– Então, que tal começarmos com isso agora? – Essas foram as palavras que Jhonan pronunciou quando estava em cima de mim.

– Acho que estou interrompendo algo... – E estas foram as palavras que me salvaram, se Alex não tivesse chego naquele momento não sei o que teria acontecido...

Jhonan sorriu para ele e se levantou de cima de mim, em seguida abotoou sua camisa. Por algum motivo eu não conseguia me mexer...

– Ei Marco, segure minha mão e eu te levanto – Jhonan estendeu seu braço esquerdo para mim em quanto eu ainda estava deitado, da última vez que ele fez isto, acabou nisto aqui... mas eu não conseguia me levantar então eu segurei ele me ajudou.

Peguei minha camiseta no chão e a vesti rapidamente, e logo fiquei corado ao perceber que Alex havia me visto sem camisa, então quando olhei pra ele, sorriu.

– Não se preocupa Marco, você não faz o meu tipo, e tem alguém que já está de olho em você muito antes de mim – Ele olhou discretamente para Jhonan, o que me fez ficar mais corado ainda.

– Se você está aqui, presumo que já tenha reunido um número considerável não?

– Sim, contando comigo e com o senhor sem camisa ali somos em sete.

– Não diga essas coisas pra ele. Vai deixa-lo com vergonha Alex. Mas está ótimo, vamos logo para a Casa.

– A Casa? Onde fica isso? E quem são as outro cinco pessoas?

– Fique calmo Marco, a gente já vai explicar, agora me abrace para podermos te levar até lá.

– Te abraçar? – Eu fiquei corado – C-como assim?

– Eh? Jhonan tirando proveito da situação? Que novidade não? – Ao jeito que Alex comentou, parecia que Jhonan é uma pessoa extremamente certinha... estão eu desperto alguma coisa nele? Isto me deixa animado... mas também muito tímido.

Com muita vergonha e extremamente corado, eu o abracei e fechei os olhos bem forte. Tudo o que pude sentir foi que Jhonan possuía um corpo extremamente bem definido e quente... Espere, como ele poderia ser um vampiro se ele tem o corpo quente deste jeito? Vampiros não são seres com a pele gélida?

– Marco, pode me soltar já, nós já chegamos – Jhonan fala comigo quebrando o meu pensamento...

Eu abro os olhos e me deparo com as outras cinco pessoas me olhando... Havia uma menina de pele Alva, com uma estatura mediana, cabelos ruivos e chamativos, algumas sardas em seu rosto, em seu braço esquerdo havia uma tatuagem muito bonita, era um tipo de arranjo floral ou coisa do tipo, ela estava usando um vestido rosa muito lindo e um sapato all-stars. Também tinha uma outra garota que tinha uma pele que parecia ser bronzeada, mas dava algum tipo de impressão que era falsa, um cabelo roda com sua raiz morena, e estava usando uma camisa amarela de manga comprida, uma calça jeans e um sapato vermelho... e quando percebi, as outras três pessoas eram...

– Iara, Fe e Dante? Vocês fazem parte dos outros?

– Outros? Do que você está falando Marco? – Fe perguntou, e todos ficaram com a mesma expressão de dúvida que eu estou...

– Será que da pra alguém explicar o que está acontecendo aqui? E que papo é esse de Outros? – Dante pergunta sério.

– Deixe que o Jhonan explique isso. Já que teoricamente ele é o chefe...

– Obrigado Alex, mas eu não sou o chefe de ninguém, só mando em você porque você é uma bomba relógio, se eu não tomar conta pode sair por aí destruindo tudo.

– Eu sei, mas mesmo assim...

– Certo pessoal, acho que todos vocês aqui estão se perguntando o porque de estarem aqui não?

– Eu não, já sei o motivo – A garota do cabelo rosa se pronúncia.

– Anne, eu estou me referindo aos humanos, não haja como desentendida, certo?

– Ah, por que você é tão mala? Bom, continua a explicação ai então.

– Continuando... O motivo para estarem aqui, é que vocês são os escolhidos para serem os protegidos.

– Como assim os protegidos? E os protegidos de que ou quem? – Iara pergunta meio séria.

– Vocês são crianças descendentes de caçadores, de vampiros, lobisomens, e todos os outros tipos de criaturas. Cada um de vocês possui um antepassado diferente. Por exemplo você Iara, sua antepassada foi uma bruxa. E você é a protegida que possui os poderes dela. Ou quem sabe você Dante, o seu antepassado foi um Cânima, uma criatura mitológica extremamente poderosa, que se ele tiver controle total sobre seus atos pode ser um dos mais poderosos de todas as criaturas.

