Truth Love escrita por Everlak


Capítulo 18
Stay with me


Notas iniciais do capítulo

Heyyy!!!
Olhem quem voltou apos uma temporada longe!!! Não me matem please! Cá está um novo capitulo fresquinho!!!
ENJOY!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458080/chapter/18

Após a turbulenta visita à minha avó, eu decidi me trancar no quarto então subi rapidamente as escadas. Evelyn estava na sala com Henry mas eu não queria dar explicações de onde eu fora. Coloco a mão na maçaneta quando ouços paços atrás de mim e me deparo com Peeta.

– Katniss, quando entraste no meu atelier, abriste a outra porta também? – Ele questiona.

– Hum, não. Porquê?

– Devias ir dar uma olhada. Acho que vais gostar. – Ele fala misterioso.

– Peeta, o que tem lá dentro? – Pergunto, cansada de mais para joguinhos.

– O teu “atelier” personalizado.

– Um estúdio de dança? – O loiro assente com um sorriso. – Lamento desapontar, mas eu não estou interessada.

Antes que ele possa dizer alguma coisa, eu giro a maçaneta e entro no quarto, trancando-o em seguida. Porque todo mundo insistia em me colocar para dançar? Eu faço a porra que eu quero! E se me apetecer, eu nunca mais danço! Porque eles não me deixam viver minha vida à minha maneira? Eles deviam entender que eu estou de luto! Uma mãe não é algo que pode simplesmente ser substituída. E sim, Sarah era a minha mãe, não Evelyn. Eu sei que ela não queria me mandar para adoção e tudo mais mas ela não esteve presente, então não a posso chamar de mãe. Ela é a pessoa que me deu à luz e fim.

Passo o dia inteiro no quarto, com meu notebook no colo, vendo coisas banais, redes sociais etc. Quando era perto das dez da noite, eu recebi uma mensagem no meu facebook. Quase engasguei quando vi que era de Clove, o projeto de pessoa que roubou meu namorado antes de me mudar para a academia. Eu só podia estar sonhando. Curiosa, eu abri a mensagem.

“ Katniss, eu ouvi o que aconteceu com você. Foi uma droga mesmo. Eu sinto muito. Ouvi também que você se recusa a dançar. Como assim garota? Você não pode desistir assim. Desde quando você se deixa ir abaixo e passar por vítima? Você sabe muito bem que não é assim. E se a dança é a nossa forma de expressarmos nossos sentimentos mais profundos, como você irá enfrentar tudo isso. Dança é o nosso porto seguro e você não pode simplesmente recusa-lo. Vá lá, eu não quero dar o troco da tareia do outro dia numa garota indefesa! J

Espero que você reconsidere essa sua opinião. Odeio dizer isso mas você é brilhante, e essa academia de elite devia beijar o chão que você pisa, então não estrague tudo.

P.S.: Não comente com Cato que eu a incentivei, ou melhor, não comente com ninguém. Se recomponha garota.”

Eu fiquei de queixo caído e, confesso, um pouco emocionada. Uma coisa era seus amigos e pessoas que se importam com você, incentivarem e darem apoio. Outra muito diferente, era receber esse tipo de apoio de uma pessoa que nos odeia e nós odiamos de volta. Era quase surreal! Acho que ela sentiu pena de mim. Sentiu pena… Não! Eu não queria a piedade de ninguém! Eu sempre fora independente e não seria agora que isso iria mudar. Clove não sabia de nada! Eu era uma vítima sim! Raiva tomou conta de mim e eu entrei em ebulição. Eu tinha oportunidade única nessa academia e não iria desperdiça-la. Não importa os problemas e desafios que eu estava atravessando. Após voltas ao quarto para me acalmar, eu subitamente paro. Era isso! Clove fez de propósito. Ela sabia que eu odiaria ter a pena dela por mim e eu entraria em combustão. Era esse o plano louco dela. Acordar o monstrinho em mim que estivera entorpecido ultimamente. Eu sempre fui uma guerreira. Isso não iria mudar agora. Eu apenas tinha mais motivos pelos quais batalhar.

Peguei no celular enquanto saia do quarto quase correndo. Bato na porta do quarto de Johanna enquanto ligo para Glimmer. Joh abre a porta confusa ao me ver tão hiperativa. Glimmer atende a chamada com a voz confusa também.

– Glimmer, venha para cá agora. – Ordeno e desligo. Minha amiga ergue uma sobrancelha e eu apenas a puxo pelo corredor até à escadaria. – Para cima.

