuaram, acompanhados dos sobreviventes.

_ Ah, vocês querem brigar? – Zaraki disse com um sorriso psicótico, porém quando ia correr atrás deles, Yachiru o chamou.

_ Ken-chan, rápido a bee não tá bem... – A garota disse o óbvio já que a chinesa estava quase desfalecida em seus braços.

_ Eu estou bem... – Disse Soifon.

_ Não parece bee... – Disse Yachiru realmente preocupada.

_ O que há com a borboletinha? - Perguntou Zaraki, fazendo Soifon avermelhar muitos tons.

_ Borboletinha? Como ousa? – Ela tentou levantar a cabeça, mas teve esta prensada no colo da Yachiru pela grande mão de Zaraki que encobria quase todo seu pequeno rosto.

_ Sua temperatura esta anormal... – Disse ele.

Soifon empurrou sua mão e num esforço sobre-humano levantou-se.

_ Eu estou bem. – Disse ela começando a andar tão lento que Zaraki ficou em dúvida.

_ Por que ela é chamada de Borboletinha? Tá mais para uma pata! – Questionou ele para a garota de cabelos róseos.

_ QUEM VOCÊ CHAMOU DE PATA? – A chinesa perguntou esquecendo sua própria dor e sua própria fome.

_ Você. – Ela queria soca-lo até pedir arrego, mas estava cansada demais e com dor.

Omaeda chega. – Ela chamava intimamente seu fukataichou com lágrimas correndo pelos olhos.

_ Por que esta chorando? Pata bota ovo é mais útil do que borboleta... – Remendou Zaraki fazendo uma expressão típica daqueles que usam os neurônios raramente.

_ Ken-chan, ela esta ferida... – Insistiu Yachiru.

_ Onde? – Zaraki perguntou depois de olhar o pescoço e não ver nada.

_ Acho que é mais embaixo. – E assim seus olhos foram descendo enquanto Yachiru ia lhe dizendo.

Enquanto isto Yoruichi e Byakuya chegavam ao local marcado por Soifon. No lugar da mulher encontraram apenas uma cabana. Vazia.

Também encontraram sua espada jogada no chão. E alguns outros pertences que Yoruichi identificou como sendo daquela que eles procuravam.

Mas, não foi isto que chamou mais a sua atenção.

(Grito) ME SOLTA! – Os dois se entreolharam e correram ansiosos pra direção dos gritos.

_ SOIFON! – Eles chegaram até os locais já preparados para lutarem, mas não esperavam deparar-se com o que viram, nem em um milhão de anos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura e até o próximo.