Nossas Crianças - Dramione escrita por Grind


Capítulo 9
Capitulo 9 - Médico das crianças e nosso, dá pra acreditar?


Notas iniciais do capítulo

Quero que comentem gente, por favor *-* Não sabe como isso me inspira!
Fiz um cap bem grande para recompensar a demora ;)



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Nossas Crianças – Dramione / Capítulo 9 –

*-*

POV Draco

–Aonde você vai? – Perguntei franzindo o cenho

–Levar Will o médico. – Disse apressada enquanto pegava sua bolsa com o menino no colo.

–O quê? Por quê?

–Ele está com febre.

Eu hesitei no pé da escada

–Quer que eu leve vocês? – Ergui uma sobrancelha

Ela parou desconfortável.

–Na verdade não precisa o taxi já está lá na frente.

–Hum. - Dei de ombros.

Ela poderia ter pedido para eu leva-la não poderia? Não, na verdade ela estava ocupada demais tentando me evitar a todo custo. O simples fato de eu tê-la beijado parecia ter criado um clima pesado eterno naquela casa, e sempre que estávamos no mesmo ambiente ela procurava uma desculpa para se mandar.

–Qualquer coisa – Pigarreei logo que ela abriu a porta para sair – você me liga.

Ela maneou levemente a cabeça em positivo antes de sair. Virei-me para subir as escadas e..

–Draco? – Disse incerta.

Virei-me mais rápido que nós dois esperávamos, eu não a escutava pronunciar meu nome com doçura há dias.

–Fique de olho na Lena – Ela estreitou os olhos na minha direção – Ela anda muito sapeca ultimamente.

Aquilo me fez sorrir de canto.

–Mas é claro.

(...)

Toc, toc, toc” Fazia a batida insistente na porta.

Levantei-me a contra gosto do sofá e Helena que estava sentada ao meu lado me seguiu com os olhos, pisquei em sua direção a fazendo sorrir.

Eu abri a porta dando de cara com um Blás sorridente.

–E ai desocupado? Como vai seu feriado?

–Um tédio – Resmunguei abrindo mais a porta para que ele entrasse – E incrivelmente eu preferia estar trabalhando.

Ele sorriu mais ao entrar.

–E onde está sua noiva? – Falou alto esperando que mais alguém escutasse.

Revirei os olhos me dirigindo ao sofá.

–Não adianta gritar, ela saiu.

Ele franziu o cenho se apoiando na parede.

–Saiu? Com quem?

–Will estava com febre, devia ser grave. Ela o levou ao médico.

–E por que você não foi junto?- Ergueu uma sobrancelha.

–Só descobri quando ela já estava saindo, e pelo tom de voz dela, ela não queria que eu fosse junto. – Fechei os olhos jogando a cabeça para trás – Mas eu estou me decidindo se vou ou não, afinal, ela está demorando muito.

–E onde está minha afilhada?

Eu olhei de esgoela para o lado e me sobressaltei no sofá.

–Cadê? Onde ela foi?

Ele franziu o cenho confuso enquanto eu vasculhava a sala com os olhos.

–Como assim?

–Helena, Lena estava sentada do meu lado aqui agora, eu a vi antes de abrir a porta!

Ele colocou as mãos no bolso despreocupado e eu me agachei no chão desesperado.

Não dava para ela entrar debaixo do sofá.

–Vai ver ela saiu andando por ai – Deu de ombros.

–Ela não sabe andar imprestável – Disse entre dentes – Por que não toma vergonha na cara e ajuda a procurar.

–Oh! – Ele arregalou os olhos se dirigindo até a cozinha – Helena! Helena!

–Não adianta gritar Blás – Caminhei a passos rápidos até o hall de entrada – Ela não fala.

–Mas podemos tentar escuta-la gemer não é?

Revirei os olhos.

Ela não conseguiria subir as escadas.

Todo aquele nervosismo me faria ter um ataque do coração.

–Achei! – Escutei Blás gritar dos fundos da casa e eu suspirei aliviado.

Ele apareceu caminhando pelo corredor com Lena no colo, ambos sorrindo.

–Essa safadinha aqui estava no quintal lá fora, engatinhando, quem será que ela puxou.

Eu bufei escorregando pela parede e sentindo meu coração a mil tentar se controlar.

–Viu, sabe o que eu acho que você deve fazer? Vai atrás dela, eu cuido de Helena enquanto está fora.

–Você tem certeza disso? Ergui uma sobrancelha? Da mesma forma que ficou preocupado quando ela sumiu

Ele balançou a cabeça me negativo se sentando a minha frente com um sorriso torto nos lábios.

–De forma alguma, vou cuidar como se fosse minha.

Helena começou a bater palmas alegre.

(...)

Felizmente para mim, ela e Will tinham convenio, e eu fui poupado de procura-la em alguma fila.

