Quando Tudo Aconteceu escrita por Mi Freire


Capítulo 28
Capítulo XXVII


Notas iniciais do capítulo

Sinceramente esse capítulo não ficou tão bom assim, na minha opinião. Eu o escrevi na intuição de resolver as coisas e acabei indo em outra direção, uma direção contrária, sem nem perceber. Confuso, não? É, eu sei. Espero que vocês gostem. Eu bem que tentei.



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Acabo de confessar em voz alta que eu ainda penso nela, todos os dias, a cada minuto. E que não deixo de pensar nela nem por um minuto desde que eu soube que era ela. Ela dela que eu precisava. Era ela quem eu queria ao meu lado. Porque sem ela tudo parece tão sem graça e eu, apesar de tudo, não consigo ver as coisas melhores sem que ela faça parte de todos os meus planos para o futuro.

E apesar de ter admitido isso em voz alta para quem quisesse ouvir, admitido pra mim mesmo e pra ela, Clarissa mesmo assim agiu como se não se importasse, mesmo que eu ainda estivesse fervendo de raiva só de imaginar aquele moleque (porque é isso que ele é, disso não tenho dúvidas) querendo dar uma de esperto pra cima dela. E ela também, visivelmente muito desapontada com toda essa situação e consigo mesma, nem se quer olhou pra trás, ao me ouvir dizer que nem mesmo se ela me pedisse eu seria capaz de esquece-la.

Voltei pra casa muito frustrado, mesmo que lá no fundo eu me sentisse estranhamente bem por ter a defendido, por ter a salvado das garras daquele moleque e por ter ouvido da própria Clarissa, que a partir de então eles não estavam mais namorando. Mesmo assim, eu não podia deixar de lado a insatisfação em relação a minha própria vida. Eu bem que tentei fazer dar certo, eu estive ali todo o tempo, sendo um bom amigo para ela por mais que ela tentasse me afastar, porque é só isso que ela faz comigo e eu tentei seguir em frente, conhecer novas garotas, tentar novos caminhos. Mas no final todos os caminhos me trazem de volta para ela. E ainda assim, Clarissa tem o dom de tentar me afastar, de me ignorar, de me maltratar como nunca antes uma garota fez comigo. Talvez seja por isso, por ser tão pisado, que eu goste cada vez mais dela. Isso é meio fascinante, apesar de me fazer mal.

Estranho... Essas coisas.... De estar apaixonado.

Cheguei em casa e a primeira coisa que fiz foi me trancar no meu quarto-porão pelo resto do dia, sufocando minha própria cabeça com a almofada, na tentativa de bloquear meus pensamentos.

O mês de junho já está pela metade e em algumas semanas entraremos de férias. Essas últimas semanas pré férias andam bastante transtornadas no colégio com a entrega de trabalhos e realizações de provas mensais. Os professores tentam correr depressa contra o tempo para dar aquela oportunidade, com pontinhos a mais, para aqueles alunos que tendem a reprovar no final do ano.

Na quinta-feira temos aula vaga antes do intervalo. Meus amigos resolveram ir até o pátio para jogar baralho em uma das mesas vazias no refeitório, mas eu não estava com cabeça pra aquilo. Andavam muito distraído, mais reservado, bastante calado e mais isolado. Queria ficar sozinho. E ao invés de me unir a eles no jogo, fui andando vagarosamente até o jardim do colégio, praticamente me arrastando, com um livro de poemas que acabo de pegar na biblioteca.

Nesses livros há sempre algo que me chama atenção, ao que se encaixa perfeitamente ao que estou sentindo nesse momento, algo que me decifra, algo que me revela. Algo que me revigora e me faz refletir sem eu nem precisar chegar a uma conclusão concreta.

