Hargeon, uma cidade costeira ponto de encontro de varias estradas e, por consequência, de vários viajantes.

Alguns viajantes eram bem estranhos, como o sujeito de cabelo cor de rosa e um cachecol que parecia feito de escamas, acompanhado por um, também estranho, gato azul. Os dois haviam chegado de trem, mas parece que o sujeito de cabelo rosa não estava se sentindo bem, pois estava com uma coloração verde no rosto, e, quando o trem parou, ele não conseguiu descer.

– Vamos Natsu! Pare de embromar! - Disse o gato animado para o tal Natsu ao sair do trem. Era bom esticar as pernas depois de tanto tempo no trem.

Na costa do neko azul, escondido atrás da pequena mochila verde que ele trazia, estava uma marca escura, a marca da Guilda Fairy Tail, a Guilda mais famosa de Fiore. Havia uma marca igual á essa no ombro direto de Natsu, vermelha.

Os dois eram magos, mas realmente, naquela hora não parecia nada.

– Não consigo! Não posso me mexer! Ajuda Happy! - Respondeu Natsu com a voz fraca, caído no chão do trem.

Happy então estava com uma expressão de tédio, misturado com alguma coisa de sarcasmo, desgosto e ironia, e alguma coisa daquela expressão que você faz quando pensa " Eu sabia que isso ia acontecer", enfim, ele tinha uma enorme gota extremamente característica.

Mas foi um pouco tarde que o tal Happy finalmente resolveu ajuda-lo.

O trem já estava partindo novamente.

– Socorro! - Disse desesperado Natsu, lá dentro do trem que partia, mas uma vez verde como um abacate.

..................................(Em uma rua, na mesma cidade, longe dali)...

Uma estranha figura andava em direção a loja de magia local, ela trajava uma longa capa negra que lhe cobria todo o corpo e o rosto, e balançando na cintura deste, se entrevia um molho de chaves mágicas.

As pessoas de Hargeon estavam bem acostumadas á pessoas potencialmente perigosas, principalmente quando essas pessoas eram magas, por que era mais que óbvio que ela era, todos sabiam que a melhor forma de lidar com gente assim é agir com a maior naturalidade possível.

– Meu nobre senhor bem vindo á minha humilde loja! O que vai querer de mim meu senhor? - Perguntou o dono da loja se curvando assim que o sujeito entrou. Como já foi mencionado antes, tratando pessoas suspeitas com a maior naturalidade.

Algum tempo depois, o mago de capa negra saiu um tanto quanto frustrado da loja. Levava consigo uma nova chave no bolso, Canis Minor, que abria o portal para o espirito celestial Nicola.

– Apesar de todas as minhas habilidades de negociador ele se recusou a baixar o preço da chave! Que roubo, 2.000 jewels! - Exclamou indignado.

Ainda esbravejando de raiva, quase foi derrubado por duas meninas que passaram correndo, e ouviu uma parte da conversa das duas.

– Né! Você ouviu? Aquele mago super poderoso da Fairy Tail...

– Sim! Eu ouvi! Salamander, eu quero vê-lo!

O encapuzado ouviu com interesse, "Um mago muito poderoso, né?" pensou consigo mesmo. " Talvez eu finalmente ache alguém páreo para meus espíritos e eu".

– Ótimo! Salamander da Fairy Tail você será meu adversário! - O mago encapuzado deu a impressão de ter um largo sorriso por baixo do capuz, mas isso logo se desfez quando uma de suas chaves começou a vibrar levemente.

Era a chave prateada do Grou, Grus.

Esse era o espírito que sempre avisava quando algo suspeito está por perto. Um embuste, trapaça. Ele estava avisando sobre o Salamander.

– Há! - Riu-se o mago ao sentir o aviso - Se esse tal Salamander tentar me enganar então ele não é um mago de verdade! Não se preocupe Grus, eu vou tomar cuidado, como sempre!

E foi na direção de uma pequena multidão se formava para tentar ver o famoso Salamander.

– Acho que essa luta vai ser mais rápida do que eu pensei - Disse para si mesmo.