Affectum Serpentis escrita por Lady Holmes


Capítulo 10
An' I don't give a damn ' bout my bad reputation


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Antes eu tinha capítulos para postar, agora vou ter que dar uma adiantada na escrita para poder recuperar o tempo. Acontece que passeia última semana meio que grudada em meu Vade Mecum e não tive tempo de escrever nada. Acabei um capítulo e vou tentar escrever mais um hoje. [isso eu estou falando de domingo... porque eu programei esse capítulo para sair terça mesmo.]
Está chegando nosso baile e com ele.. muita coisa será revelada. E alguma coisa muito importante vai acontecer no tempo futuro. Algo que mudará a vida de Amelia e Tom para sempre.

Amy está mais calma e disse que não era para eu postar esse capítulo. Ela está envergonhada pelas coisas que aconteceram. Ela diz que NÃO está apaixonada pela cobra do Riddle, mas sabemos [desviando de um cruciatus] que ela está sim.

Espero que gostem! Até a próxima gente!!



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– Onde você estava? - Marcus perguntou quando Amy reapareceu no vilarejo.

– Fugi. Os seguidores de Grindelwald seguiram-me e eu apenas corri para algum lugar seguro. - Marcus não engoliu, contudo deu de ombros.

– Um dos homens caiu no chão sangrando e eles correram para a floresta. Sabe alguma coisa sobre isso? - Amy sorriu.

– Eu apenas corri Marcus, nada mais. Não fiquei analisando a cena. - Ela tirou do bolso a sacola e usou um feitiço para transformar a sacola novamente. Olhando para uma loja de sapatos abarrotada de garotas, Amy olhou para Marcus e disse:

– É, acho que posso transfigurar os sapatos. - E ambos voltaram ao castelo. Estava quase na hora da detenção de Amelia do dia.

Amelia mal percebeu que estava na hora de levantar naquela segunda feira. Desde o ataque e o beijo, Amy não pregou o olho de maneira alguma. Agora além de ela saber o que ela sentia Riddle também sabia.

– O que foi que fiz para Merlin?! - Amy se levantou e percebeu que Minne e Dorea estavam acordadas também. Por um segundo pensou em voltar para cama, mas já havia dois dias que não aparecia nas aulas. Mataria alguma aula com a Sonserina, porém iria às outras.

Naquela manhã ela foi ao banheiro e tomou o banho. Colocou o uniforme e respirou fundo. Olhou para o espelho e viu aquela roupa terrível. Aquela saia abaixo do joelho, a blusa meio larga e decidiu que, já que todos a achavam uma maluca, não tinham porque usar aquilo para as aulas. Com um aceno da varinha, a saia encurtou até três palmos acima do joelho. A camisa ficou justa e Amelia abriu alguns botões, deixando o colo a mostra. Soltou os cabelos em sua juba matinal e fez uma maquiagem preta. Usou um batom vermelho sangue e, para finalizar, trocou os malditos sapatos por uma bota preta de verniz, alta até o joelho com um salto agulha. Aquela era a Amelia do tempo em que nasceu e, a partir daquele momento, ela também seria a de 43.

– Um bom dia para vocês. - Amy disse, passando por Minerva e Dorea e indo em direção a escada. A ruiva e a morena se entreolharam pasmas. Gillian sorriu: estava fazendo o efeito desejado. E aquilo era apenas o começo.

*

– O que aconteceu com aquela nojenta da Gillian? - Disse Callidora quando Amy entrou no grande salão aquela manhã. Além dela, quase toda a população de Hogwarts se virou para encará-la. Ela pode ler alguns pensamentos que iam de gostosa a vadia. E ela nem ao menos se importou com isso.

– Não sei, - Abraxas respondeu, - mas seja o que for, poderia acontecer com o resto das garotas nessa escola. - Malfoy soltou um sorriso malicioso que foi abafado por um olhar sério de Riddle. Tom podia não gostar de escutar aquilo do amigo, porém era verdade. Amelia revelou quem era. A garota metida e arrogante que tinha coragem de falar o que pensava e se vestia como uma jovem normal deixou de enganar o resto dos alunos e professores. Tom pode ver de longe quando Amelia sentou-se a saia subir e a coxa da loira ficar a mostra. Não podia negar nem para si que gostava do que via. E desejava ver mais.

– O que deu nela? - Amelia escutou baixinho ao seu lado.

