O Segredo dos Códigos escrita por Luna Sapphire Calhoun


Capítulo 7
O Espírito da Floresta




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/459988/chapter/7

Tudo certo?" Rubi perguntou a Safira.

O Arcade estava fechado e as duas checavam os últimos preparativos para a partida. O equipamento já estava nas mochilas, a comida fora empacotada, pra Safira só faltava um pouco de coragem e se despedir de Ralph. O primeiro teria que ser ignorado, mas ela já estava cuidando do segundo.

"Tem certeza que querem fazer isso?" Ralph perguntou preocupado.

"O que mais posso fazer?" Perguntou Rubi.

"Sei que não tenho nada a ver com isso, mas por minha irmã eu iria até o fim do mundo." Safira disse, sorrindo para a irmã.

"Sem contar que temos que buscar respostas. Quero saber de onde viemos e por que fomos separadas."

"Não quero ir, Ralph. Vou sentir sua falta. E do Felix também. Mas sabe que eu preciso, não sabe?"

"Eu sei. Também vou sentir sua falta, pequena." Ele a abraçou. "Se cuidem."

"Faremos o possível" Rubi respondeu, subindo em seu cruzador, que Safira fizera o favor de consertar.

"Se cuide você também, Ralph." Safira subiu atras da irmã e juntas as duas deixaram o jogo.

"Tem certeza que seu aparelho funciona?" Rubi perguntou, insegura, enquanto cruzavam o túnel para a Central.

"Não. Mas se não der certo, voltamos, consertamos e tentamos de novo." Safira assegurou.

Elas logo cruzaram a barreira de proteção, alcançando o posto policial que fora instalado na saída do jogo.

"Até aqui tudo certo. E agora?" A menor perguntou.

"Não sei. Ainda tem alguns policiais lá."

Safira pensou por alguns momentos.

"Já sei! Ralph disse que nossos códigos estão escondidos nas pulseiras, certo?"

"Foi o que o livro deu a entender."

"Ótimo! Me empresta aqui um minuto."

Ela pegou a pulseira da loira e abriu a caixa de código. Em poucos minutos ela fechou-o e devolveu a irmã dizendo:

"Queria que você pudesse se ver agora."

"O que você..." Mas Rubi parou quando viu a irmã fazer o mesmo processo com seu próprio código.

Safira agora tinha a altura da irmã e estava vestida no mesmo uniforme vermelho dos policiais.

"Genial!" Rubi exclamou. "Os alarmes não nos detectam e nós nos passamos como duas deles. Estou começando a achar que foi sorte a minha ter te encontrado."

As duas calmamente atravessaram a guarita e finalmentee deixaram o plug do jogo. As os problemas ainda não tinham terminado.

"Alguma ideia de onde estamos indo, capitã?" Safira brincou.

Rubi suspirou.

"Nem ideia. O Arcade deveria ter algum tipo de sistema anti-virus, anti-raios, essas coisas, sabe."

"Tentamos a internet?" A morena sugeriu.

"Muito grande. Poderíamos ficar perdidas lá, ou, na melhor das hipóteses, levar semanas para achar o que queremos. Não temos semanas."

"Então como vamos conseguir ajuda?"

Rubi abriu a boca para responder, mas parou assim que viu. Em frente a elas flutuava um... Ela preferiu classificar como bichinho, embora ele parecesse mais um botão de flor com corpo, rosto e antenas.

"Nossa, que gracinha!" Safira explicou, acariciando a cabeça da criatura.

Rubi olhou em volta, um pouco nervosa, mas a estação estava vazia no momento.

"Fale baixo. Quer que nos descubram?" Ea repreendeu a irmã.

"Desculpe, mas ela é tão fofinha!"

"Como sabe que é ela?"

Safira apontou para o braço do pequeno bichinho onde havia uma pequena fita cor-de-rosa.

"Tá, mas o que exatamente ela é?" Rubi perguntou.

"Já vi uma igual a ela. Algumas crianças lá fora, elas tem uns cards... Não sei exatamente o que ela é, mas é um Pokémon. Provavelmente se perdeu da Internet. Está perdida docinho?"

A pequena Pokémon balançou a cabeça negativamente.

"Então de onde você veio?" Rubi perguntou.

Ela voou para longe das meninas, as duas se entreolharam, a Pokémon voltou, voando em volta delas, depois para longe novamente.

