O Filho do Eclipse escrita por Carol C


Capítulo 2
Prólogo - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Perdão!
Sei que demorei séculos para postar, mas eu realmente (sinceramente) não estava com planos para fazê-lo.
Perdi totalmente a criatividade ao ver que a temporada anterior não atingiu minhas expectativas.
Obrigada a Thay porquê sem ela eu não estaria de volta com toda a criatividade que me assombra neste momento.
Muito obrigada por aqueles que ainda acompanham a história!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/451019/chapter/2

A colina era iluminada apenas pela luz das estrelas e pelo luar. Era uma vasta campina com várias barracas prateadas espalhadas. Falcões dormiam nas árvores, e lobos descansavam espalhados pelo lugar. Havia apenas uma jovem acordada de guarda, seus olhos azuis varreram a noite, ela sentia que alguém a observava. Pegou o arco e analisou qual poderia ser o perigo.

Ela preparou a flecha prateada, o vento passou, balançando as folhas das árvores, fazendo com que algumas caíssem. A caçadora não fazia barulho algum, só podia se dizer que estava respirando por causa do movimento de seu peito.

Um corvo atravessou a clareira, e isso lembrou à loira alguns versos que ela não fazia ideia de que conhecia.

Com suas asas corta o céu,

Tão belo quanto à noite.

É uma sombra entre tantas.

Livre para voar.

― É um belo poema. ― murmurou para si mesma, gostava de poemas, sempre gostou, desde antes de se juntar as caçadoras. Essa era uma das poucas lembranças que tinha da vida.

Ela viu uma sombra se mover e ficou alerta. Seus olhos passaram pelo local, e quando identificou quem era, relaxou. Era outra jovem, não muito alta e ruiva que carregava um embrulho nos braços, seus olhos amarelos prateados estavam fixos na figura que carregava.

― Lady Ártemis. ― a loira fez uma reverência.

― Olá, Tate. Vejo que está novamente montando guarda. Já lhe disse que não é necessário você seja a única a fazer. ― a deusa sorriu, ajeitando o embrulho em seus braços.

― Não consigo descansar, milady. Meu sono é inquieto, e isso faz com que acorde tão cansada quanto quando fui dormir.

A lady assentiu.

― Então você será a primeira a ver minha neta. ― falou se aproximando da caçadora.

Tate se inclinou para ver o bebê, escondido entre mantos, e sentiu como se seu coração fosse puxado na direção da pequena bebê. O que sentia desde o início da semana subitamente fez sentido.

A recém-nascida possuía os cabelos claros, seus olhos estavam fechados em seu sono profundo e sua pele era pálida como o luar. Era linda.

― Posso... Segurá-la? ― a garota tocou o pano que cobria a bebê de modo hesitante.

― Claro.

Ártemis viu ao colocar sua neta nos braços de sua seguidora, que aquilo não era apenas admiração. E teria de contar o passado e a origem de Tate, a hora chegou, após séculos de espera.

Distante dali, o deus do sol entrava em um pequeno chalé, isolado de tudo e de todos. Ele carregava a outra gêmea nos braços, e sorria para a bebê, também era sua neta, e a amava, assim como amava a avó e o filho. A única família mortal que sempre quis ter, completa.

As musas se aproximaram ao ver a bebê se mexendo nos braços do deus. E começaram a rir, todas se sentiram atraídas pela pequena, tanto quanto eram atraídas pelo deus da música. Pomlímnia era a que mais sorria, a felicidade podia ser vista em seus olhos, escondidos sob o véu.

Apolo entregou a bebê para Erato, a amável, musa da poesia lírica. Que foi para o fundo do chalé rodopiando e cantando. E colocou a criança de cabelos dourados no berço que apareceu magicamente. Inteiro entalhado com os desenhos que representavam Apolo e as musas.

― Ela vai aprender tudo o que sabemos. ― Calíope falou.

― A história. ― disse Clio.

― A música e a poesia lírica. ― Euterpe e Erato continuaram.

― A tragédia, a música para cerimônias e a comédia. ― Melpômene, Polímnia e Tália comentaram.

― A dança, astronomia e a astrologia. ― concluíram Terpsícore e Urânia.

Apolo assentiu, pensando em como a menina seria paparicada com as musas sempre ao seu redor. Só se preocupava com Melpômene, tragédia não é algo para crianças. Apesar disso, tudo correria bem. A pequena estaria segura de todo o mal.

As deusas ficaram em volta do berço durante o resto do dia, cantarolando e fazendo seus afazeres, sem querer se afastar da criança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Isso seria o início do capítulo 1 (escrevi antes de iniciar o Hiatus), mas fica melhor como complemento do prólogo.