Eles escrita por ItS


Capítulo 11
Sorrateiros


Notas iniciais do capítulo

Gente, onde estão os meus leitores? Cadê os reviews? Vocês se esqueceram de mim e da Fic? É sério que eu vou ter que excluí-la? Eu realmente não quero fazer isso. Estou amando escrevê-la, mas, talvez, seja o melhor que posso fazer... Eu estava até pensando em fazer uma continuação da Fic. Tipo no mesmo universo e coisa e tal. Chamaria Aberrações. Mas, sei lá... Estou tão triste.
Mas, enquanto não penso com total veemência, fiquem com esse episódio.



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1

Dia: 22 de março de 2047, às 12:33. Ilha; arredores do mar.

A garota ainda não tinha notado sua presença. Ela estava de costas, coletando a água que o coco proporcionava. Devia ser doce, pensou Alexei, lambendo os lábios ao notar a sede. Mas, primeiro, ele precisava matá-la. Matá-la para pegar seu coco, mas principalmente por ela ter matado sua amada. Patrícia com certeza não gostaria que ele fizesse isso, mas ela não estava aqui para julgá-lo ou repreendê-lo. Alexei queria que ela estivesse para ela fazer mais um discurso de coisas morais e corretas. Mas ela não estava. E não estava por causa daquela garota.

Por causa daquela garota vulnerável que estava de costas para ele.

Ele olhou para os lados a procura de algo duro para que ele pudesse se transmutar. O ideal seria algo de metal. Mas seria difícil de encontrar numa floresta. Mas uma pedra também servia. Uma pedra ou corais marrons e cinzentos que estavam na beira do mar, somente esperando para que Alexei pudesse tocá-lo e abruptamente transformar naquele material gosmento, pegajoso, salgado, duro e cheio de pontas que serviam para matar.

Ele tocou. Seu corpo adquiriu uma forma mais concreta; maciça. Espinhos brotaram em diversos locais. Nas mãos, nos dedos, nas pernas, na barriga, seguindo a coluna vertebral. Agora ele era um monstro. Um monstro a procura de vingança. Ele andou pela orla até se afastar um pouco para que pudesse entrar na selva sem ser visto pela garota. Ele iria pegá-la aproveitando o sigilo fornecido pelas plantas. Sua cor escura também ajudaria a camuflar. Bem, não naquela hora do dia e nem com aquele tipo de vegetação.

Ele esgueirou-se pé ante pé. Primeiro o direito, depois o esquerdo. Aquilo precisava ser feito corretamente. Agora ele era a caçador e a garota era a caça. Ele chegou até um local que ele podia olhá-la sem que ela o visse. Estava a uns 10 metros. Poderia se projetar feito uma bala de canhão. Ele não iria se machucar muito, mas a chance de acertá-la dessa distância era um pouco baixa. Ele decidiu esperar o ensejo perfeito.

O ensejo chegou quando a garota foi em sua direção. Parecia estar procurando algo duro para cortar o outro coco que tinha achado. Aqui, pensou ele, o objeto afiado do qual você procura. A garota foi acertada por um monte de espinhos e pedaços de pedra pontiagudos. Os dedos fincaram-se na barriga de Cassie. Ela cuspiu sangue e sentiu uma súbita dor. Era profundo demais;lancinante demais. Os dedos continuaram a perfurar a carne frágil e queimada pelo sol da garota. Agora tinha atravessado completamente. A mão de Alexei chegou ao outro lado, segurando parte do estômago e outros órgãos dos quais eram difíceis de discernir devido ao sangue demasiado.

Isso é por você matar minha namorada, sua filha da puta.

Ele a deixou cair. Percebeu que a roupa da garota estava molhada. Assim como a sua. Porém a dela tinha alguns resquícios de sangue. Com certeza era o sangue de Patrícia e daquele outro cara. Maldita puta. Alexei começou a chorar. Chorava por tudo que tinha acontecido. Estava chorando porque percebera que ele tinha matado alguém. Ninguém deveria ser morto. Todo mundo tinha direito a vida, não tinha? Mas por que ele tinha matado aquela garota de roupa suja de sangue?

