Skinny Love escrita por Queen


Capítulo 9
I Wanna Be Yours.


Notas iniciais do capítulo

HEY GUYS!
Nossa eu estou postando tão rapido! Mas, desacostumem com isso, pois aconteceu algo gravissimo: Sabe t-o-d-o-s os capitulos que eu tinha pronto na fic? ELES SUMIRAM! Eles estavam salvos no meu celular e ai minha mãe bloquiou ele e ai eu tive que formatar pra desbloquear e com isso apagou tudo.
Vcs não imaginam como eu estou na merda com isso ç.ç
Nem sei se quando eu rescrever vai ficar da mesma forma.
Enfim, espero que gostem! Vou responder os reviews do cap passado em breve, eu prometo! Saibam que eu leio todos e respondo só depois.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437252/chapter/9

Ficar encarando a Dra. Jackson era algo realmente cômico e estranho. Ela me estudava e aquilo era muito, mas muito desagradável. Eu amava observar as outras pessoas, é fato, mas quando elas me observavam era algo relativamente desconfortável.

– Está tudo bem, Thalia?

Assenti.

– Você parece mais... Feliz.

Me remexi inquieta. O motivo para eu estar assim foi às palhaçadas que Luke fez enquanto ele me levava para a clinica. De alguma forma, viramos amigos, amigos a ponto de eu falar bastante com ele e dar conselhos de como pegar a Annabeth de jeito. Aquilo era algo muito irônico, nem mesmo eu sabia o motivo de estar ajudando-o. Minha mente maléfica pensou em transformar a sua vida em um pequeno inferno, porém, eu não era mal a esse ponto.

Apenas bufei. Isso pareceu atrair Dra. Jackson, pois ela se inclinou com uma sobrancelha arqueada.

– Posso te fazer algumas perguntas?

Assenti.

– Você está namorando?

Neguei.

– Ficando? Pegando? Nada disso?

Continuei negando.

– Fez amigos?

Assenti.

– Que maravilha! – Dra. Jackson parecia realmente animada – é um garoto?

Assenti sorrindo por causa da sua animação.

– Eu conheço? É aqui do grupo? É bonito?

Assenti. Neguei. Dei de ombros.

– Uh, se eu conheço deve ser amigo do Percy... Enfim, isso é muito bom, Thalia. Você está provando a si mesma de que é capaz de recuperar.

Suspirei, esperançosa.

Dra. Sally sentou-se ao meu lado. Ela havia deixado de lado sua pose de mulher formal e me tratava como uma amiga. Era assim que eu deveria vê-la, como uma amiga. Eu devia contar com ela, pois ela era minha psicóloga. Minha mãe estava gastando dinheiro com aquilo. Ela acreditava que eu era capaz.

Dra. Sally cruzou as pernas e encarou o teto.

– Já se faz três semanas, meu anjo. Três semanas que você está aqui, apenas encarando-me e ignorando minha presença – ela suspirou – não acha que está na hora de parar com esse joguinho de "uh, eu sou a mudinha depressiva", não? O tempo passa, Thalia. As pessoas mudam. Os amigos partem e a vida não para pra ninguém. E é por esse motivo que você deve se recuperar. Deve voltar a... Viver.

Senti um gosto de bile na boca e minha garganta sendo travada. Eu não iria chorar. Eu não iria começar a falar. Era isso o que ela queria, que eu me abrisse, mas eu não iria fazer aquilo. Não mesmo.

Levantei da poltrona, totalmente constrangida. Andei até o outro lado da sala e fiquei de costas para Dra. Sally. Ouvia-a resmungar e depois se pronunciar.

– Eu iria desistir do seu caso. Falar para sua mãe que você não tinha jeito. Dizer para ela se conformar. Mas, eu não vou mais fazer isso. Agora, mais do que nuca, vou tentar trazer a antiga Thalia de volta.

Ela abriu a porta e eu me virei.

– Consulta encerrada. Nos vemos em breve.

Assenti e atravessei a porta, sentindo o calor californiano me acertar em cheio.

