Quando Tudo Aconteceu escrita por Mi Freire


Capítulo 12
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho, acabou de ser feito. Estou tendo umas ideias e para a próxima semana (na próxima semana dentro do contexto) vou preparar algumas surpresas para esquentar as coisas.



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É quinta-feira. Meu primeiro dia como colaborador no Sarau do colégio. O que me faz lembrar do pedido que fiz a Clarissa no Clube na terça-feira. Desde então pouco nos falamos, apenas nos cumprimentamos de longe. Apesar da minha vontade de estar todo o tempo o mais perto possível dela. Mas não quero forças as coisas, não quero que esse encanto se desfaça por um ato mal pensado. Por enquanto, prefiro manter certa distância, quero, preciso e desejo, que ela confie em mim ao ponto de se sentir confortável com a minha presença, com a minha amizade, junto dos meus amigos.

Aquela tarde, na terça-feira no Clube, foi um dos nossos momentos mais especiais. Eu não esperava que ela fosse aparecer, mesmo depois da Mari ter me garantindo que ela tentaria. Quando eu a vi, fiquei completamente surpreso, mas não deixei isso transparecer. Pois se tem uma coisa que eu venho percebendo na Clarissa, é que ela se incomoda facialmente com certas coisas. Então, eu agi naturalmente, mas ainda assim, muito empolgada com a aparição dela.

Tentei não ficar olhando para ela todo o tempo, mesmo que isso seja praticamente impossível, perto dela, meu corpo inteiro parece ganhar vida própria. E se tem uma coisa que eu não consigo parar de pensar... Foi quando, por brincadeira, sem maldade, na tentativa de fazer com que ela se soltasse mais, eu a empurrei na piscina, preparado para salva-la caso ela não soubesse nadar (eu ainda não sabia) ou preparado para levar um tapa, caso ela não tivesse gostado.

Senti que exagerei naquele momento, com ela eu sempre preciso tomar muito cuidado ao agir e ao dizer alguma coisa, mas quando ela sorriu pra mim após ter se recuperado do pequeno susto, quase como quem está agradecida, eu não me importei com mais nada. Só queria admirar a sua beleza tão natural. Os cachos dourados molhados em um tom mais escuro e mais lisos emoldurado o rosto; os cílios escuros que ficaram ainda mais longos depois de molhados; a regata azul claro (que combina perfeitamente com o tom pálido da sua pele) grudando no corpo molhado e a incógnita do meio sorriso. Que não é um sorriso completamente.

A maior parte do tempo, fiquei apenas preocupado, na tentativa, de que ela se sentisse bem e a vontade diante de nós. Assim, eu tentava puxar assunto, fazer alguma brincadeirinha, contar alguma piadinha, mas sempre, de um jeito moderado, para não irrita-la ou assusta-la. Em uma das nossas conversas, depois de ter nos divertindo na piscina como se o resto do mundo não estivesse, apenas nós dois ali, pertinho um do outro entre risos, eu resolvi tocar no assunto, sobre o Sarau. Ela se mostrou bem interessada. Então eu fiz uma proposta: Porque você também não participa da organização? Eu perguntei a ela. Isso, por dois motivos: primeiro que, por mais que ela fale pouco a respeito de si mesma, percebo que temos gostos bem parecidos. Depois que, quanto mais oportunidades tivéssemos de passar mais tempo juntos, melhor seria para mim. Ou para nós dois. Uma maneira de aproveitar o pouco tempo.

Ela disse que pensaria a respeito, e falaria com o pai.

Durante o intervalo, fui convocado para uma reunião rápida, por um dos organizadores do evento do terceiro ano, onde discutiríamos a respeito do Sarau. Minha mãe estava lá, no auditório do colégio, entregando a uns doze alunos, em média, as autorizações para quem tivesse interesse em ficar, para participar da organização, durante o período da tarde, depois da aula. Mas como eu sou o filho dela, eu não precisaria de um autorização escrita, eu já estava dentro. E poderia começar agora mesmo caso fosse necessário.

