Okay? Okay. escrita por AgathadeLima


Capítulo 6
Eu mato meus pais de medo


Notas iniciais do capítulo

ENGANEI O BOBO, NA CASCA DO OVO (8x). rá! Eu disse no título do capítulo que ia ter parte 2, mas N TEEEEEEMMMMMM! #soyleza #masserleza #étddebom Bem, boa leitura, e estejam prontos para o suspense! E o que significa o *****? Só no próximo cap. kkkkkkkkk



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Pov. Hazel

O dia é amanhã. O dia em que posso me livrar para sempre desse câncer infeliz... ou posso morrer. Mas as pessoas á minha volta não sabem. Fingi que fiquei com a opção 2 das duas opções de Augustus (Fugir para a cirurgia ou entrar em depressão), e além de comer menos que o normal, só usava roupas pretas/muito escuras e fiquei o mais dark possível.

Impossível de me imaginar assim? Não mais. Bem, para o resto do mundo, agora eu era uma garota com câncer E gótica, além de depressiva. Minha mãe começou a (de novo) me mandar para o Grupo de Apoio, o que deixei, porque me fazia parecer ainda mais depressiva e eu poderia escapar de lá. Acho que foi isso que minha mãe pensou que eu faria, porque Augustus está indo também, e ele detesta as reuniões, principalmente agora que ele virou exemplo todo raio de reunião.

–Hazel, está me ouvindo? Eu disse que já é a sua vez. -Interrompeu meus pensamentos, Patrick.

–Ah, sim, desculpe. An, meu nome é Hazel, tenho dezesseis, quase dezessete e tenho metástase nos pulmões. -Disse, com a voz triste.

Olhei em volta e, do outro lado do círculo, Augustus me encarava, preocupado. Desviei o olhar e fingi dar uma de depressão de novo.

Quando finalmente acabou, pela primeira vez na minha vida, fiquei contando os minutos para a próxima reunião, amanhã, uma reunião extra que teria, mesmo uma hora antes da cirurgia.

*dia seguinte*

Acordei e já ficou óbvio que a segurança foi reforçada. Minha mãe já estava sentada na beira da minha cama, lendo alguma coisa, e eu tenho certeza que meu pai estava atrás da porta. Assim que minha mãe notou que tinha acordado, se levantou e começou a dizer:

–Oi filha! Quem bom que acordou!

–Esperava o quê? Que eu morresse durante o sono? -Eu juro que não queria magoar a mamãe, mas eu tinha de fazer o papel de depressiva, né? Mamãe fez uma cara feia e mostrou a língua para mim. Depois começou o discurso:

–Olha filha, acho que devemos falar sobre justamente, isso.

–Sobre o acaso de eu morrer durante o sono? -Interrompi.

–Não. Sobre seu comportamento nos últimos dias. Eu nem estou te reconhecendo mais. Augustus comentou isso comigo ontem também. Você está tão... estranha. Nem o Grupo de Apoio ajuda mais.

–O Grupo de Apoio nunca ajudou. Agora, eu estou gostando um pouquinho, mas antes... - A menção do Augustus me deixou irritada.

–É exatamente sobre isso que quero dizer! Essas suas respostas grosseiras, esse seu ódio por tudo, mal come e só usa preto! Só falta fazer uma tatuagem e colocar alargadores e você vira uma idiota emo!

–Sabe que é até uma boa ideia? E eu sei onde comprar os alargadores. O problema vai ser a tatuagem, sabe? Eu...

–MEU DEUS, HAZEL! Que impertinência, menina!

–Ô mãe, me deixa, tá? Olha, eu vou tomar banho. Quando você parar de encher meu saco, eu volto a falar com você.

E fui, emburrada, para o banheiro. Mas, assim que fechei a porta, comecei a chorar. Eu odeio fazer aquilo com a minha mãe, mas... eu tenho escolha se quiser fazer a cirurgia?

*cinco horas depois*

–Tchau, mãe. -Eu falei, saindo do carro.

Ela ficou em silêncio.

Fui e entrei no Grupo de Apoio. Olhei o relógio do celular: 30 minutos para a hora marcada. Tinha chegado muito atrasada com a briga com mamãe. Cheguei e passei direto do Coração Literal de Jesus para uma saída de emergência. Esperei 15 minutos antes de abrir a porta.

Abri, chamei um táxi (já tinha separado o dinheiro) e falei:

–Hospital Pediátrico.

Ele assentiu de forma afirmativa e ligou o motor. Comecei a ir para minha provável morte.

*15 minutos depois*

Entrei no Hospital Pediátrico sabendo que tinha exatas 1 hora e 30 minutos para meus pais descobrirem que eu não cheguei a me sentar em uma cadeira na roda do Grupo de Apoio. Olhei o relógio de novo e confirmei o que já sabia: tinha chegado na hora exata para a cirurgia, a hora em que chamaram meu nome.

Fui em direção ao doutor que me ajudou com tudo e explicou novamente a situação. Quando ele me perguntou onde estavam os meus pais, eu menti (DÃ):

–Ah, eles estão esperando fora do hospital. Estão nervosos, sabe?

O médico fez que sim, com cara de compreensão. E começou.


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Notas finais do capítulo

Ui, ela sobrevive? Fiquem sabendo de que talvez não...