Summer Vacation escrita por bruthner


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

heyyy vocês, então, eu n pude postar na sexta pq meu dia foi cheio, tive duas provas, aula o dia inteiro e blabla.. daí falei que postaria no sábado de manhã, mas o nyah tava em manutenção, então só consegui postar de noite :) enfim, aqui está: nesse capítulo eu foquei um pouco na relação do Dylan e da Kiera pq era necessário (e eu sei que vocês me matariam se eu não colocasse Dylan nesse capítulo haha) enfim, aproveitem o capítulo, nos vemos lá em baixo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/425825/chapter/4

Kiera chegou ao The Hole* às 20h. O bar já estava parcialmente cheio e ela podia ver sua amiga, Lizzy, atrás do balcão preparando algumas bebidas.

*The Hole= nome do bar

– Hey, K – disse Lizzy com um sorriso no rosto.

Kiera e Lizzy se conheceram quando entraram na faculdade. Ainda que Lizzy cursasse fotografia e não jornalismo, elas tinham algumas aulas juntas. Como calouras, apoiaram-se uma na outra para passar pelas iniciações. Ter que recolher os preservativos nas fraternidades depois de uma festa não era lá seu passatempo favorito. Nojento. Acostumaram-se a chamar uma à outra pela inicial de seus nomes; não por ser mais fácil, mas por acharem mais legal.

– Hey, L – respondeu – Como está o Jack hoje? Ainda mal-humorado? – perguntou sobre o chefe.

Lizzy bufou. Essa parecia ser a única resposta que Kiera receberia, entretanto, Lizzy continuou.

– Ele está insuportável. Acho que a Dona Clara anda fazendo greve de cama – as duas riram juntas. Continuaram rindo até perceber que Jack vinha em sua direção.

– Olá Kiera, como está o Joe? – o homem mais velho com olhos que mostravam cansaço e ao mesmo tempo hostilidade, questionou Kiera.

– BJ está bem, sempre na mesma – respondeu apenas.

Joe e Jack eram antigos conhecidos. BJ disse a Kiera que eles tinham feito o Ensino Médio juntos, e que no último ano do colegial, a namorada de Jack na época, Tayla, terminou com ele porque ficou interessada em Joe. Depois disso, Jack não falou mais com ele. Apesar de Jack guardar mágoas dele, Joe só seguiu com sua vida, apenas esquecendo esse acontecimento.

Por Kiera ser próxima de Joe, Jack também não gostava muito dela. Entretanto, como ela era uma ótima funcionária e os clientes a amavam, ele não podia demiti-la. Mantendo uma relação só de funcionário-chefe, para eles era o suficiente. Por conta dele, ela conseguia pagar as contas no fim do mês, e por ela, ele mantinha os clientes fiéis. Era um bom acordo.

Jack apenas a analisou e assentiu. Olhando em volta, viu que alguns clientes estavam chegando e deixou-a para que ela fizesse seu trabalho.

Assim que Jack virou as costas, Lizzy fez uma careta para ele.

– Ele é impossível, não é?! Ainda tem essa rixa com Joe, e, por tabela, com você. Isso é meio irritante, porque, qual é, esse negócio deles aconteceu há o quê? Quarenta anos atrás?

Kiera riu e foi em direção a mesa que tinha acabado de encher com os novos clientes. Assim que olhou para eles, parou. O quê ele tá fazendo aqui? Urgh, era só o que faltava!, pensou. Chegando à mesa, olhou para seu irmão, alguns amigos de Kyle, e Dylan, que estava ao seu lado.

– Hey maninha – cumprimentou Kyle.

– Hey – respondeu, desviando o olhar de Dylan para olhar o irmão – Então, o que vão querer?

– Eu e os caras vamos querer o de sempre – respondeu Kyle.

– E você? – Kiera pediu olhando para Dylan.

– Vocês servem Margaritas? – perguntou.

Kiera o olhou com ceticismo.

– E por acaso o nome do bar é Os Muchachos? – perguntou irônica.

Dylan sorriu de orelha a orelha ao ver que Kiera continuava com a sua língua afiada.

– Não, mas seria interessante te ver usando um sombrero – respondeu, com um sorrisinho que estava irritando Kiera. Kyle e os outros riram da piadinha, ela não.