Assim que todos estivessem com suas respectivas autorização em mãos para trazer no dia seguinte a reunião daria início. Fiquei esperando, na primeira fileira, lá na frente. Quando de repente, meus olhos foram cobertos por duas mãos, pequenas e macias. A primeira pessoa que me vem à mente é a Marina. Mas não poderia ser ela, já que ela não se mostrou nenhum pouco interessada no Sarau, pois estava sempre mais preocupada com o Gustavo e suas invenções. Pensei também na Lorena ou na Brenda, mas elas fazem aula de dança durante toda a tarde, e não teriam tempo para participar.

Fiquei com receio de arriscar qualquer outro nome, das garotas que eu conheço pelo colégio, pois, não tinha certeza de quem era, e essa pessoa poderia ficar magoada. Assim, permaneci calado, e esperei essa tal pessoa se dar por vencida. E funcionou, porque sempre funciona. E eu fiquei muito impressionado quando vejo a minha frente a Clarissa com uma expressão de decepcionada, mas que não dura nem dois segundos, até ela se sentar ao meu lado, sorrindo de verdade.

― Oi. – ela está olhando pra mim.

― Oi. – meu sorriso deve estar patético, só por vê-la.

Como ela chegou “atrasada” a reunião e a minha mãe, que está entregando as autorizações, só a ver depois, Clarissa é uma da ultimas a receber a autorização. Que agradece, simpaticamente. Nem parece a mesma pessoa de algum tempo atrás, carrancuda, assustadora, ignorante e mal-humorada. Me pergunto, o que foi que mudou e quando foi que mudou.

― Estou ansiosa para começar, mal posso esperar.

Passo o resto do meu dia desejando que sexta-feira chegue depressa e eu possa voltar a reencontra-la no colégio. Já que é o único lugar que eu tenho a certeza de que ela estará lá. Mas enquanto isso não acontece, eu volto a me dedicar a minha rotina, a minha vida. Tem prova de português na semana seguinte e eu já estou começando a estudar.

Já na sexta-feira de manhã, após a cinco aulas, a outro encontro no auditório para a entrega das autorizações daqueles que os responsáveis permitiram a participação. Pego minha mochila, jogo nas costas, me despeço dos meus amigos, e corro até o auditório. Na expectativa de encontrar a Clarissa por lá. Quase não consigo disfarçar o meu sorriso quando vejo que ela é uma das primeira a entregar sua própria autorização. Vou até lá na frente, passando pelos outros, quando acidentalmente ela se vira pra trás quando eu estava chegando perto dela. Quase batemos de cara um no outro. Com o susto e a surpresa, automaticamente, seguro-a pela cintura.

― Opa. – ela ri. ― Bom ter ver aqui, Bernardo.

Sorrio, meio bobo, sem conseguir dizer muito. Solto-a.

― Atenção, por favor, sentem-se todos. – um outro professor, alto e com um bigode, o qual eu desconheço, está com um microfone em mãos próximo a bancada, onde minha mãe está sentada com outros três professores. Todos nós nos sentamos e ele começa suas primeiras orientações.

Em seguida, minha mãe toma a frente com o microfone e discuti conosco os planos para o Sarau daquele ano. Depois, outra professora, baixinha e cabelos pretos muito curtos, faz sugestões, dá ideias e faz propostas. E por fim, no final, eles dão espaço para quem tiver interesse a acrescentar alguma coisa ou fazer perguntas.

Minha mãe, que é sempre ágil, adora participar dessas coisas do colégio e tem mais facilidade em se comunicar com os alunos, nos divide em grupos, pequenos grupos, para a divisão dos trabalhos.

