Seguimos até uma gárgula, e McGonagall disse uma senha que eu não entendi direito o que ela disse, depois subimos uma escadaria de várias curvas em círculos e chegamos ao gabinete. Eu nunca havia entrado ali, a maioria da parede estava coberta de retratos, alguns fingiam estar dormindo mas eu pude ver claramente um dos olhos abertos para avistar o novo visitante, que no caso, sou eu.

Havia uma mulher loira de cabelos bonitos e arrumados, com ondas elegantes. E ao lado dela, um homem de cabelo liso curto castanho escuro, como dos meus pais.

Eram os meus pais...

– Sr. e Sra. Fox. – McGonagall chamou-os.

Eles se levantaram e olharam para mim. A fisionomia? Nada agradável, muito adequada para a situação.

– Oi mamãe, oi papai. Que bom ver vocês. – eu disse, como se nada tivesse acontecido.

– Não seja irônica Alice, não queríamos estar aqui. Mas nossa filha pretendeu petrificar vários alunos e causar um caos na escola. – Minha mãe disse.

– Não pedi para que viessem, e é uma pena que só se lembrem de mim nessa ocasião. Vocês escolheram assim. – respondi da pior forma possível.

Minha mãe estava com a barriga bem maior, afinal, cinco meses se passaram muito rápido.

– Alice... – meu pai tentou vir até mim, mas dei um passo para trás.

Pode parecer infantil e feio da minha parte, mas eles são meus pais, o que custava escrever?

– Vou deixar vocês conversarem. – McGonagall saiu.

– De onde vem tanto rancor? – Minha mãe perguntou.

– Talvez venha de onde nunca saíram suas cartas. – olhei para ela, e depois para meu pai.

Eles se olharam e abaixaram a cabeça.

– Vocês não sabem o quanto eu esperei desde que voltei para Hogwarts para receber uma carta, qualquer que fosse. Nem se fosse para dizer apenas um “oi” ou um “se cuide”. – nesse momento, malditas lágrimas insistiram em cair.

Eu realmente estava muito sensível essa semana.

– Vocês não sabem o que é ver o correio chegando, e não ver nada pra você. Nem se for um berrante te dando uma bronca, só pra saber que tem alguém lá fora que se importa com você...

Eu não consegui mais falar nada, apenas me virei de costas e me apoiei numa parede sem quadros.

– Filha... – minha mãe cedeu.

– Eu estou cansada. Se não se importam eu vou dormir. – Abri a porta e fiz o mesmo trajeto de antes para o Salão Comunal, antes mesmo deles responderem.

Voltei ao Salão Comunal e todos ainda estavam lá, tentei passar o mais despercebido possível e subi para o dormitório. Para minha sorte, ele estava vazio e eu me deitei.

Dormir não foi fácil, mas eu estava quase lá quando...

– Cale a boca Valentina, cale a boca. – Victoire se alterou.

– Quem é você para me mandar calar a boca? – Valentina respondeu.

– Dá pra calarem a boca? Que inferno! – Me levantei e gritei.

– Cale a boca você. – Valentina disse.

– Expelliarmus! – Conjurei o feitiço e apanhei a varinha no ar. Fui até ela e peguei seus cabelos.

– Fora! – Eu gritei á ela, e joguei-a para fora do dormitório.

Voltei para a cama sem nem olhar para Victoire e Sofia, apenas fechei as cortinas e dormi.

~*~

– POV Tiago Potter

Quando a professora McGonagall chamou Alice eu fiquei realmente surpreendido com o que ela disse, foi realmente engraçado.