Broken Angel escrita por lotusflower


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Esse é o melhor! Adorei.. me deu calafrios aqui! hahaa Espero que gostem! ps: leiam escutando a música tema de Black OST [game] http://www.youtube.com/watch?v=Kl40AmLv5BU



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Brooklyn acordou amarrada nos pés de uma cama podre, dentro de um galpão. A luz fraca mal podia iluminar um palmo à sua frente, mas seus olhos foram tomando foco no escuro e conseguiu identificar três formas: Francis, Drew e Cameron, certamente. Sua cabeça doía mais do que o normal, o que significava que ela tinha levado uma pancada e sua camiseta estava aberta, até perto da altura dos seios.

– Ah, que novidade! Claro que só poderia ser você! - Ela atacou. Com eles, ela usava toda sua raiva e coragem. - O que é vocês querem agora?

– Olha só... O sangue Milligan ferve nas suas veias ainda, não é? - Drew zombou, com a fala enrolada já bêbado pela segunda vez no dia.

– Por isso que eu acordo todo dia com nojo desse sangue.

– Rebelde sem causa. - Cameron riu. - Quanta ingratidão, irmãzinha! Sabe, eu e o papai sempre cuidamos bem de você e daquela cachorra da sua mãe.

– NÃO FALE ASSIM DA NOSSA MÃE. Ela não tem culpa de ter escolhido mal e infelizmente ter colocado você no mundo.

– Isso foi um honra! - Francis tomou a palavra. - Fique tranquila, filhinha. Não vamos te prender aqui por muito tempo, afinal você tem que começar logo sua tarefa.

– Se você acha que vou fazer algo por você, pode esperar deitado. Nojento.

– Ah, você vai fazer sim... Sabe porque? Porque o seu namoradinho está na palma da minha mão. Ele é tão idiota que se eu estralar o dedo, ele vem correndo e eu acabo com a raça dedo.

– Deixe ele em paz! Eu posso não ser a ovelha negra da família, mas sei todas suas estratégias e seus pontos fracos.

Eles riram, mas Francis parou repentinamente e se abaixou, com o rosto próximo ao de Brooklyn.

– Você vai fazer o que eu mandar sim, ou eu acabo com você, com o seu namoradinho imbecil e com todos aqueles filhos da puta, que você chama de amigos. Entendeu?

Ela riu e ele deu um chute na barriga dela, com toda a força de um homem bruto. Brooklyn perdeu o ar e tossia como louca. Sangue começou a escorrer pelo seu queixo.

– Não... é um chute... que vai me fazer... mudar de idéia. Você é um covarde!

Ele se levantou e voltou para perto de seu filho e sobrinho.

– Vou te avisar mais uma vez, e espero que não seja burra o suficiente para não fazer. Quero você na cidade até mês que vem, com U$ 1.400, e nos encontramos com uma roupa bem curta em frente ào banco da cidade. Entendeu?

Brooklyn só o encarou desafiadora. Cameron não pensou duas vezes e atirou um canivete aberto na dreção da perna dela, que assim que a atingiu, transpassou por sua pele da perna direita, prendendo-a no chão e fazendo Brook soltar um grito abafado de dor.

– Vou levar isso como um sim. Tchau, filhinha... nos vemos em breve.

– Posso? - Drew pergunta.

– Faça bom proveito. - Francis e Cameron saíram.

Drew chegou mais perto dela e enfiou a mão suja por dentro da camisa dela, apertando-lhe os seios. O sangue dela ferveu, mas ela estava esperando a hora certa e arquitetou um plano rápido. Ela fingiu um gemido de prazer e ele sorriu sádico. Aproximou os lábios seus à boca dela e a beijou. Ela o iludiu por alguns pouquíssimos minutos (os piores de sua vida), e finalmente, mordeu o lábio inferior dele com muita força. Sentiu a pele dele estralar enquanto era rasgada. Ele gritou e se afastou repentinamente, enquanto ela cuspia o pedaço de lábio que arrancara e o sangue dele. Impossibilitado de se levantar, bêbado e com dor, Drew deu tempo suficiente para que se soltasse. Ela conseguiu desamarrar as mãos e olhou para a perna furada com o canivete. Respirou fundo e puxou a faca, com muita dor, mas evitando gritar. Levantou a camiseta e viu o hematoma do chute. Até que não estava tão mal. Com um pouco de dificuldade se pôs de pé e parou em cima de Drew. O canivete que estava em sua perna, entrou no pulso do primo.

