Amor às Avessas escrita por Samyni


Capítulo 20
Luke 3 x Rachel 3


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiii povo bonito do meu coração!!
Como vão? Aqui está mais um famoso capítulo transição, a parte boa é que é narrado pelo Luke.
Espero que gostem e prestem bastante atenção hein?
Capítulo dedicado a:
—Anna
Que fez uma linda recomendação! Muitooo obrigada, sua fofa *--*



Boa leitura!



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POV LUKE DEAN'

"Às vezes, é difícil saber como cuidar das pessoas." -Convergente.

Me tornei não só mais presente na vida de Rachel, como me tornarei na sua leitura adiante, caro leitor.

Ao chegarmos ao apartamento, Rachel caminhou lentamente até seu quarto, deitou-se na cama e chorou –de com força mesmo. Eu sinceramente nunca fui bom para lidar com pessoas chorando, aquela água salgada escorrendo pelos olhos era algo que exigia uma ciência exata ainda não conhecida pelos cientistas ou uma compreensão no coração, na maioria dos casos. Eu não era inteligente, como sabemos e sentimentalismo também não era meu forte. Apenas a observei por alguns segundos antes de Emily adentrar o quarto, sentar-se ao seu lado da cama e acariciar-lhe a cabeça.

Kate estava ao meu lado no vão da porta, de braços cruzados, a boca meio torta como se dissesse “Merda! Também não sei o que fazer.” Esse também não era o forte de Kate, descobri naquela noite/madrugada.

O choro de Rachel ficou mais forte, tornando-se quase grunhidos de desespero enquanto a morena continuava a lhe fazer carinho nos cabelos. Quando finalmente cessou –longos dez minutos depois; Emily se levantou e sussurrou ao passar por mim:

–Seu turno, Sr. Mistério! É só fazer o mesmo... Não há segredos.

Então o casal se retirou do quarto. Deixando-me completamente sozinho com uma menina –opa, mulher– que acabara de ter sido deixada por um esquimó surfista. Contraditório, não? Digo, um esquimó surfar...

–Miau!

–Desculpa, Deanzinho! Me distrai. Já estou indo, acalme-se.

Sentei-me na cama de Rachel, tentando imitar Emily. Ela fungou. Eu gostaria de fazer uma piada, algo como “Você deveria estar feliz, o cara era um idiota!” ou “Não há ondas no Alasca, como ele surfa?” Entendeu a piada? Não? Qual é, era boa! Ela fungou novamente me acordando.

–Calma, Rachel... Pare de chorar, vai...

Ela arredou para o canto da cama, encolhendo-se. Isso indicava claramente que ela não queria que ninguém mandasse –ok, sugerisse– a ela parar de chorar, mas ainda queria que alguém a consolasse de alguma forma. Não falando que havia outros caras melhores, não xingando o Mike, não nutrindo falsas esperanças, apenas queria consolo. Ai, mulheres...

–Eu vou ficar aqui, certo? Caso precise... Se quiser água, ou sorvete... Mulheres gostam de sorvete quando estão triste, não é? Bom, é só me falar, pois estarei aqui.

Tinha um micro espaço na cama, já que Rachel foi para o canto e meus olhos pesavam, por conta da bebida em excesso –que por sinal me faria arrepender de todo o episódio da noite, principalmente meus pensamentos– e o esforço físico do dia. Ela estava triste, não é mesmo? Não iria se importar se eu ao menos deitasse um pouquinho para descansar, só por alguns min...-

✶✵✴

Quando acordei na manhã seguinte, eu e a loira mais-tribufu-que-ontem, nossos corpos no meio da noite, haviam entrado em um acordo e ocupávamos quase o mesmo espaço da cama, já que eu sentia suas costas contra o meu peito.

Tirei o braço de sua cintura e levantei lentamente, torcendo mentalmente para que Rachel não tenha percebido o que ocorrera. Meu corpo doía pela má posição e a cabeça latejava, consequência do porre do dia anterior.

Olhei ao redor do quarto e caminhei até uma prateleira que se encontrava no canto leste, quando me deparei com algo preso em meu pé. Era um papel amassado. Nele estava escrito:

“Vou sair, linda. Não demoro! Xoxo, -M.”

Xoxo? Que homem heterossexual fala XOXO?

Comei a rir. Muito. Na verdade, mais do que deveria. Rachel acordou e levou a mão a testa, eu não era o único a estar morrendo de enxaquecas.

–Do que você está rindo, Luke?

Oh, baby, me desculpe, eu não podia perder tal oportunidade...

–Além do seu cabelo de vassoura pela manhã? Bom, há também esse bilhete nada macho do esquimó.

Ela revirou os olhos e abriu a boca para me xingar. Que bom que estávamos voltando ao ritmo normal tão rápido.

–Vamos tomar café? –perguntei, interrompendo-a em sua reflexão pessoal –ou seleção de xingo para o Luke, como eu costumava chamar.

Ela se levantou e caminhou comigo até a cozinha. A folgada sentou-se de frente para a bancada e esperou-me servi-la.

Só dessa vez, Luke. Seja legal. Eu disse para mim mesmo.

–O que você gosta de comer? –perguntei por cima dos ombros.

–Suco, pão, leite, biscoitos... Tanto faz.

Assenti.

Coloquei a sua frente pão integral, geleia e suco de uva. Para acompanhar, uma maça.

–Quanta coisa. –ela disse.

