A Bruxa da Cidade das Brumas escrita por Libellule penseuse


Capítulo 10
O Transbordar das Sombras


Notas iniciais do capítulo

Estou me preparando para ter as orelhas puxadas... Eu não achei que fosse demorar mais de um mês para conseguir postar um novo capítulo (e olha a q ponto chegou!!!), por mais que tivesse avisado de antemão que demoraria.

Mas um problema levou a outro e, quando eu vi, a vida estava tão corrida que não conseguia parar e escrever.

Peço mil desculpas pela demora... Espero que encontrem benevolência o suficiente no coração de vocês, caras leitoras, para me perdoar!

Música recomendada para o capítulo: Pompei por Jocelyn Pook (parte da trilha sonora do filme Habitacion en Roma). É uma música difícil de encontrar (eu pelo menos não achei no youtube, mas se não encontrarem recomendo Aphrodite na mesma artista... Apesar dessa música não se encaixar tão bem no capítulo como a outra... Nem de perto!).

A incrível Schicletah encontrou a música que eu tanto queria que todos ouvissem no capítulo e me passou o link que se encontra a seguir! Muito muito muito obrigada! =)
http://grooveshark.com/#!/search/song?q=Jocelyn+Pook+Pompei



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Em nosso passo vagaroso nos aproximamos da moradia e a porta da cabana se abriu, cessando o piar das pombas.

A bruxa já nos esperava.

Sirona apertava um xale puído junto ao peito, seus olhos transbordando apreensão antes mesmo de se focarem em Haniyya. Ainda descalça a bruxa correu ao nosso encontro e tomou o rosto suado da mulher grávida em suas mãos. A esposa do mercador estava ofegante e cansada, incapaz de formar palavra alguma enquanto tentava recuperar o fôlego que lhe fugia o peito a mesma maneira que a água escorre por entre os dedos... Mas em sua face machucada estava estampado um pedido desesperado e silencioso, um pedido por ajuda.

Observei a conversa muda entre a garota e a mulher.

Sirona analisava os olhos de Haniyya com uma atenção felina... Mas, de repente, algo a distraiu, fazendo com que ela olhasse por cima do ombro da mulher do mercador. Em uma porção de segundo a bruxa empalideceu. Não fugiu de minha percepção limitada quando o fôlego fugiu do seu peito protegido sob o tecido grosseiro de seu xale, a sombra de medo que passou por seus olhos foi rápida, porém palpável.

– Vamos... – Sirona tomou o braço de Haniyya que eu segurava e, junto de minha avó, puxou a mulher grávida até a segurança de sua casa. – Venham comigo.

Na entrada de seu lar Sirona parou e, ainda amparando Haniyya, mordeu um dedo fazendo uma careta de dor. Quando o sangue escarlate e quente começou a lhe escorrer pela falange ela levou seu dedo até o batente da porta, desenhando símbolos estranhos com pressa sobre a madeira clara.

Seu sangue continuou escorrendo mesmo depois dela ter terminado seus desenhos, deixando um vestígio de pingos avermelhados sobre o piso imaculado. Surpreendentemente nem minha avó ou Haniyya pareceram estranhar as ações peculiares de Sirona, somente se deixaram guiar dentro da pequena sala até a cama desarrumada.

Com dificuldade sentaram Haniyya sobre o colchão de palha, minha avó soltando apressadamente os cordões da capa pesada que cobria a mulher parda, seus dedos longos e ossudos firmes apesar do discreto tremor.

Sirona deixou que seu espírito de curandeira a possuísse.

A garota de cabelos negros tomou o pulso de Haniyya, pressionando os dedos sobre a veia saltada. Ela puxou para baixo a pálpebra de seu olho avaliando a mucosa rósea e brilhante, abriu sua boca e correu o dedo em torno de suas feridas. Ainda não satisfeita ela levantou o vestido da mulher do mercador, afastando de sua barriga avantajada as diversas camadas de tecido fino até encontrar a pele esticada e marcada por estrias. Fechando seus olhos ela correu delicadamente suas mãos pelo ventre de sua paciente, apalpando da melhor maneira que podia o ventre gravídico.