– Ficou doida de vez.

– É uma vadia...

A loira passou o tempo todo do café da manhã escutando o mesmo tipo de comentário. Alguns mais descarados que outros, mas sempre a mesma coisa. Ela se limitou a sorrir, enchendo o lugar com o cheiro de um café preto forte. Passou o tempo que pode no grande salão e então foi para a aula de Marcus. Chegou lá, sentou-se à mesa do centro, bem a frente do professor. Cruzou as pernas, fazendo que a saia encurtasse mais alguns centímetros e puxou a blusa mais para baixo, deixando seu sutiã um pouco a mostra. Ela percebeu com o canto do olho algumas garotas arruarem a roupa, como se desejassem mostrar mais do próprio corpo. Sorriu de canto.

– Hoje iremos começar a usar o feitiço... - Marcus parou de falar quando os olhos recaíram sobre Amelia. Ele arregalou e engoliu as palavras, abrindo uma porta em sua mente para comunicar-se com Gillian.

– O que pensa que está fazendo? - Amelia soltou um risinho baixo e apenas deu de ombros. Ela podia sentir os olhares sobre ela e ela não se importava. No fundo, até gostava.

Em todas as aulas as reações foram as mesmas. Em todo o lugar que passava, os pensamentos eram os mesmos. E em momento algum ela ao menos se importou. Ela se sentia feliz por estar finalmente livre. Ser quem ela era. Na última aula que tinha naquela tarde, ela chegou atrasada, fazendo que a sala toda tivesse que parar e encarar a garota chegar até sua mesa. E sentar-se ao lado de Tom Riddle.

– Atrasada? - Ele perguntou baixinho.

– Problema? - Ela respondeu. Amelia decidiu que, não podendo evitá-lo para sempre, seria a pior pessoa que conseguisse. Fechou os olhos e decidiu que seria sexy, sim ela seria, mas não se dobraria as vontades de Tom Riddle. Nunca mais. Ela encarou o moreno, mordendo o lábio inferior e então se voltando a Dumbledore.

– Problema algum pelo visto. - Respondeu o garoto, arqueando a sobrancelha esquerda e dando uma olhada de cima a baixo na loira.

Amelia Jessica Gillian, depois de apenas um dia de aula, conseguiu ser coroada, além de maluca, a vadia de Hogwarts. E não se importou. Ela até iria para o jantar se tão tivesse sua detenção com Marcus. E, mesmo quando o amigo disse que ela havia passado dos limites, ela não escutou. O que ela queria era passar dos limites. Era provar para qualquer um e todos que o que eles pensavam não era importante. E ela ainda precisava de um par para o baile. Aquilo iria atrair qualquer idiota, algum deveria ser suficiente para levá-la ao baile.

Metade da semana já se passará, era quinta-feira e a loira acabará de sair da sala de Marcus. Caminhando pelos corredores, decidiu que não iria às aulas naquela sexta, e que passaria o resto da noite na torre de astronomia, onde podia observar uma das únicas coisas que nunca haviam mudado. Contudo, quando chegou lá, certo Sonserino já ocupava o lugar. Amelia deu meia volta, mas não foi rápido o bastante. Tom a chamou primeiro.

– Parece que tivemos a mesma ideia nessa noite Amelia. - Como toda vez que Lord Voldemort falava seu nome, o corpo da loira se arrepiou todo, e borboletas dançavam em seu estômago.

– Eu estou tendo outra: voltar para torre da grifinória. - A garota respondeu. - De preferência correndo.

– Você continua a mesma garota de antes. Mas posso ver que algo mudou em seus olhos. Você soltou as amarras não foi? - Ele disse sorrindo.

– Amarras? Do que você está falando Riddle? - Instintivamente, ela se aproximou do moreno, olhando-o nos olhos.

– Você parou de se importar com o que os outros pensam certo? Porque outro motivo se vestiria dessa maneira? - A loira riu. Sim, havia “perdido” as amarras. Mas não era por isso que se vestia daquela maneira. Ela se vestia porque ela podia. Porque ela queria. Para impressioná-lo. Não! Ela não poderia tê-lo e ela sabia disso. Sabia o que estava em jogo. A vida de todos aqueles que um dia... Que um dia lhe virariam as costas também. Deixariam-lhe sozinha. Odiariam-lhe. O porquê ela ainda ao menos se importava com aquelas pessoas? Porque elas mereciam um mínimo de consideração?