– Certo... mas por que somos considerados “os protegidos”? Isto ainda você não explicou...

– Porque existem certas pessoas que querem mata-los e outros captura-los e estuda-los, e também tem aqueles que querem controla-los para benefício próprio, e é por isto que nós da Associação Hunter os chamamos de os protegidos, porque nossa função é protege-los contra essas pessoas e treina-los. Para que assim vocês possam se proteger sozinhos e também ajudar a juntar mais protegidos.

– Então, resumindo vocês são uma corporação que protege as pessoas que tem descendência mitológica, os treina e então os recruta para proteger mais pessoas assim? – Pergunto calmamente tentando entender a situação...

– Resumidamente é isso, bom agora é hora de se apresentar, eu vou começar. Sou Jhonan Stoker, vampiro de nascença, fundador da Associação Hunter ou AH e também sou o mentor de vocês – Jhonan se pronunciou com um timbre sério em sua voz, era como se fosse um outro Jhonan falando, um que não fosse um pervertido, sadista, e pedófilo... – Agora é a vez de vocês. E vai ser assim, depois que se apresentarem eu direi do que são descendentes. Um por um.

– Então acho que eu vou começar. Sou Dante Toren, não sei do que sou descendente, tenho 17 anos e sou estudante da escola Iamia – Dante se pronunciou, pude perceber que sua voz estava meio trêmula... como se estivesse com medo do que vai acontecer...

– Você Dante, como já disse, é descendente de um Cânima... E é por isto que precisaremos tomar conta especial de você.

– Agora é a minha vez... Sou Iara Alexandre, também não sei do que sou descendente, 16 anos e também sou estudante da Iamia... – Iara, diferente de Dante, mostrava confiança em sua voz, como se ela estivesse certa do que estava fazendo... não, certa não, só não tinha medo do que poderia acontecer...

– E como também já disse, é descendente de uma Bruxa, vai ter que aprender a controlar seus poderes... ou as coisas podem acabar mal...

– Eu! Agora eu! Me escolhe! – A garota das sardas ficou erguendo a mão de uma maneira muito animada

– Pode ir... mas você sabe que não é preciso erguer a mão né? Era só você falar...

– Eu sei, mas assim é mais legal. Bom, eu sou AnnaSophia Kuznetsov, não tenho a mínima ideia do que meus ancestrais eram, tenho 18 e estudo no colégio particular Lupnotuum. Ah e podem me chamar de Anna se quiserem.

– Pode acreditar que vão. E você, é descendente de Lobisomem, a raça rival. Mas nós não olhamos isto aqui. Nós somos todos um só, qui oderunt nos tueri debet. Sabem o que significa?

– Nós protegemos aqueles que devem ser protegidos... – Todos me olham com cara de surpresos – É isso que significa... Eu sei um pouco de latim...

– Certo, agora é minha vez... minha vez de que mesmo? – Fe se pronúncia com dúvida... como sempre.

– De se apresentar Fe! Acorda o anta! – Iara da um tapa na cabeça dele.

– Ai! Mas tudo bem... Me chamo Felipe Vladir, sou um humano comum, tenho 17 anos e estudo na Iamia também.

– Você é descendente de um Druida... e fico surpreso sua descendência ser tão sábia e você... bem... ser você...

– O que ele quer dizer com isso? – Fe pergunta com um sorrido bob de desentendido no rosto.

– Continuando com a palhaçada, eu sou Alex Jones, e todo mundo aqui já me conhece, e provavelmente tem ódio de mim. Mas eu não to nem aí porque a confiança é algo que se conquista. Ah, eu tenho 15 anos, ou seja, menor que todos vocês e também não só sou vampiro como também sou descendente de um Wendigo, e não eu não vou comer a carne de ninguém aqui. Não faço esse tipo de coisa. Ah, eu não estudo em nenhuma escola.

– Certo, dessa vez sou eu. Sou Anne Black-Wood, sou uma vampira de nascença também. E minha idade não vem ao caso, pra todos os efeitos tenho 19 anos, estudo Direito na faculdade daqui.

– Só falta eu... Sou Marco Valentine, tenho 16 anos, estudo na Iamia e não tenho a mínima ideia do que meus antepassados foram...

– Acabamos por aqui.

– Que? Como assim? Você não vai dizer o que eu sou? – Cheguei perto dele e segurei seu braço.

– O que você é Marco? Digamos que... assim que descobrir, coisas poderão acontecer... coisas que devemos evitar... – Ele falou sério. Soltei seu braço e ele seguiu até uma parede, bateu duas vezes nela e apareceu uma porta.

– É só seguirem Alex e Anne que acharão seus quartos.