Ah, claro, essa garota matara sua namorada e por isso merecia morrer.

Ou não.

2

Dia: 22 de março de 2047, às 22:04. Casa de Isaac e Barbara.

O pensamento de Isaac era muito simples: ele iria pegar todos os mutantes de Lago das Montanhas e deixaria a cidade livre deles. O estranho era que, de algum modo, a cidade de Lago das Montanhas tinha uma quantidade numerosa deles. Nas outras cidades, não se encontrava muito, mas, talvez por esta ser muito grande, achava-se muitas aberrações e pessoas com poderes especiais. Ele não entendia o motivo disso. Mas seus informantes diziam que, segundo a hipótese que acreditavam sobre a origem das aberrações (OA) – Teoria da Radioatividade –, Lago das Montanhas possuía uma quantidade alta de radioatividade. Não era perigoso; pelo contrário, era inofensivo e ela, com o passar dos anos, criava metais preciosos que, durante o passado, foi motivo para brigas e conflitos, mas que deixaram o local muito “visitado” e rico. E, assim, a cidade passara a ser a capital do país Bágeli.

Havia outras teorias para a OA. Tinha algumas que ligavam a religião e aos deuses, outras que diziam que já era algo do submundo, outra que era somente evolução da espécie, outra que era uma invenção alienígena, outra que era por causa de um desenvolvimento de uma tecnologia nova. Isaac sabia de todos esses dados. Sabia, pois tinha diversas pessoas trabalhando para ele e que o deixavam a par de todas as informações necessárias. Ele tinha em registro a informação de todas as pessoas que provavelmente tinha a doença. Sabia que podia matar os pais das aberrações, pois ela um número muito ínfimo em comparação aos normais. E sabia também que sua ilha, ao contrário das demais, teria muito entretenimento e renderia muito dinheiro.

Ele tinha conseguido falar com cientistas super renomados e, assim, formular um pó que identificava as aberrações. Era algum tipo de substância que unia composto químicos naturais, mas que contava com algo que ninguém fazia ideia: o poder de uma aberração. Sim, era uma aberração que podia deixar as coisas cristalizadas. Cristalizadas ou congeladas. Algo assim. Era algo raro e brilhante que, segundo seus serviçais, tinha componentes ótimos para diversas coisas. Uma delas era o Pó. A aberração que transformava as coisas em gelo/cristal era uma criancinha. Chamava-se Maria. Seus pais vendiam doses do poder a altos custos. Contudo, Isaac podia pagar sem problemas; ele era simplesmente rico.

Isaac tinha os melhores policiais. Tinha um exército poderoso do qual podia contatar assim que precisasse. Tinha também algumas aberrações potentes que lhe serviam lealdade absoluta. Tinha até seguranças particulares que, naquele dia, estavam de folga. Ele tinha tudo. Dinheiro, mulheres, amantes que Barbara nem fazia ideia de que existisse. Tinha barcos, iates, lotes, cavalos, fazendas. Tinha tudo que qualquer pessoa podia sonhar. Ele tinha, acima de tudo, poder sobre a capital do país. Ele tinha poder sobre a capital de Bágeli.

A ilha seria algo simples. Levariam todos os mutantes para lá. Câmeras seriam implantadas. O entretenimento seria colocado em TV aberta, mas que, se as pessoas quisessem assistir 24 horas, poderiam comprar o pacote. Assim, o lucro seria enorme. As pessoas passariam a gostar do derramamento de sangue, o que já vinha acontecendo. O senso de certo e errado já estava degradado. Isaac sabia disso, entretanto não fazia nada para mudar. Isso daria muito trabalho, afinal de contas. Era mais fácil aproveitar-se disso. Mesmo porque, para mudar o pensamento dos burros, precisaria de muito gastos e seria algo árduo; o caminho do mal sempre fora mais fácil que o caminho correto.

Tudo estava muito bem. Muito bem até Alberto chegar a sua casa e matá-lo a sangue frio, coisa que ele nunca tinha feito diretamente.