– Eu preciso ficar longe de você! Você é venenoso Riddle. - Ela disse, caminhando para longe. - Eu me visto assim porque quero. Porque posso. Porque ninguém tem o poder de impedir.

– Talvez eu tenha. - Ele disse se aproximando da loira, encurralando-a em uma parede. - Talvez tudo que você precise seja apenas ter mais uma dose do veneno da serpente. - Tom não deu a oportunidade para que ela fugisse. Porém, Amelia não o faria. Quando seus lábios se tocaram ela esqueceu qualquer empecilho e, dessa vez, retribuiu no instante. Pela primeira vez, nem um e nem outro tinha o plano de parar o que estava acontecendo. Pela primeira vez o casal iria viver o que fosse para se viver. Bom ou ruim, certo ou errado, eles iriam até o fim.

– Quem diria que o veneno da serpente seria tão bom? - Amy disse quando se afastaram para pegar ar. Tom abriu um sorriso presunçoso. Gillian soltou um risinho abafado e logo voltou a se concentrar nos lábios do moreno, que chegavam cada vez mais perto.

Não se sabia se eram horas ou minutos que haviam passado, mas Tom e Amelia estavam deitados olhando as estrelas do céu. A única coisa que nunca mudaria a única coisa que lhe fazia sentir-se em casa.

– São belas, não são? - Amy disse. Ela tinha a cabeça sobre o peito de Tom e as mãos estavam unidas.

– As estrelas? - Tom disse. - Nunca parei para observá-las. - Ela se levantou para olhá-lo.

– As estrelas serão a única coisa constante nesse mundo. Nós? Nós estamos de passagem. Mas em qualquer lugar que estejamos a única certeza será que, quando anoitecer, estrelas surgirão no céu. - Tom sorriu. Era algo doce e inocente de se dizer.

– É uma maneira de colocar as coisas em perspectiva. Eu particularmente prefiro a visão que tenho aqui, nesse momento. - Gillian não sabia o que dizer. Como aquele garoto se transformaria em Lord Voldemort afinal? Ela se inclinou para alcançar os lábios do moreno e selar mais um beijo.

– Você diz as coisas mais doces... Para uma serpente. - Tom riu. Amelia voltou à posição que estavam antes, voltando-se para as estrelas.

Um vento frio passou pela torre, fazendo Amelia tremer e encolher-se entre os braços do sonserino. Tom sorriu, tirando sua vestia e dando para a loira vestir.

– E então quem terá frio será você! Não é preciso... - Ele não respondeu, apenas continuou a empurrar a vestia. Amy a pegou, vestindo-a e sentido o cheiro amadeirando que sentiu quando esteve próxima da poção Amortentia.

O tempo passou e, quando ambos perceberam, já era o amanhecer daquela sexta feira. Durante a noite pouco falaram de importante. Eram filosofias da madrugada, histórias que nunca seriam repetidas. Tom se colocou de pé, ajudando a loira a levantar-se. Amy encarou os olhos do moreno, se perdeu por um segundo nos olhos verdes. O sentimento que lhe percorreu foi ruim. Aquilo... Aquela noite. Ambos guardariam em suas memórias, mas nunca poderia existir outra igual. Ele era Voldemort. Um dia ele mataria pessoas. Ele mandaria que matassem seus melhores amigos. Mandaria que a matassem. E, talvez, só talvez, ele soubesse quem Amelia Jessica Gillian era desde o princípio e sempre planejou que ela morresse. Amelia tirou a vestia com o emblema da Sonserina e entregou ao garoto.

– Queria que tudo isso... Que nós... Que fosse possível Tom. Mas não é. Você sempre será aquilo que não posso ter, não importa o tempo que passe. - E dando-lhe um último beijo, deixou a torre de astronomia para trás. Não queria chegar quando as duas leoas acordassem. Preferia estar em sua cama, aos prantos, antes que isso acontecesse.

– Eu só queria que eu pudesse ser o que você precisa. - Tom disse baixinho e logo balançou a cabeça, jogando o pensamento para longe. Aquilo seria apenas o começo.

*

– Amelia Jessica Gillian! - Marcus chamou quando a garota entrou na sala naquele final de sexta feira. - A senhorita não entra de férias nas sextas feiras, que eu saiba você ainda tem aulas e precisa assisti-las.