Minha mãe e eu somos bastante amigos, a nossa relação de mãe e filho é muito agradável e muito melhor que muitos pais e filhos por ai. Isso desde que eu era bem pequeno e só foi se intensificando com o tempo, por isso, não temos problema algum em conversar sobre tudo. E mesmo que eu não tenha dito diretamente por não ter certeza dos meus sentimentos, isso pra quase ninguém, incluindo meus amigos, fora a Mari que percebe muitas coisas sozinha, eu não falei nada pra ela sobre minha paixonite pela Clarissa. Mas as vezes eu desconfio que ela perceba, talvez pela maneira como eu olho pra Clarissa, como eu ajo quando estamos próximos ou pelas tantas perguntas que eu faça a minha mãe sobre a Clarissa como aluna. Ou por ser minha mãe e já me conhecer o suficiente, por isso, ela nos coloca no mesmo grupo, o que é um alivio, já que era exatamente isso que eu tinha em mente e também porque a Clarissa não tem outros amigos.

O grupo sou eu, Clarissa e Diego. Diego é um garoto também do segundo ano, porém de outra turma. Eu não o conheço exatamente, mas já o vi muitas vezes. Mas essa é uma grande oportunidade para nos conhecemos melhor. Ele é mais ou menos da minha altura, talvez alguns centímetros maior e um pouco mais forte, deve praticar alguma esporte ou atividade física. É branco, o cabelo curto castanho escuro com um topete de galã e os olhos cor de amêndoa.

Nós ficaremos encarregados das poesias. Acho até que minha mãe fez de propósito. Ela sabe o quanto eu gosto dessas coisas. Sentamos os três no pátio, ao ar livre, já que faz muito calor, e começamos pouco a pouco, a discutir exatamente o que faremos. Cada um deu uma ideia, fez alguma sugestão e por fim, chegamos a uma conclusão: na segunda-feira começaríamos a divulgar pelo colégio e descobrir qual dos muitos alunos estariam interessados a recitar poemas, poesias, versos, sonetos, textinhos, historias, enfim; diante de todos no dia do oficial do evento. Sei que poucos têm coragem pra isso, mas sei também, que sempre haverá aqueles mais corajosos e mais ousados e quando se tem talento pra determinada coisa não há muito o que temer.

Levamos a proposta ao professores-organizadores e eles ficaram de acordo. Acabamos terminando muito antes do tempo. E sem muito o que fazer, poderíamos voltar pra casa e aproveitar nossas vidas e retomar na segunda-feira. Mas não era exatamente aquilo que eu queria. Não agora, que eu estava tão perto da Clarissa e me dando tão bem com ela. Diego se despediu, pegando sua mochila para ir embora, eram duas e meia da tarde. Fui caminhando com a Clarissa até a saída, calados, lado a lado, mas eu sentia uma estranha sensação de que ainda poderia fazer alguma coisa para salvar o dia, o momento, antes que fosse tarde demais.

― Você tem hora pra voltar pra casa? – perguntei a ela, quando paramos de frente ao prédio do colégio, no meio da calçado, logo após o porteiro, ter aberto o portão para sairmos.

― Hum... – ela olhou as horas do visor do celular. Tão bonita, com os cachos presos em um coque mal feito com alguns fios se soltando pela lateral. Clarissa está usando uma short jeans não muito curto, sapatilhas cor-de-rosa e a camiseta branca da escola. A mochila de bichinhos, toda colorida, pende em seu ombro. ― Na verdade, não.

Suspiro aliviado.

― Não quer comer alguma coisa? Eu estou faminto! Pensei que irmos até o centro e comer no Dukes. Você aceita?

Ela aceita, com um aceno.

O centro não é muito distante do colégio, e vamos caminhando calados, mesmo de baixo do sol escaldante.

O Dukes, apesar de ser sexta-feira, não está muito cheio naquela tarde. Sigo até uma mesa mais reservada, no fundo, perto da janelas, imaginando que a Clarissa prefira assim, sei que ela é mais reservada, já eu normalmente, com meus amigos, sentaria em uma mesa mais exposta, perto das pessoas. Mas eu só quero fazer o que fosse melhor pra ela. Ao meu lado, só quero que ela se sinta... Confortável.