Sentei-me ao lado de Reyna, que lia uma revista distraidamente. Ela levantou um pouco o olhar quando me viu e deu um sorrisinho. Fechou a revista e assim ficamos, lado a lado, em puro silêncio. Tinha poucas pessoas na sala, apenas eu, Reyna, Silena e Will. Will me cumprimentou assim que chegou, já Silena parecia se segurar para não ir ao banheiro colocar os bofes para fora.

Percy chegou cedo com a Calipso grudada em seu pescoço. Por um momento fiquei mal por causa da Annabeth, acho que ela não sabia da existência de Calipso, que assim que seus olhos bateram em mim faiscaram, como se minha ida ao show significasse que eu estava dando mole para o Jackson.

Fomos para o andar de baixo. Percy deu o mesmo discurso de sempre, falando em como foi difícil ver seu pai morrendo na sua frente, com um tumor cerebral, em como ele demorou para se recuperar e tentar voltar a vida depois de sete tentativas de suicídio consecutivas. Perguntou o nome de cada um, sua história, o motivo para estar ali e se estava tudo bem. Ao chegar na minha vez, fiz o de sempre, o encarei. Eu conseguia ver a raiva em seus olhos por não conseguir me fazer se abrir. Mas eu só respirava fundo e desviava os olhos.

– Hoje queria fazer algo diferente... – Ele sentou-se em uma cadeira e olhou para nós quatro – Já que hoje o numero de pacientes está pequeno, seria bom fazer uma pequena mudança de rotina na terapia. Enfim, gostaria que vocês falassem de uma vez se estão melhorando ou não.

Todos nós nos remexemos, desconfortáveis.

– Cara... – Will começou a dizer – No começo eu odiava esse lugar com todas as minhas forças, depois me acostumei. Conheci pessoas, fiz amigos, desabafei, chorei, fiquei angustiado por causa da vida de outro paciente e o melhor de tudo: Aprendi a gostar daqui

Percy parecia realmente surpreso.

– E quanto às melhoras?

– Faz quatro dias que não bebo, isso conta?

Silena, que havia deixado de lado toda a pose de perfeitinha, lançou um sorriso ao Will e disse com a voz delicada:

– É claro que conta, Will. Isso é um avanço. Você não conseguia ficar nem dois dias sem beber e agora ficou quatro!

Will sorriu. Fiquei grata por ela melhorar o seu astral.

– Alguém mais quer compartilhar algo?

Reyna, um pouco hesitante, levantou a mão.

– Prossiga, senhorita. – Will disse com uma voz casual.

Reyna suspirou.

– Digamos que eu sou uma suicida passiva, e não, eu não vou explicar o que é isso para vocês. Já tentei me matar diversas vezes e nenhuma deu certo porque em todas elas, antes do ato final a esperança de que algo pudesse melhorar a minha vida me impendia de morrer de vez. –Reyna passou as mão pelos braços– Eu tinha uma grande amiga, a Mason. Ela era fantástica, sempre rindo, sempre sendo simpática, sempre se dando bem com todo mundo, mas, ninguém suspeitava que ela era uma suicida passiva. Tão estranho você carregar uma vida inteira dentro de um corpo e ninguém suspeitar das quedas, medos, traumas, transtornos e choros.

" O que eu quero dizer é que no fim, a Mason conseguiu fazer o que eu mais temo: o ato final. De alguma maneira ela deixou claro que ela não queria se matar e sim matar a dor que ela tinha dentro se si. E era assim que eu me sentia, como uma suicida passiva prestes a fazer o ato final, e aí eu conheci o grupo. Eu era igual a Thalia, tenho certeza de que você se lembra, Percy, e de alguma forma o grupo tem me ajudou a seguir em frente. Não penso em morte vinte quatro horas do dia, tenho descobrindo os prazeres da vida. Bom, eu estou feliz agora, eu estou bem agora. Espero que tudo fique ok."