– Faça um favor para ambos e desista disso Marcus. - Amy sorriu, pegando a pilha de trabalhos e indo para a mesa do amigo. - Eu não estava no humor hoje. - Marcus percebeu que ela tinha olheiras sob os olhos e parecia ter chorado por horas a fio.

– O que aconteceu Amy? - A garota riu. Admitir o que iria, em voz alta, para alguém que sabia tudo que ela também sabia, seria terrível. Mas era necessário. Ela precisava escutar Marcus dizer que era loucura. Que ela precisava se afastar, que ela precisava voltar.

– Aconteceu que eu estou completamente atraída por Tom Marvolo Riddle. E eu tenho plena consciência do que um dia ele se tornará e um dia ele irá fazer. Eu tenho plena consciência das coisas que seus seguidores farão com meus amigos e comigo. E eu não me importo! - Marcus viu o corpo da jovem tremer. Ela estava no limite. Não sabia o que fazer e não tinha para onde ou para quem correr.

– Eu sei que diria para se afastar dele. Acho que é isso que você espera que eu diga. Mas Amy... E se isso for o que te trouxe para esse tempo? Dumbledore acha que você caiu aqui por conta do destino. E que há algo que você precisa fazer enquanto estiver aqui. E se for transformar Tom em outra pessoa? - Amelia segurou a pena no ar, olhando para o amigo sem encontrar palavras.

– Eu não sei como um monstro poderia ser mudado. Não aquele tipo de monstro Marcus. - Ela negou, lembrando-se do olhar ofídico do dia no Ministério.

– Você não sabe o que o amor pode fazer? Amelia, o amor é a maior magia de todas. Ele pode mudar qualquer um, quem sabe até Tom Riddle. - A loira negou.

– Amor é apenas o processo químico que causa a desilusão. Amor é apenas química. Não supervalorize o sentimento. - O amigo sentou-se ao lado da loira. Ela não sabia o que fazer. Seu coração estava se apaixonando por Tom Riddle e sua mente estava deixando de se importar com isso. Ela precisava voltar. Precisava ser ignorada por todos os estudantes de Hogwarts. Precisava deixar de vê-lo todo santo dia.

– Se continuar pensando dessa maneira nunca será feliz Amy. - Black sorriu tristemente. - Se amor não existisse eu não se ainda estaria aqui. Não sei o que me seguraria nesse mundo se não o amor que sinto por Irina e a esperança que ela e nosso filho estejam vivos em algum lugar.

– A diferença entre nós Marcus é que eu não tenho ninguém me esperando para voltar. Não há amor ou esperança para mim nesse mundo. Meus pais me abandonaram quando nasci meus amigos me abandonaram na escola. Em toda minha vida o que conheci foi abandono, ódio e tristeza. Amor nunca foi um sentimento que usei com freqüência. - Marcus a abraçou. Amy segurou as lágrimas que teimaram em cair.

– Eu não sei o que seria de mim sem você aqui Marcus. - Amelia disse. O moreno apertou mais a amiga, quase como um pai protetor. Ele queria poder ajudar a garota mais do que estava fazendo. Palavras poderiam curar, mas nem sempre era o suficiente.

*

A semana se esvaiu e o dia do baile estava chegando. Amelia trabalhou em seu vestido nos tempos livres que tivera, e nas sextas feiras, dia que ela não colocava os pés na aula. Até agora nenhum professor além de Marcus havia lhe incomodado sobre isso. O seu único problema era a falta de um par para o maldito baile. Alguns garotos estavam sendo simpáticos, isso, claro, pela roupa que Amelia estava usando. Não sabia se algum deles, mesmo sem par, iria com a maluca de Hogwarts para o baile. Talvez fossem apenas para se dar bem no final. Coitado do garoto que tentar. Porém hoje já era dia trinta e duvidará que algum garoto ainda estivesse sem um par.

Indo para o café naquela manhã fria de sábado, ela encontrou com Duke Greengrass. O garoto havia continuado a ser simpático com Amelia desde o incidente do duelo. E não foi desde que começou a se vestir como uma vadia. Quem sabe ele seria um par apropriado para o baile.

– Duke! - O garoto virou e abriu um sorrisinho para Amelia.

– Hey Amy. - Gillian não tinha experiência alguma em convidar pessoas para saírem com ela. A loira respirou fundo e então olhou-o nos olhos.

– Bem, sei que é super encima da hora, mas gostaria de saber se você quer ir ao baile comigo amanhã? - Duke diminuiu o sorriso.

