Pan, the Devil escrita por Lu Falleiros


Capítulo 19
Cap. 18 - Bonança?


Notas iniciais do capítulo

Hallo~~ Eu disse que postaria mais, não é mesmo?
Estão prestes a me matar ou não~~
Pliz. Não! Não acabou ainda!

https://www.youtube.com/watch?v=8v_4O44sfjM --> Se quiserem acompanhar! Ouçam a partir do momento em que Pan e Lucy estão no chão, já conversando com a rainha!



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Os lábios de Pan colados nos meus traçavam um caminho como se quisesse decorar meus lábios e cada pedaço de minha boca. Era tão gentil, eu não sabia dizer se estava beijando àquele grosseiro ou realmente Peter Pan, o que também não era uma coisa de se acreditar, mas eu já não queria mais pensar.

Meu objetivo era simples....

Deleitar-me no meu doce e interminável primeiro beijo.

Não me importava mais com quem falasse o que lá embaixo, eu flutuava, literalmente.

Nossos lábios se separaram contra minha vontade, eu queria ficar mais tempo ali, sentindo-o. Ele sorriu adoravelmente para mim. Espera, eu disse que ele sorriu adoravelmente?! AHHH!!! EU SOFRI LAVAGEM CEREBRAL.... Arregalei os olhos, vermelha.

– Para pensar que isso iria realmente acontecer, é impossível não é? Você é um demônio. E parece que só eu percebo isso. - Não pude evitar de sorrir para o jovem na minha frente, enquanto as lágrimas que escorriam por minha bochecha se misturavam com o sangue que se fazia presente por quase todo meu corpo.

Eu estava em seus braços, aquilo que importava. Mas no final, ele era mesmo uma idiota, porque... Sério, o que estava acontecendo lá em baixo deveria ser mais importante. Por que então... Eu não me importava. Ou melhor, eu queria estender cada minuto, o máximo que fosse.

– Se sou um demônio, por que não corre? - Ele sorriu maliciosamente, por que acho que ele nunca tinha feito isso como estava fazendo agora? Eu chegava a ficar assustada.

– Porque. Só porque. É insanidade. – Suspirei, como ele poderia pensar naquilo agora, havíamos nos beijado, eu já disse que o amava.

– Seria saudade. - Ele terminou, colocando a suave e de alguma forma doce mão em minhas bochechas. Secou cada uma das lágrimas que escorriam.

– Por quê? - Perguntei batendo em sua mão. Mas ao em vez de soltá-la, deixei-a, eu descansava minha cabeça. Finalmente eu sentia, a fadiga da luta, que ainda não havia acabado. Né?

– Só porque. - Ele sorriu maliciosamente, fazendo com que minha espinha estremecesse. Eu nunca imaginei que meus pesadelos seriam também meus sonhos. Peter Pan, eu te amo.

– Adorável... Seu sorriso. – Suspirei.

– Por que logo isso? – Ele suspirou em resposta dando uma pequena risada que eu não consegui dizer ser realmente um riso ou apenas um alargamento no seu sorriso. Revirei os olhos.

Lá embaixo ouvia grunhidos de dor e reclamações, não ficaram contentes com nosso beijo? Ao menos os Meninos Perdidos riam, como sempre fofos. Demócrates encarava a nós como se esperasse por algo ruim. Então... Qual era o problema?

Pan me colocou no chão, e minha mãe parecia triste, o que foi que eu fiz?

– Perdi minha filha quando finalmente a tive de volta... – Ela riu. – Pan... Espero que saiba.

– Sim. – Pan olhou para baixo. Ele também estava triste. É sério, o que foi que eu fiz?!

– O quê? O que vai acontecer? – Perguntei me sentindo de repente aflita.

– Nada. – Os dois disseram em uníssono. Estava acontecendo alguma coisa, só não sabia o quê? E bem... Nem... Por quê? A culpa era minha?

Rumpel riu, ao mesmo tempo que que parecia estar tendo um ataque no chão, talvez uma convulsão. Ou era mesmo um Misanfilico, se é que esta palavra existe. Novamente irei recorrer às interpretações. Miso-Misan significa ódio ou despreso, Filo-Filico significa amigo. Teria ele uma aversão ao afeto humano? Ri com meus pensamentos.

Todos os seres das sombras começaram a desaparecer, um por um - seriam eles iguais aos mestres? Eu me perguntava. Até que só sobrassem os guerreiros da Rainha, ela em pessoa e todos os nossos amigos.