– Não se preocupe, priminho. Você não vai morrer. - Ela saiu enquanto ele agonizava de dor.

Brook abriu o portão de madeira podre do galpão, e saiu em silêncio. Foi parar em um corredor iluminado por uma luz que balançava bastante com o vento da noite, e por uma janela, conseguiu ver com o brilho da Lua que Francis e Cameron não estavam mais lá. O carro velho deles não estava em nenhum lugar. Ela ouviu um estrondo e entrou em defensiva. Sabia que não era Drew... então, quem seria? Olhou em volta e pegou uma garrafa de vidro quebrada em pedaços pontiagudos e cortantes e caminhou devagar em direção ao lugar de onde veio o barulho. Chegou à cozinha fétida e encontrou ratos em cima da pia, algumas embalagens de marmitex sujos, e vários fardos de cerveja. Outro estrondo, dessa vez mais perto. Ela continuou andando e parou num quarto. Havia um bebê dormindo, cheio de feridas, machucado e respirando lento demais para uma criança. O estrondo veio do banheiro. Ela abriu a porta devagar e deu um pulo de susto, largando a garrafa no chão. Viu uma mulher rodeada por uma poça de sangue, e um feto, completo e formado, no chão. A moça estava com os olhos inchados e roxos, o lábio cortado e um dedo da mão gangrenado.

– Ah, meu Deus! - Brook ajudou a mulher a se levantar devagar, enroscou o braço dela em seu pescoço e a levou para a cama.

– Brook... - A mulher falou devagar.

– Oi... O que aconteceu com você?

– Apanhei, de novo e... aconteceu aquilo que você viu no banheiro... Desculpe. - Ela engoliu o choro.

– Eu sinto muito.

– Não se desculpe... Eu tô até aliviada. Não queria que ela vivesse assim. Brookly, acho que você não se lembra de mim. Meu nome é Ellen, sua cunhada. Eu conheci a sua mãe.

– Eu me lembro de você...

– Brook, por favor. Eu preciso da sua ajuda. Tire Leo daqui. - ela apontou para o bebê que dormia. - Por favor. Assim que eu melhorar, eu fujo e vou busca-lo. Mas se ele continuar aqui mais um pouco, vão matá-lo. Por favor, você tem que me ajudar! - Ellen entrou em desespero, e agarrou a mão de Brook.

– Mas... - Brook pensou, mas não tinha o que pensar. Ela tinha que ajudar. - Tudo bem.

– Obrigada. Eu prometo que assim que eu melhorar, eu vou busca-lo. Muito obrigada mesmo.

– E você?

– Eu fico aqui. Eu vou ficar bem. Já suportei isso tantas vezes, posso suportar de novo. Só cuide dele por mim. É melhor você sair daqui logo. Eles não vão demorar.

Brook assentiu com a cabeça e ajudou a mulher a se deitar. Caminhou até o lado em que o bebê estava adormecido e o pegou no colo com cuidado e muito trabalho, pois o chute em seu estômago fazia sua respiração falhar, e sua perna não ajudava a caminhar bem.

Ela olhou pela última vez para a mulher e caminhou em direção a porta.

–Brook, no assoalho da sala de sua casa. Obrigada.


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Notas finais do capítulo

E aí? Emoções à flor da pele? Gostaram? Superei expectativas ou não? Críticas, elogios, qualquer coisa... comentem, por favor! beijos... obrigada por lerem.