Amor às Avessas escrita por Samyni


Capítulo 27
A Perseguidora Maluca


Notas iniciais do capítulo

Voltei finalmente!!!

Esse capítulo tá horrível. Horrível, horrível. Mas leiam, por favor. Talvez gostem, não sei, mas eu achei bosta. Pra variar :v

Bem-vinda:
—Sheila Rayane!!!!!!!!!!!!! :3

Boa leitura, pessoal! ~coração que o Nyah ridículo por algum motivo não me deixa fazer~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433660/chapter/27

"O desespero pode levar uma pessoa a fazer coisas surpreendentes." -Convergente.

–Você só pode estar louca! Não vou baixar minhas calças para uma estranha no meio da rua! -falei, incrédulo.

As três mulheres ao meu lado observavam perplexas, completamente atômicas.

–Então não saio daqui. –Anna respondeu e tamborilou os pés no chão, disposta a esperar décadas se assim fosse necessário.

Amor ao meio ambiente? As árvores? Negativo. Ao meu tronco especificamente? Bingo!

–Moça, minha vida já é ferrada o suficiente, sem interferências. Por favor, não a piore. -implorei.

Ela me ignorou. Causa nobre ambiental o caramba! Fogo, falta de homem, isso sim.

–Hunft! Vamos entrar, deixa ela aí. –falei para as três e caminhei em direção a entrada do bloco, mais precisamente o elevador.

–Você vai deixar a menina acorrentada numa árvore? –perguntou Rachel.

Oh, Rachel, doce e inocente como sempre...

–Sim.

–Assim? Sem remorso?

–Exatamente, moça.

–Luke! –ela gritou e parei minha caminhada para encará-la.

Por quê cargas d'água ela tinha de ser tão humanista? Papai Noel, por quê você me odeia?

–O que você quer que eu faça, Rachel? Sinceramente, não vou sair por aí mostrando meus países baixos para toda louca que quiser vê-los!

–Eu sei! Não estou te pedindo isso, ser desprovido de massa cinzenta! Só estou querendo saber o que faremos com ela.

Pensei.

–Onde fica o manicômio mais perto?

Ela revirou os olhos.

–Vamos ligar para a prima dela. Arranje um jeito de pegar o celular da louca e ligamos para a prima dela.

–A prima dela tem sei lá, quantos anos? Uns treze... -refleti.

–E parece ter bem mais do que essa daí. –ela apontou para Anna, presa a árvore.

Eu ri.

–Ok. Mas não vou apalpá-la.

–Eu faço isso, então. –ela levantou os braços em sinal de rendição.

A morena e ruiva voltaram para o apartamento e Rachel –que eu descobri estar com um micro-short por baixo da blusa três vez o seu tamanho– entrou na missão de pegar o celular da Anna Maluca. Nossa pobre e querida loira, ganhou algumas mordidas, mas finalmente conseguiu o aparelho celular.

–Qual o nome da menininha mesmo? –Rachel perguntou analisando seu braço mordido.

–Melanie, não Mel, mas Melanie. E é melhor você tomar uma vacina contra raiva.

Ela foi passando os contatos, a procura do número da garotinha de óculos tartaruga, pele de giz e cabelos carvão.

–Vacina é para prevenção, Luke.

–Um soro então. –dei de ombros.

Ela me mandou calar a boca com o dedo indicador.

–Toma. –estendeu o celular. –Você que conversou com ela...

Peguei o celular e esperei.

–Fala, Anna. –a voz madura para sua idade falou do outro lado.

–Melanie, é o Luke. Lembra-se?

–O sapo do parque que beijava todas as moças?

–Eu mesmo. –sorri de canto. –Tenho um problema e você precisa me ajudar.

–Já estou chamando um táxi, Luke. Me diz onde você e a Anna estão.

Até uma criança sabia chamar um táxi e a Rachel não! Passei o endereço a ela e esperei.

A garotinha, que estava de vestido verde musgo e sapatilhas com estampa de melancia, desceu do táxi. Estava com os cabelos soltos e seus olhos brilhavam. Ela logo viu a prima, mas veio em minha direção.