De repente e sem nenhum aviso a bruxa se levantou, voltando-se para minha avó.

– Faça com que ela beba um pouco de água e se acalme. – Ela disse apressada e minha avó concordou com um meneio curto de cabeça. – Venha comigo, Brianna...

Sem esperar uma resposta Sirona caminhou até sua mesa de trabalho e eu a acompanhei sem pestanejar. Com mãos leves e rápidas ela corria seus dedos ágeis pelos seus instrumentos largados sobre a madeira escura. Ela abria potes repletos de plantas secas moídas e com cheiro amargo, para depois jogar punhados de algumas em um pote de cerâmica pequeno.

– Traga-me um punhado de sal.

Corri para o lado da lareira, onde Sirona guardava os ingredientes de cozinha e mergulhei minha mão no saco que continha sal marinho. Quando retornei para o lado da bruxa ela virou minha mão cheia sobre o pote, cobrindo as folhas coloridas com o branco cândido do tempero salgado.

Ela tomou minha mão e me guiou para fora da casa, onde suas pombas rodeavam a singela construção em um voo baixo e frenético. As gordas aves brancas deixavam uma trilha alva de penas fofas caídas pelo solo, formando um círculo protetor que nos envolvia. Sirona começou a jogar a mistura de sal e ervas sobre o caminho formado pelas penas e eu a ajudei.

Longe pelos apiários eu pensei ter avistado uma sombra macabra se remexer insatisfeita, como uma capa escura secando ao vento, por mais que nenhuma brisa soprasse. Mas, assim que me virei para encará-la, enxerguei somente os campos repletos de colmeias artificiais.

– Não olhe diretamente... – Sirona sussurrou. – Sempre veja com o canto do olho. Olhe para baixo e nunca encare.

Fiz como instruída, mantendo o olhar voltado para o chão... Por alguns segundos nada aconteceu, até que na periferia de minha visão a sombra começou a tomar forma novamente. Ela era diferente da sombra que apareceu para mim na taverna... Ela parecia mais fria e decidida.

– O que é?

– Algo que quer entrar.

– Ela é diferente... – Engoli seco quando um pensamento mais sombrio se seguiu. - Ela também está atrás de mim?

Comentei em um sussurro baixo, mas Sirona me escutou. A garota das pombas acariciou delicadamente nossas mãos ligadas.

– Não... Como você mesma notou, ela é diferente.

Em silêncio entramos de volta na cabana e trancamos a porta.

Surpreendentemente Haniyya adormeceu sob os cuidados de Sirona. Uma vez que todo o desespero da fuga foi deixando o seu corpo, o cansaço e a fadiga ocuparam o espaço deixado prontamente, carregando-a para uma terra de sonhos inquietantes.

Vovó e Sirona conversaram pela primeira vez desde que a bruxa atravessara os enormes e decadentes portões de Moebe. Ainda assim falaram nada além do necessário, trocando poucas palavras práticas e desprovidas de floreios. Ela contou sobre o mercador e sobre a noite que antecedeu nossa fuga. Nada mais.

– Devemos voltar. – Vovó suspirou cansada. – Não devemos levantar mais suspeitas...

Sirona concordou com um meneio de cabeça e minha avó se levantou. Ela tomou minha mão na sua e me puxou consigo.

Mas eu ainda precisava falar.

Rapidamente me desvencilhei do aperto de minha avó e corri de volta para Sirona. Pulei em seus braços e aproximei meu rosto de seu ouvido.

– Ele também vê as sombras.

Senti os braços de Sirona se apertarem em torno de minha cintura por um momento antes dela me soltar. Quando nos afastamos pude ver a apreensão novamente em seus olhos, azul e âmbar.

– Tome cuidado...

