Broken Angel escrita por lotusflower


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Vamos às revelações...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/448072/chapter/15

A moça não entendeu, mas assentiu e saiu daquele lugar terrível com o bebê no colo. Tentou correr, mas não conseguia, então foi mancando rapidamente até a beira da estrada. A estrada mal iluminada lhe dava arrepios, e logo encontrou um orelhão. Discou para a sra. Finn e já no primeiro toque ela atendeu.

– Brook! Onde você está? - Annie se desesperou no telefone.

– No quilômetro 45.

– Já estou indo.

Ela se sentou em frente à placa da quilometragem, e arrumou o pequeno no seu colo, que acordou e começou a chorar.

– Calma, Leo... já vamos chegar em casa. Eu não vejo a hora. - A garota deixou algumas lágrimas escaparem, de dor e de medo, e ficou embalando o garotinho. Os mais longos 10 minutos se passaram e logo o carro de Annie Finn encostou ao lado da placa. Ela saiu como um tiro do carro e se chocou ao ver a garota e o bebê.

Brook demorou tempo demais para se levantar, mas conseguiu entrar no carro. Antes de pararem em casa, a sra. Finn parou na farmácia. Na garagem, Anni pegou a sacola com os medicamentos e pegou o bebê no colo, enquanto Brook saía devagar do carro. Entraram na sala e Brook andou depressa ao banheiro. O bebê ficou no sofá, e Annie subiu ao andar de cima, pegar a caixa de primeiros socorros e de bônus, uma caixa preta de veludo já gasto pelo tempo.

Brook olhou para o espelho, depois que vomitou alguns bolotes de sangue involuntariamente. Sua figura não era a mesma delicadeza de antes. Seu lábio cortado e sujo de sangue, um hematoma na testa. Sua perna com um furo de canivete, e ao lado de sua costela, uma mancha enorme roxa. Limpou devagar seu rosto, ficando com uma aparência um pouco menos pior e foi para a cozinha. Pegou a sacola que sra. Finn tinha trazido e encontrou uma mamadeira. Esquentou um pouco de leite com açúcar e levou para a sala. O pequeno chorava assustado.

– Calma, Leo... Vem cá. - Ela se sentou e colocou-o no seu colo devagar, depois colocou o bico da mamadeira em sua boca e ele foi se acalmando. Annie desceu as escadas quieta, arrastou a poltrona do gato, que pulou fora, e sentou-se em frente de Brook.

–Me dá sua perna.

Brook estendeu a perna para ela.

– Como a senhora sabia que eu estava em perigo? - Brook sussurrou.

A sra. Finn a olhou de cima para baixo, retirou uma agulha médica e nylon cirúrgico, limpou o ferimento da perna dela, e antes de começar a sutura, respondeu.

– Você não voltou para casa no horário de sempre. E com o seu histórico familiar, só poderia ser perigo. Quando saí na varanda, vi sua bolsa largada no chão e seu colar.

–Meu colar! - Ela passou a mão livre pelo pescoço e notou que a correntinha de sua mãe não estava com ela mais.

– Acalme-se. Eu a deixei em cima de sua mesa. Aí esperei você me ligar. Eu sabia que ia fazer isso.

– Como? A senhora sabe de algo que eu não sei? - Brook já não estava entendendo mais nada. Annie passou uma pomada ardida por cima da sutura e Brook reclamou de dor.

– Dói agora, mas amanhã estará sem dor. - Ela passou a pomada também no rosto e na costela de Brook. - Segure as mãozinhas dele. - Brook o fez e a sra. Finn passou a pomada nos braços e pernas do bebê, que resmungou, mas com o alívio e já sem fome, dormiu no colo d Brooklyn.

– O que a senhora sabe?

A velha respirou fundo e se recostou na poltrona.

– Brook. Meu nome é Annie Finnick. Não te soa familiar?

Brooklyn revirou a mente e num estalo se lembrou de um pequeno detalhe.

– Finnick era o sobrenome da minha mãe...

– Sim. Eu sou sua avó. Eu nunca saí da cidade. Depois que ela se envolveu com aquele monstro do seu pai, eu me preocupei e me escondi. E quando soube que ela tinha dado à luz à dois filhos, aí é que fiquei mesmo. Nós éramos de uma gangue também e foi assim que ela conheceu seu pai. É por isso que eu sei disso tudo e ela sabia como se virar. No dia que ela saiu de lá, esteve por aqui para me contar que você logo sairia de lá, e procuraria algum lugar para ficar. Me mostrou uma foto sua para saber quem era você, por isso te deixei ficar. Quando ela estava voltando, seu pai a encontrou no caminho e passou as rodas do carro por cima dela. - Annie fez uma pausa. A cena do corpo de sua filha esmagado jogado no meio do asfalto ainda lhe assombrava a mente. - Ela sempre te amou e jamais te abandonaria, ela tinha um plano para acabar com aquela droga.

Brook não conseguia respirar. Era muita informação para somente alguns minutos, mas depois vieram as dúvidas. Muitas perguntas.

– Porque Francis não entra aqui, nunca tentou entrar nessa casa? Qual era o plano dela? Porque a senhora nunca me contou isso?

– Hoje não é dia de perguntas. Eu te contei o que você deveria saber... Quando houver necessidade, nós conversamos.

– Por favor, Annie...

– Sra. Finn. - A grosseria espontânea dela eram resquícios de uma vida inteira de brigas, disciplina e dificuldades na outra máfia de Ashland. A antiga máfia que havia vencido a de seu pai e selado um acordo de trégua. Um não entraria em locais pertencentes aos do outro. - E você trouxe o bebê, você é quem vai cuidar. - A senhora recolheu tudo, ajeitando no colo e parou ao lado da neta.

– Boa noite. - Lhe deu um beijo na cabeça e subiu as escadas. O primeiro beijo, o primeiro contato afetivo de Annie com Brook. Isso a fez sorrir um pouco. Ela viu uma caixa preta de veludo em cima da poltrona em que estava com o pé e Leo estava com os olhinhos bem abertos, calado, porém observado tudo.

Brooklyn pegou a caixa e a abriu. Encontrou várias fotos, todas de sua mãe. Algumas de Cassadee pequena, brincando num gramado verde, outra dela com Brook no colo, outra com Brook e Cameron ao seu lado. Todas essas fotos clandestinas, afinal, se Francis soubesse dessas fotos, já teria dizimado todas. Encontro um broche que ela costumava usar e a escola de cabelos dela, com alguns fios ainda presos. E no forro da caixa, um carta, com uma letra rabiscada rapidamente. “Para Brooklyn, quando as coisas começarem à ficar feias”. A garota guardou tudo dentro da caixa e ficou apenas com a carta na mão. Pensou em abri-la, mas não pôde. Muita coisa havia sido dita em algumas frações de horas, e nada em sua cabeça fazia mais sentido. Muito do que ela era, já não era mais real. Tudo o que ela acreditava se desfez como penas jogadas ao vento. Colocou o bebê no sofá, se equilibrou em pé e pegou a caixa com a carta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

gostaram? Calma que isso ainda não foi tudo!!! Comentem, por favor! :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Broken Angel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.