Pan, the Devil escrita por Lu Falleiros


Capítulo 14
Cap. 13 - Mais uma embromação


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas do meu coração... Antes que eu leve pedradas... Eu peço desculpas...
Demorei para postar, eu retornei de viagem dia 23, fiz uma cirurgia dia 24... Por isso estou postando hoje! XD
Estou louca para o próximo para ser sincera! Huahuahau!!
Bom, boa leitura.
Obrigada por todos os comentários até agora!!



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Olhei para baixo um tanto irritada... O que eles queriam dizer? Quero dizer... Bem... É... Empaquei. Aquilo não era visivelmente possível, eu tenho uma mãe e um pai, ao menos, eu tinha.

– Bom... – Philos pegou-me no ombro e indicou para que eu sentasse, não sei porquê, eu não conseguia ficar quieta, eles haviam me deixado elétrica... E depois de tudo o que aconteceu... – O que queremos dizer é que é filha da Rainha. – Ele repetiu de novo.

– Tá. Mas eu tenho uma mãe.

– Esse é o problema.... – Disse Athos.

– Como assim? – Perguntei.

Demócrates suspirou e começou a falar. – Já ouviu falar em paladinos?

– Sim. – Assenti concordando.

– Quieta que eu não acabei.

– Desculpe.

Ele respirou e voltou a falar: ‘Seu pai era um paladino. Sim, o seu pai lá de Londres... Esse mesmo. Ele era um homem bom, e claro, exercia excelentes funções de pai. Só que havia um problema. – Como assim? Pensei. – Você e seu pai não viviam em Londres. Tanto ele quanto você viviam em Neverland, vocês foram raptados por Rumpel... E...’

Não resisti, o interrompendo.

– Tá. Vamos fingir que eu acredito... – Disse um tanto irônica. – O que isso tem a ver com a Rainha?

– Bem, o seu pai fora casado com ela e você é filha dos dois... – Athos interrompeu Demócrates que estava visivelmente irritado.

– Tá. – Respirei sem acreditar muito.

– E minha mãe? A de Londres...

– Bem, ela não é sua mãe... – Disse Philos. – Mas você era muito pequena quando seu pai fugiu para saber...

– E como vocês sabem de tudo isso se são mais novos que eu?!? – Perguntei relutante em acreditar.

– Lucy... – Suspirou Aramis, falando pela primeira vez. – Nós somos de Neverland. – Ele me fitou com seriedade. Não sei porquê, mas não tinha como eu não confiar nele.

– Hum... – Assenti sem conseguir concluir com qualquer opinião inteligente.

– Nós não envelhecemos... – Assentiu Demócratis se irritando mais.

– Sim, eu sei disso! – Quase gritei.

A mão de Aramis se juntou em meus lábios, ele estava muito próximo.

– Pare. – Ele sussurrou contra meu ouvido fazendo meu pescoço que recebia sua respiração contra minha pele se arrepiar. – Pan saiu para não atraí-los de novo.

– Atrair?

– Sim. – Ele disse mais baixo ainda. – Os cães da Rainha.

– Muito bem querido Aramis... – Um jovem do outro lado da campina sorria.

Minha visão, pela falta de luz, fora difícil. Mas eu pensei ter visto o boboca do que era o príncipe encantado da Branca de Neve. Quer dizer então que ele consegue fazer coisas sozinho?!? Suspirei sem evitar uma risada.

– Segure... – Aramis me colocou em seu ombro correndo comigo. Ele não poderia voar. Não como Pan.

Corremos um tanto, não sei quanto, mas Pan, voando, é claro, apareceu ao nosso lado.

– Solte-a. – Pan estava ao lado de Aramis, enquanto ainda corríamos.

– Pare. – Disse Aramis.

– Não. Me dê! – Gritou Pan.

– Está piorando. – Aramis parou de correr. Não estávamos mais na campina, estávamos no meio da floresta.

– Não está não! – Pan berrou.

– E se não for ela? – Perguntou Aramis.

– É sim! – Pan gritou parecendo desnorteado.

– Como tem certeza? – Aramis fez com que eu ficasse de frente para suas costas. Via Pan por seus ombros, pela primeira vez eu o considerei realmente assustador. Não que me assustasse, mas ele parecia... Um Breu... Ou... Bem... Uma espécie de monstro que absorve as sombras.

Seus olhos mais negros do que nunca não me fitavam, ele olhava furiosamente para Aramis.

– Já contou para ela? – Perguntou Aramis.

– Contei? Contei o quê? – Pan se controlava com dificuldade.

– Ela sabe porque você a levou para Neverland? – Perguntou.

Segurei em sua camisa. Não era aleatório?

– Não. Mas ela sabe. – Pan gaguejou.

– Ela sabe que você deve receber o primeiro beijo dela... Não é? – Disse Aramis.

Mas... O que aquela promessinha besta e infantil tinha a ver? Pensei apertando-me mais contra o corpo de Aramis. De alguma forma, eu queria desmaiar, não queria ver a mais nada.

– Isso. – Disse Pan parecendo um pouco mais infantil.