Com o coração relutante soltei minhas mãos de seus braços e voltei com minha avó para a taberna de meu pai.

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.

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Caminhamos devagar, arrastando os pés em um ritmo dolorosamente lento enquanto o Sol começava a se deitar em seu leito ao Oeste do horizonte. Vovó parecia cansada, como se carregasse sobre seus ombros frágeis mais anos de vida do realmente vivera, ainda assim em nenhum momento ela permitiu que a força de sua decisão fraquejasse.

Não importa as dores oriundas de sua doença, não importa o quão humana ela fosse. Naquele momento eu tinha certeza de que seus ossos eram como pedra e sua vontade era de aço... E a admiração que sentia por ela parecia não caber dentro de meu coração, ela transbordava pelas beiradas do órgão pulsante e inundava todo meu corpo. Jurei para mim mesma naquele dia que seria como minha avó.

Ainda caminhando ela colocou seu braço sobre meu ombro e beijou o topo de minha cabeça.

– Nunca deixe que ninguém lhe trate daquela maneira... – Ela comentou a voz rouca. – Nunca se esqueça de seu próprio valor.

Eu tive certeza de que nunca me esqueceria.

Quando chegamos à taberna o ambiente estava pesado e silencioso, repleto por uma tensão inebriante pouco natural àquele lugar. Esperava que os mercadores estivessem todos reunidos no grande salão, aquecendo-se diante do calor cálido da lareira central e bebendo de seus canecos pesados de vinho adocicado. Homens cansados, porém satisfeitos após o festival realizado à honra de sua visita.

O que encontrei foi um ambiente pesado e taciturno.

De trás do balcão meu pai conversava cabisbaixo com o vendedor de castanhas com pele parda, ele ergueu seu olhar quando entramos no salão e não pude deixar de reparar que sua face estava marcada, a coloração da bochecha inchada atingindo um tom de vermelho intenso e bravo. Apesar de não falar nada ele sabia. O conhecimento estava refletido em seu olhar, também com um toque de reprovação.

Minha avó me apressou, dizendo que eu deveria ir até a cozinha antes dela ir em direção ao meu pai.

Dessa vez os deixei a sós.

A cozinha estava quente e abafada, apesar da lenha no forno já não passar de restos semelhantes a brasas mirradas. A ajudante ainda se encontrava por lá, limpando os pratos apesar de estar tarde e, dessa vez, ela não parecia irritada e sim um pouco assustada com seus olhos arregalados.

– Onde estavam e porque demoraram tanto? – Ela perguntou deixando o pano e a louça de lado.

– O que aconteceu? Por que o rosto do papai está marcado?

A ajudante suspirou e olhou para os lados, certificando-se de que estávamos sozinhas antes de iniciar o seu conto...

A tarde se passou como qualquer outra... Apesar de todo o trabalho extra que deixaram em minhas mãos, nem pensem em repetir algo do tipo! Quando os mercadores chegaram todos foram às mesas para jantar e comemorar, menos um.

Ela se abaixou e eu me aproximei mais do seu rosto enquanto sua voz diminuía para um sussurro apressado. A diminuta luz avermelhada do forno refletia sobre o suor acumulado em sua pele, sob essa meia iluminação a ajudante se parecia como um dos membros do povo da floresta... Uma resplandecente fada-do-fogo-falso ou uma filha da Salamandra.

Ah, Brianna... Quanta agitação... O mercador de olhos negros desceu as escadas gritando pelo nome de sua esposa! Mas não havia nem um pingo de preocupação e zelo em sua voz... Não! Era uma fúria tão enorme quanto a fúria dos próprios Titans!

Em minha mente eu conseguia visualizar tudo... A expressão em sua face contorcida, as mesmas sombras que sempre apareciam para nós se agitando em resposta a sua raiva.