– Eu adoraria Amy... Mas eu já tenho um par. Callidora me convidou ontem. - Amelia não pode deixar de perceber que Calli fora quem convidará. No caso de Amelia fazia todo o sentido, mas Calli provavelmente receberá inúmeros convites. Ela fez aquilo querendo chegar à loira.

– Que isso, eu sabia que era bem tarde. Resta-me aparecer sozinha. Não que eu me importe. - Amelia foi se afastando, indo na direção oposta do salão, perdendo a fome. - Um bom baile para vocês! - Ela gritou.

Amy preferiu não tomar café, nem almoçar naquele dia. Havia algo dentro dela querendo atacar Callidora e ela não sabia se conseguia controlar. Pegou o vestido que estava quase pronto e foi para a sala precisa. Ainda tinha bastante trabalho para deixá-lo perfeito. Seria um vestido inesquecível e que cada garota dentro daquele salão iria querer estar dentro. Calli podia tentar derrubar Amelia quantas vezes ela desejasse. Gillian se levantaria do chão, sacudiria a poeira e responderia a altura.

*

Não muito longe dali, na sala de Dumbledore, quatro Grifinórios estavam tentando entender o porquê foram chamados naquela manhã de sábado. Minerva Dorea Charlus e Septimus estavam sentados encarando o professor de transfigurações. Logo Marcus, deixando Black ainda mais preocupada com o que estava acontecendo.

– É de meu conhecimento que vocês quatro acabaram se afastando da senhorita Gillian depois de ocorrido entre ela e a senhorita Black. - Começou Dumbledore. Os quatro ficaram ainda mais intrigados. Será que Amy havia pedido essa reunião? Não era o feitio da garota. Então Marcus? Dorea iria matá-lo se fosse.

– E eu sei que vocês têm suas razões. Mas tanto eu quanto Dumbledore achamos que seria bom contar a vocês algo que descobrimos. Quando Amy foi levada até minha sala eu acreditei que ela estava enfeitiçada. Eu não estava de todo errado. Fizemos um teste com o sangue de Amelia e foi identificada uma poção. Instans Furorem para ser mais exato. - Minne foi a única que entendeu o que Marcus estava tentando dizer.

– O que isso significa Marcus? - Dorea perguntou. Quem respondeu foi a ruiva ao seu lado.

– Significa literalmente Loucura instantânea. Ela aflora raiva, ódio e loucura na pessoa que a bebe. Ninguém tomaria por conta própria essa poção. O efeito tem um tempo incerto, apenas a pessoa que a fez irá saber. Vocês estão nos dizendo que Amy não sabia o que estava fazendo?

– Ela não fazia ideia. Em nossa primeira detenção ela mesma disse que se lembrava de tudo, porém parecia que havia sido um filme que ela assistiu. Não como se ela tivesse feito aquilo.

– Vocês já contaram para ela? - Charlus perguntou. Os professores se entreolharam.

– Não. Apenas nós professores sabemos disso. E vocês. Como senhorita McGonagall nos explicou, a poção tem tempo indeterminado e tememos que contando para ela a verdade a poção, se ainda ativa, se torne mais forte e ela venha a causar um ataque na pessoa que ela acredita ser responsável. - Os quatro se entreolharam e disseram em únissom:

– Callidora. - Dumbledore e Marcus concordaram.

– Achamos que tenha sido a senhorita Black. Porém não há como provarmos. E muito menos sabermos o tempo que demorará à poção passar. - Dumbledore foi chamado por um aluno dizendo que havia um problema com algum aluno da Grifinória. Marcus se sentou a frente dos quatro e então disse:

– Amelia não admitira em um milhão de anos que ela precisa de ajuda. Mas ela precisa. - Os quatro se olharam mais uma vez, concordando com o que o professor disse. - Não contem para ela ainda sobre isso. Eu e Dumbledore iremos procurar o antídoto correto para a situação. Até lá... Segurem as pontas. - Marcus saiu, deixando os amigos sozinhos.

– Amy é uma de nós e nós a traímos. - Sep disse. - Temos que encontrá-la.

– E onde ela se enfiaria em um sábado? - Potter perguntou. Minne sorriu. Ela sabia exatamente onde poderia encontrar Amelia Jessica Gillian.

– Sigam-me. - E foi em direção a sala precisa.

*


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