Our Peace, Their War escrita por somedayrobsten


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Saindo de um hiatus que pareceu eterno, resolvi voltar com Our Peace Their War. Por motivos pessoais de bloqueio durante o ano inteiro, voltar agora significa muito pra mim! O apoio de vocês, significa muito para mim! Então, espero que gostem desse capítulo exatamente como eu gostei, e espero vocês nos comentários!!!
Agora boa leitura, continuo a falar nas N/F's
Beijocas



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Capítulo 2

Isabella tinha certeza que aquele dia havia sido o pior em toda a sua vida. Ela entrou dentro da casa pelos fundos, junto com Victoria, e foram direto à lavanderia, onde Victoria começou a ensinar Bella à lavar as roupas.

– Olhe, Isabella, você tem que esfregar a roupa com muita sutileza, tudo bem? –Victoria mostrou. – O senhor Cullen odeia marcas na roupa, tanto da lavagem quanto da maneira como você passou o ferro. Ele é um homem muito metódico e tem um olho bem esperto.

– Hum... tudo bem, deixe-me tentar. – Bella pegou uma camisa branca e esfregou seu colarinho cuidadosamente. Victoria abriu um sorriso de orelha à orelha.

– Isso mesmo! – Bella sorriu contente na medida do possível, e continuou a lavar o cesto de roupas que restava.

Para Victoria, Bella seria uma santa ajuda. E mais, ainda seriam muito amigas. Victoria sabia muito bem que Bella precisaria de um conselho, sabia também os planos de seu patrão com aquela jovem e linda garota. Sabia que Bella ia decepcionar-se com tamanha crueldade que veria naquele cenário horrendo que era a segunda guerra.

Mas... havia coisas que Victoria não sabia. Talvez, caso soubesse, nunca mais olhasse na cara de Bella, e para todos os efeitos, Bella jamais contaria. Jamais se lembraria em voz alta, das vezes que andara de bicicleta na vizinhança simpática junto com o seu melhor amigo, Edward. Que tinha olhos tão verdes quanto esmeraldas e um sorriso infantil recheado por duas covinhas perfeitas.

Estar naquela casa era uma faca de dois gumes.

Elas terminaram os afazeres principais, Bella lavou roupas e Victoria lavou a louça. Penduraram juntas as roupas no varal e então, quase às 18horas, começaram a preparar o jantar. Olharam um caderno de receitas bem antigo, algo que parecia ser passado de geração para geração.

– Bom, esse caderno contém tudo o que a família come, de segunda à sexta-feira em cada semana do mês. – Bella folheou o caderno, a letra tinha um traço feminino exuberante, lembrava a letra de sua falecida avó materna.

Elas escolheram o prato da semana, e Victoria ensinou passo-a-passo como se preparava tudo. Bella pegou o jeito com rapidez e sem pestanejar.

Elas ouviram Edward chegar, trazia consigo uma moça loira com um coque alto. Era Irina.

Irina Denali trabalhava nos campos de concentração nas alas femininas, onde tratava suas – no cru e no duro – semelhantes como bichos. Muitas garotas judias entre 10 a 16 anos apanhavam e tinham seus rostos marcados pelas unhas de Irina.

Irina era um monstro. Era um rosto angelical, mas vivia no corpo de um demônio.

Isabella começava a achar que sim, realmente, beleza e crueldade andam de mãos dadas e que Irina era mais uma das provas. Ela descobriu o que Irina fazia quando Victoria cochichou a ela.

– A moça loira, quem é, Vic? – indagou Isabella, tremendo de medo da cabeça aos pés. Victoria agarrou os pulsos da garota e olhou fundo nos olhos dela.

– Essa noite é melhor que eu sirva a mesa, tudo bem? Bella, essa é Irina Denali. Ela trabalha no campo de concentração e é mais cruel que Mike Newton, o garoto que quase lhe espancou aqui em frente à casa. Ela deixa marcas eternas no rosto das mulheres em seus alojamentos, porque... ela tem unhas enormes, sempre bem feitas. Melhores que as minhas, ou as suas, que acabou de chegar. Fique longe da vista dela, Bella, por favor. – Victoria pediu.

– Vou tentar, Vic. Mas estamos todos na mesma casa, é meio difícil controlar isso. – abaixou os olhos, e conferiu o forno, onde tinha um prato especial.

– Eu sei, Bella. Mas veja bem, caso vocês se encontrem aqui na cozinha ou lá na varanda, não responda e nem dê ouvidos ao que Irina falar. Ela pode ser cruel, mais cruel do que você imagina, e diferente do patrão, jamais lhe daria uma segunda chance.

Edward entrou na cozinha e pegou as duas conversando baixinho. Fazendo cara de quem suspeitava de algo, ele apenas perguntou a Victoria como estava o jantar.

– Tudo pronto, senhor. – ela disse, sorrindo miúdo. – Só vou pôr a mesa agora.

– Inclua mais um prato e talheres, Victoria. Como já viu, temos visitas hoje. – ele disse e saiu, não sem antes olhar Isabella com seus olhos verdes e intensos, quase estiletes rasgando sua pele delicada. A garota por sua vez abaixou os olhos, e se concentrou em terminar de preparar o prato de salada.

Enquanto os Cullen e Irina jantavam, uma mesa regada a piadas péssimas sobre judeus e muito vinho, Isabella se sentiu enojada. Espiando da porta, de longe, via-os rindo às custas do sofrimento de milhares de pessoas. Observava também Edward com as mãos na coxa de Irina, e o sorriso oferecido daquela mulher horrível.