Assim que ele falou aquilo, Kiera ficou vermelha de raiva. Ela só queria que ele não tivesse vindo para NY.

Ao invés de lhe responder, apenas lhe deu as costas e começou a voltar para o balcão do bar. Quando estava quase chegando lá, Dylan gritou.

– Hey, Kiera, vou querer a mesma cerveja que os caras.

Ela nem se deu ao trabalho de olhar para trás, apenas continuou andando.

Fazendo a volta no balcão para pegar as bebidas. Lizzy parou na sua frente. Oh, essa não, pensou Kiera, vai começar o interrogatório.

– Quem – começou Lizzy, olhando na direção da mesa – é aquele pedaço de bunda gostosa?

Ao invés de rir como sempre fazia quando Lizzy se referia ao rapazes assim, Kiera apenas a olhou séria.

– Ninguém Liz, ninguém – respondeu.

– Ohh, oh, você me chamou de Liz! E você nunca me chama de Liz, a menos que queira esconder algo. Ele não é ninguém. Pode começar a falar.

Kiera olhou para ela, sabendo que não teria outra escolha a não ser contar.

– Ok, ok. Você lembra-se daquela vez que te falei das minhas férias de verão em Miami, quando eu tinha dezesseis anos? – Lizzy assentiu – Então, o cara que eu te falei.. bom, esse – apontou para a mesa – é o cara.

O sorriso de Lizzy morreu assim que Kiera parou de falar. Ela ficou com o mesmo olhar sombrio que BJ ficou assim que Kiera lhe disse que Dylan estava em NY.

– Esse é o idiota? – perguntou, ainda não acreditando.

Kiera apenas assentiu.

– Ok, vamos fazer assim: você volta lá com as bebidas e não olhe para ele. Você vai ignora-lo até ele rastejar pedindo perdão.

– E por que você acha que ele faria isso? Não é como se ele se importasse. – falou Kiera confusa.

– Oh, K, ele se importa. Eu posso ver. Mas isso não quer dizer que ele não continue sendo um idiota. Então, até ele fazer isso, você o ignora. Depois que ele o fizer, vocês podem fugir e se trancar em um quarto – disse Lizzy com um sorriso malicioso. Kiera a olhou horrorizada.

– E o que faz você pensar que eu quero isso? – perguntou elevando a voz. Assim que percebeu os olhares que caíram sobre ela, abaixou a voz. – Eu não vou perdoar ele, e muito menos fugir com ele para um quarto. Eu não me importo mais com ele, não tenho mais dezesseis.

– Aham, claro. Enquanto você tenta convencer a si mesma sobre isso, eu vou atender outra mesa, ok?! – respondeu sorrindo. Lizzy foi para o outro lado do bar deixando Kiera sozinha.

Ela não se importava mais com ele, não é? Não podia se importar depois de tantos anos. Kiera não pensava sobre Dylan há anos, mas agora que ele estava ali, tão perto, estava deixando-a louca. Tirando esses pensamentos da cabeça, pegou as cervejas e levou até a mesa. Saiu de lá antes que alguém pudesse falar mais alguma coisa.

O resto da noite foi tranquila. Em uma quarta-feira de noite, não era de se esperar que tivessem muitos clientes. Jack liberou Kiera às 23h, afinal não havia muito que fazer ali, só tinha mais um casal de amigos no canto do bar terminando suas bebidas. Não demoraria muito para eles irem embora.

Soltando o cabelo do rabo de cavalo que estava usando, foi na direção de Lecy. Ela estava brigando com a chave para abrir a porta do motorista quando escutou passos atrás de si. O estacionamento estava escuro, eram 11 horas da noite, todo tipo de maluco poderia estar nas ruas agora. Apressando-se com a chave, finalmente conseguiu abrir a porta. Estava quase entrando quando uma voz conhecida a chamou.

– Kiera – Dylan chamou.

Era só o que faltava, pensou ela. Virou-se para ele com um olhar duro. Agora que estavam sozinhos, Kiera parou para analisa-lo. Ele estava usando um jeans escuro e uma camisa preta que combinava com os cabelos curtos. Maldição! Ele tinha que estar sempre bonito?, pensou. Tão rápido quanto veio esse pensamento, Kiera o expulsou.