Sentamos em um pequena mesa quadrada de madeira um de frente para o outro. Ali dentro, do estabelecimento, está fresco com o auxílio dos ventiladores, um de cada lado, girando no alto. Há dois cardápios, um para mim e outro para ela. Eu já sei o que pedir, faço um aceno e uma garçonete muito jovem, e muito conhecida, chamada Ana Júlia, se aproxima com sua caderneta de anotações.

― Um X-Bacon e um suco de laranja, por favor.

Ela anota, sorridente, depois, volta-se para a Clarissa.

― Eu quero um pão de queijo e uma Coca-Cola.

Ana Júlia se vai, deixando-nos a sós.

― Além de pão de queijo, Coca-Cola e escrever na sua caderneta, do que mais você gosta? – pergunto, olhando pra ela.

― Gosto do meu gato, da minha irmã, dos meus livros, das minhas músicas, do meu quarto, da minha paz, gosto de flores, gosto do céu, das nuvens, da grama, o sol no fim da tarde refletindo na água, passando entre as folhas de uma arvore e entrando pela janela do meu quarto. – entendi, basicamente ela gosta da simplicidade. Da natureza ou de coisas que passam despercebidas por muitos. ― E você, do que gosta?

― Da minha filha, da minha família, dos meus amigos, da minha casa, das palavras, gosto de diversão, gosto de comer, dos meus jogos, das minhas caminhadas, gosto de refletir, de imaginar, gosto das estrelas, do som do riso, gosto de conhecer pessoas, fazer amizades, gosto de admirar as pessoas e enxergar o melhor delas.

Nos olhares se sustentam um no outro por um momento até o encanto se interrompido com a garçonete com nossos pedidos.

Agradeço, antes de começar a comer, bem devagar.

Vez em outra, enquanto mastigava, eu me pegava olhando pra Clarissa, toda cuidadosa, mordendo seu pão de queijo e tomando sua Coca-Cola. Eu tinha tantas perguntas para fazer a ela e ao mesmo tempo me via sem coragem. Não queria que aquele momento se perdesse e de repente, ela voltasse a me tratar secamente como antes. Eu estava começando a gostar desse novo lado dela que muitas vezes eu cheguei a duvidar se existiria.

― Esse final de semana, você vai ficar com a sua filha?

― Ah, não. Só no próximo agora.

Ela assente como quem concorda, mas não tem nada a acrescentar. Fico feliz que ela tenha tentado puxar conversa, afinal, já estamos terminando de comer. E o que vem depois, eu não sei dizer.

― E você, tem planos para esse final de semana?

― Não.... Por enquanto, nenhum. – ela limpa a boca com o guardanapo. ― É sempre uma surpresa.

Inesperadamente ela se levanta, fico observando.

― Eu vou ao banheiro antes de irmos.

Aproveito o momento para pagar a conta. E espero por ela no balcão, perto da saída. Acho que ficou bem claro que ela quer ir embora.

― Quanto que deu? – ela se aproxima com a carteira aberta em mãos, me olhando, esperando pela resposta.

― A conta? – dou um meio sorriso. ― Não precisar pagar. Eu te convidei para vir aqui, me vi no dever de pagar.

Ela revira os olhos de uma forma engraçada, e depois ri. Saímos do Dukes e voltamos para debaixo do sol forte.

― Já quer ir embora? – resolvo perguntar, já sentindo um aperto.

― Eu preciso ir. – ela força um sorriso, parece desapontada.

Acompanho-a até onde ela permita que eu vá. Desde a última vez em que levei ela e Isabel para casa, percebi que quando chegávamos perto da casa delas, onde sei exatamente onde é, Clarissa parou no caminho e disse que estava bom ali. Não protestei. Não teria nenhum problema, pra mim, ir até o fim já que tínhamos chegado tão longe. Mas bastou olhar nos olhos dela pra eu perceber que havia um porquê. Talvez ela fosse daquele tipo de filha que tem medo da reprovação do pai.