3

Dia: 22 de março de 2047, às 22:01. Casa de Isaac e Barbara

Alberto estava pronto para atacar. O prefeito devia ter ido fazer algo; afinal, ele não estava mais à mesa pomposa onde estava há alguns minutos atrás. Alberto não gostava de esperar, mas, quando era preciso e necessário, ele esperava o tempo que fosse; uma boa missão às vezes necessitava de muita paciência para que tudo ocorresse bem. Esse era um dos casos. Ele não podia chegar lá na casa repleta de câmeras e outras coisas de segurança e simplesmente matar o prefeito. Precisava ter calma e cautela. Tudo tinha que ser minimamente calculado antes de ser feito.

Havia dois cachorros. Eram ferozes. Ou pelo menos possuíam dentes capazes de estraçalhar qualquer um que os atacasse com mãos vazias. Alberto estava com uma pistola, mas não precisaria de muito esforço para dizimar os caninos; bastava ele somente transformar os órgãos dos animais em substâncias assaz para desintegrar todo o organismo por dentro. Foi bem fácil. Alberto somente se aproximou dos cachorros. Claro, os barulhos de seu solado seriam ouvidos, mas não de um solado de algodão, do qual ele modificara. Passara de um solado comum para algo bem macio e que não fazia barulho.

A entrada estava a sua frente. Ele andou até lá. Encostou os dedos na fechadura e ela derreteu. A tranca cedeu e a porta se abriu. O interior era grande. Tinha lustres e muitas luzes, assim como câmeras, móveis feitos de madeira importada e cravejados em pedras reluzentes, tais como diamantes e cristais. Ele era muito rico mesmo. Talvez isso fosse devido ao tempo em que ele passara no poder: trinta e poucos anos. Ele se candidatara com 21 anos e desde então estava comandando a cidade de Lago das Montanhas.

Alberto adentrou o cômodo mais próximo, uma cozinha. Ela estava com as vasilhas sujas. Talvez ela esperasse até algum empregado lavá-la. Alberto viu as escadas. Segundo um mapa que tinha visto, o quarto dos dois ficava lá em cima. Ele foi subindo, o barulho inaudível a ouvidos humanos. As câmeras iam se desintegrando quando Alberto as tocava. Os fios queimavam e emitiam um baque surdo, baixo. Os cabos se desfaziam e soltavam pedacinhos de borracha e outros materiais. Tudo estava correndo bem. Ninguém tinha notado a presença do grandalhão de cabelos negros e compridos. Alberto chegou ao quarto e ouviu conversas. Ele reconheceu a voz de Isaac e Barbara, sua mulher. Eles falavam sobre algo que interessou Alberto.

Amor, tenho que concordar com você. A ideia de levar as aberrações para aquela ilha foi sublime.

Claro que foi. E não é só aqui. Todos os governos dos outros países estão fazendo a mesma coisa. – disse, com ar sonhador e arrogante – O primeiro passo foi dado.

E qual é o próximo?

Iremos implantar câmeras para espionar a ilha. Faremos uma espécie de jogos. Entretenimento rende muito dinheiro. Principalmente se for algo que ele gostem.

É verdade. – concordou a mulher – E nada melhor do que ver as aberrações morrendo. – ironizou.

Antigamente, eu até concordaria com você; mas hoje... A sociedade mudou, querida. Os gostos mudaram. A maioria das propagandas é representada por sangue. Os filmes que mais fazem sucesso são de ação, violência, sexo e terror. – proferiu em voz mais alta, como se tivesse dando uma palestra para crianças para que elas pudessem entender uma matéria muito difícil – A ilha será perfeita para isso.

A mulher assentiu. Finalmente entendera o objetivo do marido.

Nós iremos vigiar a ILM, Ilha de Lago das Montanhas. Ela funcionará como um reality show. Iremos fazer apostas, jogos. Tudo que quisermos. A população irá interagir com o governo. Nós arrecadaremos rios de dinheiro assim.