–Anda, coma.

–Luke, não estou com fome.

–Você não vai tirar essa bunda magra dessa cadeira enquanto não comer, moça. Precisa ficar forte para voltar a correr. –pisquei.

Ela esboçou um pequeno sorriso. Placar: Luke 1 x Rachel 0

Me servi da mesma forma, mas Rachel acabou consideravelmente depois. Durante esse intervalo de mais de meia hora, ficamos conversando. Acho que desde que cheguei na vida dela, fora a primeira vez que realmente conversamos, como “pessoas com cérebros pensantes” como diria a Kate.

–E o que faremos hoje? –perguntei.

–Faremos? Moço, eu vou deitar na minha cama, colocar uma música triste e inchar minha cara mais ainda.

–Esse drama todo por conta de pênis?

E eu com um bem aqui...

Ela riu.

Luke 2 x Rachel 0

–Você quer ver filmes, séries ou correr?

–Só correr não vai adiantar, Roach. Quero malhar. Malhar pesado.

✶✵✴

Fomos então à academia mais próxima. Ficava aproximadamente há dois quarteirões. O dia estava frio, então por cima da típica roupa de corrida, Rachel vestiu um moletom grande. Isso, somando ao cabelo desarrumado em um coque no alto da cabeça –lembrava um ninho de pássaro–, e o rosto inchado, quase me fizeram sentir piedade. Quase.

No estabelecimento, podíamos pagar uma diária, já que não o frequentávamos sempre, como você bem sabe. O local era bem iluminado, com aparelhos de musculação distribuídos organizadamente, várias pessoas suadas e empenhadas estavam por ali, com suas comuns roupas de musculação.

–Certo, quer fazer o quê? –perguntei a Rachel.

–Vamos para a área de esportes?

–Como assim, cabelo de capim seco?

–Sabe, boxe, artes marciais...

–Não pagamos para isso. –respondi.

–Utilizaremos os dois. A musculação e o boxe. Eu só quero socar o saco de pancadas, usar umas luvas... Só.

Certo. Rachel, pequena, magrinha, loirinha, leitora ávida de romances, treinando boxe e sabendo o que está fazendo. Essa seria bem interessante de se ver.

–Você quando está magoada têm tendências a fazer coisas que não deveria? A tentar ser como eu?

–Talvez. –ela sorriu.

Luke 3 x Rachel 0

A área de esportes “alternativos” estava completamente vazia e escura. Rachel entrou a passos lentos. Apesar da tristeza evidente em seu rosto, sua postura mudou, tornando-se mais ereta.

–Você está extasiada, não é mesmo? Sabe, isso não é nada em comparação com que eu já fiz...

–Shiu, Luke Dean! E me deixa ter meu momento de felicidade, ok?

–Claro, moça.

Peguei as luvas que se encontravam em um compartimento no canto da sala, entreguei-as a Rachel, que já estava posicionada em frente ao vermelho saco de pancadas. Ela vestiu as luvas e logo após bateu uma mão contra a outra.

–Hora do treino! Segure o saco de pancadas, por favor, Luke.

Assim o fiz. Sem colocar muita força, esperando que o objeto vermelho nem se mexesse. Fechei os olhos e bocejei. A massa vermelha bateu com uma leve força contra meu corpo.

–Te falei para segurar, Luke! –Rachel quase gritou, o rosto vermelho de raiva.

Sorri involuntariamente. Ela brava era melhor que normal.

Luke 3 x Rachel 1

Comecei a prestar atenção na pequena criatura enquanto esta socava. Eu odeio admitir, mas ela era boa. Realmente boa. Desferiu golpes de direto, cruzado e gancho respectivamente, três vezes em seguida cada, contra o saco de pancadas. Ela fechava os olhos no momento de descanso, e quando os abria, eu não a reconhecia. Transparentes, eles mostravam todo o ódio, tristeza, frustração, medo e raiva contidas em seu intimo.

Ela continuou assim: jab, gancho, direto, esquiva, pendulo e cruzado por mais de vinte minutos consecutivos.

A encarei perplexo.

Luke 3 x Rachel 2

Pelo visto, havia uma história em sua habilidades com o boxe. Algo de seu passado que eu ainda sabia.

E eu e acredito que você também, pensando que a Rachel seria apenas uma peça componente desse quebra cabeça. Oh, não. Rachel um dia já fora completamente diferente.

–Vamos, cabelo de capim. Hora da musculação. –eu disse passando o braço por cima de seu ombro e lhe entregando a garrafa d’água

Ela respirou fundo, estava exausta, suada e vermelha. Senti orgulho dela e sorri.

Luke 3 x Rachel 3

Merda, um empate!


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? *-*

Eu achei bem fraco, mas era necessário! Infelizmente nossa personagem está de core partido :(

Luke ao menos está se esforçando e né que esse gostoso não perde oportunidade de zoar o Mike?! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' adogo

FÉRIASSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu estou me dando férias, fodas-se se ainda tem aula semana que vem. Cansei, apenas U.U hr de relaxar, dormir, comer, ler, dormir, ler, ver série, dormir, ler...

Me dizem o que acharam hein? Leitores fantasmas, por favor, apareçam. Gente, façam como a Anna e recomendem! Fred e eu ficaremos imensamente felizes!!!!!

E leiam Closer (one) : http://fanfiction.com.br/historia/358971/Closer/

Bjinhosssssssssssssssss
~Samyni



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