Estacionei o carro do outro lado da rua. A mesma não era muito movimentada, estreita só tinha uma mão, na esquina a minha direita – a mais próxima – assim que virasse a rua você encontraria diversas barracas de fruta montadas de modo que me surpreendia ficarem em pé, do outro lado bancas – que normalmente seriam de jornais – mas no caso pequenas lanchonetes suspeitas seguidas por outras vendendo DVDs piratas, roupas, e tantas outras porcarias.

A outra esquina – da qual era mais difícil de ver - felizmente dava em uma avenida cheia de vida. Atravessei a rua de pedras, e de frente a mim fui obrigado há caminhar um pouco mais no lugar que pelo conclui normalmente ficaria a ambulância se chegasse a seu típico desespero, a minha direita, um espaço não muito grande reservado a lanchonete do hospital, diversas mesas de vidros, sendo que suas pernas e cadeiras de aço estavam cobertas por vime, o teto de vidro, é que dava luz ao local.

Normalmente, eu teria sentado. Resistindo a tentação de sentar e esperar ali fora mesmo já que eu sempre detestei hospitais. No entanto eu a vi, seus lábios unidos formando um ‘o’ enquanto soprava o vapor da xícara com café quente.

Estava sentada tranquila, com as pernas cruzadas e a bolsa na cadeira ao lado.

–Oi. – Acenei sem graça enquanto me aproximava.

–Olá – Ela sorriu gentil e depois franziu o cenho – É... O que veio fazer aqui?

–Vocês estavam demorando demais, fiquei preocupado e resolvi vir.

Ela olhou para mim como eu tivesse a insultado.

–Bom – Ela recuperou a compostura – Eu estava criando coragem para ligar para você.

Franzi o cenho.

–É grave?

–Eu não sei. –Ela deu de ombros voltando sua atenção à xícara. – O pediatra disse que precisava falar com nós dois. Will tomou os remédios e agora está dormindo lá dentro.

–Hum sei... – Eu abaixei a cabeça pensativo e uma moça surgiu a nossa frente. – Os senhores vão querer alguma coisa?

Herms olhou para mim.

–Não, não obrigado, já estamos quase de saída. Só me traz a conta – Apoiei a cabeça em uma das mãos.

–Não, não precisa – Herms se manifestou séria – Deixa que eu pago, o café é meu e... – Ela colocou a bolsa no colo, mas eu impedi que abrisse.

Seus olhos se encontraram com os meus.

–Pode deixar Herms, para mim não faz diferença.

Ela sorriu terna e eu me levantei me dirigindo até o balcão.

(...)

Assim que a porta se abriu sozinha caminhamos a passos lentos dentro a sala de espera. A mesma estava com boa parte das cadeiras vazias e logo no fim eu avistei o balcão da recepção, com suas moças super pacientes.

Isso era um fato – acredito eu – que deveria haver em todos os hospitais: As atendentes se comportavam como se tudo que acontecesse fosse completamente insignificantes. Você pode entrar sangrando depois de cinco tiros e ainda te mandariam esperar, nada é mais importante do que elas terminarem de pintar a unha, que aparentemente não seca nunca.

Felizmente para mim, Herms apenas acenou para uma delas que sorriu. Viramos um corredor ao lado da sala de emergência com mais lugares para os pacientes e os consultórios. Virando outra vez à direita, uma minúscula sala de espera com algumas crianças e uma porta a esquerda de onde vez ou outra os pais saiam acompanhados de seus filhos chorões.

“A sala de vacina, com certeza” Pensei comigo mesmo. Seguimos então para um corredor que acabava logo ali, havia apenas um conjunto de três cadeiras ao lado da porta onde presumir estar o pediatra, quando pensei na possibilidade de sentar Herms bateu na porta e logo uma voz masculina pediu que entrasse.

Ao vê-la seu sorriso foi de orelha a orelha, mas apenas quando seu olhar caiu sobre mim que ele se desfez.

Aquilo só poderia ser uma brincadeira de extremo mau gosto.

–Malfoy?! Nossa, quando Mione disse que eu teria uma surpresa não pensei que seria tão verdadeira assim. – Ele se colocou de pé saindo de trás de sua mesa no fundo da sala e eu bufei.

Potter Testa-Rachada estendeu o braço para me cumprimentar.

Olhei a mão a minha frente e coloquei as mãos n bolso da jaqueta com um sorriso cínico no rosto.

Potter se dirigiu a Herms.

–Como sempre um poço de educação.

Ela sorriu desconfortável e olhou para mim.

–Malfoy por que não se senta? – Ela jogou a cabeça em direção à cadeira atrás de mim.

Revirei os olhos me sentando.

Ela voltou sua atenção a ele.

–Bom o caso é simples Mi – Ele tirou Will de dentro do berço logo a nossa frente o segurando com naturalidade – O coitado está estressado.

Ela franziu o cenho e eu me levantei rindo.

–Isso é impossível, o garoto tem só um ano. Ele não trabalha para ficar estressado.