– Dylan – falou apenas.

Ela percebeu que ele estava fazendo o mesmo que ela, analisando-a de cima a baixo. Assim que ela falou seu nome, ele olhou em seus olhos.

– Será que nós podemos conversar? – pediu humildemente.

– Não, não podemos. – Kiera respondeu grossa.

Ele se aproximou um passo, Kiera recuou para mais perto do carro.

– É importante – ele garantiu.

– Eu não tenho nada de importante para falar com vo.. – ela não pôde terminar. Assim que percebeu, estava encostada no carro com os braços de Dylan a cercando. Seus rostos estavam próximos. Próximos demais.

– O-o quê você quer Dylan? – gaguejou.

O coração de Kiera batia forte contra seu peito. Ela tentava se convencer que fora pelo susto que levou quando Dylan a empurrou contra o carro, e não pela proximidade dele.

– Conversar – ele respondeu.

– Ok, fale logo então, eu quero ir pra casa.

– Por que você faz isso? – Kiera viu algo em seus olhos que parecia ser tristeza, mas não podia ser. Dylan não sentia nada.

– Faço o quê? – perguntou.

– Isso. Fugir de mim, não me deixar falar.

Kiera quase riu. Se não fosse pelo desconforto de estar prensada contra o carro com Dylan tão perto, ela com certeza teria começado a rir. Ele só podia estar curtindo com a cara dela.

– Você está brincando comigo? Eu realmente acho que não preciso responder a isso. – ela tentou se soltar dele, mas ele ficou mais perto e pressionou seu corpo contra o dela.

– Por que Kiera? – ele parecia desesperado – Por que fingir que você não se importa? Nós já passamos por muita coisa pra você fingir que não sente nada.

– Eu não fujo de você. Eu só não tenho um motivo para ficar e conversar. E eu não me importo, não sinto nada. Não sei se você percebeu, mas eu não tenho mais dezesseis anos.

– Se você não se importa, por que o seu coração está tão disparado quanto o meu? – questionou olhando-a nos olhos, ela ficou calada. – Eu sei que você não é mais a mesma, você mudou muito. Mudou tanto, que não reconheci você naquele engarrafamento. Mas isso não quer dizer que tenha mudado como se sente sobre mim.

– Sim, Dylan, eu mudei. Você também mudou. – ele ficou menos tenso, isso já era um progresso com ela. Se ela acredita-se que ele não era mais o mesmo, talvez houvesse uma chance de perdoá-lo. – Mas só por fora. Por dentro você continua o mesmo. Arrogante e egoísta. Você já parou para se escutar? Para você, tudo gira em torno de si mesmo. Já passaram quatro anos e você acha que eu ainda sou apaixonada por você. Se o meu coração acelera, pensa que é por você. Pois eu tenho uma novidade: Eu. Não. Sou. Mais. Uma. Garotinha. Aquela Kiera boba e apaixonada que você conheceu, não existe mais. Então me solta e me deixa ir para casa – quando Kiera parou de falar, já estava quase gritando.

Dylan sentiu como se alguém tivesse lhe batido. Ele sempre soube que Kiera não tinha perdoado ele, mas nunca achou que ela fosse esquecer-se dele completamente.

– Você nunca vai ser capaz de me perdoar? – ele praticamente sussurrou, afastando-se dela.

– Eu não sei, Dylan. Eu não sei. – respondeu.

Assim que Dylan a soltou, Kiera entrou no carro e foi embora.

No meio do estacionamento, Dylan estava parado olhando para onde antes, estava o carro dela. Mesmo que Kiera dissesse que não sentia mais nada por ele, Dylan não queria aceitar. Ele não conseguia. Como ela podia ter tanta certeza?, pensou. Mesmo que fizesse quatro anos que não se viam, não era possível que ela não sentisse mais nada por ele.

Ali, no meio da noite, em um estacionamento que só ele se encontrava, Dylan teve só uma certeza: ele iria reconquistá-la.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e aí, o que acharam?? me contem nos comentários!!! vocês já odeiam o Dylan? o amam? sentem pena dele? me contem o que estão achando! leitores fantasmas são chatos :P beijoss e até terça



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Summer Vacation" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.