Pan, the Devil escrita por Lu Falleiros


Capítulo 13
Cap. 12 - Mais um esquecido.


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem. Eu demorei um pouquinho. Peço desculpas...
O que está por vir é mais interessante, quero dizer, o capítulo 13. Espero que todos gostem... Deste, que é uma preparação para o que o 13 e o 14 tem para mostrar.
:3
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/441360/chapter/13

Acabei voltando para o acampamento para dormir. Deitei e senti frio. Foi só depois de um longo tempo que acostumei-me, ou ao menos me senti um pouco melhor com a temperatura. Naquela noite, tive um sonho estranho.

"- Não... Não – Ouvia alguém sussurrar. – Você não pode... – A mesma voz ecoava mais alto.

– Cale-se. – A voz de meu pai inundou minha cabeça. Nunca o ouvi tão tenso.

A voz que repetia o não diversas vezes ficou cada vez mais longe.

– Pronto. – Falou meu pai. Por que eu não enxergava nada? Só ouvia às vozes, mas por que não via?

– Dá-me. – Ordenou uma voz grossa. Senti um aperto contra o meu pescoço. Estava desconfortável.”

–AHHHHHHHHH!!!! – Acordei assustada. Ergui-me sentindo que não respirava. Estava afogada. Os garotos que dormiam ao meu redor acordaram já agarrando suas armas.

– O que houve? – Pan voou a cima de mim ficando a apenas alguns milímetros de meu rosto.

– Afaste-se. Deixe-a respirar. – A voz de Demócrates irrompeu. Pan ainda relutante o obedeceu.

Levantei-me. Mas antes percebi o enorme cobertor contra mim, quem o havia posto? Fiquei tentando descobrir. – Desculpem. – Pedi.

Todos concordaram voltando a dormir. Apenas Pan e Philos continuavam acordados fazendo a ronda.

Sentei-me novamente no chão. Eu não conseguiria mais dormir, claro que não, não queria afogar-me novamente. Apoiei a cabeça nos joelho e fiquei olhando a floresta escura. Não pensava nada, não queria nada. Só o vento, batia em meu rosto.

De repente o vento parou e um corpo entrou em minha frente.

– O que quer? – Olhei para o garoto de olhos negros.

– Vem comigo? – Pegou minha mão.

– Me solte. – Ordenei. – Não estou de bom humor.

– Foda-se. Também não. – Pan respondeu irritado. Decidi não discutir, nossa situação já estava delicada o suficiente.

Subimos a um monte de onde a lua era visível, fadinhas atravessavam o céu assemelhando-se a estrelas cadentes.

– O que estamos fazendo aqui? – Perguntei esfregando os olhos e logo os direcionando para cima de onde eu conseguia observar a lua quase cheia.

– A lua ficará cheia amanhã... – Ele me ignorou.

– Tá. – Disse negando com a cabeça fazendo um bico com a boca. O que estava acontecendo?

– Não vai sair do meu lado. - Mandou apontando a espada para mim como Napoleão Bonaparte.

– Qual a novidade? – Perguntei entortando a cabeça.

– Tem que aprender a lutar decentemente. – Disse ignorando-me novamente.

– Não vou fazer isso. – Olhei o sabre em sua mão, ainda mau-lavado, as manchas de sangue na cruzeta, aquela parte um pouco a baixo do punho.

– Ah vai. Você quer viver, não? – Ele perguntou.

Peguei o sabre sem responde-lo. Como era chato...

Duelamos um pouco, movimentos curtos, parando ao se aproximar de nossa carne, afinal, considero eu, que não queríamos machucar um ao outro.

– Por que está assim agora? – Ele perguntou um pouco ofegante.

– O que quer dizer? – Respirei fundo tentando recuperar o folego.

– Parece que quer mesmo me matar. – Ele riu voltando a atacar fazendo com que as espadas colidissem estourando.

– Quem disse que não quero? – Perguntei contra-atacando um tanto irritada. Quero dizer, estava realmente irritada. Por que ele era tão volátil? Por quê?!

Ele riu bloqueando-me um instante depois, nossas espadas se tocaram de forma que eu não conseguia me mover, se o fizesse, com certeza cairia. Ele era muito forte.