Dessa vez o que me acerta em cheio é um poema de Carlos Drummond de Andrade, Inconfesso Desejo. Um poema que eu não leio desde que eu tinha doze anos. E sempre foi um dos meus preferidos, que de um jeito ou de outro, se perdeu no tempo. Como tantas coisas na minha vida que foram deixadas pra trás sendo que nem sempre esse era o propósito. E aqui estou agora, relendo-o outra vez.

Fecho os olhos por um momento inclinando o rosto pra cima na direção do céu. Suspiro forte, sentindo os raios solares baterem em meu rosto e aquecerem a minha pele. A sensação é ótima. Eu gosto do calor.

Queria ter coragem
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo

Ainda de olhos fechados tento recitar o tal poema sem precisar ler no livro. Tento recitar de acordo com as minhas recordações. E me sinto bem por não errar nenhum verso se quer. Decido continuar. Muito confiante.

Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos
Sentindo-me louco de desejo
Queria recitar versos
Cantar aos quatros ventos

Pauso. Respiro forte. Recuperando o folego.

Estou me saindo muito bem, por enquanto.

Ainda de olhos fechados, como se isso pudesse facilitar pra mim.

A brisa da manhã agita o meu cabelo e as poucas arvores em volta, pelo jardim. Decido continuar o poema, mas de repente, sinto um bloqueio. Como se eu não conseguisse me recordar dos últimos versos.

As palavras que brotam
Você é a inspiração
Minha motivação
Queria falar dos sonhos
Dizer os meus secretos desejos
Que é largar tudo
Para viver com você
Este inconfesso desejo

Abro meus olhos de repente, surpreso, pois essa voz não é minha. Não fui quem recitei esses últimos versos. Clarissa quem finalizou o poema, aparecendo assim, de surpresa. Diante dos meus olhos.

― Desculpe. Não foi a minha intensão atrapalhar. – ela balançou os ombros, levemente constrangida. Eu adoro a tonalidade das bochechas dela quando está com vergonha.

― Não, tudo bem. Eu não estava mesmo conseguindo finalizar. Eu acabei esquecendo a última parte. Isso é frustrante! – eu ri. E por incrível que pareça, ela também. ― Senta aí.

Faz alguns dias em que não nos falamos, desde o ocorrido com o Diego, na pracinha no centro da cidade. Mas não deixo de observa-la mesmo de longe, satisfeito, pois o Diego não voltou a se aproximar dela. Na verdade ele mal tem aparecido no colégio desde então. Seria um alivio saber que ele resolveu se mudar pra bem longe daqui, mas isso seria pouco provável. Talvez ele só esteja com medo.

Ela se abaixou, sentando-se ao meu lado, apoiando as costas na pequena arvore atrás de nós.

― Como você está? – perguntei, percebendo que ela parecia nostálgica. Um pouco distante. Ou simplesmente entediada.

― Estou bem. – ela deu um breve sorriso, olhando pra mim por uma fração de segundos. Depois desviou o olhar, achando o céu azul sem nuvens bem mais interessante. ― E você?

― Bem, também. – dei de ombros, tentando acompanhar a direção do olhar dela. ― Estou ansioso pra férias! Nunca pensei que fosse dizer isso, mas, o colégio está me cansando. É tudo tão igual.

― É, você tem razão. Nada muda. É sempre a mesma coisa. – pelo menos nós dois concordamos nisso. ― Você vai viajar? Nas férias.

― Bom, por enquanto não tenho nenhum plano. Só quero ficar com a minha filha por mais tempo, sabe? Sem ter que ficar esperando de quinze e quinze dias para estar com ela.

Ela assentiu, concordando.

― E você, vai viajar?

― Eu também não sei ainda.

Ficamos em silêncio por quase um minuto.