– Você é idiota... – Riu-se ele. Todos os seres já haviam desaparecido, mas ele parecia derreter pouco a pouco, como se seu corpo estivesse realmente apodrecendo. Ele tinha mesmo alguma doença ao ver afeto? Surpreendi-me.

– O que está havendo? – Perguntei agarrando-me às vestes de Pan.

– Você acabou com a maldição... – Ele suspirou acariciando meus cabelos.

– Isso quer dizer então que... – Perguntei segurando-o mais forte. Se isso aconteceria com Rumpel, o que aconteceria com Pan?

– Sim, eu vou voltar àquele lugar horrível... – Suspirou.

– Não! – Teimei como criança.

– Lucy, não se preocupe, eu fui feliz desde que comecei a amar você. – Ele balbuciou. – Eu sempre vou lembrar de você, mesmo que qualquer coisa aconteça comigo. – Ele sorriu daquela forma adorável.

– Eu também, mas nós estaremos juntos para que isso se renove a cada dia... – Suspirei.

A Rainha pegou em meu ombro, as lágrimas já rolavam mais uma vez pelo meu rosto. Duas perdas em um único dia era impossível. Por quê? O que iria acontecer comigo daquele ponto em diante? Eu nunca me senti tão sozinha.

Pan sorriu para mim, de alguma forma, seus olhos estavam mais claros.

– Pan? – Perguntei tocando em seu rosto, por que motivo ele estava gelado?

– Não... Meus olhos são negros mesmo... – Suspirou.

– Então porquê?! – Gritei para ele com vontade de batê-lo.

Suas mãos tocaram no meu rosto e eu percebi, ele estava clareando, estava virando vidro, aos pouquinhos. Suas mãos já estavam quase transparentes, se tornando duras e geladas. Eu iria perde-lo assim? Dessa forma tão idiota. Ele continuaria lá, mas assim?

– Como isso? – Suspirei acariciando seu cabelo antes negro, agora quase cristalino.

– Saudade... Será... – Ele suspirou. – Nada dura para sempre.

– Você dura! – Forcei-me a gritar. – Você é Peter Pan!!

– Você acredita? – Ele perguntou ponto a ponta do que deveria ser seu dedo sobre mim.

– Como não?! É claro! – Berrei.

– Então acredite... – Ele riu.

– Não ria!

– Você vai entender... – Suspirou, e em poucos instantes minhas mãos estavam mais uma vez tomadas pelo gelo. Meus olhos ardiam. Bati com força contra seu peito de vidro.

– Você! Você é um maldito. Por que faz isso comigo? Quando finalmente tomou meu coração e o confinou em um potinho você faz isso, congela. SEU CORAÇÃO FRIO! Bem feito. - Eu berrava, enquanto chorava. Por quê? Por quê? Ele teve que fazer isso. – Peter... Pan... Pe... Pan.... – Suspirei chorando em seus braços, tão ruins quanto sua alma. Maldito Pan, por que fez isso comigo? Eu não queria ter ido para Neverland desde o começo... Mordi o lábio com raiva. Não queria ter me apaixonado por ele.

Olhei o que seria seus olhos, fechados e transparentes. Estranhamente eles trincavam, de leve, até o momento em que o vidro quebrou em vários pedaços. tornando-se pó no chão, fazendo com que eu também caísse, nos meus joelhos, e depois, a cabeça. Soluçava ao chão. Agora... Tudo era apenas uma memória.

Sentia que pessoas falavam comigo, e mãos tocavam meu ombro e minhas costas. Do mesmo jeito, eu não queria me levantar. Ainda ajoelhada no chão, eu apreciava a possa de lágrimas que se formava em minha frente. Onde está Aramis? Ele saberia o que fazer. Ou Pan, ele me faria rir. São dois trastes. Idiotas. Argh! E no final das contas, tudo isso é culpa minha... Apertei a mão contra o peito, pondo-me novamente de pé e olhando para onde deveria estar o corpo de Aramis, mas não havia resquício, nem dele, nem de seu sangue.

– Aonde? – Chorei um pouco mais sem conseguir entender mais nada do que estava acontecendo.

Ainda de joelhos tentei decidir, como eu poderia dizer que havíamos vencido? Suspirei. Eu não sentia alegria, nenhuma.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... Ou melhor, compreendido e que queiram saber o que vai acontecer, ainda tem muita coisa pela frente. Acreditem em mim, mais dois capítulos estão saindo do forno!
Quem vai acompanhar até o final comigo??? :3
*Por favor... Eu prometo que vocês vão gostar~~ (Espero ao menos)*