–Malfoy – Herms apontou a cadeira e eu me sentei bufando outra vez

–Bom Malfoy – Potter virou sua cara arrogante para mim – O menino não precisa trabalhar para isso, mas ele não é burro, ele sabe o que se passa a sua volta, por isso eu precisava do casal presente.

Herms cruzou os braços apreensiva.

–O que está dizendo Harry?

–Se fosse outro casal eu seria obrigado a perguntar se eles andavam discutindo muito ou tendo diversos conflitos dentro de suas casas, mas acho que eu não preciso perguntar para ter certeza não é Malfoy?

–Do mesmo modo que eu acho que não preciso perguntar pra ninguém para socar sua cara. – Respondi entre dentes.

Herms pigarreou e eu me calei, Potter sorriu sarcástico.

–Quando foi que ficou tão obediente Malfoy?

Eu me coloquei de pé com o sangue fervendo e quando dei um passo à frente Herms colocou uma mão sobre meu peito – sem olhar na minha direção – me impedindo de qualquer coisa.

–Draco por favor, é importante.

–Eu vou esperar lá fora.

–Não, não vai – O sorriso de Potter se alargou mais logo que eu peguei ma maçaneta – O recado é para os dois.

Fechei os olhos e respirei fundo.

Potter nos encaminhou até sua mesa. Herms pegou Will no colo, eu e ela sentamos de um lado e ele do outro.

–Bom, se estão morando juntos como dizem que estão morando, precisam saber que o clima no ambiente familiar é extremamente importante para as crianças, não importa a sua idade. E as brigas frequentes, os gritos, e o clima ruim que se estabelece depois não são nem um pouco agradáveis. Se as pessoas já se sentem desconfortáveis quando isso acontece imagine ele que mal pode falar.

–Então a culpa é nossa? – Cruzei os braços erguendo uma sobrancelha.

–Não que seja culpa de alguém, entendo que casais se desentendam vez ou outra...

–Não somos um casal – Dissemos um uníssono e Potter revezou olhares.

–Bom de qualquer forma, o fato de estarem morando na mesma casa, sobre o mesmo teto, comendo a mesma comida, mesmo que não durmam na mesma cama, eu sou obrigado a considera-los um casal, afinal, os dois estão criando o menino. Ou eu estou errado?

Nós assumimos aquela cara de culpado.

–Eu dei alguns remédios que também estão na receita para a febre sumir e ele se sentir relaxado, mas não há mais nada que eu possa fazer pelos dois.

(...)

Eu entrei no carro com raiva, batendo a porta de modo que ela até se assustou no banco do carona.

–Por que não me avisou que era o Potter? – Eu segurei o volante com força.

–Não sabia como ia reagir... Fiquei com medo de que resolvesse ir e me deixar sozinha – Falou baixo.

Eu olhei em sua direção.

–Eu nunca ia te deixar sozinha, ainda mais em uma situação dessas. - Ela engoliu em seco.- E não importa como eu vá reagir, mesmo que eu grite, faça escândalo, destrua metade do planeta, eu sempre concordo com você no final.

Ela não sabia para onde olhar.

–Desculpe, mas desde que nós...

Eu suspirei jogando a cabeça para trás enquanto fechava os olhos.

–Nos beijamos.

–Bom, é que eu não consegui superar a partida de Rony ainda Draco e... –Ela gesticulava sem encontrar as palavras.

–Herms – Disse com calma – Weasley não ia querer que ficasse se prendendo ao passado, ele iria querer que fosse feliz, que seguisse em frente, do mesmo jeito que eu iria desejar a você se estivesse no lugar dele.

Ela abaixou os olhos cansada.

–Eu sei é só que... Não é tão fácil assim, não dá para simplesmente esquecer tudo o que aconteceu e comelar de novo.

–Não é para você esquecer-se de nada Herms – Coloquei sua mão por entre as minhas – É só para encontrar outro modo de ser feliz.

Ela olhou para mim com os olhos cheios de lagrimas e balançou a cabeça em positivo.

–Está bem – Suspirei tentando me controlar para não abraça-la ali mesmo. Liguei o carro dando ré para sair logo dali – Vamos fazer algo diferente hoje.

–O quê? – Ela acomodou melhor Will Sonífero nos braços – Como assim?

–Já estava mais do que na hora de termos um tempo só para nós.

–O que quer dizer? – Ela franziu o cenho e eu mudei a marcha indo em direção à avenida.

–Vamos deixar Will com o Blás, ele está em casa cuidando de Lena, eu prometo algumas coisas a ele e ele fica com Will também, então saímos. Só nós dois, o que acha?

Ele começou a respirar mais rápido.

–Só se me deixar vestir algo mais adequado – Ela sorriu de canto.

Sorri malicioso em sua direção aproveitando o sinal fechado – Qualquer roupa ficaria bem em você my Lady.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?