― Eu não vim até aqui só pra te ajudar a finalizar o poema – ela quebrou o silêncio, me olhando de verdade dessa vez. ― Eu queria me desculpar... Por tudo. – ela endireitou a postura, parecendo bem desconfortável. ― Desde o início você sempre foi tão bom comigo, sempre estando ali pra me ajudar, tentando ser meu amigo, me animar, me distrair. Já eu, por outro lado, sempre te tratando com ignorância e grosserias, sendo rude, cabeça dura. Fazia de tudo pra te afastar como se você fosse capaz de me ferir. Eu não quis te entender, apesar de desejar que você me entendesse. Eu fui fria, muitas vezes sarcásticas, mal agradecida e me recusei a te ouvir quando você só queria o meu bem. Bom, praticamente eu não fui justa com você. E eu só queria que você soubesse que eu não queria que tivesse sido assim, eu não queria ter que complicar tanto. Eu sempre venho com a desculpa de que eu tenho meus próprios motivos para ser assim, mas nem sempre isso justifica esse meu mal jeito. Então, me desculpa, Bernardo. Me desculpa por te fazer tão mal, me desculpa por ser tão complicada e imperfeita, me desculpa por ser patética, me desculpa por fazer você se sentir mal, como se não fosse suficiente. A verdade é que você é a melhor pessoa que já conheci e só merece o melhor. Eu não deveria ter feito você perder tanto tempo da sua vida se preocupando comigo.

― Eu não entendo – sorri. ― Porque tudo isso agora?

― Porque? – ela pareceu surpresa com a minha pergunta. Acho que não era bem isso que ela esperava. ― Porque eu andei pensando e, só quero recomeçar. Quero fazer diferente agora. Não sei se é tarde demais pra isso, mas, eu quero tentar ser melhor sem ter que usar minha armadura todo o tempo. Você me faz bem e quando as pessoas te fazem bem você não deve afasta-las, e sim o contrário, deve se unir a elas.

Alguma coisa deve ter acontecido pra ela querer mudar justamente agora. Não que eu a julgue por isso. Não é da minha conta seus próprios motivos, não se ela não quiser me contar. Tudo tem seu tempo. Nunca é tarde demais para tentar ser melhor.

E sem dúvida alguma, ouvi-la se abrir pra mim, mesmo sem a coragem de me olhar diretamente, falando o tempo todo cutucando as unhas curtas da mão, eu fico muito feliz em saber que ela reconhece muitas coisas que eu só fiz pelo bem dela, todo esse tempo, estando por perto ou não, era no bem estar dela que eu sempre pensava em primeiro lugar. Porque todo o tempo eu só quero protege-la. Sinto que essa é a minha maior obrigação: protege-la de todo o mal.

― E ai, o que você me diz?

― Eu nem sei por onde começar. – digo, o sorriso se abrindo cada vez mais. Toda aquela tristeza em volta de mim que eu sentia ao dormir e acordar evaporou em questão de segundos e uma nova esperança passou a brotar dentro de mim. ― Que tal um abraço?

Ela assentiu, sorridente. E eu me aproximei, envolvendo-a com meus braços, puxando-a para mim. Sentindo seu corpo frágil e pequeno dentro do meu. O perfume do seus cabelos em meu nariz. A maciez da sua pele roçando na minha. Um sorriso bobo congelado no meu rosto.

― Antes de mais nada eu queria te fazer uma pergunta.

― Pode perguntar, sem problemas. – voltei ao meu lugar.

― Você e aquela garota ainda estão... Juntos?

― O quê? Não! Não mais. – eu ri. Então era isso. ― Mas porque a pergunta?

― Bem, não é nada. – ela desviou o olhar, retirando um cacho solto da frente dos olhos. ― Eu só não queria problemas, caso ela fosse uma namorada muito ciumenta.

― Tem certeza que é só por isso? – eu sorria de maneira desafiadora. Ela me olhou feio, com uma meia careta.

― Tá querendo insinuar o que, Bernardo? Eu não estou com ciúmes de você. Não se iluda!

Ela fez menção de que iria se levantar e ir embora, mas eu a impedi antes daquilo acontecer. Ainda sem conseguir deixar de sorrir.

