Unica Et Opposita escrita por Sali


Capítulo 9
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

Aweeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, bandi gent'bonita!
Eu volteeeeeeeeeei, agora pra ficar (8)
Ok, ok, chega de gracinha né? Tuudo bem.
Caramba, dessa vez a minha demora tem explicação. Férias, viagem, praia, falta de internet... Cês sacaram, né? Poois é. Foi isso que rolou. Tava lá, viajando, sem acesso a internet, lendo um livro por dia e sem poder escrever nem em pedacinho de guardanapo (pra quem não sabe, minha família não tem conhecimento das minhas fics, daí não rola né). Mas finalmente voltei, e aí minha cabeça fervilhou de ideias e cá estamos! :D
Pra quem ama nosso anjinho de candura (leia-se Jude Ward), esse cap é todo dela. E pra quem ama e shippa as duas, well, se divirtam.
O próximo já tá na cabeça, e vai ser escrito e postado assim que eu conseguir atualizar também minha outra fic (Só mais uma história de amor), que está às traças.
Huuuuum... É isso.
Enjoy!



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Jude

Depois de uma semana de aula, os olhares sobre Lizzie já haviam praticamente cessado, e os comentários irritantes que as meninas faziam comigo pelas suas costas – e também pelas minhas costas – quase não existiam mais.

Quando eu comentara isso com Lizzie, ela apenas respondera “qualquer coisa estranha se torna normal, depois que você se acostuma a ela”. Mas eu não concordava com seu ponto de vista. Para mim, Lizzie não era uma “coisa estranha”, e, nesse tempo, eu apenas conseguia ver isso cada vez mais. Gostava da sua companhia e da sua amizade, do modo gentil com que ela tratava a mim, às minhas amigas e também às garotas que ela não conhecia, mesmo que estas fossem grossas com ela. Eu também gostava dos seus sorrisos tortos, dos quais eu raramente conseguia desviar o olhar e que de vez em quanto faziam meu rosto esquentar, quando acompanhados do seu olhar intenso e um tanto enigmático.

Ao entrarmos no chalé, depois da última aula de uma quinta-feira, me voltei para a minha colega de quarto, fazendo-lhe a pergunta de sempre.

– E aí, Lizzie? O que achou da aula? – Perguntei, sorrindo.

Para variar, ela deu de ombros.

– Foi legal.

Balancei a cabeça, sorrindo.

– Não sei por que ainda te pergunto isso. Você sempre responde a mesma coisa.

Lizzie abriu um sorriso pequeno, como que se desculpando.

– Não é por querer. Só não tenho o que dizer.

Acabei rindo. Lizzie era tão… Lizzie. Sem querer continuar o assunto, dei de ombros.

– Sabe, Lizzie. Eu não te disse antes mas… Te acho incrível na aula de Física… Quero dizer… A forma como entende bem a matéria.

– Bom, obrigada. – Ela sorriu de canto, me lançando um daqueles olhares. – Você também é boa em História… E Inglês… E no resto das matérias.

Senti meu rosto esquentar, desviando automaticamente o olhar para baixo.

– Uh… Obrigada… É por isso que me chamam de nerd, eu acho. – Respondi, colocando rapidamente a franja que me caía pelo rosto atrás da orelha.

– O que eu não acho que seja ruim. – Lizzie então deu outro sorriso de canto, um pouco maior, e fixou aquele olhar em mim, o que me fez corar.

Eu ainda não compreendia por que ela tinha aquele efeito em mim.

Dando outra vez de ombros, me refiz.

– Mas de qualquer forma, não acho que seja tão boa assim. Tanto que eu não entendi bem a última matéria de Física. A que a professora passou hoje. E estava pensando se, bem, você não poderia me ajudar nela.

Ela sorriu e deu de ombros.

– Quando você quiser.

– Pode ser agora? – Olhei-a, mordendo o lábio distraidamente. Depois, me corrigi. – Quero dizer, não agora. Depois. Depois de trocarmos de roupa, comermos, essas coisas.