"Acho que ela quer que a gente a siga." Safira comentou.

"Então vamos. Ela está aqui por um motivo, e o que temos à perder?"

Dando de ombros, as duas correram atrás da Pokémon, que as guiou para o jogo Sugar Rush Unlimited.

Quando as duas finalmente chegaram ao jogo, a Pokémon tinha desaparecido.

"Melhor caírmos fora. Ela desapareceu." Rubi avisou.

"Não. Vamos continuar. Talvez consigamos alguma coisa."

Rubi deu de ombros. Não custava nada tentar.

Lexa e Vanillton guiaram suas novas amigas por uma passagem em uma caverna escura. Com espaço não mais do que suficiente para a passagem de um kart. Mas a passagem ia dar em uma parede, aparentemente sólida, que na verdade acabou se revelando ser uma passagem invisível para uma outra parte da caverna, que parecia uma casa improvisada. Reciclada, talvez fosse a palavra.

"Bem vindas ao nosso acampamento!" Anunciou uma animada Lexa. "Sintam-se à vontade."

"Se quiserem algo pra comer ou beber, sinto que só temos doces."

"O que mais podia se esperar, não é?" Cristal perguntou, enquanto a irmã a ajudava a in até uma poltrona de marshmallow.

"Qualquer coisa pra mim seria ótimo." Pérola disse. "Tô morrendo de sede."

Enquanto Vanillton foi buscar as bebidas uma criatura apareceu voando pela entrada da caverna. Era verde e sua cabeça lembrava um pouco um botão de flor fechado.

"Leaf, você voltou!" Exclamou Lexa, correndo para pegar o Pokémon.

"Sabe o que é isso?" Perguntou Cristal.

"Meninas, essa é a Leaf. Não sei quem deu esse nome a ela, mas estava escrito na fita. E ela é um Pokémon. Um Celebi, pra ser mais exata."

A menina soltou Leaf, que voou até Cristal.

"Ela é uma gracinha!" A menina acariciou a cabeça do Pokémon.

Leaf pareceu gostar, ela deu um looping no ar, aparentemente rindo e gentilmente tocou a perna ferida de Cristal. A menina se surpreendeu quando imediatamente sentiu a perna melho. Ela se pôs em pé e sorriu.

"'Brigada Leaf!" Ela disse sorrindo.

"Sabe de onde ela veio?" Perguntou Pérola.

"Acho que fugiu de algum lugar na internet." Respondeu Vanillton, finalment voltando com quatro copos de milkshake. "Não sei como, ou porque, mas ela sempre volta aqui e parece adorar a Lex aqui."

"Eu queria poder entendê-la." Lexa suspirou. "Ela poderia me contar tudo e, talvez, pudesse nos ajudar."

Então a loira fechou os olhos por um momento e, depois de alguns segundos murmurou: "Boa noite, mamãe."

"O que ela tá fazendo?" Perguntou Pérola, confusa.

"Ela diz que, às vezes, ouve a voz da mãe. Diz que a mãe não pode ouví-la, mas ainda assim responde de volta."

"Okay, sua prima é doida."

"Nem sei se ela é minha prima de verdade. Foi a mãe dela quem disse." Vanillton respondeu. "Pelo menos foi o que Lexa me contou."

Leaf voou para perto do trio, enquanto a menina continuava a conversar, aparentemente sozinha.

"Pérola, chamar a menina de doida só porque ela escuta vozes não é muito vindo de uma garota que tem visões." Cristal riu. "Quem sabe ela não escuta mesmo a voz da mãe? Se ela tem mesmo uma mãe, é porque não deve ser daqui, mas, se nossos códigos estão escondidos nos anéis, onde está o dela? Se ela não é naturalmente daqui, deve ter um. Quem sabe não está com a mãe dela? Quem sabe se não é assim que ela se comunica com a filha?"

"Pena que ela não pode responder, se não, poderia nos ajudar." Pérola comentou.

"É. Mas parece que estamos nessa sozinhos. Vamos pensar em algo, eu prometo." Ela passou a mão em torno dos ombros da irmã, puxando-a gentilmente para perto.

"Eu sei que vamos, Cris. Sinto isso no meu código. Mas... Também sinto que ainda estamos muito loge de conseguir isso."

"Vamos ajudar!" Vanillton ofereceu.

"Eu sei." Pérola riu. "E vamos conseguir. Eu prometo!"


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Segredo dos Códigos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.