― Não. Espera. Não foi isso que eu quis dizer. – brinquei, puxando-a pelo braço. ― Não vai. Fica aqui. Vamos conversar. Eu pensei que você quisesse recomeçar... Sem brigas dessa vez.

Ela revirou os olhos, fingindo-se de irritada. Mas não durou muito e ela logo voltou a sorrir, aparentemente melhor, soltando um risinho divertido. Voltando ao seu estado normal.

Na sexta-feira depois da aula, enquanto voltávamos pra casa, Marina me colocou contra a parede.

― Não vai me dizer porque tá tão felizinho, assim, de ontem pra hoje? – ela perguntou, com um sorriso torto. Sempre tão esperta.

― Não sei se devo. Talvez seja precipitado. – me fiz de bobo, apresando o passo. Marina correu para me acompanhar.

― Não precisa esconder. Eu já sei! Você e a Clarissa resolveram se entender finalmente. Acertei?

― Acho que sim. – sorri pra ela, ela sorriu de volta. Daquele jeito único que só os amigos fazem um com o outro.

― Isso quer dizer que...? – ela continuou, insistente. Marina tocaria no assunto até que eu finalmente dissesse tudo que ela queria ouvir.

― Isso não quer dizer nada, Mari. Não ainda. Pode ser que sejamos só amigos, mesmo agora que os dois estão desimpedidos. Pode ser que as coisas finalmente avancem. Eu não sei dizer. Eu não sei o que ela quer. O que eu sei é que quero muito ficar com ela de qualquer jeito. Mas não sei se ela quer o mesmo.

Definitivamente eu nunca saberia dizer o que a Clarissa realmente quer. Um dia ela está toda brava, toda grossa, dando patadas, te olha daquela maneira fria, com desprezo. No outro dia ela parece bem melhor, quase normal, até sorri, te cumprimenta e senta perto pra conversar. Outras vezes ela parece realmente bem, mas ai acontece alguma coisinha e ela muda em questão de segundos radicalmente.

Não dá pra defini-la. Ela é uma caixinha de surpresa.

No sábado vou cedinho buscar a minha filha para poder passar mais tempo com ela. Mas ao contrário de todas as últimas vezes, nem a Lorena nem sua mãe estão em casa. Mas a porta está aberta. Talvez estejam todos lá em cima, no quarto, se despedindo da Liz. Quando chego lá vejo que estou completamente enganado.

Rafael é o único presente em toda a casa, sentado na ponta da cama da Lorena, Liz está deitada de barriguinha pra cima, segurando o dedão dele e sorrindo. A cena que acabo de ver me dar uma certa tristeza e uma mistura de raiva. Tristeza por saber que um garoto que eu praticamente detesto está cada vez mais próximo da minha filha, até mais que eu. E raiva por ser ele ali, e não eu. Raiva por ele está tão perto dela, tentando tomar o meu lugar em todos os sentidos.

― Olha, seu papai chegou princesinha. – Rafael abre aquele sorriso debochado, que eu desprezo.

Me aproximei deles e peguei a Liz no braço, dando-lhe um beijo apertado na bochecha gorducha. Ela solta uma risadinha adorável.

― Nós já estamos de saída. – pego a bolsa cor-de-rosa dela, sobre a cadeira da escrivaninha da Lorena.

― Antes eu queria te falar uma coisa, Bernardo. – viro-me pra ele, suspirando forte para não estourar ali, diante da minha filha. ― Eu não sei se você sabe ou se já notou, mas eu e a Lorena estamos cada vez mais envolvidos. Sinto que ela é a mulher da minha vida. E pensando nisso, ultimamente tenho tentado chegar a uma conclusão: eu quero ter uma vida ao lado dela. Bem longe daqui. E isso inclui a Liz, já que a Lorena é a mãe. Por tanto, aproveita o tempo com a sua filha ao máximo possível. Podem ser seus os últimos momentos com ela.