Ela deu de ombros novamente.

– Quando quiser, Jude.

Abri um sorriso. Por algum motivo, gostava quando ela dizia meu nome.

– Obrigada. Mas vamos trocar de roupa, certo? Antes que dê o toque de recolher e nós fiquemos aqui conversando.

Lizzie riu baixo e assentiu, concordando. Diante disso, sorri novamente e me virei para o meu armário, sentindo, de alguma forma, o olhar da minha colega de quarto sobre mim. Logo, ouvi o som do seu armário se abrindo e me pus a escolher minhas roupas.

Não demorou para que deixássamos o nosso chalé em direção à lanchonete, com livros, lápis e canetas nos braços. Lizzie estava realmente bonita, mesmo vestida de modo simples, com uma camisa de baseball de mangas longas, preta e branca, jeans rasgados e com lavagem e tênis brancos um tanto… Sujos, e eu parecia combinar com ela, vestida com um vestido listrado de lã, de mangas compridas e uma saia que terminava se ajustando levemente no meio das coxas, meias do mesmo material, na cor cinza, uma touca também dessa cor e sapatilhas pretas.

Quando chegamos à lanchonete – um espaço aberto no campus, que servia como segunda opção na hora das refeições e também para quem sentisse fome fora dos horários – logo vimos Anne e Rebecca.

Mordendo o lábio, hesitei, com medo que Rebecca ofendesse ou destratasse a minha colega de quarto, mas ela não pareceu perceber, pois Anne, sempre sorridente e saltitante, já se adiantava para nos cumprimentar, abraçando Lizzie e eu como se não nos visse há anos. Mas Rebecca, em compensação apenas sorriu um sorriso falso. Ela deixara de evitar a mim, Lucy e Anne por andarmos com Lizzie, mas não deixava de ser grosseira e mal educada com ela.

– Boa tarde, Rebecca. – Ouvi Lizzie dizer, sorrindo-lhe um sorriso de canto enquanto a olhava com um daqueles olhares desafiadores.

Mordi ligeiramente o lábio ao ver aquilo, me sentindo estranhamente incomodada, mesmo sabendo que era apenas o lado irônico de Lizzie se manifestando.

Ao meu lado, ouvi Anne segurar o riso, enquanto via a garota de cabelos negros revirando os olhos, a pura expressão do desprezo. Pouco depois, Lizzie também ria.

Depois de pedirmos lanches simples, eu e Lizzie nos sentamos junto a elas.

– Vão estudar? – Anne perguntou, morando nossos livros.

– Sim. – Sorri, assentindo animadamente. – Lizzie vai me ajudar na matéria de Física que eu não entendi.

– Uau! – Anne ergueu a voz, teatralmente surpresa. – Nossa nerd pedindo ajuda na matéria?

Revirei os olhos.

– Ah, Anne. Nada a ver. Eu não sou perfeita nas matérias. Só estudo muito.

Ela riu.

– Tudo bem, mas não deixa de ser surpreendente. De qualquer forma, eu já estou indo. – Anne olhou para mim, dando um pequeno sorriso sugestivo e uma piscada, que eu não compreendi completamente. – Ótimos estudos para vocês.

– Obrigada, Anne. – Sorri, e Lizzie agradeceu-a do seu jeito de sempre, com um sorriso de canto e um aceno de cabeça.

– Até outra hora, meninas. – A loira sorriu novamente e Rebecca não se deu ao trabalho de despedir-se, saindo atrás de Anne sem dizer palavra.

Não demorou para que nossos lanches chegassem e, depois de matarmos a fome, nos dirigimos finalmente para a biblioteca.

– Não parece ser muito a sua cara ajudar as pessoas em matérias de escola… – Comecei, quando já estávamos perfeitamente acomodadas em uma das mesas de estudos da biblioteca. – Mas, ao mesmo tempo, julgando seu jeito e sua habilidade com Física, parece.

Lizzie deu um de seus sorrisos enigmáticos e riu baixo, como se fosse a única a se divertir com uma piada que eu não compreendia.