Seu pai tentou conversar com ele. Tentou acalmá-lo... Mas isso só resultou no mercador o culpando por negligencia e também na violência que marcou a face dele. Tão logo ele saiu da hospedaria, batendo a porta com força, alguns de seus colegas se dispuseram a ajudá-lo na busca.

Alguns já voltaram... Cansados e de mãos vazias. Outros ainda estão lá fora. Talvez junto do mercador que perdeu a esposa. Talvez não... Não sei se pediram a ajuda dos guardas.

Quando me retirei para minha cama meu pai e minha avó ainda discutiam alto, sem se importar que os hospedes pudessem se incomodar com suas vozes... Apesar disso, ele nunca nos acusou de nada e muito menos nos delatou para o povo da caravana.

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No meio da noite eu fui despertada.

Não foi um despertar brusco e violento, daqueles que nos arrancam dos sonhos sem aviso jogando-nos duramente na realidade da terra acordada. Foi um despertar tão suave e sutil que eu nem mesmo tinha certeza se estava realmente acordada ou ainda sonhando...

Minha avó ressonava alto na cama do outro lado do quarto, tão mergulhada em sua exaustão que nem reparou quando deixei meu leito.

Meus pés seguiram pelo corredor sem nenhuma ordem de meu corpo. Não sentia nem mesmo o frio da madeira quando a tocava, nenhum degrau rangeu sobre meu peso. Eu me deslocava como uma pessoa sonâmbula, sem saber onde iria parar ou mesmo o que me instigava a seguir em frente...

A porta de entrada da hospedaria deveria estar trancada. Era madrugada e, por mais que Moebe fosse uma cidade tranquila, não estava segura dos perigos noturnos. Mas ela se abriu sozinha... Devagar... Tão lentamente quanto meus próprios passos.

A sombra estava lá me esperando.

Intensa e risonha, parcialmente camuflada pela noite escura e infinita, mas ainda assim clara o suficiente para mim. Tremulando ela me chamou e eu segui em sua direção, saindo da hospedaria... Seguindo pelas ruas vazias... Aumentando a velocidade até que começamos a correr em direção aos campos e aos apiários.

A sombra estava me levando para a casa de Sirona.

Em minha corrida comecei a ficar ofegante e cansada. Por vezes machucava meus pés descalços no cascalho, mas continuava correndo. Anestesiada de qualquer dor, anestesiada até mesmo de meus próprios medos.

A outra sombra, aquela que não queria se revelar para mim, ainda estava contida para fora do círculo protetor que envolvia a pequena cabana. Ela estava inquieta e crescendo, vagava de um lado para o outro como um lobo faminto rondando a toca de sua presa.

Ela queria entrar.

Eu já não sabia o que fazer... Já estava parada ao relento por muito tempo, então decidi voltar para minha própria casa. Mas, assim que me virei, o grito de Haniyya ecoou pela noite, seguido do som de destruição, como se os potes e panelas de Sirona tivessem ganhado vida própria e se atirassem contra as paredes.

As pombas levantaram voo de seus ninhos e começaram a circundar a casa, tentando desesperadamente atravessar as janelas fechadas.

A porta da cabana abriu violentamente e, de dentro do lar da bruxa, o mercador emergiu na glória de sua fúria, com o cabelo despenteado, narinas dilatadas como as de um touro e um corte profundo que ainda sangrava sob o olho... Ele arrastava Haniyya consigo, puxando a mulher grávida pelos cabelos.

Como ele tinha a encontrado?

Foi então que nossas sombras apareceram novamente. Sob os meus pés. Sob os pés deles. Elas tinham o guiado da mesma maneira que fizeram comigo!

O mercador puxou Haniyya com violência, arrastando seu corpo pela grama, atravessando para fora do círculo protetor, mesmo com ela gritando e lutando para se soltar. Sirona saiu correndo atrás dele, seu vestido branco rasgado, um dos lados da face avermelhado e com o canto da boca sangrando. A bruxa saltou como um gato selvagem sobre as costas do mercador, afundando as garras em seus cabelos e fazendo-o perder o equilíbrio.

