Summer Vacation escrita por bruthner


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

ok, aqui estou para postar mais um capítulo antes que me matem! rsrs
enfim, quero explicar uma coisa pra vcs. não sei se vcs perceberam ou não, mas no primeiro capítulo eu falei sobre o Camaro 68 ter vidro elétrico.. (e eu sei que vc está pensando: WTF???) mas nesse capítulo aqui, vai explicar direitinho. só deixei claro pra vcs não pensarem tipo: hmm, pequeno deslize... enfim, foi proposital :) e por favor, tentem não me matar, mas não tem Dylan nesse capítulo pq eu queria explicar um pouco outros pontos da fic, aprofundar em alguns personagens, e por isso deixei o Dylan de fora desse. não se preocupem, no próximo ele vai estar presente, então se segurem! enfim, vou parar de falar antes que eu escreva um capítulo nessa nota rsrs beijos e aproveitem o capítulo.



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Na quarta-feira, Kiera apressou-se para chegar ao Joe’s*.

– Hey, Billie Joe – disse Kiera ao chegar à oficina.

Joe sorriu por ver que ela não desistira de usar o apelido que ela lhe deu quando era mais nova. Quando Kiera conheceu o “Tio Joe”, tinha nove anos. Ela o achou parecido com o vocalista da sua banda preferida na época, Green Day. Desde aquele dia, Kiera nunca parara de usar o apelido, como uma demonstração de afeto para com ele. Joe era amigo do pai de Kiera há anos, e agora seus cabelos que uma vez já foram do mesmo tom escuro de Billie Joe Armstrong, passaram a se tornar grisalhos. Seus olhos castanho mel mostravam o amor por Kiera, que para ele, era a filha que nunca teve.

*Joe’s: nome da Oficina de Joe

Joe foi ao encontro dela para um abraço.

– Como está a minha pequena K hoje? – perguntou-a, abrindo um sorriso.

– Eu acho que já estou meio grandinha para ainda usar esse apelido comigo, né BJ*?! – Kiera fingiu irritação, mas ainda assim, sem conseguir conter o sorriso que lhe escapava dos lábios.

*BJ = abreviação para Billie Joe

– Oh, e eu acho que meus cabelos brancos mostram que eu não poderia mais nem sequer fantasiar com as groupies* dos meus shows – retrucou gargalhando.

*Groupies: é uma pessoa que busca intimidade emocional e/ou sexual com um músico

– Você sabe, algumas preferem os homens mais ultrapassados – respondeu Kiera, também gargalhando.

– Olha a boca, menina! – repreendeu, ainda sorrindo – Então, como está a nossa Lecy? – perguntou a Kiera, referindo-se ao velho Camaro 68 que era como um filho para ambos.

– Lecy está meio estranha ultimamente, o motor está travando e eu não sei o que há de errado – fez uma careta ao lembrar-se do dia anterior quando estava voltando do trabalho e o carro quase emperrou no meio da rua.

– Quando foi a última vez que você trocou o óleo dessa belezinha, pequena K? – a questionou.

Kiera tentou lembrar-se da sua última visita ao Joe’s para a troca de óleo. Fazia tempo, muito tempo, isso ela sabia. Entretanto, não sabia a data exata.

– Não me lembro do dia, exatamente, BJ. – disse desapontada consigo mesma.

– Tudo bem, vamos só dar uma olhada na quilometragem então. – ele afastou-se de Kiera para entrar no carro.

Joe ficou um tempo analisando o painel do carro, e Kiera começou a ficar apreensiva.

– Tudo bem aí? – perguntou curiosa.

– Quantas vezes você já trocou o óleo, pequena K? – questionou Joe.

– Hmm, – Kiera pensou por um instante, lembrando-se que a primeira troca foi feita quando seu tio lhe entregou o carro. – três vezes.

– E o seu tio que lhe vendeu essa belezinha, lhe entregou ele com quantos quilômetros rodados?

– 26 mil e alguma coisa, não me lembro muito bem. Ele não usava muito o carro, você sabe. O que é uma pena, realmente. Por quê? – o olhou intrigada.

Ele bufou, a assustando de imediato.

– Kiera, a quilometragem já está em 62 mil quilômetros, você devia ter trocado o óleo com 56 mil.

Ela o olhou sentindo-se culpada.

– Merda. – murmurou Kiera – Você consegue trocar agora para mim, BJ?

– Sim, o Super Joe está aqui, pequena K. – Joe riu do próprio trocadilho sobre o Super Homem, Kiera só o olhou contendo um sorriso – Mas me prometa ser mais cuidadosa, nossa pequena Lecy não merece esse tratamento. – piscou em sua direção.

Kiera soltou uma pequena risada e apenas assentiu. Enquanto Joe trazia o que era necessário para a troca do óleo, Kiera começou a andar pela oficina e a recordar de quando era só uma garotinha correndo entre os pneus, macacos e a graxa do lugar. A parede oposta à entrada da oficina tinha um grafite antigo. Era uma moto preta com asas azul celeste. Kiera lembrou-se então, da primeira vez que esteve ali. Foi quando perguntou ao “Tio Joe” porque uma moto teria asas se só aviões, pássaros e super-heróis podiam voar. Ah, e é claro, o Peter Pan e as crianças da Terra do Nunca. Na época, Joe apenas respondeu que com o tempo ela entenderia. Hoje ela entendia. A moto com asas representava a velocidade que Joe dava aos carros e motos que ele consertava. Também representava a liberdade quando você está dirigindo o seu destino. Kiera admirava aquele grafite, porque por trás da fachada ousada que dava ao lugar, era realmente algo para sentar e pensar. Não era só mais uma pintura boba que ela não entendia quando acreditava em Peter Pan.