Ficamos em silêncio. Direcionei um meio sorriso para Reyna que tinha um olhar distante. Seus cabelos caiam em seu ombro, seu coque estava muito frouxo. Os olhos cor de âmbar estavam sem expressão e a pele alva estava dando um ar mais sério a sua pose ereta.

– Isso é ótimo, Reyna – Percy disse lhe direcionando um sorriso – Alguém mais deseja compartilhar algo?

Balancei a cabeça para os lados enquanto Silena também fazia o mesmo.

– Certo. Silena, o que trouxe você a clinica?

– Eu fui obrigada – ela disse simplesmente, batucando as unhas na cadeira – Mas o grupo me faz bem, então continuo aqui.

Percy assentiu. Seus olhos pousaram em mim, dei um suspiro e ele logo entendeu o recado, desviando os olhos e se direcionando a Calipso.

– E você?

Calipso pareceu surpresa pela pergunta, estava mais do que na cara que ela não tinha problema nenhum.

– Para falar a verdade, estou aqui para uma pesquisa da faculdade - Foi a primeira vez que eu vi Calipso falar, ela só vinha e ficava nos observando – Sobre pessoas com, problemas reais em terapias. Achei que você soubesse disso, meu amor.

Olhei de esguelha para Reyna logo após o "meu amor" e ela olhou para mim se segurando para não sorrir. Annabeth deveria saber dessa, a se devia.

– Uh, eu não sabia. – Percy respondeu automaticamente, um pouco nervoso com o que a garota dissera.

Depois de todos falarem sobre coisas paralelas, Percy propôs um jogo de confiança. Não funcionou muito bem, pois ninguém sabia como jogar, o que resultou no fim da terapia. Pela primeira vez em dias me senti bem, pois tinha gostado da terapia e em como Percy parecia empolgado com as coisas que dizíamos sobre estar melhorando. Eu sabia que aquilo não era para ele: Ficar o dia ouvindo os desabafos dos outros, talvez ele apenas estivesse fazendo um favor a mãe, mas nos últimos dias ele parecia bem satisfeito com o que fazia.

Já do lado de fora da clinica me espreguicei, com Reyna ao meu lado. Ela fazia piadas sobre a cara que o Percy ficou depois do que Calipso disse, depois em como foi piegas Luke cantar Lucky no fim do último show.

Eu apenas assentia tudo com um sorriso, esperando minha mãe chegar.

– Ei. Não sei se já disse ates, mas vou fazer uma festa hoje à noite lá em casa. Está a fim de ir? Muitas pessoas vão, o pessoal aqui do grupo, Percy e uns amigos dele... Até seu irmão vai.

Pensei um pouco. Meus colegas iam, meu irmão ia, Annabeth ia e certamente Luke também. Por que não?

Assenti e a vi me dirigir um sorriso, depois se despediu e pegou um taxi, indo embora. 20 minutos depois minha mãe chegou. Ela sorria, o que me dava mais uma suspeita de ter um novo cara em sua vida, isso me deixava triste e feliz ao mesmo tempo, o que significava que eu estava em meus dias normais. Ela estacionou em frente a clinica e eu sentei no banco de traz, nunca gostei do da frente. Coloquei meus fieis fones de ouvido e liguei meu celular. Mal abri a pasta de musicas e o bipe de mensagens chegou, era Luke.

"Festa na casa de uma amiga do Jackson e conhecida minha. Oito horas. Muitas pessoas. Annabeth... Não seria um ótimo lugar para começarmos a por em pratica nosso acordo?"

"Sim. Te vejo lá. Sei quem é e onde é. Bye"

Chegamos em casa e eu subi preguiçosamente até o meu quarto. Deitei na cama e conferi as horas, Jason estava em seu quarto e certamente sabia que eu iria à festa.

Fechei os olhos, um tanto quanto melancólica e fechei os olhos, pronta para dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tá um pouco curtinho mas o proximo promete! Eu prometo, espero que tanham gostado!
Beijos. Depois eu reviso pra ver se tem algo errado.

Reviwes? Favorits? Criticas? Recomendações? Enjoy!