Not so different, After all escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 81
There's Something In The Dark


Notas iniciais do capítulo

COMUNICADO IMPORTANTE: Podem ajeitar suas listinhas, podem ficar felizes, porque agora eu vou postar toda quinta-feira, sim!!!!!!!!!! Uhuuuuuuulll!!!!! (Exceto essa próxima quinta, porque eu vou estar viajando - mais alguém daqui vai para o Beach Park próxima semana? Me avisem, vamos nos encontrar!!! (vou ficar no hotel Wellness) - mas quinta a outra já vai ter cap novinho!!)

RIO DE TINTA ESTÁ TERMINANDO MESMO! Estou na página, rufem os tambores, TURUMTURUMTRUMRUMRURMURMRURMRUM 230! YES!!!

GENTE DO CÉU! Estou ansiosa demais, meu Deus!!

Outra coisa: Guardians Of The Keys ------> Leitura original muito boa gente, de uma leitora minha!!!! Vão lá dar uma olhadinha e quem sabe dar aquela viciada hehehehehehheeehh

Espero que gostem desse capítulo, eu particularmente acho que vocês vão adorar eheueuehueh



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***

"Tough Girl, in the fast lane, no time for love, no time for hate. No drama, no time for games. Tough girl, who soul aches." - Big Girls Cry, Sia.

***

Pov. Hiccup

2 A.M.

Algumas coisas simplesmente não conseguem voltar a ser como antes.

É como pegar um papel liso e amassar, não importa quantas vezes você tente consertar, jamais vai voltar a ser como era. Sempre vai sobrar algum amassado.

Penso nisso enquanto olho para a lua logo acima de nós.

Merida fazia um nó em uma corda fina de couro a cada segundo, para passar o tempo.

Percebo que seu nariz é fino e delicado, diferente de sua personalidade, percebo também que suas sardas conseguem aparecer mesmo à meia luz.

Seus cabelos encaracolados e selvagens cobriam seus ombros quase que por completo.

Ela percebe que estou encarando-a e sorri.

–Posso ajudar? - diz irônica e eu esboço um sorriso.

–Você é sempre assim?

–Não sei, você acha que eu sou?

–Você sempre responde uma pergunta com outra?

–Isso te irrita?

Levanto minha cabeça, olhando para o céu, reprimindo um riso e acabo ficando desse jeito por um tempo.

As nuvens são quase invisíveis de noite e o Banguela pegou no sono. Percebo as estrelas como se fossem enfeites pendurados em fios transparentes.

Percebo com a visão periférica o olhar dela percorrer meu pescoço até alcançar o meu queixo, parando ali.

–No que você está pensando? - ela enruga o cenho, observando-me enquanto abaixo a cabeça.

–Várias coisas ao mesmo tempo. Nada específico.

–Está pensando em Astrid? - seu tom é calmo, acolhedor, como se nada do que eu fosse falar deixasse-a nervosa, o que é bem engraçado, já que não foi bem essa a primeira impressão que tive dela.

–Eu deveria estar pensando, mas não estou agora.

–E no que você está pensando agora?

–Em você.

–Hiccup, você sabe que aquele nosso beijo foi... Errado, certo? Foi culpa da névoa.

–Claro. - era para soar normalmente, mas soou como se fosse ironia.

Será que havia algum fundo de verdade naquele beijo?

Pov Merida

E se eu tivesse que quebrar, seria agora.

Por que sinto-me desmoronando em algo engraçado, meio estranho, uma sensação de tremor interior, como uma luz intermitente que não decide se vai ou fica.

Sinto a ironia dele pegar-me de surpresa.

Será que havia algum fundo de verdade naquele beijo?

Será que a névoa foi apenas um empurrãozinho?

Oh, céus, eu estou tão ferrada, estou ferrada até demais.

Eu não sinto nada por ele, como eu poderia sentir? Ele tem Astrid, Astrid ama-o, e muito.

Não é como se eu o amasse mais que ela, porque eu nem sequer gosto dele.

Ou gosto? Não, não desse jeito.

Na verdade, bem lá no fundo, eu devo admitir, há duas partes de mim: A primeira parte sente uma aproximação grande com Jamie. A segunda parte sente uma aproximação grande com Hiccup.

Nenhuma das partes está certa.

Estou confusa, qual das duas aproximações é a verdadeira?

Droga, droga, droga.

Onde está aquela garota que morria mas não pensava em homem?

Onde está aquela garota valente?

Essa mesma garota valente agora está caindo em pedaços por garotos que ela nem deveria cogitar a ideia, para começo de conversa.

E o pior de tudo é eu estar pensando nisso enquanto meus pais estão lá, presos. É muito egoísmo meu, sinceramente.

Mas eu tenho poder de parar isso dentro de mim?

Eu tenho poder de, simplesmente, esquecer?