Enquanto Kiera olhava ao redor da oficina, Joe trabalhava em seu carro. Ela ficou viajando em pensamentos até que ele começou a falar com ela.

– Então, pequena K, quando você vai me deixar trocar essas calotas? Essas aqui estão ruins, você sabe disso. – falou, provocando-a.

– Há-há. Eu sei o que você está fazendo, e a resposta é não. Não vou trocar mais nada na minha Lecy. Eu já cedi uma vez e você colocou os vidros elétricos. Esse é o máximo que eu posso ir, desculpe BJ.

– Mas os vidros foram uma ótima ideia, você não reclamou. – resmungou brincalhão.

– Não, é claro que não. Considerando o meu braço que estava quase caindo do meu corpo por causa do trabalho. Realmente, os vidros elétricos foram bem-vindos. Mas agora não vou mudar mais nada! – ele fez menção de sugerir mais alguma mudança no Camaro 68, porém Kiera adiantou-se. – Não, BJ!

– Ok, ok. – rendeu-se.

Ficaram em um silêncio confortável novamente enquanto Joe terminava. Kiera olhou seguidamente para os lados, sentindo-se inquieta. Voltou-se para Joe que estava quase acabando e resolveu sentar em um banquinho próximo a ele, feito de uma câmara de pneu. Ela estava meditando sobre contar ou não a Joe que Dylan estava na cidade, quando ele a olhou curioso.

– Desembuche pequena K. Eu sei que você quer contar algo, mas tem medo do que eu vou pensar. Apenas diga, ok?!

Kiera o olhou incerta sobre contar ou não, mas acabou desistindo de emitir esse fato. Cedo ou tarde, ele ficaria sabendo.

– Dylan está aqui. Em NY.

Joe, que antes estava ocupado terminando de trocar o óleo, mas ainda assim prestando parcialmente atenção ao que ela fazia, agora virou-se completamente para ela. Ela capturara sua atenção.

Kiera identificou algo no olhar de Joe que provavelmente estava em seus olhos também. Raiva. Dúvida. Ele levantou-se e foi até onde ela estava.

– O que ele está fazendo aqui? – perguntou sombriamente.

Kiera já sabia que essa seria a reação de Joe. Apesar de querer deixar Joe de fora das suas confusões, resolveu contar-lhe. Não só porque confiava inteiramente nele, mas também por ele ser um dos únicos que sabia o que Dylan fizera no passado.

– Ele recebeu uma oferta de estágio aqui em NY para ser instrutor de um projeto de faculdade. – ela o olhou incerta sobre continuar, porém, não parou. – Ele é o instrutor do trabalho de fim de semestre da minha turma de jornalismo.

Joe a olhou por um instante, sem palavras. Sabia que um dia Kiera poderia encontrar-se novamente com ele, só esperava que não acontecesse logo.

– Eu quero que você fique bem longe dele, pequena K. Ele não faz bem a você. Nós dois sabemos disso. Então mantenha distância, por favor. – pediu a ela.

– Eu sei que eu deveria. Droga, eu quero ficar longe dele. Mas esse trabalho vale 60% da nota do semestre, e eu não posso ir mal. E sinceramente, eu nem sei por onde começar. Eu estou em um beco sem saída, BJ. – Kiera revelou-lhe tristemente.

Ele abaixou-se para ficar no nível de seu olhar. Com um carinho paterno quase transbordando de seus olhos, ele segurou-lhe o queixo com um dedo sujo de óleo.

– Hey, pequena K, tudo vai dar certo, ok? Você superou uma vez e consegue de novo. Mesmo que você tenha que pedir ajuda a ele, tente evitar. Se não for possível, seja objetiva. Foque no trabalho da faculdade e não deixe ele te influenciar novamente, tudo bem? Eu estou aqui, e você sabe que sempre estarei. – ele então a puxou para um abraço ao ver as lágrimas prestes a cair de seus olhos verdes. Sussurrando em seu ouvido, continuou – Eu sei que é difícil, mas nós vamos passar por isso, juntos. Se ele fizer qualquer coisa, qualquer coisa que lhe incomode, você me liga e eu vou correndo.

Agarrando-se a Joe, Kiera sentiu-se mais segura. Ela sabia que não tinha de temer Dylan. Não fisicamente, pelo menos. O que a preocupava, no entanto, era o que ele causaria ao seu coração se o deixasse se aproximar. Mas ela não deixaria. Ela não tinha mais dezesseis anos. Quatro anos haviam se passado desde aquelas férias de verão, tudo era diferente agora, inclusive ela.

Soltando-se de Joe, agradeceu-lhe por cuidar de Lecy – e dela – e foi para casa trocar de roupa para preparar-se para mais uma noite de trabalho.

Essa noite seria longa, ela sabia.


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Notas finais do capítulo

então é isso! o que acharam? deixem comentários. espero que tenham gostado :)) o próximo capítulo será postado sexta-feira devido as provas que tenho.. juro que quando o período de provas acabar, eu postarei mais seguido! beijosss



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