Not so different, After all escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 80
I Was There For You


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO COMPLETAMENTE FLYNZEL!!!!!!!
ANTES DE LEREM:
PRECISO PERGUNTAR ALGO: Vocês preferem Mericcup ou Hiccstrid para essa fic? Pergunta importante, por favor respondam, essa é a hora!!!!!!! (coloquem o porquê de vocês quererem o casal que escolheram)
Ps: Desculpa pela demora exagerada, culpa minha sim!!!!! Eu espero que me perdoem e tenho uma PROPOSTA: Me indiquem um dia da semana (exceto sexta e sábado) para que eu poste toda vez nesse dia, sem falta, e se houver falta eu terei de dar aquela desculpa do século e postar dois capítulos, combinado? Com um dia para entregar eu consigo ser mais focada, até porque eu estou terminando Rio de tinta!!!!!!! Já estou na página 203!!!!!!!!! Faltam mais ou menos 50 páginas para eu terminar!!!!!!!!!!!!!!! Estou pirando!!! E eu sempre escrevo 20 folhas todo fds, por isso venho demorando na fic, me perdoem mais uma vez!!!!! Beijos gelados e lamento por tantos pontos de exclamação!!!!!



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"But I wonder where were you, when I was at my worst, down on my knees, and you said you had my back. So I wonder where were you, when all the roads you took came back to me, So I'm following the map that leads to you." Maps - Maroon 5 (cover by MAX and Alyson Stoner)

~•~

Pov Rapunzel

Eu pensei que seria mais forte, pensei que aguentaria sozinha o mundo afora.

Pensei que minha mãe estava errada sobre mim.

Mas aqui, deitada no chão do banheiro, com minhas mãos agarradas ao cilindro, percebo que posso encontrar algo com o qual eu não saberei lidar.

Está de noite e praticamente todos estão em suas respectivas casas cedidas por Hiccup.

Astrid deu-nos até amanhã, precisamos contar o mais rápido possível para todos sobre o espelho e o livro.

Jamie e Astrid ficaram nessa casa comigo. E Flynn.

Elsa está na casa ao lado, com Anna e Kristoff. Acho que com Olaf e Sven também, provavelmente.

Hiccup ficou de fazer guarda, junto de Merida, foi um par ou ímpar engraçado mesmo que para a situação.

Os guardiões ficaram na casa do outro lado da praça.

Percebo que Jack Frost está sumido.

Esvazio minha mente e respiro fundo, esquecendo qualquer outra coisa que não envolva o cilindro. Esquecendo os dragões, as pessoas e os lugares que já fui.

Toco com delicadeza o centro do cilindro e o mesmo ilumina-se todo em dourado, uma risada de criança emana dele e então tudo que vejo é um clarão, como um flash disparado na direção do meu olhar.

~•~

–Você não consegue me alcançar. - uma criancinha de cabelos castanhos ri, pendurada em uma árvore.

–Vamos, José, desça. - a garotinha implora, com os braços cruzados. - vamos brincar, por favor.

–Está bem princesa, você ganhou. Como sempre.

–Não me chame de princesa.

–Mas é o que você é. Princesa, filha do rei e da rainha daqui.

–Mas é que quando você me chama de princesa eu lembro que você não é um príncipe, e que vive escondido por causa disso.

–Você pensa muito para uma garotinha de seis anos.

–Você só tem oito anos!

–Tudo bem, tudo bem. De agora em diante você será loirinha, loirinha está bom para você?

–Está ótimo.

~•~

O garoto observa a garota, falta pouco para que os pais da menina venham vê-la. Ele sabe, porque já tem todos os horários sempre calculados.

Ela sorri, fechando na mão um pincel.

–É mágico. - ele dizia. - fará com que você nunca esqueça de mim. Fará todos os seus medos irem embora. Fará as sombras irem embora.

–E se eu o perder? - ela pergunta, esfregando o olho.

–Eu espero que não perca. - ele segura suas duas mãozinhas com suas próprias mãos pequenas.

–Mas e se eu perder? - ela repete a pergunta, preocupada.

–Promete que não me esquece, mesmo assim? - ele tem uma expressão de choro em seu rosto.

–Prometo. - ela sorri.

~•~

A garota acorda, no meio da noite, há uma sombra encarando-a e ela agarra-se ao pincel, fechando os olhos com a maior força possível.

Torna a abri-los.

A sombra estava ao lado de sua cama, com o dedo encostado na própria boca, pedindo silêncio.

Seus olhos brilham e seus cabelos são castanhos grisalhos. Outra sombra aparece, mas esta está do outro lado do quarto.

A garota faz menção de gritar, porém a sombra mais escura, a literalmente feita de escuridão, lança uma pequena quantidade de areia negra que adentra sua cabeça como um sonho bonito.

Mas não era um sonho.

A sombra de cabelo grisalho segura-a no colo e, como uma ilusão extremamente bem feita, some com a garotinha.

Deixando cair o pincel.

~•~

Quando a escuridão passa e eu encaro a madeira do banheiro, tudo o que eu quero é gritar.