– Ganhei? – Perguntou.

Forcei a minha espada contra a dele, ele moveu o pé caindo desequilibrado.

– Nunca. – Disse fulminando-o com meu olhar.

Ele sorriu para mim, mas estava estranhamente surpreso, nunca em seus olhos o havia visto com tal expressão. – Isso é... – Balbuciou algo baixo que não pude ouvir. – estranho.

– O quê? – Perguntei.

– Nada... – Ele se colocou novamente de pé. Retornamos ao acampamento.

– Vai cumprir com sua palavra? – Ele perguntou sentando e eu caminhando até onde estava minha... “cama”.

– Eu tenho escolha? – Suspirei.

– É... Acho que não. – Ele se divertiu começando a flutuar.

– Boa noite. – Disse eu.

– Até amanhã... – Sorriu para o céu.

– Vai estar aí? Amanhã? – Perguntei.

– Vou. E você? – Perguntou.

– Tenho escolha? – Perguntei.

– Eu queria que não tivesse. – Riu.

Ele ficou em silêncio. Escutava sua respiração. Aquilo acalmava-me. Fechei os olhos e antes que percebesse estava dormindo. De vez em quando escutava o murmúrio baixinho de sua voz, cantarolando algo, algo que eu não podia entender.

“Você sabe o que significam as estrelas...

Você enxerga a tudo que está aqui...

Você sabe o que acontece,

Mas nem imagina a realidade...

Você sabe mesmo quem é?

Sabe o que pode fazer?

E eu? Sabe quem eu sou?

Eu gosto de você.

Você sabe quem eu sou?

Por que ficaria comigo?

Por que me faria feliz?”

Enquanto dormia sonhei com alguém me perguntando alguma coisa, “por que você me faria feliz?” aquela voz grave era terna, tão diferente, eu já a havia ouvido? Em meu sonho respondi: “porque assim eu também sou feliz, no final, sou apenas egoísta.”.

Não sei dizer se disse aquilo em voz alta. Mas realmente, eu disse.

* FALTAM CINCO DIAS PARA O ANIVERSÁRIO DE LUCY.

FALTAM 2 DIAS PARA O FIM DA BUSCA DE CHAPÉUZINHO*

– Levanta... – Uma voz me chamou. Abanei a mão algumas vezes contrariada.

Senti um balançar em meu braço. – Lucy, levanta. – Outra voz me chamou, desta vez mais amigável.

– O que foi? – Abri um pouco os olhos. Aramis estava me olhando, ele estava estranhamente perto, afundei minha cabeça no chão.

– Desculpe. – Ele arregalou os olhos.

– Por quê? – Perguntei rindo, ainda deitada.

– Te assustei. – Ele afirmou.

– Não se preocupe. – Ele me ajudou a levantar, olhei de um lado para o outro.

– Onde está Pan? – Perguntei.

– Não sabemos... Sumiu antes de amanhecer. – Disseram quatro dos meninos que já haviam preparado o café. Sabia que ele não estaria lá.

– Hum... – Suspirei sentando com eles para comer. Não muito depois Pan retornou. Droga! Suspirei pegando mais uma colher de sopa.

– Eai? – Ele perguntou.

– Aramis assustou-a. – Athos riu com um pedaço de pão na boca.

– O que você fez? – Ele deu um soco na cabeça do garoto que olhava para o prato, seus cabelos cobriam seus olhos. Estavam cada vez maiores, era hora de cortar, ri com meu pensamento.

– Ai! – Ele segurou o punho de Pan. – Por que fez isso, caralho?! – Reclamou.

– Ei. Por que o nervosismo? – Ele perguntou olhando para o garoto.

– Não toque em mim. – Mandou largando sua mão com força.

– Faço o que eu quiser. – Bateu em Aramis novamente.

– Não faça isso. – Mandei observando Pan, havia jogado minha colher contra o prato.

– Por que é tão boa com ele? – Perguntou apontando um dedo para Aramis que já estava mais uma vez voltado para seu prato de comida como quem começa a ignorar toda a situação. Sim, ele havia voltado para o seu mundinho.

– Porque ele é legal. – Assenti voltando a comer também.