Alberto ouvia tudo. Estava odiando aquele tanto de merda que saía da boca do homem. Ele odiava algumas pessoas; mas odiava ainda mais as pessoas que desprezavam os mutantes. Isaac era um deles. E ainda se fingira de bonzinho durante muito tempo. Agora eram dois motivos para sua morte: vingança dupla. Uma por passar informações erradas e outra por estar fazendo isso com eles. Alberto estava sabendo do que aconteceu neste dia na cidade. Ele ficara sabendo que a polícia estava invadindo a casa com a permissão do governo. Por isso, ele esperara até agora para agir.

Um buraco na parede se dissolveu. Era derretera. A brecha dava visão direta para o prefeito. Ele estava na mira da arma de Alberto. Alberto era bom com armas; com certeza acertaria aquele tiro. Ele puxou o gatilho. A bala descreveu uma linha no pescoço do prefeito. Este caiu. Inerte. No chão. Sangue escorrendo da laceração causada pela bala que, ainda por cima, tinha uma espécie de espinho metálico na ponta – criação do poder de Alberto –. Barbara gritou e, enfim, notou a presença do robusto. Olhou para o seu marido. O moribundo gemia. Estava na beira da morte. Alberto riu e, antes de sair, disse:

Isso, prefeito, é por ter feito tudo isso a nós. Quer dizer, a eles. Não é assim que vocês nos chamam?

Barbara chorava e Isaac emitia palavras desconexas. Mas, num último esgar de consciência, conseguiu juntar as forças para fazer um último pedido a sua esposa. “Acabe com eles, minha querida. Acabe com todos eles.” As palavras saíram praticamente num sussurro. Era difícil de entender. Mas para Barbara isso fora fácil; seu marido deixara isso muito claro durante um tempo. Barbara não era totalmente contra eles. Mas ela não sabia desse lado sombrio. Ela não sabia que as aberrações eram muito piores do que as pessoas. Agora Barbara iria assumir o lugar de seu falecido marido.

Ela iria conceder o desejo de seu marido.

Ela iria destruir todos eles.

4

Dia: 22 de março de 2047, às 10:06. Ruas de Lago das Montanhas

Marina estava sem saber o que fazer. Estava com o cérebro entorpecido. Será que a morte de Maria era culpa dela? Será que, se ela não tivesse parado para ouvir os pássaros, ela estaria viva? Será que, se pelo menos isso tivesse acontecido, Marina conseguiria salvar sua amiga? Provavelmente não. Marina era muito ruim em fazer qualquer coisa que exigisse reflexos. E agora ainda estava pior: ela estava traumatizada devido aos acontecimentos. Martinho agia normalmente, como se matar uma pessoa após, provavelmente, tê-la estuprado fosse generalizadamente normal. Mas, não; isso não era normal. Nem agora e nem nunca. Mas parece que só ela pensava desse jeito.

Andava vagarosamente pelas ruas que ladeavam comércios. Tudo estava muito parado. Poucas pessoas andavam por lá. E nem podia dizer “andar”; visto que a maioria corria, preocupados. Todos tinham semblantes luzindo angústia. O que tinha acontecido no tempo em que ela ficara na casa do assassino? O que tinha acontecido durante o tempo em que ela ficara moscando e, assim, deixando uma garotinha indefesa morrer? Marina estava com muita raiva de si própria. Com raiva pela sua burrice. Idiota, burra, songa.

Os pensamentos flébeis da garota dissolveram-se como num passe de mágica. Ela ouviu gritos vindos de uma casa. A polícia estava lá e, junto dela, os possíveis pais de uma criança suplicavam para que devolvessem o bebê do qual estava sendo carregado por uma policial. Ele tinha roupas brilhantes. Marina não entendeu nada. Será que aquele bebê era roubado, como tinha acontecido em várias novelas? Será que a polícia tinha descoberto isso e, agora, tinha vindo pegá-la de volta para entregá-la aos pais verdadeiros?