– Para cima? Eu não quero ver Peeta pintando. – Ela responde.

– Você sabe do atelier? – Ela assente – Do estúdio de dança também?

– Disso eu não sabia – Ela confessa. – Temos um estúdio aqui em casa?

– Pelos vistos sim. Eu não o vi ainda. – Eu começo a subir as escadas e ela me segue sem perguntas.

Abro a porta do lado oposto do atelier de Peeta. Tanto eu como Joh olhamos para o espaço maravilhadas. O local é coberto por paredes brancas, espelhos de corpo inteiro, umas janelas de um dos lados… É perfeito. O espaço é enorme!

– Então, me coloque a par do que está acontecendo nas aulas. – Eu peço enquanto esperamos por Glimmer.

– Nos pediram para fazer uma coreografia de Jazz/pop para apresentar na aula. O professor disse que não havia número de elementos nos grupos. Cada um que fizesse como achasse melhor.

– Então, ainda me podem encaixar na coreografia? – Pergunto esperançosa.

– Depende do quão depressa você aprende – Ela provoca. – Nós já estávamos fazendo uma coreografia para três elementos. Sabíamos que você iria reconsiderar.

– Obrigada – Agradeço com sinceridade.

– Não agradeças. Tu ias voltar a dançar nem que eu te obrigasse. – Ela desafia.

– Não vai ser preciso tomares medidas drásticas, muito obrigada – Faço uma reverência.

– Muito bem, agora, que tal eu começar já a mostrar-te os passos e quando Glimmer chegar, reproduzimos a coreografia por completo.

Ela começa a mostrar-me os passos e eles não são tão difíceis assim, o mais complicado na verdade é sequenciá-los. A coreografia não é muito rápida mas os elementos da rotina são complexos o que deixa difícil de nos mantermos no tempo certo. Mas nós somos profissionais aqui, então só temos é que trabalhar e nos esforçar até ao limite. Finalmente Glimmer chega e um sorriso irradia do seu rosto quando me vê dançando. Eu estava realmente preocupando elas, percebo. Ela se junta a nós e as três continuamos a treinar, eu tenho que trabalhar o dobro, já que não sabia a coreografia, mas por fim consigo manter-me no nível delas.

– Caramba Katniss! – Glimmer retruca.

– O que foi? – Pergunto parando de fazer o movimento que estava treinando.

– Não é possível só teres aprendido a coreografia agora e estares melhor que nós! – Ela ri apontando para ela e Joh que está deitada no chão a recuperar folego.

– A perfeição me adora, o que posso fazer? – Brinco.

– Ok, ok. – Joh põe os braços no ar e se levanta. – Vamos lá praticar uma ultima vez e cair de cara na cama.

– Por mim tudo bem. – Falo apoiando-me nos joelhos e Glimmer assente. – Em posição!

Começamos a coreografia e parece-me que nos estamos a sair muito bem. Ver o meu reflexo no espelho faz-me sorrir. Aquele é meu lugar, onde pertenço. Vendo-nos às três no espelho, vejo que estamos fenomenais. Com certeza teremos boa nota na apresentação. A escolha de musica também foi genial. Nisso temos que agradecer a Glimmer. Segundo ela, achou esta versão da música apaixonante e sensual. Não podia discordar. Ela tinha razão.

As meninas saem enquanto eu vou até à aparelhagem de som pegar meu ipod. Desço as escadas rapidamente e enterro-me na cama, dormindo fantasticamente pela primeira vez desde que cheguei a essa casa.

No dia seguinte me demoro na cama, exausta demais. Eu só queria dormir. Enrosco-me nos cobertores. Pronta para me deixar adormecer, sou interrompida ao ouvir bater na minha porta.

– Katniss, Evelyn pediu para chamar você. – Peeta chamou entreabrindo a porta.

– Tem que ser agora? – Pergunto ao mesmo tempo que me sento na cama – São apenas onze da manhã. Muito cedo para uma reunião familiar.

– Não acho que seja uma reunião familiar. Acho que ela só quer saber como você está.

– Então pode muito bem esperar até às 3 da tarde para isso – Resmungo. Ouvimos a campainha da porta tocar. – Olha, ela tem visitas. Melhor não incomodar agora, não acha?

Dou um sorrisinho e volto a cobrir-me com os cobertores.

– Katniss…. – Peeta começa mas começamos a ouvir um barulhão lá em baixo. Eu corro para fora da cama e sigo atrás de Peeta até ao hall de entrada.