Pan estava atacado, parecia uma criança. – Mas. Mas... – Ele apontava de Aramis para mim várias vezes, os outros meninos riam. Pan se sentou no ar. Nós dois o ignorávamos comendo. – Eu sou legal. – Reclamou.

Ri de leve, Aramis ainda estava olhando para sua comida como se não se importasse com nada, provavelmente não se importava.

– Vem... – Pan foi até o meu lado desistindo de entender o que eu e Aramis queríamos dizer. Bateu no meu braço irritado.

– Não me bata. – Mandei comendo mais uma colher do caldo.

– Por que estão todos mandando em mim hoje? – Ele ficou emburrado cruzando os braços.

– Para de reclamar!!! – Dissemos todos em uníssono.

Ele bufou antes de ficar quieto, flutuando, ainda ao meu lado.

Quando terminei a comida, que por acaso fora bem feita por Agis, esfreguei as mãos satisfeita.

– Pronto. – Disse encarando Pan. – Difícil? – Perguntei entortando a cabeça.

Alguns dos meninos riram.

– Vamos... – Ele disse emburrado.

Caminhei com ele o dia todo, de um lado para ao outro, fomos a lugares inúteis, ao porto, a cidade, a floresta, a outra cidade, sempre sem falar, quietos, nem sei porque tenho que ficar com ele hoje.

– Vai anoitecer em breve... – Ele me entregou um sabre.

– Pra que isso? – Perguntei.

– Pegue. – Ordenou.

– O que vai acontecer hoje? – Perguntei.

– É a primeira noite de lua cheia.

– E daí? – Disse.

– Saiba, tem coisas sinistras nas luas cheias.

– Quer dizer... Tipo um lobisomem? – Perguntei.

– Como sabe?

Arregalei os olhos, eu não sabia. Ele estava falando sério?

– É sério. – Ele apontou o sabre para mim antes de voltar a olhar para todos os lados da campina em que estávamos.

Ouvi um tilintar de folhas. – O que é isso? – Perguntei girando o sabre para o lugar de onde vinha o som. Ele se locou na minha frente, de onde estava o barulho surgiu Branca de Neve.

– Olá. – Ela sorriu, parecia, de alguma forma, muito amarga.

Pan olhou fervorosamente para ela. – O que faz aqui? – Aproximou-se dela fazendo com que eu ficasse um pouco mais para trás.

– Só quero conversar Panzinho... – Ela se aproximou dele.

– Quietinha... – Uma garota sussurrou contra mim. Quem era ela? Branca de Neve olhou para mim rapidamente.

– Mas ah? – Perguntou Pan virando-se rapidamente, neste instante a garota a quem ainda não havia reconhecido ainda colocou uma lamina contra a minha garganta.

– Quietinha. – Engoli a seco.

– Solte-a. – Pan mandou.

A garota riu. – A Rainha a chama, e vocês com certeza não me ouviriam. – A garota que estava pelas minhas costas dizia calmamente.

– Quer saber? – Pan erguei os braços. Depois olhou para mim. – Eu disse.

– Ah? – Perguntei.

– Eu disse que te tirariam de mim.

– Não esperava que fosse tão fácil... – Branca de Neve assentiu.

– Droga. – Pan praguejou.

Elas começaram a me empurrar para fora da campina. – Espera! – Gritei.

– O que é? – Disseram as duas irritadas.

Virei para Pan um tanto forçosamente. – Você é lesado!? – Gritei para ele que virou para mim e me olhou um tanto triste. – Por quê? VOCÊ NÃO É ASSIM! Demonstre quem você é? – Ordenei.

– Vamos. – Branca ordenou. Empurrando-me.

– QUER PARAR? – Gritei para a idiota da princesinha. – Eu não terminei! – Fitei-a, ela pareceu um tanto assustada. Olhei para ela irritada. – Quer saber? Você vai desistir assim? Por quê? Por que me forçou a fazer isso! A culpa é sua! TOME RESPONSABILIDADE! – Esbravejei tão alto que alguns pássaros gralharam acordados graças ao barulho.

– Você quer mesmo me fazer feliz? – Perguntou.

– Não é você, sou eu. Sou egoísta. – Respondi. Ele arregalou os olhos. Mas riu reconhecendo a resposta.