Marina era curiosa – como já devem ter percebido quando seguira Maria –. Andou na direção do evento, fingindo que não queria bisbilhotar. Mas, quando passava por um beco, uma mão pequena e fria a puxou. Ela virou-se para ver quem é antes de emitir um pavoroso grito. A garota pediu para que ela ficasse em silêncio. Marina reconhecera logo a garota. Era Ana, uma garota que estudava em sua escola. Claro, elas não conversavam muito, mas podiam dizer que eram amigas; afinal, a maioria dos adolescentes aceita vários no Warrisa sem ao menos conhecer e, quando menos se espera, no outro dia tem declarações tipo: “Conheço você a pouco tempo, mas já te considero muitão. Ç2 Te amo amiga.”

Ana? O que está acontecendo? – perguntou Marina, enquanto seguia a garota. Ela fora verificar se não tinha ninguém por perto.

Olha, não me diga como, mas eu sei que você é um deles. – a informação pegou Marina de surpresa. Como ela tinha descoberto isso? – Olha, acho que você não sabe o que está acontecendo, porque, se soubesse, não estaria andando sozinha pelas ruas. – outra informação que a deixou surpresa – A polícia está procurando os mutantes. Eu não sei para onde levam eles, mas sei que não deve ser para uma sorveteria.

Como assim? E como eles descobrem quem são os mutantes?

Eles jogam um pozinho. Algo assim que deixa a roupa brilhando. – contou, desconfiada – Mas só a roupa deles. – ela deu um tempo, indo verificar novamente para ver se a polícia não o seguia – Precisamos ir para um lugar seguro.

Supondo que fujamos, para onde vamos? Qual é o seu plano?

Sei lá. Achei que poderíamos formar, sabe, tipo um grupo de super heróis que lutariam contra o governo. Sabe, seria muito maneiro. – os olhos delas pareciam brilhar feito chama.

Primeiro eu tenho que ver meus pais. – Marina disse, olhando o relógio. Àquela hora, seus pais já tinham acordado – Eu vou bem...

Usar seus poderes. – interrompeu Ana – Vai logo. E me encontre perto da Loja dos Jovens, lá no calçadão.

A Loja dos Jovens era o point para tais pessoas. Elas eram comumente vistas com pessoas de diversas escolas. Na verdade, não era uma loja. Estava mais para um bar ou balada. Sempre tinha festa com muita bebida. Os jovens que se consideravam populares frequentemente iam para lá. Encontravam amigos, se divertiam, beijavam, ficavam, bebiam, zombavam, e quaisquer outras coisas envolvendo promiscuidade e libertinagem. O local não era lá para pessoas de família.

Ok. Te encontro lá.

Um borrão porejou. A imagem ficou distorcida e, então, Marina desapareceu. Para ela era como mudar de canal. Ela imaginava o terreno e puf, ela estava lá. Ela simples e prático. Seus pais já sabiam do poder e, por isso, confiavam veementemente em deixar a filha ir em lugares sozinhas, pois sabiam que, quando ela quisesse, ela estaria em casa num piscar de olhos. Ou melhor, numa distorção, parecendo um holograma.

Marina apareceu em sua casa. Os móveis estavam derrubados e seus pais caídos no chão. Ela correu para vê-los. Virou-os de costas e percebeu que tinham balas cravadas. Eles estavam mortos. Mas por quê? Por que estavam mortos? Marina tomou-se por uma fúria e gritou, deixando sua raiva esvair. Ela começou a chorar e percebeu, por fim, que as coisas estavam acontecendo rápido demais. Ela não podia ficar ali, chorando, lamentando. Precisava lutar contra a ânsia de ir para o quarto, esconder embaixo da cama e chorar eternamente. Ela precisava ser forte. Ser forte por seus pais e por Maria. Precisava ir com Ana e fazer, sei lá, um grupo de super-heróis.

Ela teleportou-se para o calçadão, próximo da Loja dos Jovens.


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Notas finais do capítulo

Gente, deixem reviews e mostrem que vocês ainda estão lendo. Nem que seja: "Muito bom", "gostei".
Estou bem triste ;/