– Ela sabe que se não for a pessoa certa você irá matá-la.

Do que Aramis está falando? Não é como se eu realmente gostasse de Pan mais do que dele. Mas como Pan me mataria. Ele não teria coragem... Como assim?

– Do que estão falando? – Perguntei. Passei para frente de Aramis e me aproximei de Pan.

– Não! Lucy! – Aramis gritou.

Olhei para ele para indicar que estava tudo bem, o vi se aproximando de mim com a mão esticada. Infelizmente, o breu já havia ocupado toda minha visão, pensamento e corpo.

Ainda, desmaiada, acredito eu, juntei as mãos, a única coisa que conseguia pensar era: ‘Tire-me deste pesadelo. Por favor! Tire-me deste pesadelo. Eu quero acordar... Eu quero ver o sol... Por favor...’

Um sininho baixo tocou contra meus ouvidos. Diferente do que eu esperava, ao abrir os olhos, não encontrei uma cama e um sol brilhante, eu estava atada a uma parede, Pan estava em minha frente da mesma forma, preso. Aramis não se encontrava em lugar nenhum. E Sininho, ao meu lado zunindo ao meu ouvido.

– Quieta, fada. – Ordenou uma voz que eu já havia ouvido antes, só não lembrava aonde.

– Óh... – Riu-se uma voz esganiçada.

– Quem está aí? Mostre-se.

– É claro... Majestade.... – Curvou-se em minha frente, onde o único raio de luz atravessava, um ser o qual o corpo parecia feito de pedra, os olhos alaranjados como os de um lince, um sorriso sádico e divertido.

– Quem é você? – Ordenei, apesar de não estar em posição.

– É claro que não se lembra... Era tão pequena... – Suspirou o senhor brincando com os braços e as pernas, saltitando como um bobo-da-corte. – Meu nome é Rumpelstiltskin... – Sorriu novamente.

Observei-o por mais alguns instantes.

– Por que estou aqui? – Perguntei...

– Ora... Ora... – Ele se privou de me responder. – Toda pergunta... Tem um preço.

– Não. – Corrigi-o. – Toda magia tem um preço.

– Quer trocar? – Perguntou ele entortando a cabeça sem perder o sorriso.

– Não sei ainda o que posso fazer... – Sorri sem mais me importar de onde estava. – Como posso apostar... – Olhei-o. Meu olhar mais monótono que o normal, eu não tinha certeza se o que disse era verdade ou apenas um blefe.

Riu-se novamente o ser. Sua risada esfriava minha espinha e assustava até os mais cruéis dos ladrões.

– Humm... – Ouvi um gemido de Pan do outro lado. Rumpelstiltskin correu até ele, dando-lhe um tapa na face. – Porra! – Gritou o jovem, não em seu melhor estado.

– Pan! – Gritei.

– Lucy!! – Assentiu ele, de repente, muito mais acordado.

– Inútil. – Disse o ser que finalmente se tornou sério.

– Onde está Aramis seu imbecil.

– Não deve falar assim com quem lhe deu a vida. Não é mesmo? – Rumpelstiltskin, a quem eu adoraria de dar o nome de Marionete, pois me lembrava uma, entortou a cabeça como quem brinca.

– Não brinque comigo. – Assentiu Pan, que não sei como voltara ao normal.

– Você tem um dia. – Rumpelstiltskin assentiu antes de sair do poço escuro por uma pequenina porta.

– Pan... – Chamei-o, agora só restava a nós e Sininho, que não conseguia falar.

O garoto não olhou para mim.

– Pan! – Berrei, o eco estrondou minha voz. O garoto finalmente levantou o olhar.

– O que quer? – Perguntou.

– Aramis não mentiria. Agora conte a verdade. – Ordenei.

– Não. – Ele disse. – Você me deixaria.

Pare com essa medíocre ideia de solitário! Queria gritar, mas não o fiz. – Cale-se. Não sabe o que eu faria. Então fale o que lhe peço... – Pedi.

– Me lembra muito de sua mãe... – Ele suspirou. – Se te contar... Você irá querer me matar.

– Não julgue-me antes de saber. – Pedi. Antes de ouvir sua resposta olhei para os lados. Onde estava Aramis? Se nem Pan fugiu... O que houve com ele.

Sininho conseguiu sussurrar baixinho:

– Aramis... Salve-o também... O Pan... Os dois...

O que ela queria dizer com aquilo? Salvar os dois? Por quê? O que eles tinham haver? Como!?! Argh! Tá tudo cada vez pior.

– Tudo bem... Não vejo um melhor fim... – Suspirou, Pan, finalmente começando a falar.


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Notas finais do capítulo

Gente, sinto dizer... Mas...
Estamos chegando às retas finais da história. Eu espero que todos gostem e se empenhem em ler até o fim!!
Acho que por hora é só! :3
Quero agradecer imensamente à JustHellGirl que recomendou a história... (Apesar dela ter dito que ficou triste porque parte da recomendação ela não conseguiu escrever porque mandou antes!) Eu adorei. Obrigada mesmo.
E obrigada à todos que leem a história!
Até o próximo!! :3