– Acertou e errou.

Franzi as sobrancelhas.

– Como assim?

– Eu não ligo de explicar matéria para alguém que não está entendendo, e muito menos pedir ajuda. Mas… Bom… – Ela mordiscou suavemente o lábio inferior. – Normalmente, quando eu estudava com alguma colega, não passava muito tempo estudando.

Franzi outra vez as sobrancelhas e mordi o lábio, sem entender muito bem a sua resposta.

– Ah… – Respondi então, alguns segundos depois, compreendendo por fim o significado oculto das suas palavras, um tanto vermelha e sem saber ao certo o que dizer.

Lizzie sorriu novamente, dessa vez de um modo mais delicado, mas ainda carregado daquele desafio que lhe era próprio.

– Relaxa, Jude. Diz aí, qual a matéria que você está em dúvida mesmo?

Dando de ombros, me voltei para os livros, procurando as páginas que a professora havia marcado.

Uma coisa que eu observara em Lizzie desde o primeiro dia, mas que aquela semana havia ressaltado ainda mais, era toda a mordacidade que lhe era própria. Mesmo sendo uma garota doce e simpática com todas as pessoas, ela era também carregada de uma malícia que parecia fluir sem esforços de suas palavras, gestos e expressões. A ironia que ela usava não era forçada nem havia escárnio; se fazia ver em pequenos gestos – como, por exemplo, cumprimentar Rebecca daquela forma, ou sorrir simpaticamente para alguma garota que lhe encarava – e sua malícia se apresentava em muitos sorrisos e em suas palavras, que continham um duplo sentido que eu normalmente não tinha facilidade em compreender.

– Essa matéria é simples, Jude. – Lizzie começou, abrindo um dos cadernos que havíamos pegado. – Realmente a professora não explicou muito bem uma parte, mas aqui no livro tem uma explicação melhor.

Me envolvendo na explicação da matéria, deixei de lado os pensamentos sobre quem a explicava.


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Notas finais do capítulo

Jude, Jude. Esse anjinho de candura que não entende sobre colação de velcro e acha que isso que sente pela Lizzie é só admiração. Não é um amor?
Tá, parei. Espero não ter ofendido ninguém, era só brincadeira tá?
Enfim. Gente, eu tava pensando aqui comigo, e resolvi fazer uma enquete.
Lindas leitoras que eu tanto adoro: digam-me com sinceridade, qual título preferem para a fic?
Estou em dúvida entre Unica et Opposita, que significa Únicas e Opostas em latim, todo clichêzinho e bem comum, mas bonitinho
E Chiaroscuro, que também é latim, mas é o nome de uma técnica de pintura, que preza o contraste entre preto e branco, claro e escuro, luz e sombra. E como nossas personagens são um puro Chiaroscuro, achei que combinava.
Digam-me vocês: qual preferem? Quero respostas, gente, pra poder mudar ou deixar como tá.
Tá bom, acho que já falei demais.
Bora pro povo que comentou?
— Alucard Jr
— Yayo
— ArayaN
— Paçoquinha
— Baunilha (apareceu a margarida, olê olê olá)
— Biscoitinho
— Vicky Barbosa
— Samyni
— Em (moça, sabia que tu tem o nome da namorada da minha personagem na fic da Samyni? Pois é u.u)
— Gabs Jenner Somerhalder
— Haay
— vivipepers
Não, hoje não vai ter favoritos que eu tô com sono e preguiça.
E, pra finalizar: pra quem leu até aqui, viu ali no nome da Em o parêntese que eu abri. Bom, Samyni, além de um amor de leitora, é minha amiga (vadia, bitch que eu amo, tsc) e uma escritora fodalhástica, que tem uma fic que mistura romance hétero, gay e o caralho a 4, mas que é très foda. Se quiserem conferir, o link tá aqui embaixo.
É isso, moças. Até mais ver! o/
Linkzinho legal: http://fanfiction.com.br/historia/433660/Amor_as_Avessas/



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