Cerrei os punhos e mordi o lábio com tanta força que pude sentir o gostinho de sangue na boca.

Aquele garoto deve ter o que... Dezoito anos? Dezenove? Não sei. E age como se já fosse um homem com uma vida toda já bem estruturada, com carro na garagem, casa própria com piscina e cachorros, um bom emprego e estabilidade.

Ele sabe me provocar com poucas palavras.

Ele deve está delirando. Tudo só pra me tirar do sério. A Lorena não seria louca de ir embora da cidade, onde ela nasceu, cresceu, fez amigos, construiu historias, criou laços. Aqui é onde está toda a sua família, suas raízes, amigos. É onde ela ainda estuda, mesmo estando no último ano. Lorena não tiraria a Liz de mim por nada no mundo. Não por um garoto estupido como esse Rafael.

Ela ainda gosta de mim. E eu dela. Não é da mesma maneira como quando nos conhecemos ou como quando namorávamos. Mas eu a conheço bem o suficiente para saber que ela jamais faria algo assim.

Não comigo. Ela não pode. A Liz não é minha e nem dela. A Liz é nossa. Nossa filha. Isso seria o fim do mundo pra mim.

― Obrigado pela dica. – tento sorrir, já bem mais calmo. É só olhar pra criaturinha em meus braços para raiva ir embora. Ninguém vai tirar ela de mim. ― Posso te dar um conselho também?

Ele assentiu, me observando.

― Não perca o seu tempo tentando me detonar. Você não vai tomar o meu lugar. Eu não sou o garotinho frágil que você acredita que eu seja. Sem dúvida, sou muito mais homem que você. E pela minha felicidade eu sou capaz de qualquer coisa. – virei as costas, em direção a saída. ― Espero que estejamos entendidos.

E saí. Com a Liz em meus braços.

― Cara, tu tá muito estranho. Pensei que as pazes com a Clarissa tivessem lhe feito bem. Mas pelo visto me enganei. O que aconteceu? Vocês brigaram de novo, é isso?

Miguel me despertou dos meus devaneios.

Por um momento esqueci-me de tudo que estava fazendo para repassar na minha mente as coisas que o Rafael me disse. Cada palavra era como um tiro no meu coração. Eu estava com medo, com medo de que aquilo tudo fosse verdade. E se ele acabasse convencendo a Lorena a partir com ele levando a Liz? Eu estaria arruinado. Já não conseguia imaginar a minha vida sem a minha princesinha.

― Você vai chorar? – Eduardo me olhou com os olhos arregalados, estreitando os olhos na direção no meu rosto. ― Cara, ele tá mesmo muito mal. – disse ele ao Miguel.

― Quer saber de uma coisa? – Miguel se levantou da minha cama, no quarto-porão. Havia acabado de deixar a Liz em casa e agora estava com eles jogando videogame. Ou tentando jogar. ― Eu vou chamar a Mari. Ela vai saber o que fazer. Não vou conseguir te ver chorar.

A Mari estava lá em cima, ajudando a minha mãe com o jantar enquanto meu pai estava lá em cima, em seu quarto, lendo alguns artigos do colégio. O Gustavo não veio essa noite, pois ficou de sair com os pais dele. Não sei pra onde, não sei pra que.

A Mari desceu correndo. O Miguel e o Edu largaram os controles para nos deixar a sós. Ela sentou na minha frente, tocando meu braço e me olhando daquela maneira piedosa. Depois, ela se inclinou para me dar um abraço, e foi então que eu desabei, comecei a chorar feito uma criança.


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Notas finais do capítulo

Olha só tenho uma GRANDE novidade (ou nem tanta assim) vou parar de promessas, dizendo que logo logo as coisas vão melhorar... E dessa vez vou agir. No próximo capítulo algo bom vai acontecer. Ufa, finalmente, não é mesmo? Agora é só aguardar. Comentem!



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