–Oi, Sapo.

–Oi, Mel.

–Melanie. -ela corrigiu. Tentou, ao menos.

–Certo, Mel. Sua prima está acorrentada a essa árvore aí e diz que não vai sair.

–Enquanto você não fazer algo que envolva nudez e constrangimento? –ela arqueou uma sobrancelha grossa e tão negras quanto seus cabelos de carvão.

–Sim.

Ela cruzou os braços.

–Ah, Anna... Tenho medo de um dia ficar como ela quando começar a gostar de alguém.

✶✵✴

Foi preciso muito esforço, ferramentas e muita conversa com Anna para ser possível soltá-la e depois escoltá-la para casa. Ela morava no Brooklyn, então Rachel levou-nos todos até sua casa. –depois de colocar uma roupa decente.

Ela esperneou, chorou e tentou morder a Rachel outras milhares de vezes, mas finalmente conseguimos colocá-la para dentro de casa. A loira entrou com ela, a fim de falar com um parente sobre o ocorrido. Agora, eu e Melanie ficamos sentados nas escadas, conversando.

–Qual o problema dela, Mel?

–Nenhum, aparentemente. Segundos os exames, ao menos.

–Ela sempre faz isso?

–O que? –ela perguntou e arrumou seus óculos no nariz.

–Se interessa por caras, os persegue, se acorrenta em árvores e depois faz protesto para eles praticamente se despirem para ela.

Francamente, que mulher nunca fez isso?

–Não. Mas ela sempre cisma com algumas coisas. Tipo, cisma de com força mesmo. Fica louca, persegue e só fala no assunto. Ela tem essas manias.

–E isso passa?

–Olha, às vezes. O quarto dela só tem coisas de Harry Potter, ela lê Harry Potter o dia inteiro, me chama de Murta que Geme, seu professor de física de Severo Snape e nosso avô de Dumbledore. Até nossa vizinha, a Senhora Paolini, teve de se mudar, pois Anna não deixava seu gatinho em paz. Ele vomitou camarão em lata duas vezes, de tanto que foi apertado. Às vezes, ela também diz que não vai comer nada além de pão e água. Ou pior, só batata frita e sorvete. Mas ela é assim. Lamento que você seja a mania do momento.

–Valeu. –dei de ombros. –Eu acho.

Olhei ao redor. A rua era clara, cheia de casas e prédios sem muitos andares, o tráfego era movimentado e crianças brincavam aqui e ali de pular corda ou bate-bola.

–Sapo, eu não esqueci que naquele outro dia, no parque, você não me disse quem foi a pessoa do seu primeiro beijo. –ela sorriu, um sorriso infantil e vi que às vezes, mesmo com sua maturidade, ela lembra-se que era apenas uma criança.

–Ah, sim. Não me esqueci, Mel.

–Então? –ela perguntou, exaltada, a expectativa quase transbordava de seus olhinhos.

–Era uma garota incrível, divertida, diferente.

–O nome dela, Luke!

–O nome dela era...

Fui interrompido:

–Aparentemente, isso é normal dela, Luke. Só lhe digo uma coisa: temos um grande problema com essa maluca. -a loira disse, descendo as escadas até o degrau em que eu me encontrava.

–Já percebi isso, Rachel. A Mel me falou.

–Luke! A minha resposta!

–Fica para outra hora, baixinha.

Melanie emburrou.

–Não se preocupe, você é muito bem-vinda no nosso apartamento.

Ela sorriu.

–Tudo bem, Sapo! Tchau para você. Tchau, Rachel. –e fez reverência para nós dois e voltou-se para dentro de casa.

✶✵✴

Bati a porta branca de entrada e a loira logo me olhou de cara feia.

–Ei, como foi lá? –Kate perguntou no sofá, com um braço passado por cima dos ombros de Emily.

–Oi Mary. –cumprimentei a morena.

–Oi, Homem Fogo.

–Foi uma loucura, Kate. –Rachel a respondeu. –E estamos bem longes de ficarmos livres daquela Anna.

–Pobre Luke. –a ruiva disse, com falso pesar.

