Ela sorriu e entrou, indo em direção à quadra, algumas pessoas da organização também já tinham chegado, mas ninguém além deles. Ela subiu onde devia, e se instalou. Ligou o notebook, guardou a bolsa na mesa de som, ligou os equipamentos e começou os testes de som. Sim, Brook era a melhor dj, e fazia isso apenas por esporte. Tudo estava muito bem decorado, uma mesa enorme com doces, outra com salgados, um bar carregado com tudo que tinha direito. Uma pista fenomenal, o palco com a mesa de som, todo ornamentado com panos elásticos brancos (que ficavam roxos à luz negra), pretos e vermelhos.

A festa à fantasia logo foi ganhando forma, à medida que os alunos e convidados iam chegando.

(Last Friday Night)

Connor tomou um banho e vestiu a fantasia velha que ele guardava para eventuais acontecimentos, afinal, não deu muita importância ao traje, que era do Batman. Combinou um “esquenta” na casa de Eric, então saiu mais cedo. Seu pai partiria hoje à noite para uma viagem na China, em trabalho, então, se despediu e saiu. Chegou à casa de Eric e tocou a campainha. Quem atendeu a porta foi Nikki, que estava vestida de coelhinha, uma coelhinha bem sexy, e Connor, como qualquer homem, deu uma boa olhada.

– E aí, Batman? Chega mais! - Ele notou que a voz dela se arrastava, indicando que ela já estava começando a ficar bêbada. Por trás dela, apareceu Eric.

– Fala, Connor! Chega mais! - Ele entregou-lhe uma garrafa de cerveja. A sala de Eric não estava cheia, Katniss e Peeta estavam se atracando no sofá, Mason virava mais uma garrafa de cerveja goela abaixo, Theo estava com Connie, no chão, jogando baralho. O som alto que soava era administrado por Nikki.

– Foi atrás da Brook, não foi? - Mason gritou, enquanto Connor engolia mais um pouco de sua bebida.

– Fui.

– E o que descobriu?

– Que os pais dela são muito controladores. - Ele disse com inocência.

Os outros começaram a rir e Connor riu também, mas sem graça, sem saber o porquê da graça.

– São mesmo. - Connie, que estava vestida de Grease, junto com Theo, revirou os olhos e puxou Nikki pelo braço. As duas foram para o banheiro e voltaram mais arrumadas, preparadas para sair.

Eric era Jack Sparrow e Mason era um prisioneiro. Eles deram uma arrumada e partiram na caminhonete e Eric até o colégio.

(Animals - Martin Garrix)

Brook já estava no palco, tocando as músicas mais agitadas, soltando as suas batidas e fazendo aquele meio mundo de fantasias pularem na pista de dança, apertados, e se animarem.

–Eu quero ver essa escola tremer! - Ela falou, enquanto a música rolava, e da porta Connor reconheceu a sua voz.

– Apresento-lhe nossa melhor dj: Brooklyn! - Nikki falou, pulando para dentro da multidão da pista de dança, levando consigo Eric. Connor ficou parado olhando para o palco.

(Don’t you worry child - Swedish House Mafia)

Connie pegou na mão de Connor e o puxou até onde Nikki, Eric e Mason estavam dançando freneticamente, e ele ficou por lá, mas ainda vidrado no palco. Brook estava com um copo de bebida na mão e aquilo não era água. Ele não conseguia entender como alguém tão… fofo como ela, poderia estar tão… sensual daquele modo.

–Vai lá! - Mason cutucou Connor.

– O que?

– Vai lá, pega ela! - Mason virou mais um copo de vodka.

– Não. Eu acabei de chegar e… - Antes de terminar a frase, Mason o interrompeu.

– Que papo de brocha! Se você não vai, eu vou. - Ele saiu em direção ao palco, pulou-o e chegou em Brook. Sem muita dificuldade, ela e Mason estavam se beijando. Connor sentiu uma raiva crescer, e sem entender porque, beijou a primeira garota que apareceu de seu lado, como se fosse uma competição. Mason voltou e Con não se dirigiu à ele até muito mais tarde.

(Project T - Tomorrowland)

Brook programou o computador para reproduzir sozinho algumas músicas e desceu do palco, até chegar aos seus amigos, ficou com mais dois garotos.

–Oi, gente! - Ela falou, arrumando o cabelo com uma mão, enquanto adentrou a rodinha dos amigos, e Connor desviou o olhar. O que era aquilo que ele tinha sentido, ao vê-la com outros garotos? Logo ele, que nunca se importara muito com as meninas que ficava… Havia algo nele que estava muito confuso, e algo nela que estava muito estranho, um misterioso poderoso que o prendia nela.