Elouise escrita por Twelve


Capítulo 18
Capítulo 18




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Enquanto eu a esperava na porta de sua casa, Elouise foi verificar se seu pai estava na sala. Por sorte, ele estava no banheiro e a sua mãe na cozinha. Ela me chamou bem rápido pra que eu não perdesse muito tempo. Corri passando pela sala já subindo as escadas e finalmente entrei em seu quarto trancando a porta. Meu coração estava acelerado e senti-me aliviada por ter dado certo na primeira fase. Pus a minha mochila ao pé da cama e sentei observando os posters no quarto de Elouise. Ela tinha ido avisar sua mãe que já havia chegado e logo retornou para o quarto.

Ela sorriu se dirigindo ao banheiro. Disse-me que ia tomar banho e que eu iria logo em seguida. E ouvindo o barulho do chuveiro foi-me inevitável ter pensamentos eróticos com Elouise tomando banho. Fiquei constrangida comigo mesma por tais pensamentos e fiquei completamente sem graça como se tivesse alguém no quarto comigo invadindo a minha terrível mente pervertida. Temi que o Sr. Paulo abrisse a porta e me pegasse em flagrante, com a arma do crime. Tive ímpetos de me esconder em algum lugar. Não me sentia segura e estava totalmente desconfortável.

Depois de bom um tempo no banheiro, Elouise saiu com uma toalha rosa e curta, com os cabelos negros presos, mostrando-lhes o pescoço e os ombros. Ela estava maravilhosa e não pude evitar fita-la como uma bobalhona. Ela sorriu e encolheu os ombros dizendo:

–Que foi?

–Nada... ué.

–É a tua vez!

–Ah... Tá!

Ela pôs a rir de mim e eu sem compreender o motivo, disse-me:

–Tu estás com uma cara boba.

Mentira. -disse eu, sem jeito, empurrando-a com a mão no meio de suas faces. Ela tirou a minha mão e a segurou por uns instantes como se estivesse pesando em algo. Engoli em seco. Ela, então, tímida, levou minha mão apertando contra seu seio, a fim de me fazer tocar-lo. Não hesitei e rapidamente, apertei, não só um, mas como os dois. Ela assustou-se com aquele ato, dando um passo para trás.

E apertando seus seios, juntei meu corpo ao dela e a beijei no pescoço, em seguida, sua boca. Titubeando, ela segurou na minha cintura e eu tomei mais liberdade para tirar-lhes a toalha, porém Elouise, segurou nos últimos instantes, antes que a toalha escorregasse pelo seu corpo e caísse no chão.

Eu a olhei no fundo dos olhos e ela desculpou-se, abaixando a cabeça pela atitude inesperada que tomara. Eu compreendi, embora estivesse um tanto chateada por ela ter hesitado, e a beijei na testa. Em seguida, fui tomar banho sem dizer nenhuma palavra.

Quando retornei, ela estava já vestida pronta para dormir. Com uma camiseta azul de bolinhas e um calção branco meio transparente, pois dava para ver a marca de sua calcinha nitidamente. Ela não estava colaborando comigo, fazendo-me aumentar o desejo de tê-la em meus braços, aparecendo de toalha e em seguida, com aquela roupa, ao qual a deixara fofa e sexy simultaneamente.

Estava um clima bem constrangedor. Falávamos pouco e desviávamos os olhares frequentemente. E então, a mãe de Elouise já quebrando o nosso silencio gritou lá da cozinha.

–A comida tá pronta, Elouise! Vem comer!

Ela olhou-me após ouvir a voz de sua mãe e disse:

–Tenho que ir comer. Vou tentar trazer algo pra tu comer sem que a minha mãe perceba, tá?

–Tudo bem! Eu trouxe comida na mochila. Vai lá, mas volta logo!

–Certo.

Elouise saiu e eu tranquei a porta logo em seguida. Sentei no chão um pouco aborrecida sem saber exatamente o motivo, e abri a minha mochila para ver o que eu poderia comer dali. Estava tudo amassado e um pouco sujo de sorvete, cujo depósito havia quebrado. Retirei-o da mochila e joguei pela janela com bastante força pra cair o mais longe possível. Retornei a mexer na mochila e comi um sanduíche e uns pedaços de frango que eu havia posto na mochila. O gosto não estava lá muito bom, além de estarem frios e amassados. Comi a contragosto e por fim, bebi água.

Deitei-me na cama de Elouise, pensando no quanto ela estava demorando lá em baixo, quando ouvi uns sussurros atrás da porta me chamando. Era ela! Apressei-me para abrir, e rapidamente, ela entrou empurrando-me e trancando a porta. Aquilo era extremamente excitante. Tudo o que ela fazia era extremamente excitante e eu não estava muito em condições de controlar-me perto dela, mas continuei me esforçando.

–Ei, desculpa. Só consegui trazer esta maçã com o pretexto de que iria come-la no meio da noite.

–Tudo bem! Eu nem estou fome mesmo.