A ignorei.

–Não tem comida para vocês. Eu e a baby gastamos muita energia e comemos demais, não sobrou nada. –Emily explicou.

Que ótimo. Ela gasta energia com reviramento de lençóis e eu quem fico sem comida.

–Mc’Donald? –perguntei à Rachel.

–Mc’Donald. –ela concordou e fechou os olhos em satisfação.

–Vamos embora, cabelo de capim gorda.

–Vamos, desprovido de inteligência.

–Nossa, você é tão engraçada. –bufei e a segui.

–Babaca. –ela rebateu.

Seguimos para a garagem.

–Vamos de carro para um lugar que é nem um quarteirão daqui?

–Vamos de moto. Na minha moto. Estou com saudades dela. –respondi, girando as chaves entre meus dedos.

Quando finalmente me deparei com o veiculo de duas rodas e tração traseira, reluzente e preta, suspirei.

–Papai sentiu saudades de você, minha belezura.

Rachel revirou os olhos.

Subi na moto, coloquei o capacete e passei o outro para a Rachel. Depois, a ajudei a abotoar. Ela sentou-se no veiculo, nitidamente desconfortável e com medo. Peguei suas mãos e as pousei em minha cintura.

–Segure-se e relaxa.

Fomos para o Mc’Donald mais perto. A atendente bonita da vez anterior, não estava por lá. Eu pedi um hambúrguer com bacon, Coca, e batata frita, tudo no tamanho Super. Já Rachel pediu todos do pequeno, mas com suco enlatado de uva no lugar da Coca.

Sentamos em uma mesa vermelha e cadeiras amarelas, um de frente para o outro e começamos a atacar a comida.

–Hoje foi um dia cheio. E esquisito demais. –Rachel disse dando uma mordida em seu hambúrguer.

Assenti.

–Essas coisas esquisitas acontecem desde que você chegou. –ela sorriu.

–Eu divirto a sua vida, moça. –pisquei e ela riu.

–Certo, certo. Mas a atrapalha bastante também.

–Aposto que recompensa. A bagunça, por todo o resto.

–Convencido. –elas rosnou.

Continuamos comendo, até que uma mulher alta, de cabelos ruivos e incrivelmente cacheados, de corpo curvilíneo adentrou o local e tomou minha atenção. Ela estava só, e aproveitei a oportunidade para me apresentar. Vai que ela estava perdida?

–Oi, moça bonita. –cumprimentei e ela riu baixo. –Eu sou Luke. Posso te ajudar?

–Você trabalha aqui, Luke? –ela me olhou de cima a baixo. Eu não estava de uniforme, por motivos óbvios.

–Não.

–Então infelizmente não pode me ajudar hoje. Estou atrasada para uma reunião no escritório e preciso de uma comida rápida. Mas quem sabe, um dia, quando eu tiver tempo, não saímos e você me serve alguma coisa? –ela mordeu o lábio inferior e piscou.

–E como te encontro, ruiva?

Ela me entregou seu cartão.

–Quando quiser, já sabe.

E foi em direção ao balcão, pegou seu sanduíche, esboçou um último sorriso e saiu rebolando do estabelecimento.

Sentei-me na frente de Rachel novamente. Ela arqueou uma sobrancelha.

–Cretino.

–Eu aproveito as oportunidades quando elas me aparecem. –e voltei à atenção para o meu hambúrguer.

A loira revirou os olhos e bufou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

E quem tem mais ideias para aprontos da Anna?

Gente, tava muito sem ideia, me desculpem, ficou uma bosta, mas recompenso no próximo, ok?

Demorei por motivos de: vocês não tem noção do quanto corri essa semana. Eu nem li! E para quem me conhece não passo um dia sem tocar em livros. Voltar academia, semana de provas, tentar fazer meu irmão ler (ô tarefa difícil), limpar casa, escola, gente pra cuidar, sem tempo pra dormir... Uma verdadeira bagunça!

Então, depois eu recompenso ;)

Mandem reviews, favoritem e recomendem, sim? *--*

Bjinhosssssssss
~Samyni



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor às Avessas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.