Skinny Love escrita por Queen


Capítulo 8
Lucky.


Notas iniciais do capítulo

Hello guys! Tudo beeeem? Espero que sim.
Queria primeiramente agradecer a Winter (Michele, sua filha de Hera, te amo) pela linda recomendação. Eu fiquei "omg, uma recomendação com apenas sete capitulos? Queeeeeeeee? NÃO ME TOQUEM, TO CHORANDU, CHAMEM A SAMU" Sério eu fiquei em feels, muitooo obrigada!
Eu amo amo amoooo esse capitulo, amoo



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E lá estava eu no meio da multidão de garotas que gritavam alucinadamente pelo nome dos três babacas em cima do palco, naquele pub enorme com mais meninas do que meninos. Dentre elas, estava minha melhor amiga: Annabeth, a guria ao qual eu queria matar por ter me arrastado aquele lugar só para ver o babaca do Jackson e dar outro chute no Luke.

Falando em Luke, ele parecia ter se recuperado da tarde no cemitério. Tocava a guitarra e as vezes arriscava na bateria com um sorriso no rosto. De qualquer forma, atrevo a dizer que ele sim cantava bem, acho que pela forma como ele dava um ar melhor ao rock indie.

Mas, tudo o que eu sabia era que aquela bandinha idiota no palco estava fazendo todas as meninas se acabarem de gritar com o mínimo do mínimo sorriso que o Percy dava. Elas pareciam estar tendo um orgasmo durante um show, só pelo tom dos seus gritos e gemidos, sério.

Eles tocaram cover dos Beatles e depois do Ramones, por último, Luke encerrou a noite cantando Lucky. Foi algo estranho, pois, aparentemente, a banda é cover de rock e tudo mais, porém eu nada comentei com Annabeth, que parecia maravilhada com tudo.

Depois disso, Percy deu boa noite para a plateia, sorriu e saiu de cena. O baterista saiu do palco sem nem ao menos se despedir, parecia nervoso com algo. Por último, restou Luke que olhava para a plateia sem muita emoção, apenas se curvou um pouco e acenou indo embora.

Em questão de minutos, Annabeth veio para perto de mim, toda sorridente.

– Essa é a banda-maravilhosa-do-Luke? Essa é a famosinha The Damons? – perguntei ironicamente, revirando os olhos.

– É The Demigods! – Ela respondeu ofendida, depois relaxou um pouco – Sim, e eu achei bem legal, se quer saber.

– Também achei legal tá querida. Vamos embora? Estou com sono.

– Claro que não – ela disse colocando as mãos na cintura – Vamos ficar aqui, os meninos estão no atrás do palco e nós podemos e ir até lá! Finalmente vou falar com o Percyzinho! E outra, vamos ficar aqui até tarde, sua mãe deixou você dormir lá em casa.

– Para quê diabos você quer ficar aqui até tarde?

Ela bufou batendo na própria testa.

– Você era bem mais legal dois anos atrás, Thalia. Pouco se importava se íamos ficar até tarde ou não, iria cantar durante o show e quando terminasse estaria louca para saber se poderia participar da banda, fazendo covers do Green Day ou Arctic Monkeys – fingi estar mais preocupada com o pequeno fio descosturado na minha blusa do que nela – Mas tudo bem. Vou ficar aqui porque estou com fome, vou ficar aqui porque tá todo mundo aqui, vou ficar aqui para ter mais tempo com o Percy, vou ficar aqui para agradar o Luke, pois ele pediu. Vou ficar aqui porque....

– Tá, tá, vou ficar com você. Okay, só pare de falar.

Annabeth sorriu presunçosa.

– Essa é a minha garota. – Enlaçou um braço seu no meu e então fomos em direção ao outro lado do palco – Vamos, quero pegar autógrafos dos meninos.

Logo estávamos na porta do pequeno camarote. Não tinha nenhum segurança lá, o que eu achei logo de estranho no inicio. Antes de abrirmos ou batermos na porta, Calipso saiu de lá.

Ela estava com a boca levemente inchada e tinha um sorriso meio lunático – céus, ninguém merece–. Olhou-me tentando me reconhecer mas apenas me ignorou, saindo rebolando.