Isabella quase engoliu a própria língua, a mulher não era horrível, pelo contrário, era o completo oposto de horrível. Era simplesmente encantadora.

– Vou buscar outra garrafa de vinho, Edward, querido. – anunciou Irina, levantando-se antes mesmo que Edward pudesse segurá-la.

Quanto à Isabella, correu e se desesperou para arrumar as coisas que estavam bagunçadas na pia, fingindo que não havia escutado nada das conversas naquela casa. Quando a loira majestosa adentrou a cozinha já torcendo o nariz, Isabella estava sozinha, pois Victoria estava terminando de lavar um tanque de camisas de Edward.

– Onde ficam os vinhos daqui, ratinha judia? – ela falou, muito próxima à Bella. A garota fechou a torneira e secava as mãos, quando Irina disse:

– Não quero que você coloque as mãos na garrafa né, vai me contaminar com esses seus germes de judia imunda! – um sorriso maldoso abriu-se em seu rosto, e Bella teve que morder sua língua para não responder.

Grosseira, impertinente, má, terrível, um ser humano horroroso – era tudo o que se passava pela mente de Isabella, que queria xingá-la de todos os nomes horríveis que conhecia, e manda-la virar-se e procurar. Mas segurou sua raiva, lembrando-se das palavras de Victoria “[...]Ela deixa marcas eternas no rosto das mulheres em seus alojamentos, porque... ela tem unhas enormes, sempre bem feitas. Melhores que as minhas, ou as suas, que acabou de chegar. Fique longe da vista dela, Bella, por favor.”

Os olhos de Bella caíram sobre a as unhas de Irina, e imediatamente, ela abriu o terceiro armário embutido na parede acima da pia, e abriu espaço para que a mulher escolhesse com qual vinho queria se embebedar e cair na cama de Edward Cullen. Fechou o armário e saiu.

– Poderia ao menos agradecer. – Isabella cochichou, o que achou que fosse extremamente baixo, tornou-se audível para Irina.

– Não agradeço vermes, querida. – disse e voltou para agarrar o rosto de Bella e fincar suas unhas, mas algo nos olhos chocolate de Isabella a impediram. Ela bufou, arrumou sua roupa e saiu marchando da cozinha.

Victoria apareceu na janela, repreendendo Isabella.

– Ficou maluca, foi? Esqueceu-se do que lhe falei, Isabella? Não sei que milagre aconteceu para ela não rasgar a sua cara inteira, menina.

– Eu pensei que ela não fosse escutar, Victoria!

– Ah, Isabella, querida... você tem muito o que aprender aqui, não é? Esses monstros têm olhos nas costas e ouvidos nos pés.

Victoria voltou para dentro, tirou a mesa após todos terem terminado de comer, e Isabella lavou tudo, prato por prato, talher por talher. Faminta, comeu os restos que foram deixados do jantar.

Mais tarde, pronta para ir se deitar, teve a surpresa maior. Quando ia apagar a luz da cozinha para se deitar, Edward Cullen apareceu na porta.

Diferente do que imaginava, não, Irina não havia ido parar na cama de Edward. Estava no sofá, roncando feito um bode nojento. E Edward estava apenas lamentando, por considerar sua vida de luxos e poder uma droga. Ele não estava feliz, não era um homem feliz. Jamais seria. Não havia encontrado amor, então tudo o que lhe restava eram noites de luxúria com a mulher mais violenta e cruel que já havia conhecido em toda a sua vida.

– Eu vim... tomar um uísque. – Edward disse à garota. Mas logo se lembrou que não devia nada aos seus funcionários, e então passou por Isabella.

– Não quer que eu o sirva, senhor? – perguntou a garota, que já estava usando um pijama amarelo perolado, dado por Victoria. – Já que estou aqui...

– Não, menina, obrigado. – ele disse. – Aliás... seu nome é qual mesmo? – Isabella travou no lugar. Não queria responder àquela pergunta, não, não!

– Isabella Swan, senhor. – ela falou. – Eu... acho que vou me deitar, boa noite, senhor.

Edward Cullen não respondeu mais nada enquanto via a garota se distanciar e descer ao porão. Ela ainda virou-se, e seus olhares se encontraram, fixando-se um no outro, trazendo à tona boa parte das lembranças do agora cruel e temido soldado Edward Cullen.


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Notas finais do capítulo

Gostaria de começar agradecendo a todas as pessoas e todos os 4 comentários que recebi, vocês foram parte importante e motivação para que eu pudesse voltar a escrever essa história que tanto amo. Sei que falhei e feio com vocês, mas agora estou de volta, e pretendo voltar sempre, todos os dias se possível. Espero que tenham gostado e que comentem, compartilhem a história, acompanhem, enfim! A casa é de vocês, e agora sei que OPTW vai pra frente!!!!
Agradeço a nossa linda nova capa à EddieTargino, minha melhor amiga nas fanfics, nas capas, e na vida!!! Obrigada Eddie, tanto por perder alguns minutos do seu tempo lendo esse capítulo quanto por preparar essa capa SHOW!
Meninas, não deixem de conferir as fics da Eddie, no endereço: http://fanfiction.com.br/u/204831/
E não deixem de participar do meu grupo no facebook: https://www.facebook.com/groups/601419933212490/
Espero vocês lá!!! Beijocas e até o próximo capítulo... ALIÁS, façam suas apostas... o que acham que vai acontecer?