– Então tá. Não reclame do que vai ver... – Ele caminhou para onde Branca de Neve estava. – Quer saber... – Eu arregalei os olhos em dúvida. – Feche os olhos. Mandou. O sabre ainda na minha mão. Apertei meus olhos e esperei.

Por algum tempo não vi nada, mas logo em seguida senti frio nas minhas mãos, um vento gelado tilintou, como se estivesse se formando granizo. Não abri os olhos, mas foi eu sentia a lâmina em meu pescoço diminuir eu não pude não abrir os olhos. Não havia Pan lá, o jovem de dezoito anos de cabelos e olhos negros não estava mais lá, aquilo não era ele. Seus olhos ainda como o céu sem lua, seus cabelos tão negros brilhavam com a lua contra eles.

– Vai me obrigar a isso, não é? – Assentiu a dama, que agora eu sabia quem era, Chapéuzinho Vermelho. Ela saltou para a frente de Pan, que sinceramente não parecia ele. Ela se transformou, era um lobo enorme, um lobo grande e peludo, seus pelos eram de um preto, quase tão escuro quanto os cabelos de Pan, mas ela não brilhava com a luz da lua.

Eles começaram uma estranha batalha, era tão rápido, tão negro que era impossível acompanhar.

– Quer saber... – Branca de Neve apertou o sabre, virei para ela segurando o meu. – Estou entediada.

Ela forçou o sabre contra o meu que utilizei para me defender sem nem mesmo perceber. Nossos sabres tilintavam e eram rápidos, ela era boa, melhor do que eu talvez.

– Não perca... – Pan segurava o lobo pelo cangote. Branca de Neve parou de lutar e correu para o lado da Chapéuzinho.

– Deixe-a! – Branca gritava em desespero.

Pan sorriu divertidamente para ela. – Que lindo... – Ele mostrou os dentes, nunca o vi sorrir de tal forma.

– Vamos Lucy, acabe com isso. – Ele mandou.

– Calado. Pare com isso. – Disse séria.

– O quê? – Ele parou de sorrir.

– Isso não é você! Solte-a. – Mandei.

– Não vou fazer isso... – Ele apertou mais a cadela que grunhiu em agonia.

– Solte! – Gritei a Pan que me observou por alguns instantes.

– Por quê? – Perguntou.

– Porque... – Hesitei.

– Você não quer saber a verdade sobre mim? – Ele apertou a loba de tal forma que eu não sabia mais se ela estava consciente.

Alguns machucados em seu pelo começavam a sangrar mais, os meus também ardiam, mas não ia deixa-lo matá-la. Não ia. Ele iria se arrepender, eu sei que ia. Ele era bom.

– Sim! Mas não assim! – Gritei.

Ele soltou a cachorra que chorou no colo de Branca de Neve, a princesinha ridícula olhava nossa conversa como quem não pode fazer nada.

– Já que não pode ser ela, farei com você.

– Tá. – Olhei-o. Ele não ia me machucar. Não ia.

Ele me pegou pelo cabelo levantando-me, ele olhava para meus olhos, eles tremiam de leve, enquanto os seus, pareciam inabaláveis. – Não faça isso Pan. – Pedi.

Ele olhou para mim, com a mão livre cortou meu rosto com as unhas, de um pouco a cima do maxilar até a minha clavícula. – Ah. – Gritei, mas continuei a olhá-lo, ele não ia me machucar. – Pan pare. Isso não é você.

– Como tem tanta certeza? – Ele olhava para mim, mesmo parecendo não olhar.

– Porque eu sei. Eu só sinto que sei. – Ele olhou para mim um tanto em dúvida.

– Por que não chora? Não está com agonia? Não sente dor? – Perguntou para mim.

– Sim.

– Então por quê? – Perguntou mais uma vez.

– Porque você disse que eu deveria confiar em você.

– Você confia? – Suas sobrancelhas se encontraram. Ele parecia confuso.

– Você quem me diz, posso confiar? – Ele me colocou no chão, ele havia decido sem motivo aparente.

As duas já haviam sumido.

– Por quê? – Ele perguntou. Agora me abraçava. Não conseguia mais ver seus olhos.