Annabeth a olhou se distanciar com uma sobrancelha arqueada. Depois deu de ombros e abriu a porta.

Parecia um quartinho minúsculo. Luke estava bebendo água e Percy anotava algumas coisas em um caderno, o baterista que era desconhecido para mim, falava no telefone. Annabeth o cumprimentou, depois deu um abraço em Luke enquanto eu só observava a cena toda no canto do quarto.

Quando ela foi até Percy, estendeu uma folha para ele. Percy apenas pegou a folha, assinou e voltou a fazer o que fazia, sem nem ao menos olhar para ela. De inicio, ela ficou um pouco magoada, mas depois foi até Luke, que me chamou com a cabeça. E eu fui, um pouco relutante.

– Fico feliz que vocês tenham vindo. – Ele disse olhando para Annabeth e depois para mim – Gostaram?

– Claro! – Annabeth disse animada – A Thalia também gostou, não é mesmo?

Apenas dei de ombros.

O baterista desligou o telefone e veio até nós.

– Olá, garotas – Ele disse com uma voz leve e chamativa – Luke falou de vocês duas para mim, me chamo Lee Fletcher.

– Prazer em te conhecer, Lee – Annabeth disse sorridente.

– Gostaram do show? Acham que algo precisa ser melhorado?

Antes mesmo de Annabeth falar algo, Percy a interrompeu, me encarando.

– É claro que algo precisa ser melhorado – ele disse, sem desviar seus olhos dos meus. Ele sabia quem eu era, mas não disse nada. Talvez o grupo não lhe importasse do lado de fora – Precisamos de mais um componente, mas até agora não achamos ninguém.

– Eu conheço alguém. – Annabeth disse e ele então finalmente a olhou.

E esse foi o erro dos dois, se olharem. Eles ficaram lá, parecendo dois palhaços, um olhando para o outro abobados. Luke ergueu uma sobrancelha, totalmente desconfortável e eu ri discretamente, colocando a mão nos lábios como se fosse tossir. Isso fez com que Percy piscasse os olhos, se despertando, fazendo com que ele balançasse a cabeça um pouco constrangido.

Annabeth ficou tão vermelha, mas tão vermelha, que eu pensei que ela iria explodir. Depois, relaxou os ombros, tentando controlar a respiração.

– É mesmo? – ele disse, olhando-a ainda abobado – Quem?

Annabeth olhou sugestivamente para mim, que a olhei desesperada. Ela não poderia estar falando sério.

– A Thalia? – Luke tentou não rir e eu o olhei mortalmente – Está de brincadeira, não é?

– Não. – ela disse séria – Ela canta muito bem, porém sabe como é né, ela é...

– Uma esquisita muda. – Percy disse olhando-me com indiferença – Thalia, porque você não foi ao...

Eu chutei a sua canela e ele reprimiu um gritinho gay. Luke e Annabeth se entreolharam.

– Vocês se conhecem? – Luke perguntou.

– Ela era minha vizinha.

Os três voltaram a conversar ignorando completamente a minha presença. Depois de um tempo, Percy e Annabeth saíram conversando juntos, totalmente felizes. Lee disse que já ia, pois tinha que se encontrar com uma velha amiga. E Luke, bem, ficamos só eu e ele lá dentro daquele cômodo minúsculo.

– Quer dar uma volta? – Ele perguntou, neguei com a cabeça.

– Quer beber ou comer algo? – Neguei novamente.

– Quer ir lá para fora? – Dei de ombros. – O que diabos você quer?

Bufei revirando os olhos.

– Vamos lá Thalia, você não é muda, sei que conversou com a Sam. – Fiquei encarando meus coturnos, queria que ele fosse embora e me deixasse só no pub, mas não, ele tinha que ficar enchendo meu saco.

– Não quer falar? Sem problemas. Mas, ao menos me acompanhe até alguma mesa do pub? Não quero ficar só.

Assenti, cedendo um pouco. Luke deu um sorriso de lado, como se aquilo fosse uma vitória.

[...]

– Hum... esse muffin está divino. – Luke lambel os lábios – Quer?

Neguei com a cabeça. Já havia se passado trinta minutos que estávamos ali sentados. Estava um saco, ele ficava tentando puxar assunto enquanto comia mil e uma coisas e tinha a cara de pau de me oferecer todas elas. Luke comia igual um brutamonte e por incrível que pareça ainda continuava em forma.