― Obrigada pelo lanche. – diferente do eu esperava, ela permitiu que eu a acompanhasse até a frente da sua casa. Uma grande casa com um estilo mais moderno, fachada branca, grandes e largas janelas de vidro. E portas altas de madeira.

― Não foi nada. – digo timidamente, meio incerto se devo ou não dar-lhe um beijo no rosto em forma de despedida. E antes que eu me decida, ela mesma toma a iniciativa. Confesso que gosto disso, apesar de não ser a primeira vez.

― Então, até segunda-feira. – com um último sorriso ela se vai, e eu mal posso esperar pra segunda-feira chegar e começamos tudo de novo, só que quem sabe, de uma forma diferente.

Em casa, minha mãe já está adiantando o jantar, pois irá sair com meu pai a noite. Uma espécie de encontro romântico a dois. Acho bonito, meu pais, estarem casados a quase vinte anos e ainda assim, tentarem dia após dia manter a chama acessa.

― Bernardo, você e Clarissa estão.... Estão namorando? – me surpreendo com a pergunta repentina da minha mãe. Eu só estava bebendo um copo de água gelada quando ela resolve perguntar.

― Não, mãe. – sorrio, sem graça. ― Não estamos namorando. Eu só, meio que, gosto dela. Mas é difícil acreditar que algum dia será algo mais que isso. Eu não sei o que ela sente por mim. Pode ser que seja nada, apesar de eu querer muito que fosse alguma coisa.

― Filho – minha mãe se aproxima, tocando meu braço de maneira carinhosa. E me olhando com aqueles olhos azuis. ― eu não posso te garantir nada. Eu só te peço que tome cuidado. Eu não sei nada sobre essa garota e poucas pessoas saberiam dizer. Não que eu não ache que ela seja uma boa menina... O problema é o pai dela. Digamos que ele seja um pouco assustador. E eu não quero problemas, Bernardo. Eu vejo a forma como você olha pra ela, como você fala sobre ela, como fica perto dela. É evidente que você esteja apaixonado. Mas que essa não é a primeira e talvez nem seja a última. Então, por favor, meu filho, não crie muitas expectativas. Pode ser tudo, mas também poder nada. Pense na sua filha, pense no seu futuro. Lembra que o foco era “não há espaço para mais nada na minha vida além da minha filha”?

Se eu lembro? Claro que lembro. Assim que a Liz nasceu foi esse pensamento que eu tentei manter em foco. Nada parecia mais importante além das minhas preocupações por ela. E é verdade, até hoje, com ela com quase quatro meses de vida. Mas o que há entre mim e a Clarissa (mesmo que visivelmente não seja nada) foi algo que aconteceu sem que eu esperasse por isso. Eu não queria, mas não pude evitar. Ela tem tudo pra manter as pessoas o mais longe possível dela, mas quanto mais a tentativa dela é essa, mas eu quero estar por perto. É quase uma necessidade. E se eu pudesse controlar, desde o início, optaria por não sentir. Não continuar com a dúvida, a incerteza ou o pé a trás quando se trata dela. Mas quem é que pode controlar os próprios sentimentos?

― Obrigado, mãe. – pego sua mão para segurar. ― Eu sei que você se importa e se preocupa. Mas, não é como se eu pudesse escolher. Ela tem algo que me conecta a ela mesmo quando não é essa a intensão. E eu, apesar de tudo, estou gostando de tudo isso. É tudo muito novo pra mim, eu nunca senti isso antes. E mesmo que seja arriscado, não é como se eu não gostasse de viver coisas novas. Eu gosto. Eu quero. Quero ir até o fim e ver onde isso vai dar. Mesmo que não seja em nada. Se for pra me decepcionar, eu me decepcionarei. Mas por fim vou me lembrar que pelo mesmo tentei.


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Notas finais do capítulo

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