Não respondi. – Por que você é tão perfeita? – Ele me olhou, antes que eu pudesse perceber, ele juntou nossos lábios. Seu lábio parecia me tratar como vidro. Eu não conseguia reagir. O que eu deveria fazer, sua mão que um instante antes estava me machucando tocou minha bochecha. Empurrei-o.

– AI! – Gritei grunhindo de dor. Ele voltara ao normal. Seus olhos estavam novamente sem sentimentos, mas não mais tão sombrios.

– Desculpe. – Ele arregalou os olhos. É a primeira vez que o ouço dizer isso. Ri. Não consegui fazer outra coisa. Ele estava realmente assustado.

– Por que eu fiz isso? – Agora estava vermelho.

Era ele, não?

– Não fui eu! Foi ele.... – Assentiu para mim. O que queria dizer. – Desculpe. Eu não queria ter feito isso. – Por que ele estava tão nervoso.

– O que foi Peter Pan? – Perguntei.

– Não me chame assim.

– É o seu nome... – Ergui uma sobrancelha.

Ele chiou. – Desculpe. – Pediu de novo.

– Pelo quê? – Perguntei.

– Eu te beijei.... – Suspirou ele. Só ai percebi. É verdade. MEU PRIMEIRO BEIJO!
– ARGH! MALDITO. MALDITO. MALDITO. – Esbravejei. Meu primeiro beijo. Meu primeiro beijo. Mas é a merda do meu primeiro beijo. Como ele pode? Eu nem gosto dele. Saco!

Fiquei vermelha.

– Desculpe. – Pediu de novo.

– Tá. Não valeu. Não valeu... – Assenti para ele. Ele concordou.

– Vamos esquecer isso, tá? – Ele falou.

– Sim. Vamos. – Estávamos nos comportando como crianças, mas mesmo assim foi a melhor solução. Eu acho, afinal, o primeiro beijo tem que ser algo recíproco, e eu não queria beijá-lo. Não mesmo.

– Vamos... Vamos voltar... – Falou agora me pegando pela cintura e voando comigo. Não sei por quê, eu me senti estranha. Por que não queria olhar para Pan?

Chegamos no acampamento, estavam todos preocupados. Demócrates foi o primeiro a perguntar. – O que houve? – Logo em seguida todos desataram desesperados.

– Querem ela. – Disse Pan.

– Que novidade. – Aramis riu de seu cantinho. Não pude evitar de rir também.

– Tá seu chato. – Disse Athos.

– Bom, cuida dela. Tenho o que fazer... – Disse Pan.

Aramis bufou baixinho me pegando pela mão.

– Aonde ele vai? – Perguntei.

– Posso te contar. – Assentiu ele agora me colocando sentada em um tronco. Ele olhou para o machucado. – Pan exagerou... – Ele suspirou.

– Por que ele faz isso? – Perguntei.

– Como disse. – Repreendeu-me com o olhar. Fechei a boca deixando-a juntinha. – Eu posso te contar, mas você não pode falar isso a ninguém.

– Tá. – Disse olhando para baixo.

– Mas antes me conte o que houve. – Disse ele baixinho. Concordei com a cabeça e o contei tudo sobre aquele dia.

– Eles já estão fazendo isso... – Aramis colocou a mão contra o queixo.

– Vamos contar. – Disse demócratis.

– Acho melhor. – Falou Athos.

– Sim. – Disse Philos.

Agis e Argeu surgiram logo depois e todos concordaram.

– Contar.... Contar o quê? – Perguntei.

– Você é a filha da Rainha.

– O quê? – Perguntei. – Tá de brincadeira.

– Você é filha da Rainha.

– Eles repetira.

– O quê? – Eu repeti.

– Você é a chave de Pan. - Disseram todos menos Aramis.

– O quê? – Perguntei de novo.

– Vamos explicar.... – Começaram.

* FALTAM QUATRO DIAS PARA O ANIVERSÁRIO DE LUCY.

FALTAM 1 DIAS PARA O FIM DA BUSCA DE CHAPÉUZINHO*


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Apesar de longo~~ XD
Eu vou viajar, mas pretendo postar mais um capítulo antes de ir! :3