Observei Percy e Annabeth em uma mesa dos fundos. Ele tinha um braço ao redor dos ombros dela e sua expressão era relaxada enquanto ela falava animadamente. Luke seguiu meu olhar e logo depois deixou seu muffin de lado, com uma expressão azeda.

Ele estava na dela, isso estava estampado na sua cara.

– Ele é um cara de sorte. – Ele disse para mim, encarando os dois – Só achei que eu... poderia tentar algo com ela, sabe?

Assenti.

– Será que tem alguma chance de ela ficar comigo?

Olhei para Annabeth e depois para Luke. Eles fariam um casal bonitinho, mas não sei se ela ficaria com ele, estava muito grudada em Percy para pensar nisso.

Dei de ombros, totalmente constrangida com o rumo daquele papo.

– Sabe, Thalia, você bem que poderia falar pelo menos um “Você é tão iludido”, é melhor do que eu ficar nesse silêncio constrangedor.

Revirei os olhos e peguei meu celular do bolso. Abri o bloco de notas, digitei rapidamente e escorei o celular na direção de Luke.

“Você não é iludido. A esperança é a última que morre, cara.”

Luke deu um sorriso de lado.

– Valeu. – ele voltou a comer o muffin – É verdade que você canta?

Assenti novamente dando um sorriso.

– Poderia cantar para mim?

Neguei com a cabeça cruzando os braços.

– Hum. – ele puxou sua cadeira para mais perto da minha, ficando ao meu lado – Queria te fazer uma proposta, acho.

Olhei interessada para ele.

– Você me ajuda a conquistar a Annabeth e eu te ajudo a superar seja lá o que você tem passado. E te ajudo a falar mais, se interagir e entrar na banda.

Bufei, revirando os olhos.

– Vamos lá Thalia, é só uma coisa que eu quero em troca. Eu te ajudo e você me ajuda, simples.

Neguei com a cabeça, puxando minha cadeira para longe. Ele puxou a dele para perto novamente, colocando os braços ao redor dos meus ombros. Aquilo foi o cumulo.

– Você. Poderia. Por Favor. Tirar. Essas. Patas. Dos. Meus. Ombros? – Eu disse pausadamente, minha voz rouca e baixa ajudou e ele arregalou os olhos – Tira logo, babaca.

Ele se afastou rapidamente de mim sem tirar seus olhos dos meus. Depois, deu um sorrisinho.

– Hum, então quer dizer que a mudinha fala. Interessante.

Revirei os olhos. Nem ao menos sabia por que tinha falado com ele, mas decidi ignorar esse fato de “Vou-ficar-calada-na-minha” pelo menos por hora.

– Isso já é um começo. Então, aceita minha ajuda?

– E quem disse que eu quero ajuda?

– Seus olhos?!

– Bah! – tentei não rir disso – Nada haver.

– Vamos lá, Thalia, você não tem nada a perder.

Eu poderia ter dito não, alevantado e ido embora. Eu poderia ter ignorado e voltado a não falar mais com ele. Eu poderia ter bufado e revirado os olhos. Mas, pela primeira vez em anos, eu vi que tinha ali algo em mãos, era tudo ou nada.

Dei um sorrisinho de lado.

– Okay. Eu te ajudo e você me ajuda.

Luke piscou os olhos, um pouco atônito. Engoliu em seco, só agora havia percebido a gravidade que aquilo iria nos levar no fim de tudo. Mas ele disfarçou o temor que tinha em seu corpo. Os fortes sabem fazer isso facilmente, disfarçar. Somente os fracos não conseguem guardar as expressões.

– Tudo bem. Isso vai ser... divertido.

Dei meu melhor sorriso diabólico enquanto Luke voltava a engolir em seco.

É, aquilo iria ser bem divertido. Iria ser bem divertido transformar a vida de Luke Castellan em meu inferno particular.


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Notas finais do capítulo

Espero realmente que vocês tenham gostado.
HEY HO LETS GO PERGUNTA DO SÉCULO: QUEM É MICHELE? HEY HO LETS GO
Não vou dizer, por que sou do maaaaaalllll.
Adieus.
Obd, dnd.
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