Ela sorriu e pôs a maçã na mesa e pegou um livro. Sentando-se na cama começou a folhear-lo distraidamente. Ela estava acabando comigo ao tentar me evitar folheando um livro. Então, eu não me contive e perguntei:

–Por que tu estás agindo assim?

–Assim, como? -perguntou ela sem encarar-me.

–Assim! Como tu estás agora! Me evitando... Evitando me olhar nos olhos...

–Não é nada!

–Claro que é! O que está havendo?

–É que... Eu não pude evitar lembrar de ti e Isadora aqui neste quarto juntas... Naquele dia... Não sei porque estou agindo assim! Eu... Não sou como ela!

–O que tu quer dizer com isto?

–Eu... Assim, eu não... consigo... como ela faz. Fazer como ela faz! Tão normal, tão... Entende?

–Acho que sim... Se não quiser, não precisa fazer. Eu vou entender!

–Mas eu quero! Só que... não consigo agora!

–Eu a olhei e fiz ela me olhar. E em seguida, abracei-a forte e disse:

–Tudo bem, Elouise! Eu espero!

Ela me abraçou e me beijou delicadamente. Deitamos juntas em sua cama e ficamos olhando para o teto sem dizer nenhuma palavra. Aquele momento foi único! Depois de algum tempo, eu a olhei deitada por cima de meu braço e vi que ela já havia dormido. Sorri ao ver seus pequenos olhos fechados e seus lábios entreabertos. Sua pele alva, seus cabelos negros e finos sobre a testa. Ela era realmente apaixonante! Acariciei-lhe a mão que estava sobre a minha barriga e adormeci ao lado dela!

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Eu estava em um sono profundo, com uma ótima sensação de bem-estar, quando, rapidamente aquele prazer de ter dormido bem, dissipou-se, ao me sentir ser chacoalhada inúmeras vezes. Atordoada e com a vista completamente embaçada pela luz que invadira o quarto, pude ouvir uma voz bem distante chamar-me pelo nome. A preguiça e o desejo de voltar a dormir me fez ignorar a tal voz e me virei para o lado oposto da cama. Novamente sentir duas mãos em minhas costas me balançar desesperadamente, fazendo-me ficar tonta. Abri de novo os olhos e, mais uma vez, a luz doía-me a vista, fazendo fechar os olhos. Até que certo ponto, eu me aborrecera com aquilo e levantei-me sentando na cama de olhos entreabertos, resmungando:

–Já acordei, já acordei, mãe! Pode parar com isso!

–Mãe?

Ao ouvir esta voz, arregalei os olhos e olhei em volta, tentando lembrar aonde eu estava, quando meus olhos encontraram os de Elouise, eu tomei um pequeno susto, mas logo lembrei-me de tudo e disse ainda resmungando:

–Por que tem que me acordar deste jeito? -disse eu descabelada e coçando os olhos.

–Mas eu te chamei várias vezes e nada de tu acordar. Pensei até que tinha morrido. Parecia uma pedra roncando. -disse ela pondo a mão na boca tentando impedir o riso, embora inutilmente.

–Eu não ronco...

–Ah, ronca sim.

–Mentira.

–Pode perguntar ao Jhonatan, então. Ele vai confirmar com toda a certeza. -disse ela tirando sarro.

–Para... Eu vou no banheiro... Tu já está arrumada? Que horas são? -disse eu finalmente despertando.

–Sim. São seis e trinta. Te apressa que tu tens que sair antes de mim e antes do meu pai abrir a loja.

–Tu deveria ter me acordado mais cedo.

–Eu tentei, mas tu não acordava, oras. Sua menina resmungona.

Saí mal-humorada dirigindo-me ao banheiro. E depois de tomar um banho, voltei ao meu humor natural. Arrumei-me rapidamente e em questão de poucos minutos, já estava pronta para ir pra escola. Elouise saiu primeiro para ver se a barra estava limpa. Nem sinal de seus pais pela casa, então saí correndo porta à fora e fiquei no canto da calçada esperando-a despedir-se de seus pais.

Ao sair de casa, ela veio trazendo escondido debaixo do uniforme uma pera pra mim. Peguei e dei uma mordida em sua frente. Ela sorriu e eu a segurei-a pela cintura e a beijei. Quando nos viramos de mãos dadas para irmos para a escola, demos de cara com o pai dela, o Sr. Paulo segurando um livro. Ela rapidamente soltou a minha mão e disse cabisbaixa:

–Pai...

–Eu vim te trazer o livro que tu esqueceras na mesa...

Ela pegou o livro e permaneceu de cabeça baixa. E ele pasmado com o que acabara de presenciar, olhou-me da cabeça aos pês e depois voltando-se os olhos para Elouise, indagou:

–O que significa isto, Elouise?

Ela ficou calada e olhou-me mordendo o lábio inferior com os olhos cheios de lágrimas sem saber o que dizer ao seu pai. Ao vê-la sofrendo daquela forma, não pude me conter em permanecer calada e intrometi-me.

–Sr. Paulo. Perdoei-me... Eu que a beijei a força!


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