Junto minhas duas mãos, para tentar aquecer-me e olho-o. Seu rosto vira-se para olhar-me também.

Há um silêncio estranho entre nós antes de eu abrir a boca.

–O que houve entre você e Astrid? Digo, quando ela demonstrou ser a verdadeira Astrid. – Tá, eu sei, eu sei, estou extremamente intrometida hoje, mas preciso esclarecer algumas coisas, poxa. Não me olha assim!

–No começo, foi como se todas as borboletas possíveis e existentes tentassem sair pela minha boca e eu fiz o mais plausível para a situação, beijei-a. As borboletas só aumentaram de tamanho, e eu senti como se nada tivesse mudado entre a gente. Porém... – ele para.

–Porém? – incentivo.

–Quando a poeira baixou e começamos a conversar, foi como se ela ainda estivesse distante. – sua cabeça mal mexia enquanto ele falava. - Ela não me ouvia, apenas ficava olhando-me, e seu olhar parecia longe dali. Talvez eu estivesse imaginando coisas, não sei. Mas na fogueira, bem, ela ficou encarando o fogo, mesmo abraçada à mim, como se o fogo pudesse engoli-la se ela não tomasse o cuidado necessário. Parecia triste, tentei animá-la, mas ela ficou dizendo que precisava ir. Falou várias vezes isso, vi que Flynn levantou-se alguns minutos depois que Rapunzel saiu, e foi aí que Astrid levantou-se também, com um olhar alarmado e disse-me para ficar onde eu estava.

–Eles saíram da roda, eu também vi, mas estavam conversando tão alto sobre a barriga do Norte, e eu estava falando sobre achar o livro com Jamie que nem me toquei de levantar também.

–Eu sei. Mas de qualquer forma, eu não sei o que aconteceu depois, os quatro entraram naquela casa e nem do par ou ímpar participaram.

–Os quatro?

–É. Rapunzel, Flynn, Astrid e Jamie. – Não sei porquê, mas ouvir o nome de Jamie saindo da boca de Hiccup fez-me ter um pequeno puxão no coração.

–Estranho. – digo, franzindo o cenho. – Você acha que ela pode saber de algo que nós não sabemos?

–Com certeza. – a falta de hesitação em sua voz dá-me arrepios.

O que será que ela estaria escondendo?

Pov. Jamie

Eu não consigo dormir porque minha cabeça continua correndo.

E meu peito machuca, porque meu coração continua batendo descontroladamente.

E eu sou tão burro, não paro de me mexer. Não paro de tentar encontrar amor nas coisas, não paro de acreditar.

Será esse o meu problema? Acreditar demais?

Nós vamos todos cair, mesmo. E agora eu sinto-me como apenas mais um número.

Eu me sinto imaturo.

Levanto e fecho a cortina de pele, que eles chamam de porta, não quero que a dor entre, não.

Se você olhar de perto, o olho pode dizer mais do que você pensa. Um simples borrão pode se tornar algo. Uma luz virar uma sombra.

Quando estou nervoso, como estou agora, eu tenho essa coisa de pensar demais, de falar demais, eu literalmente não calo a boca.

É como se eu precisasse contar para alguém, qualquer um que vá escutar-me. E é aí que eu pareço ferrar com tudo.

Ando em círculos pelo quarto, já devem ser por volta das duas e meia da manhã. Todos devem estar dormindo. Apanho minha jaqueta e abro a porta do meu quarto, da maneira mais silenciosa possível. Encaro a sala, Rapunzel e Flynn estavam deitados no sofá de pele, abraçados. Algo em mim sorriu, enquanto eu atravessava a sala.

Porém a felicidade transformou-se em outra coisa, assim que passei pela porta da Astrid.

No começo, havia apenas uma grande lona de pele, e então havia algo manchando a lona.

E manchando a parede.

O cheiro era enjoativo e forte. No escuro, eu não conseguia distinguir cor alguma.

Coloco minha mão no lugar manchado da lona e enquanto meu olhar ajustava-se à pouca luz, percebo que minha mão cobria totalmente a mancha e, se eu escorregasse minha mão, daria exatamente o mesmo comprimento da mancha.

E é aí que meu olhar ajusta-se, e é aí que percebo que a mancha é a marca de uma mão, e a mão escorregou por toda a lona.

E então havia algo pregando em minha palma.

E então havia algo grudando em meus sapatos.

E foi aí que adentrei seu quarto.

***


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Notas finais do capítulo

EITA EITA EITA EITA EITA AI DEUS EU NÃO CANSO DE TRETA!!!!!!

Façam suas apostas!!!!!

Instagram: Analattaruli (vou avisar do livro aqui também, bem mais no insta que no twitter)

Beijos gelados e me avisem qualquer coisa sobre o Beach Park e pá!



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