Todos caíram no chão.

Eu sai do meu estado de choque, horrorizada com a cena na minha frente e corri na direção dos três corpos que lutavam e se entrelaçavam sobre a terra.

Haniyya chorava e tentava se arrastar para longe de seu marido, a saia de seu vestido com uma grande mancha vermelha entre suas pernas, cujo tamanho aumentava de maneira assustadora.

O mercador conseguiu se desvencilhar de Sirona e se levantou, rapidamente chutando a garota mantendo-a no chão. Eu rugi de raiva e me atirei sobre ele antes que conseguisse desferir um segundo chute. Como uma fera eu finquei meus dentes em seu braço, cortando sua carne até sentir o gosto de sangue na língua. Parte de minha mente processou um grito de dor, não tinha certeza se foi da minha vítima ou não, tudo o que eu prestava atenção era na forma de Sirona tossindo com a mão sobre o próprio ventre chutado.

Quando senti os golpes de seus punhos em minhas costas apertei ainda mais minha mordida, balançando a cabeça como um lobo raivoso.

Mas eu era uma criança... E possuía tanta força quando uma criança mirrada e magrela.

O homem me arrancou de seu braço, puxando-me pelos cabelos. Todo meu couro cabeludo parecia queimar, mas não gritei... Continuei rosnando e chutei seu peito. Com a dor, ou surpresa, ele me soltou e eu cai no chão atordoada, minha cabeça tinha batido e eu me sentia tonta.

Antes que eu me recuperasse senti seus dedos se fechando em torno de meu pescoço, apertando com tanta força que meus pulmões começaram a arder com a falta de ar. Ele estava me sufocando!

– Brianna!

As pombas começaram a voar baixo, suas asas indo de encontro com o rosto do homem sobre mim. Ele gritou xingando os animais, mas ainda assim não me soltou.

Sirona pulou sobre ele novamente, arranhando seu rosto e puxando seu pescoço para trás. Gotas de sangue caíram sobre minha face e eu tentava desesperadamente puxar suas mãos para longe, mas minha força falhava...

Por um breve momento o mercador soltou uma das mãos e a usou para jogar Sirona para longe. A única coisa que ouvi foi o som doloroso de um baque surdo e o farfalhar inquietante das assas das pombas. Rapidamente ele voltou a sua tarefa.

As duas mãos com dedos grossos em meu pescoço.

Eu não conseguia respirar!

Minha visão foi escurecendo e as sombras aumentaram... Todas se aglomerando sobre o ombro do homem que me estrangulava. A sombra dele e a minha se fundiram, tomando a forma de uma única criatura que lembrava vagamente um humano com asas negras.

Sua face era tão pálida quanto um osso limpo e seus lábios se encontravam esticados em um sorriso distorcido e macabro que exibia seus dentes perolados. Um tecido escuro e puído cobria parte do rosto onde deveriam estar seus olhos. Mas ainda assim olhava diretamente para mim... Pois suas asas de plumas negras estavam cobertas de centenas de olhos entreabertos, cada íris com uma cor distinta e única.

Azrael envolvia nossos corpos com suas asas macias, como se tentasse oferecer algum conforto na morte.

Eu já não mais sentia a dor... Já não mais sentia a violência de mãos alheias em minha garganta... Eu sentia somente o escurecer de meu mundo enquanto o Anjo negro se debruçava sobre mim, pronto para me embalar.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo será o final da saga da infância de Brianna (desculpe o cortar o capítulo em um momento tão agonizante)!

Devo postar semana que vem... Mas ainda assim não posso garantir que os capítulos seguintes serão rápidos uma vez que equilibrar o tempo entre trabalho e estudo (sem deixar de lado a minha família, amigos e namorada) é um tanto complicado... Então peço um pouco mais da paciência de vocês! Eu vou acabar essa história com certeza e nada de demorar seis meses para postar um capítulo!