Há lágrimas descendo meu rosto e há palavras rodando em minha mente.

Ela mentiu. Ela mentiu. Ela mentiu. Gothel não é minha mãe.

Ela me roubou. Com a ajuda de Pitch.

Tudo isso por causa do meu cabelo?

Droga, droga, droga, eu passei dezoito anos da minha vida trancafiada para satisfazer os desejos estéticos da Gothel.

Mas o que Pitch quer comigo?

E Flynn?

Flynn... José.

Ah, não.

Minha pulsação acelera, não consigo parar de chorar.

Espere, eu era uma princesa?

Meus pais ainda estarão bem? Estarão sequer vivos?

Lavo meu rosto, coloco o cilindro dentro da roupa e saio do banheiro.

Jamie estava tentando acender a lareira, perto de Astrid.

Flynn estava jogado no sofá, rindo de algo que Astrid falou.

Astrid está sentada no tapete, perto da lareira, que acaba de conseguir acender. Ela encara-me de cenho franzido assim que apareço.

Flynn vira sua cabeça na minha direção e também enruga sua testa.

–Você estava chorando? - Jamie pergunta, parado.

Estamos todos parados.

–Eu... - algumas lágrimas voltam a sair e os três correm para me segurar e me encaminhar até o sofá, fazendo com que eu sente.

–O que houve? - Astrid olha-me nos olhos. Uma mecha do seu cabelo atrapalha sua visão, mas ela parece não se importar.

–Eu vi o cilindro. - encaro diretamente Flynn, que abaixa a cabeça, olhando para o outro lado.

Astrid me vê olhando-o e dá um empurrãozinho em Jamie.

–Vamos deixar eles conversarem. - foi quase um sussurro, mas era bastante audível.

Eles saem, indo cada um para um quarto.

Eu ainda o estou encarando, e ele continua sem olhar-me, está encarando a lareira.

–O que você viu? - ele pergunta.

–Tudo.

–Tudo? - Afirmo com a cabeça. - então entende porquê eu não queria contar. - ele encara-me de volta.

Olhei para meus pés, ciente da minha vontade de simplesmente sumir.

–Eu era uma princesa.

–Você ainda é uma princesa.

–E você era um ajudante na cozinha, José. - meu queixo treme. - José é seu nome verdadeiro.

–Vamos poupar essa parte do José. - ele diz forçando um sorriso, parecia desconfortável. Claro que estaria desconfortável. - E eu provavelmente ainda seria um ajudante se não tivesse fugido da minha mãe, no castelo.

–Por que?

–Por que o que?

–Por que você fugiu?

–Para te encontrar. - suas palavras pegam-me de surpresa e sinto como se houvesse levado um tapa. - Ninguém acreditaria em um garoto de oito anos sobre sombra alguma. - ele suspira. - Mas eu perdi a mim mesmo no caminho, virando um ladrão que roubava coisas do seu castelo, esperando achar algo que ajudasse a te encontrar, ou que pelo menos me desse algum dinheiro. Eu sempre guardava um pouco do dinheiro para comprar uma das lanternas flutuantes. - Flynn dá de ombros.

–E o pincel? Era mesmo mágico? - ele sorri amplamente, mesmo a situação não sendo assim tão engraçada.

–Tudo que envolvesse magia você acreditava. Você continua acreditando, e com razão, olhe a nossa volta. - ele gesticula. - está tudo diferente.

–Eu queria não ter esquecido. - olho-o nos olhos.

–Eu queria que não tivessem te levado embora. - sorri de canto mas seu semblante é triste.

–Eu não vou mais embora. - aproximo-me tocando seu rosto. - E eu não vou mais esquecer.

–E eu não vou te dar outro pincel. - rio com isso e ele aproxima-se mais, segurando meu rosto com as duas mãos.

Posso sentir sua pulsação na minha bochecha. Uma pulsação acelerada assim como a minha.

Ele limpa uma última lágrima que ameaçava cair em mim e beija o local de onde limpou-a.

Ele vai descendo os beijos para bem perto dos meus lábios e eu inclino minha cabeça encaixando nossas bocas.

Beija-me lentamente, como se esse momento fosse extremamente frágil, e ele está certo.

Ele tem gosto de chiclete de menta e sua língua dança como uma valsa sincronizada.

Suas mãos puxam-me mais para perto e envolvo meus braços nele. Naquele garoto da cozinha, que era meu melhor amigo, e que eu simplesmente esqueci-me dele.

Não quero nunca mais esquecer coisa alguma.

Seu beijo faz com que todas as minhas preocupações saiam de órbita, pelo menos por um bom tempo.

Seus lábios são tão macios que tenho vontade de continuar neles por uma eternidade.

E se não existir eternidade para pessoa como nós, a gente trata de inventar.

~•~


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Notas finais do capítulo

Capítulo grandinho, hein?
Espero que tenham gostado, Amo vocês! PS: RESPONDAM A PERGUNTA LÁ DE CIMA, É extremamente importante, OBGDDDDD



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