– Eu quero você fora da minha casa agora! – Ouvi Evelyn gritar antes de chegarmos ao local. A meio do percurso uma Johanna sonolenta e cabelos arrepiados se junta a nós.

– Eu não saio daqui sem a minha filha! – Vejo o pai de Johanna gritar de volta para Evelyn. Ambos estão vermelhos enquanto se olham. A mãe de Joh está ligeiramente atrás com a mesma expressão de poucos amigos que o marido.

– Eu estou aqui papai – Joh abre espaço entre mim e Peeta e avança. Mas eles parecem nem notar. – Eu com vocês, não precisam discutir.

Minha amiga estava tão assustada quanto eu.

– Você não a vai levar para longe de mim! – Evelyn parecia cuspir veneno para o homem à sua frente. Eles conheciam-se?

– Evelyn, espere um momento – A morena coloca-se entre eles e sua mãe fica nervosa – Eles são meus pais. Eles podem fazer o que bem entenderem.

A expressão raivosa de Evelyn torna-se em confusão e depois compreensão.

– Ela é sua filha?

– Mas o que raio está falando? – Joh continuava tagarelando. – Óbvio que sou. De que filha você estava falando?

– Você tem uma filha? – Evelyn parecia que tinha engolido algo com sabor horrível, pela cara que fez. Mas logo se recompôs. – Nesse caso, pode levar sua filha.

– Por acaso, - Meredith afasta sua filha para perto do pai e enfrenta Evelyn – Nós vamos levar as filhas. Elas vão as duas connosco.

– Nem por cima do meu cadáver! – Evelyn irradiou ódio.

– Peeta, o que está acontecendo? – Pergunto imóvel assistindo àquela discussão sinistra.

– Eu sei tanto quanto você – Ele confessa com uma careta.

– Zac – Chamo e não só ele me olha. Evelyn me encara incrédula. – O que se passa? Você quer me adotar? É isso?

Sua expressão suaviza ao contrário da de Evelyn. Zac se aproxima de mim e pega minha mão.

– Querida, isto vai custar muito a ouvir mas…

– Nem mais uma palavra! – Evelyn gritou o empurrando para trás. - Ou você sai da minha casa ou eu chamo a polícia!

– Você não pode me impedir de a ver! – Ele gritou furioso. – Aliás, ela não é seu brinquedo Evelyn! Você não pode se lembrar um dia que a quer! Você a abandonou! E nunca mais quis saber dela!

– Isso não é verdade – Ela retrucou.

– Não, claro que não – Ele riu seco e retomou a palavra mais calmo – Você sabe qual é a cor favorita dela?

– Eu…

– É verde. – Ele respondeu a si mesmo. – Sabe como ela fez aquela cicatriz abaixo do maxilar? Ela caiu quando jogava basquetebol com Johanna. Sabe Evelyn, eu nunca pedi a guarda dela porque sabia que ela estava feliz e tinha dois pais que a amavam muito. E eu não queria estragar a infância feliz que ela poderia ter. E teve. Mas eu nunca a perdi de vista desde que descobri sobre ela. Eu acompanhei cada etapa dela. Passei aniversários e natais com ela.

– V-você é o meu pai? – Gaguejo fazendo-os interromper momentaneamente a briga. Johanna me olhava, chegando à mesma conclusão que eu.

– Escuta Katniss, eu…. – Ele tenta se desculpar para eu não entrar em pânico. No entanto, eu avanço sobre ele e o abraço aos prantos. – Está tudo bem Katniss.

Ele tenta me consolar. Mas a emoção me arrebata. Pelo menos eu conheço verdadeiramente um dos meus pais e como ele mesmo disse, ele esteve sempre comigo. Ele cuidava de mim quando meus pais estavam fora da cidade ou quando ia dormir com Johanna. Ele sempre estava comigo em meu aniversário me dando belos presentes, sabendo sempre o que eu queria. E eu sempre o amara como um pai.

– Está na hora de você ir embora – Evelyn fala para Zac desolada e com os olhos vermelhos. Zac assente, pois pelo menos, agora tinha a certeza que eu sabia sobre ele.

– Se ele sair dessa casa, eu saio junto – Murmuro. Evelyn abre a boca para contestar mas eu a impeço. – E você não colocará a vista em mim nunca mais.

LEIAM AS NOTAS FINAIS


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

U.U
O que vocês acham que vai acontecer a partir de agora? Hehehehheheheheheheh
Então? Essa história não merece recomendações? :( Minha fic de divergente já tem 5 e tem mais a caminho. Vocês vão deixar eles baterem a gente aqui? ;)
Beijos fofos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Truth Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.